SOLIDÃO
Por Deífilo Gurgel
Com quem festejarei minha chegada,
à terra onde nasci, ao chão comum,
se todos já partiram, um a um,
levados pelo Vento, para o Nada?
Com quem dividirei minha risada,
se não encontro mais, aqui, nenhum
dos velhos companheiros de jornada,
que o Vento arrebatou, frágeis anuns?
De que vale perguntar à Morte
Por que os levou, para que Sul ou Norte,
Se a Morte não responde à indagação?
Um dia a Morte, monja silenciosa,
me levará também, morto, entre rosas,
para a outra margem desta solidão.
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