quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
O POETA CALDAS EM NATAL
Em 1958 depois de 19 anos de exílio voluntário na cidade de Assu o poeta João Lins Calas resolveu visitar a cidade do Natal para tratar de saúde, rever velhos amigos e conhecer novos poetas potiguares
Naquela ocasião o prefeito da cidade do Natal Djalma Maranhão que no seu desejo de dar continuidade ao seu desejop de prestigiar a cultura resolver homenager Caldas no Teatro Alberto Maranhão onde foi oferecido um banquete com a presença de intelectuais norte-rio-gandenses. Na fotografia (fornecida pela assuense Genilda Soares de Macedo Varela) vejamos as figura como (...), Rômulo Wanderley, Esmeraldo Siqueira, Caldas, Djalma Maranhão, (..) e, salvo engano, Veríssimo de Melo.
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RUA DA PALHA
Há muitos anos atrás a atual rua 11 de agosto, no centro da ciade de Assu, era denominada de rua da Palha. Era naquele logradouro onde morava um dos amores do poeta Renato Caldas. Ele dizia aos amigos e conterrâneos que desejava ser homenageado com o seu nome dado aquela rua, o que ainda não fora atendido pelos governantes e vereadores o Assu. Quando eu fui vereador daquela terra assuense de 1983 a 1988 entrei com um projeto de lei para que fosse dado o seu nome conforme o proprio poeta pede no poema transcrito adiante. Pena que não fora aprovado pela maioria dos vereadores daquela casa legislativa do Assu. Vejamos o poema intitulado de "Rua da Palha", que diz assim:
Esta é a Rua da Fome:
Nela eu quero meu nome,
Quando algum dia morrer.
Não quero placa esmaltada;
Pode se enferrujada,
- De acordo com o meu viver.
E, caso isso acontça,
Faço questão que apareça
Essa sincera inscrição:
Renato Caldas, um nobre
Que na choupana do pobre
Entrava como um irmão.
Não era "Nacionalista"
E nem ao neologista
Estendeu a sua mão.
Viveu sempre embriagado.
Só não foi no seu passado
Um desonestso. Um ladão.
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Esta é a Rua da Fome:
Nela eu quero meu nome,
Quando algum dia morrer.
Não quero placa esmaltada;
Pode se enferrujada,
- De acordo com o meu viver.
E, caso isso acontça,
Faço questão que apareça
Essa sincera inscrição:
Renato Caldas, um nobre
Que na choupana do pobre
Entrava como um irmão.
Não era "Nacionalista"
E nem ao neologista
Estendeu a sua mão.
Viveu sempre embriagado.
Só não foi no seu passado
Um desonestso. Um ladão.
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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
LEMBRANDO O COMITÊ DO MATO
E quem não se lembra do Comitê do Mato, em Assu. Era uma propriede, casa e escritório de Pedro Capistrano (um dos pioneiros na exploração do ramo de fabricação de cerâmica (telha) no Vale do Assu. Lá, naquele comitê, se reuniam amistosamente pessoas como o próprio Pedro capistrano e filhos, Coca, Zé Maria, dentre outras figuras daquela terra politiqueira que é o Assu. Na fotografia vejamos (?) Luiz Tavares que naquela época era o vice-prefeito de Floriano, Piaui (?) ex-deputado Olavo Montenegro (discursando), o corretor de imóveis Antônio Galliza, vereador Fernando "Fanfa" Caldas, ex vice-prefeito do Assu José Wilson de Souza, ex-vereador Jobeni Machado, dentre outros. A foto, salvo engano, é data de 1985. Dê um clique na fotografia.
