terça-feira, 16 de setembro de 2025
sábado, 13 de setembro de 2025
Hoje (13.9.25) é o Dia do Repentista. Vale a pena relembrar um dos maiores poetas populares repentistas (“mestre do repente e da viola”) do Nordeste, chamado Francisco Agripina de Alcanis - 1922-1989 ou simplesmente “Chico Traíra”, tido como assuenese, mas nascera mesmo no Sitio Pau de Jucá, distrito de Ipanguaçu, importante município norter-rio-grandense. Eu tive o prazer de ter convivido com ele, Chico, na cidade de Assu, onde mourou por um longo período
Pois bem, certa vez, Traíra
viajando na carroceria de um caminhão com destino a cidade de
Macau, interior potiguar, em companhia do
seu colega "Patativa" (sem ser o do Assaré), escutou aquele
amigo reclamar da viagem em razão da trepidante estrada esburacada
dizer a frase adiante: "Chico, eu acho que a nossa viagem não
vai ser muito sublime!" Traíra pegou na deixa, dizendo no melhor de sua
criatividade poética:
Se o amigo não está
Achando a viagem boa
Você é pássaro, eu sou peixe
Eu mergulho e você voa
Você volta para o ninho
E eu volto à minha lagoa.
(Traíra: Peixe de água doce muito comum nos rios, açudes e
lagoas do Nordeste. Patativa: Pássaro de canto melódico e suave).
De outra feita, na cidade de Areia
Branca (RN) cantando com outro afamado poeta violeiro chamado Manoel
Calixto, cantoria realizada na casa de um amigo, Traíra fora desafiado por
Calixto com a seguinte estrofe:
Aviso ao dono da casa
Que não vá fazer asneira
Tenha cuidado em Traíra
Que ele tem uma coceira
Se não quiser que ela pegue
De manhã queime a cadeira.
Chico retrucou:
Você é que tem coceira
Dessas que rebenta a calça
Está tomando por dia
Dezoito banhos de salsa
Quando a coceira se dana
Num dia acaba uma calça.
Certa vez, o escritor Câmara Cascudo recebia homenagem
na UFRN, Chico Traíra, presente, homenageou aquela figura humana (que se
tornou por merecimento, o escritor potiguar mais conhecido no mundo, com
os versos seguintes:
Eis o doutor Cascudinho.
Que valoroso tesouro!
Lá no sertão também tem,
Cascudo, aranha e besouro.
Os de lá não valem nada.
Mas este aqui vale ouro.
(Fernando Caldas).
sexta-feira, 12 de setembro de 2025
JUSCELINO
Hoje, 12 de setembro, é data de aniversário de Juscelino Kubstchek, presidente do Brasil de 1956-1961.
Num país polarizado como o nosso, entre a esquerda e a direita, ele se declarava um progressista que desejava desenvolver o país.
Era a plena implementação da ideologia desenvolvimentista no Brasil, num momento em que pertenciamos ao chamado 'Terceiro Mundo' (países subdesenvolvidos).
Juscelino tem sua trajetória associada à criação de Brasília, onde está o monumento em sua homenagem. É um monumento fúnebre e ao redor figura a museologia da sua história.
Tem uma história pessoal cativante, de menino pobre do interior de Minas a presidente da República do Brasil.
O período em que governou foi considerado 'de ouro ' pela esperança generalizada em que o país mergulhou de desenvolver-se '50 anos em 5' - como clamava o bordão da época.
Existem muitas biografias do presidente, a mais recente foi escrita por Ronaldo Costa Couto, historiador, lançada em 2011 e disponível na Amazon.
