Pesquisando o poeta potiguar João Lins Caldas, na Hemeroteca Digital/Bibloteca Nacional, Rio de Janeiro, emcontro numa das edições da revista Fon-Fon (imagem abaixo, do ano de 1924) um belo soneto daquele bardo assuense, intitulado 'Turris Eburnea', palavras que vem do Latim que quer dizer Torre de Marfim, na tradução. Vejamos o citado soneto:
A mulher encantada que procuras,
Sombrio coração alucinado,
E' uma boca que não teve juras,
E' um destino que não tem passado...
Passará as manhas e as noites puras...
Toda sem ânsia, sem refrão de brado,
Não sabe o que é delícia nas torturas,
Seu quente rosto nunca foi olhado...
Essa mulher, essa mulher se existe,
Há de ser bela, como é bela e triste...
Eu navego um destino a procurá-la...
... E naufragando, gradativamente,
Hei de saber onde ela é bela e ardente,
Hei de saber onde lhe encontre a fala...
Nenhum comentário:
Postar um comentário