sexta-feira, 30 de julho de 2021
quinta-feira, 29 de julho de 2021
Choro as dores de quem não pode
quarta-feira, 28 de julho de 2021
O RIO GRANDE DO NORTE NUM CONTO POÉTICO DE LINO SAPO
terça-feira, 27 de julho de 2021
PENSAMENTOS
Prefeito açuense é eleito presidente...
Fotografia do blog do Fernando Caldas - Sobretudo
Jornal da capital do RN e site cearense confirma a escolha do ‘paredro’
segunda-feira, 26 de julho de 2021
Machadinho, símbolo do jornalismo Potiguar
Por Ney Lopes
Já se disse, que o vencedor na vida é sempre amigo da paz, da boa convivência, da harmonia social.
O símbolo dessa frase foi a vida de João Batista Machado (Machadinho), 78, jornalista, recentemente falecido.
Convivi com ele como repórter nos anos 60.
Quando fui correspondente no RN da Folha de São Paulo (1966 a 1968), ele era do Globo.
Um amigo de longas caminhadas.
Ponto comum nos unia: a origem, na querida terra do Açu, conhecida como a “Atenas Norte-Rio-Grandense”, berço do meu pai.
É a segunda cidade mais antiga do Rio Grande do Norte.
Dr. Ezequiel Fonseca (prefeito do Açu na década de 1930, deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa do RN), editou livro, citando 36 poetas naturais de Açu ou, como diria Manuel Bandeira, “nascidos para a vida consciente na terra dos verdes carnaubais”.
A mãe de Machadinho, dona Letícia, era muito amiga da minha avó, Mafalda. Ambas açuenses. Lembro conversas constantes delas, recordando a poesia nativa. Citavam João Lins Caldas, Renato Caldas.
Algumas vezes ouvi de Machadinho depoimentos sobre a sua querida “terra natal”.
Ele citava episódio da história açuense, que desconhecia.
Foi a mítica “Guerra dos Bárbaros”, travada no Açu, entre os anos de 1687 e 1720, envolvendo os indígenas e os conquistadores da Coroa Portuguesa.
Os bastidores da política do RN estão descritos em inúmeros livros publicados por Machadinho, a quem em vida chamava de “Monsenhor”, pelo seu estilo sacerdotal de tratar os amigos.
Escreveu diversos livros, entre eles “Bastidores do poder – memórias de um repórter”, quando se limita a registrar fatos, preservando os personagens citados
Exerceu cargo de confiança em quatro governos: Tarcísio Maia, José Agripino, por dois mandatos, Radir Pereira e Vivaldo Costa.
Sempre foi grato a esses governadores.
Jamais assumiu posições radicais em relação à classe política. Mereceu o respeito de todos os partidos.
Era membro, por merecimento, da Academia Norte-rio-grandense de Letras, desde 2012.
Quando presidi o Parlamento Latino Americano, convidei Machadinho e Salésia, jornalista, sua esposa, para visitarem a instituição em SP.
Lembro, que ao conhecer a estrutura e relações do Parlatino com organismos globais (Parlamentos da América Latina e Caribe, Europeu, Assembleia Parlamentar Euro-Latino Americana, da China, Câmara de Comércio Brasil e Estados Unidos, Rússia (Duma), OEA, ONU, UNICEF, CEPAL, OMC, OMS. OIT, FAO), ele exclamou:
“Se eu escrever no RN, o que estou vendo e sabendo sobre a importância e posição internacional do Parlatino, dirão que estou mentindo, ou querendo lhe elogiar”.
Pedi-lhe que silenciasse, por conhecer a inveja que aquela minha posição já despertava em alguns e até me prejudicava.
Durante toda a sua existência, ostentou o perfil da sinceridade, bom caráter, erudição.
O seu exemplo perdurará na imprensa potiguar e nas letras do RN.
As sinceras condolências neste momento de dor, à sua esposa jornalista Salésia Dantas, os filhos: João Ricardo e Ana Flávia, demais familiares e amigos.
Honras celestiais para Machadinho
Ele merece!
