trágicos, saudade...
E vista em tudo a mesma negra aurora,
Tudo é um profundo caos - morto descora...
Olho em torno de mim a imensidade.
Para nascer, gemendo, fui gemido...
Meu verbo nunca foi na terra ouvido,
Minha voz nunca foi na Voz se vendo...
E, solitario, como a morte em tudo,
Fui cada vez mais frágil, mais mudo
E mais mudo, mais trágico, nascendo...
João Lins Caldas
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