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LEMBRANDO A AMVALE
AMVALE - Associação da Microregião do Vale do Assu criado por Ronaldo Soares quando prefeito do Assu (1983-88). Abrangia os municípios de Assu, Macau, Carnaubais, Alto do Rodrigues Pendências e Ipanguaçu. A fotografia fora tirada quando da visita do deputado federal João Faustino a aquela instituição prestes a ser inaugurada. Naquela época Faustino era o candidato a governador do Rio Grande do Norte. Vejamos na fotografia: deputado João Faustino, prefeito Ronaldo Soares, vereador Fernando "Fanfa" Caldas, vereador Domício Soares, dentre outros. A foto é recorte do jornal Diário de Natal. Clique na imagem para visualizar melhor.
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A CERA DE CARNAÚBA DO ASSU EM EXPOSIÇÃO NO EXTERIOR, 1971
A Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu Ltda - Coapeval e a Mercantil Martins Irmão em exposição numa certa feira de exportação no exterior (não recordo em que continente) em 1971. (Clique na fotorafia para visualizar melhor). Foi a cera de carnaúba e a poesia que elevou o nome do Assu além fronteiras, bem como a fruticultura irrigado no momento. Pena que a carnaubeia fora quase toda erradicada na região e, a fruticultura sendo atingida pelas sequentes enchentes que aterroriza aquela promissoa região.
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SOLENIDADE NA CÂMARA MUNICIPAL DO ASSU
Sessão solene na Câmara dos Vereadores do Assu em 1985 Entrega do prêmio ao poeta ganhador do Concurso de Poesia João Lins Caldas promovido pela Prefeitura Municipal do Assu na administração do prefeito Ronaldo Soares (que dava continuidade a sua política de incentivar a cultura assuense), além da entrega de títulos de Cidadão Assuense a várias figuras que prestaram serviços ao município do Assu. Fotografia, da esquerda para direita: ex-deputado Edgard Montenegro, Fernando Caldas (que naquela época era o presidente do legislativo assuense) e o prefeito Ronaldo Soares.
Fernando Caldas
LEMBRANDO A COAPEVAL
A fotografia acima é data de 1977. Dia de assembléia Ordinária da Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu Ltda - COAPEVAL. Uma cooperativa que fora Caixa Rural (seu primeiro passo), depois houve uma reforma transformando-a em Caixa Rural e depois denominou-se de Banco Rural Cooperativo que emprestava dinheiro a longo prazo. Veio então a Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu Ltda, outro passo que deu certo para aquela cooperativa de compra e venda de cera de Carnaúba, algodão, revenda de produtos agropecuários e produção de sementes selecionadas e fiscalizadas. No início da década de sessenta já teria dado incentivo a uma bacia leiteira (foi a primeira bacia leiteira criada no Vale o Açu), tendo cada cooperado comprado o seu rebanho da raça holandeza, com cinco anos para pagar. A Coapeval também já explorou uma uzina de arroz, mandioca e de cera de carnaúba que vendia aquele produto ao importador cearense, bem como uma frota de tratores para atender ao seu associados, financiamento para a cultura de algodão e aquisição de implementos agrícolas. Na fotografia vejamos os senhores José Nazareno Tavares (Barão) e José Mariano Fonseca (ambos do Conselho Fiscal), Eilson Amorim que gerenciava naquela época em Assu, a agência do Banco Nacional do Norte - BANORTE, e Edmilson Lins Caldas que gerenciou aquela coopertaiva de 1967 até finaIs de 1990. Foram seus presidentes Francisco Augusto Caldas de Amorim, José Dias da Costa, Edgard Montenegro, Helder Cortez Alves e atualmente, salvo engano, é o senhor João Gregório Junior.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
DICIONÁRIO DA MÚSICA DO RIO GRANDE DO NORTE
O livro intitulado Dicionário da Música do Rio Grande do Norte é de autoria da escritora Leide Câmara, 521 páginas, 2001. Tem orelha de Mário Tavares membro da Academia Brasileira de Música, bem como apresentação da própria autora e tras o selo da Acervo da Música Potiguar. O referenciado livro, Leide começou a idealizar conforme ela depõe, coordenava o Projeto Zé Menininho (projeto de música e poesias) dos bairros da Cidade da Esperança e Rocas, da Secretaria Municipal de Cultura, e do Festival de Artes realizado na Cidade da Criança, na décade de 1980.
