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Sai do meu casulo.
Estou a tentar recuperar coisas que deixei pra trás,
historias que não vivi, passeios que não fiz, sonhos que não realizei.
Valorizando os que realmente me amaram e me amam,
apagando da memoria os que apenas me usaram,
e os que nunca se lembram de mim.
Posso contar uma história de vida ou de amor, de muitas maneiras.
Posso começar de uma forma casual e ir entrelaçando os detalhes à medida que as emoções vão surgindo.
Posso colorir essa historia com alguma segurança,
um momento ou dois mais marcantes, pôr uma dose de tristeza,
uma entrada inesperada de coincidências, um não sei quê de fantasias.
Tudo para que no final o enredo tenha um toque suave e lírico.
Posso contar essa história de vida,
mas terminantemente hoje, eu prefiro vivê-la!
Ainda que para isso tenha deixar de ter os pés assentes no chão.
Ainda que tenha de reaprender a caminhar, cair e levantar, um passo de cada vez, porque não se caminha com os dois pés assentes no chão ao mesmo tempo.
Caminhar é o equilíbrio entre o chão
e o céu.
São falsos os conselhos que nos dizem para manter os pés assentes na segurança do chão.
Não que sejam maldosos, mas são ignorantes
do ato de caminhar, e por isso, falsos.
A maioria das pessoas arrastam os pés pela vida
para não saírem da segurança do solo.
Elas apenas deixam rastos, ao lado de outros rastos
que já partiram, que existiram, sem nunca terem vivido.
Rastos...a minha vida não pode ser isso!
Quero levantar os meus pés da segurança do solo,
quero elevar-me.
Prefiro cair de cara ao chão, do que continuar a arrastar os pés pela vida!
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