Leituras Livre
domingo, 7 de setembro de 2025
Pedro Bandeira (Pereira de Caldas), poeta repentista paraibano de São José de Piranhas, vivido em Juazeiro do Norte|CE, considerado (ele verseja, improvisa em várias formas: mourão, martelo agalopado, galope à beira mar, entre outras modalidades) como um dos maiores ícones da literatura Popular Brasileira. Pois bem, como prova que sua verve, o seu poetar é dos melhores da poesia popular, vejamos essa joia de versos longos recheados de sabedoria e verdades, que transcrevo abaixo, para o nosso deleite:
Aristóteles, Confúcio, Cícero e Dante
Gutemberg, Paré, Galeno e Kant
Leonardo, Beethoven e Salomão
Quem afirma que deus é ficção
É nocivo pequeno e ignorante
Para o mundo é insignificante
É porque Deus é a própria inteligência
É a luz sublimada da ciência
Transformando uma célula num gigante
Nas camadas sutis e argilosas
Nas chapadas das serras arenosas
E nas cascatas do bosque horripilante
Nas jornadas saudosas do emigrante
Que se vive a sofrer não se maldiz
Deus existe no caule e na raiz
Na bondade, no amor, na esperança
No sorriso inocente da criança
Que não sabe o que é ser infeliz
Única ave que voa marcha ré
Se bota a marca de força e não dar fé
Que a cabeça está perto chassis
Deus existe nos verdes alcantis
E nos talhados globais que o mundo tem
No chacal, no pavão e no vemvem
Na floresta assombrosa, no arbusto
Na caneta de ouro do homem justo
Que não rouba um tostão de seu ninguém
Nas colcheias dos vales nordestinos
Nos sussurros dos córregos cristalinos
Nas jazidas de ouro do amazonas
Nas ingênuas libélulas que são donas
Das goticulas de orvalho das manhãs
Nas gaivotas do mar, nas jaçanãs
No segredo do fogo e nas centelhas
E no zubido sonoro das abelhas
Festejando um partido de milhães
Num trabalho paralepipédico
Nas ciências das mãos do próprio médico
Que tentou transplantar o coração
No relâmpago, na chuva, no trovão
E nas fagulhas que vão na correnteza
Na paixão, na humildade, na nobreza
Nos tecidos da teia de aranha
E no poeta no pé de uma montanha
Recebendo as lições da natureza
Nos insetos, nas aves, nos abrolhos
Na lanternas dos próprios olhos
Nas camadas das nuvens pluviais
Na metamorfose dos rosais
Na essência da flor e no paúro
Nas estrelas, no chão, no céu azul
No escuro, no ar, na lua clara
No calor do deserto de saara
E na frieza sem fim do pólo sul
Que soluça com fome e não comenta
No silêncio de um louco que se senta
Na palhoça da beira da estrada
Nos rangidos dos remos das jangadas
Que uma parte é molhada e a outra enxuta
Deus está no preâmbulo da conduta
Do poeta que canta a sua história
Nas medalhas de ouro da vitória
De quem parte para o campo e ganha a luta
Nos cristais que dão vida ao microfone
No mistério da voz do telefone
E nos artistas atuais do mundo harmônico
Num piano melódico e sinfônico
Na energia atômica e na corrente
No progresso do mundo atualmente
Na caneta, na tinta e no papel,
E no milagre infinito da embratel
Que atira a imagem em nossa frente
Na mecânica da nova matemática
Na consciência tranquila da gramática
E numa fita que fala e ninguém vê
Sua faixa estirar nem encolher
Entre a cor, a cadência e a qualidade
Dependendo de ter velocidade
Ela grava, desgrava e pede bis
Da maneira que a boca humana diz
Ela canta pra toda humanidade
Nos amigos que sentem meus problemas
Nos adultos que escutam meus poemas
E nas crianças que aplaudem a minha vozJ
Já esteve, ainda está, e logo após
Reunidos daqui viajaremos
Deus é tudo na vida o que nós temos
Crer em deus é ter flores na memória
É saber que a morte é grande glória
Para a vida eterna que teremos.
quinta-feira, 4 de setembro de 2025
Novo tratamento de Alzheimer começa a ser aplicado no Brasil: quanto custa
Janaína SilvaColaboração para VivaBem
04/09/2025 05h30
Remédio é indicado para as fases iniciais da doença de Alzheimer
Imagem: Getty Images
O medicamento donanemabe (Kisunla), da farmacêutica Eli Lilly, passa a ser aplicado no Brasil em pacientes com a doença de Alzheimer, após a aprovação de preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, no fim de julho.
A aplicação está disponível apenas na rede particular. O medicamento é aplicado por meio de infusão intravenosa e o tratamento é indicado para as fases iniciais da doença de Alzheimer, com comprometimento cognitivo leve —sem perda funcional significativa— ou demência leve por Alzheimer.
Como é o tratamento?
O tratamento segue um protocolo específico aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em abril deste ano. Nos três primeiros meses, são administradas duas ampolas mensais, com custo estimado entre R$ 5.000 e R$ 6.000 por unidade.
A partir do quarto mês, a frequência aumenta para quatro ampolas mensais, mantendo-se assim até o décimo oitavo mês, quando o ciclo de tratamento costuma ser encerrado, segundo Fábio Porto, neurologista e presidente da Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer) da regional de São Paulo.
"Com isso, o custo mensal pode variar entre R$ 20.000 e R$ 24.000."
A Alta Diagnósticos, da Dasa, já anunciou a aplicação do medicamento em suas unidades no Rio e em São Paulo, a partir deste mês —a data exata não foi informada. A rede Mater Dei também comercializará o Kisunla.
Na Alta Diagnósticos, o medicamento será aplicado por preço a partir de R$ 8.000 o frasco —o que inclui, além da substância, os materiais e profissionais que acompanharão a infusão.
Para Diogo Haddad, coordenador do núcleo de Memória do Alta Diagnósticos, existe a possibilidade de interrupção do tratamento após clareamento substancial das placas amiloides (marcadores da doença de Alzheimer), algo que não ocorre com terapias tradicionais.
É um marco, pois sai do paradigma sintomático para o biológico-modificador da doença. Contudo, o benefício é limitado a um subgrupo de pacientes, exige diagnóstico precoce com biomarcadores, ainda demanda um custo alto econômico, além de estrutura de monitoramento avançada.
Diogo Haddad
De - https://www.uol.com.br/viva
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