Por sinal, Leide Câmara que conheci há poucos meses atrás é minha prima próxima pelo lado da minha avô materna. Dela recebi um volume daquele dicionário com a seguinte dedicatória que muito me alegrou, que diz assim: "Fernando Caldas laços familiares nos une, e também pesquisa de nosso RN. Um abraço da prima Leide Câmara".
Aquele livro trás traços biográficos dos poetas e músicos assuenses como Renato Caldas, Francisco Elion Caldas Nobre (Chico Elion autor das famosas canções Ranchinho de Páia e Moinho D'água interpretadas por grandes músicos da canção brasileira como Trio Irakitan, Luiz Gonzaga Rinaldo Calheiros), além da Grande Núbia Lafayete ("a garota assuense, como era apresentada nas emissoras de rádios) falecida recentemente. Fica, portanto, o registro desta obra literária que enriquece as letras norte-riogandenses.
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ZELITO CORINGA NA NOVELA DA GLOBO
FOTOGRAFIAS DO BLOG FALANDO DE SABERES
Por Dávila Reis
O potiguar Zelito Coringa, artista de sangue puramente nordestino começa 2010 expandindo o seu talento e buscando novos horizontes. Prestes a retornar a carnaubais, a sua cidade natal no Estado do Rio Grande do Norte, que nos confessa o músico: Lá pretendo desenvolver nos próximos meses um grande projeto cultural em comemoração aos meus 10 anos de carreira solo. Zelito tem um cd autoral gravado, faz tilha para teatro, cria instrumentos, escreve cordel, usa afinações alternativas, e é integrante do Bendita Companhia, parceiro de Marcoliva e Tatiana Cobbett. \Conheci Zelito em meio à correria das gravações de Passione, sujeito de enorme criatividade, artista que o Brasil precisa conhecer. Ele nos disse ainda que estava de passagem pela Ceagesp onde recebe o convite para participar das filmagens dos primeiros capítulos da próxima novela das oito de Silvio de Abreu, com estréia prevista para 5 de abril.
O maior entreposto de abastecimento do Brasil será o pano de fundo para essa novela da Globo.
A potagonista é Candê (Vera Holtz), comerciante de verduras, "Baroneza de Ceagesp". Reynaldo Gianecchini e Bianca Bin serão seus filhos, Fred e Fátima. Além das cenas com os atores, feirantes e figurantes, a Globo fez arquivo de imagens abertas do local para usar ao longo da trama. No final de fevereiro a equipe da Globo parte parra a região da Toscana, na Itália, em que será ambientado o início da história. Paralela às locações internacionais, outra equipe estará concentrada no Projac para o início da produção em estúdio.
NOTA DO BLOG: Zelito Coringa acaba de informar ao organizador deste blog através do Orkut que musicou um poema do grande poeta matuto Renato Caldas sob o título "A Muié e o Amor". Deve ter ficado uma jóia de canção! Vamos agurdar!
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PARTE DA ENTREVISTA DE WOBER JUNIOR A REVISTA FOCO DO RN
(Transcrito do blog de Juscelino França/Fonte: Revista Foco do RN)
Wober Junior: "Todas as opiniões da senadora Rosalba Ciarline têm viés de mediocriade".
FOCO - Qual o projeto do PPS para as eleições deste ano no RN?
Wober Junior - Nesso projeto é eleger um ou dois deputados estaduais, um deputado federal que provavelmente será o ex-senador Geraldo Melo, e fortalecer a candidatura de Iberê Ferreira de Souza para o governo do estado. Além disso, temos como principal bandeira a eleição do canidato do PSDB à presidência da república - provavelmente José Serra.
Foco - O PPS têm prioriades para o Senado?
Wober Junior - Temos prioridade para o senado no sistema que alavanca a candidatura de Iberê. A governadora Wilma de Faria é o primeiro voto do PPS e o segundo voto vai paa aquele que vier a somar com a vitória de Iberê Fereira.
