Marcos Calaça
O HOMEM DE 'PEGUE O BECO':
SEVERINO PITOROCO.
O Severino Geraldo
Apelido Pitoroco,
Pequeno como cotoco,
Sertanejo bem legal
Um trabalhador rural
E que arrancava até toco.
A seca lhe castigou
Pois faltou leite e comida,
Lá de Riacho do Meio
Êxodo foi a saída,
Do sítio lembra da lua
A família foi pra rua
Trabalhar e salvar vida.
Chegando na zona urbana
Colocou um simples bar,
E que na realidade
O local era o seu lar,
Tinha cachaça arretada
Era quente e adoidada
Boteco familiar.
A 'meiota' pra almoçar
Cachaça a turma tomava,
Pitoroco com moral
Todo mundo respeitava,
Quem queria bagunçar
Mandava se retirar
Severo logo expulsava.
Severina de Geraldo
Começou a trabalhar,
Botou barraca na feira
Para poder ajudar,
Bolo pastel e refresco
Ambiente pitoresco
Pra comercializar.
Pastel de grande tamanho
Era orelha de elefante,
Servia de tira gosto
E demorava bastante,
Jovens com pouco dinheiro
Bem nas férias de janeiro
Era um grupo de estudante.
Severino e Severina
Passaram pra vida eterna,
Na luta os filhos venceram
Na caminhada fraterna,
Eles tem bela união
Honestos por criação
De pai e força materna.
-A continuação das demais estrofes está nesse cordel, inclusive a história de 'pegue o beco'.
Marcos Calaça é poeta potiguar, natural de Pedavelino, e confrade da Academia Norte-rio-grandense de Literatura de Cordel.
Quando foi feita essa homenagem a Pitoroco, Edvanaldo José agradeceu ao poeta Calaça.
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