segunda-feira, 30 de outubro de 2023

 Edmilson SilvaNatal não há tal

 A moda entre as mulheres ainda era ditada na França – de dia, seda francesa e estampas florais, e musselinas para a noite. Laços drapeados e fricotes. As luvas ainda eram artigos indispensáveis. As mulheres usavam meias e as saias eram mais generosas. As mulheres mais jovens passaram a usar calças compridas, fruto da influência americana.

Cabelos frisados, batom, rouge e pó de arroz estavam na moda. As marcas poderiam ser Coty, Helena Rubinstein, ou a popular Royal Briar.

Por seu lado, os homens adotaram o “slack” (sileque), camisa de tecido bem mais leve.

3. Aconteciam brigas violentas constantemente entre brasileiros e americanos

O jogo e os cassinos funcionavam livremente. No Wonder Bar, na Rua Chile, aconteceram brigas violentas entre brasileiros e americanos, em quais o excesso de álcool sempre era o motivo das contendas.

4. O jazz e os blues tomaram conta da cidade

O jazz e os blues tomaram conta dos bailes nos clubes e tornaram-se populares, em virtude dos toca-discos existentes em todos os bares, predominantes da rua Dr. Barata. Ouvia-se Harry James, Glenn Miller, Tommy Dorsey e Benny Goodman.

5. O gosto pelo idioma inglês fez surgir vários professores

O gosto pelo inglês propagou-se e surgiram diversos professores e estudantes interessados no seu aprendizado.

6. Os natalenses colocaram no vocabulário várias expressões em inglês

O vocabulário de Natal foi enriquecido com palavras novas: “Fox/ show”, “yankees”, “money”, “drink”, “big”, “cocktail”, “short”, “boy friend”, “golf”, “relax”, “whisky on the rock”. Outras palavras eram mais usadas pela necessidade de uso constante: “blackout”, “all right”, “ok” e “slack”.

Henrique Araújo



 

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