SEPARAÇÃO
Por uma lei fatal que rege os fados
Desta nossa existência desditosa,
Dos sonhos na alvorada graciosa
Meu doce amor, vivemos separados!
Esses dias cruéis e amargurados
Como a noite mais negra e dolorosa,
Teus olhares tão meigos e adorados.
Cheia de amarguras, sem prazer ou calma,
Vivo guardando desolada, em pranto,
Teu nome escrito nos recessos d'alma!
E quando ao longe vae morrendo a tarde
Oh! meu saudoso e delicado encanto,
O coração me estala de saudade.
Ana Lima, poetiza do Assu
Natal, junho, 1901, In, Verbenas (VERSOS), 1898-1901.
Nenhum comentário:
Postar um comentário