sexta-feira, 22 de outubro de 2021

LUIZ RABELO, O POETA ESQUECIDO

Luiz Rabelo (1921/1996) é, penso eu, um dos poetas potiguares pouco lembrado pelas novas gerações, apesar de Dorian Gray, seu sobrinho, ter organizado e publicado o livro de ‘Poemas’. Em 1999,  pouco lembrado. Em, “O Poti”, jornal de Natal, caderno Letras e Artes, edição de 30 de março de 1958 encontro um belo poema de autoria de Rabelo intitulado ‘Cântico da criação’. Vejamos para o nosso deleite:

Abra-te para mim como as portas de um templo
Onde penetro e encontro o Deus do amor.

Caminhas sobre labaredas de impossíveis,
Transfigurada de metamorfoses.

Ah! Os teus pés surgem das trevas,
Mas o teu corpo é um mundo de libertação!

Ergo-me obscuro dos sonhos antigos do silêncio
Para proclamar-te branco e puro céu

E anjos anunciam já o lúcido milagre
Em que caminho do pó para a ressurreição

Aureolado de mirtos e de sonhos,
Transmites ao mundo a minha ânsia da vida.

Oh! Abres-te para mim como as portas de um templo
Onde penetro e encontro o Deus do amor! ...

(Da Linha do Tempo/Facebook de Fernando Caldas)

 

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