Luiz Rabelo (1921/1996) é, penso eu, um dos poetas potiguares pouco lembrado pelas novas gerações, apesar de Dorian Gray, seu sobrinho, ter organizado e publicado o livro de ‘Poemas’. Em 1999, pouco lembrado. Em, “O Poti”, jornal de Natal, caderno Letras e Artes, edição de 30 de março de 1958 encontro um belo poema de autoria de Rabelo intitulado ‘Cântico da criação’. Vejamos para o nosso deleite:
Abra-te para mim como as portas de um templo
Onde penetro e encontro o Deus do amor.
Caminhas sobre labaredas de impossíveis,
Transfigurada de metamorfoses.
Ah! Os teus pés surgem das trevas,
Mas o teu corpo é um mundo de libertação!
Ergo-me obscuro dos sonhos antigos do silêncio
Para proclamar-te branco e puro céu
E anjos anunciam já o lúcido milagre
Em que caminho do pó para a ressurreição
Aureolado de mirtos e de sonhos,
Transmites ao mundo a minha ânsia da vida.
Oh! Abres-te para mim como as portas de um templo
Onde penetro e encontro o Deus do amor! ...
(Da Linha do Tempo/Facebook de Fernando Caldas)
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