terça-feira, 23 de novembro de 2021

 

VOU-ME EMBORA PRO TORRÃO
Vou-me embora pro torrão
Lá tenho muitos amigos,
Irei rever conterrâneos
Os jovens e mais antigos,
Visitarei muitas casas
Lá terei muitos abrigos.
Vou-me embora pro torrão
Buscarei felicidade,
Começarei nova vida
Seja no campo ou cidade,
Brincarei de roladeira
Para matar a saudade.
Vou-me embora pro torrão
Rever o meu pé-de-serra,
A bonita Serra Aguda
Da minha querida terra,
Lá eu terei muita paz
Não saberei o que é guerra.
Descansarei na Fazenda
À sombra do juazeiro,
Escreverei poesias
E sonhar o dia inteiro,
Do meu avô é o sítio
Esse matuto guerreiro.
Vou-me embora pro torrão
Lá sou amigo de todos,
Fiz lavagem cerebral
Eu gastei foi muitos rodos,
Eu quero sair daqui
Já me cansei dos engodos.
Vou-me embora pro torrão
Pois esse é o meu destino,
Nunca perdi a esperança
Morar em Pedavelino,
Lembrarei a minha terra
Desde o tempo de menino.
Demais estrofes no cordel.
 
Marcos Calaça é poeta e cordelista.

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