Ney Lopes é jornalista, ex-deputado federal e advogado
http://blogcarlossantos.com.br/machadinho-simbolo-do.../
Postado por Aluizio Lacerda
Nós o lembraremos
Dorian Gray*
(Para João Lins Caldas)
1 Na verdade que pode fazer o justo senão ser
palavra e semente neste chão árido?
2 Que os anjos guardem os teus ombros e entre mil
o arco de tua lira cante.
3 Pois os que tu conheces já ouviram as tuas
palavras e muitos não a entenderam.
4 Mas o teu reino e tua verdade jamais passarão.
5 E caminharás firme com os teus olhos molhados,
tua barba hirsuta, repartindo o pão e o mel entre os teus
6 porque a tua enorme humanidade estenderá sempre
a mão para tocar á mão de alguém;
7 Para pedir perdão a quem ama e dizer que os seus
mortos vivos nunca apodreceram.
8 E abrirá caminhos como os rios sobre a terra;
9 E não nos pedirá nada além do que nos dá e ama.
(O Poti, de Natal, edição de 30 de março de 1958)
*Dorian Gray (Caldas), pintor e poeta potiguar
domingo, 25 de julho de 2021
Quanto mais avançamos na vida, mais nos convencemos de duas verdades… – Bernardo Soares (Fernando Pessoa)
Por Revista Prosa Verso e Arte
https://www.revistaprosaversoearte.com/
Quanto mais avançamos na vida, mais nos convencemos de duas verdades que todavia se contradizem. A primeira é de que, perante a realidade da vida, soam pálidas todas as ficções da literatura e da arte. Dão, é certo, um prazer mais nobre que os da vida; porém são como os sonhos, em que sentimos sentimentos que na vida se não sentem, e se conjugam formas que na vida se não encontram; são contudo sonhos, de que se acorda, que não constituem memórias nem saudades, com que vivamos depois uma segunda vida.
A segunda é de que, sendo desejo de toda alma nobre o percorrer a vida por inteiro, ter experiência de todas as coisas, de todos os lugares e de todos os sentimentos vividos, e sendo isto impossível, a vida só subjectivamente pode ser vivida por inteiro, só negada pode ser vivida na sua substância total.
Estas duas verdades são irredutíveis uma à outra. O sábio abster-se-á de as querer conjugar, e abster-se-á também de repudiar uma ou outra. Terá contudo que seguir uma, saudoso da que não segue; ou repudiar ambas, erguendo-se acima de si mesmo em um nirvana próprio.
Feliz quem não exige da vida mais do que ela espontaneamente lhe dá, guiando-se pelo instinto dos gatos, que buscam o sol quando há sol, e quando não há sol o calor, onde quer que esteja. Feliz quem abdica da sua personalidade pela imaginação, e se deleita na contemplação das vidas alheias, vivendo, não todas as impressões, mas o espectáculo externo de todas as impressões alheiam. Feliz, por fim, esse que abdica de tudo, e a quem, porque abdicou de tudo, nada pode ser tirado nem diminuído.
O campónio, o leitor de novelas, o puro asceta — estes três são os felizes da vida, porque são estes três que abdicam da personalidade — um porque vive do instinto, que é impessoal, outro porque vive da imaginação que é esquecimento, o terceiro porque não vive, e, não tendo morrido, dorme.
Nada me satisfaz, nada me consola, tudo — quer haja sido, quer não — me sacia. Não quero ter a alma e não quero abdicar dela. Desejo o que não desejo e abdico do que não tenho. Não posso ser nada nem tudo: sou a ponte de passagem entre o que não tenho e o que não quero.
.
s.d.
Livro do Desassossego por Bernardo Soares. Vol.II. Fernando Pessoa. (Recolha e transcrição dos textos de Maria Aliete Galhoz e Teresa Sobral Cunha. Prefácio e Organização de Jacinto do Prado Coelho.) Lisboa: Ática, 1982. – 420.
“Fase confessional”, segundo António Quadros (org.) in Livro do Desassossego, por Bernardo Soares, Vol II. Fernando Pessoa. Mem Martins: Europa-América, 1986.
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