De: Assu Antigo
E QUEM SE LEMBRA DA FORMAÇÃO DO GRUPO DOS 11, DO ASSU
Era 1963, tempo efervescebte no Brasil, o presidente João Goulart (Jango) para ser deposto, o político gaúcho, à época deputado federal pelo Rio de Janeiro, agitava, incentivava e orientava a criação do Grupos dos 11 (era um grupo de guerrilha) nas cidades brasileiras. Eram formado por onze pessoas de esquerda que tinha o objetivo de apoiar e dar sustentação as reformas de Base que o presidente Jango queria implantar no Brasil, inclusive a reforma agráparia.
Pois bem, onze pessoas incluindo nove jovens estudantes do curso ginasilal do Ginásio Pedro Amorim (da CNEG - Campanha Nacional de Educandários Gratuitos), e mais dois profissionais autônomos se movimentaram para a criação do Clube dos 11, conforme orientava Brizola.
Aquele grupocheio de entusiasmas foram incetivados por Gilberto Freire de Melo, Horácio Cunha, Edson Queiroz de Albuquerque e Joca Magalhães que eram no Assu, Funcionário dos Correios, Farmacêutico, funcionário do Banco do Brasil e comerciante, respectivamente.
Fundado no Assu o Grupo dos 11, foi dado notícia a Rádio Mayrinque Veiga, do Rio de Janeiro, aliada de Jango e Brizola, através de telegrama que dizia assim: "Estamos prontos! Só faltam as armas! Tanto a leitura através daquela emissora de rádio e a publicação dos nomes dos membros do citado clube em O Cruzeiro, importante periódico carioca, para serem taxados como comunistas e subversivos. Poucos dias depois, os membros daquele grupo foram notificados e intimados a comparecer ao Quartel General em Natal, para interrogatório e abertura de inqueritos militares.
Eram membros do Grupo dos 11 do Assu, Nuremberg Borja de Brito, Alzair Roberto Pessoa, Pedro Airton de Lima, José Wellington Germano, Francisco Eupídio da Silva, João leônidas de Medeiros Júnior, Demóstenes Amorim, Elian Cosme de Lima, Francisco Antônio Felix, Francisco Antônio Cosme Júnior (Chico Lamparina) e Demócrito Amorim (Teté).
Afinal, todos os integrantes do Gr-11, como era também chamado, da terra assuense tiveram como consequencias de responderem a inquérito militares e enquadrados como subversivos, obrigados a prestarem diversos depoimentos no Quartel General em Natal.
Alzair, já funcionário do Banco do Brasil, fora o mais penalizado, pois levou anos a fio prestando depoimento no QG. Todos foram ouvidos por certo Capitão do Exército que teria feito curso de tortura na Escola de Las Americas, na Guatemala, e Nuremberg, tempos depois, preso e torturado no Recife, onde participou de várias movimentos, inclusive queimando canaviais na terra pernambucana.
Por fim, Gilberto Freire, Horácio Cunha e Djalma Magalhães não fora envolvidos, porém, Edson Queiroz que também era funcionário do Banco do Brasil, teve seu nome envolvido. Ocorre que, quando o Inspetor do BB à época, se dirigia a cidade de Assu para ouvir e demitir Edson, o automóvel que ele conduzia teria virado nas proximidades de Lages e, as provas que carregava numa mala, fora extraviadas ou roubada por populares que presenciaram o desastre, para sorte de Edson Queiroz que continuou funcionário de carreira do Banco do Brasil. Fica o registro de um fato que enriquece a História da terra assuense, que participou de tantos conflitos ocorridos no Nordeste e no Brasil.
Fernando Caldas
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