FOCO - Quais são as chances. A população vai comparar o governo de Iberê Ferreira de Souza com a senadora Rosalba Ciarline e com a sua sabedoria escolherá o melhor qualificado e que têm uma visão comtemporânea ao nosso tempo.
A população vai escolher aquele que têm uma experiência administrativa suficiente para entender as mudanças que ocorrem no mundo e que afetam diretamente o Estado. O mundo global, por exemplo, têm sido de descobertas e inserção de podutos no mercado. O estado com Iberê terá uma estrutura, em parceria com os empresários, para que nossos produtos sejam comercializados em continentes e países diferentes.
O Rio Grande do Norte terá que pensar globalmente - desde o o ponto de vistas dos serviços, como o turismo, até o ponto de vista de sua produção.
FOCO - O senhor não acreita no preparo de Rosalba Ciarline paa ser governadora do Rio Grande do Norte?
A senadora Rosalba Ciarline não revelou até agora nenhuma
idéia para o Rio Grande do Norte. Nem na área de serviços, nem na área da industria, nem na agricultura, nem na área de inovações tecnológicas. Ninguém conhece uma idéia da senadora Rosalba Ciarline sobre nenhum asssunto importante do Rio Grande do Norte.
Ela se incomodou ainda em discutir as questões que são realmente importantes para o Estado. Todos as opiniões da senadora Rosalba Ciarline têm viés de mediocridade.
Ela diz: a saúde vai mal, a educação vai mal, a agricultura vai mal. Sim, e aí? Isso vai resolver?
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Wober Junior: "Todas as opiniões da senadora Rosalba Ciarline têm viés de mediocriade".
FOCO - Qual o projeto do PPS para as eleições deste ano no RN?
Wober Junior - Nesso projeto é eleger um ou dois deputados estaduais, um deputado federal que provavelmente será o ex-senador Geraldo Melo, e fortalecer a candidatura de Iberê Ferreira de Souza para o governo do estado. Além disso, temos como principal bandeira a eleição do canidato do PSDB à presidência da república - provavelmente José Serra.
Foco - O PPS têm prioriades para o Senado?
Wober Junior - Temos prioridade para o senado no sistema que alavanca a candidatura de Iberê. A governadora Wilma de Faria é o primeiro voto do PPS e o segundo voto vai paa aquele que vier a somar com a vitória de Iberê Fereira.
FOCO - Quais são as chances. A população vai comparar o governo de Iberê Ferreira de Souza com a senadora Rosalba Ciarline e com a sua sabedoria escolherá o melhor qualificado e que têm uma visão comtemporânea ao nosso tempo.
A população vai escolher aquele que têm uma experiência administrativa suficiente para entender as mudanças que ocorrem no mundo e que afetam diretamente o Estado. O mundo global, por exemplo, têm sido de descobertas e inserção de podutos no mercado. O estado com Iberê terá uma estrutura, em parceria com os empresários, para que nossos produtos sejam comercializados em continentes e países diferentes.
O Rio Grande do Norte terá que pensar globalmente - desde o o ponto de vistas dos serviços, como o turismo, até o ponto de vista de sua produção.
FOCO - O senhor não acreita no preparo de Rosalba Ciarline paa ser governadora do Rio Grande do Norte?
A senadora Rosalba Ciarline não revelou até agora nenhuma
idéia para o Rio Grande do Norte. Nem na área de serviços, nem na área da industria, nem na agricultura, nem na área de inovações tecnológicas. Ninguém conhece uma idéia da senadora Rosalba Ciarline sobre nenhum asssunto importante do Rio Grande do Norte.
Ela se incomodou ainda em discutir as questões que são realmente importantes para o Estado. Todos as opiniões da senadora Rosalba Ciarline têm viés de mediocridade.
Ela diz: a saúde vai mal, a educação vai mal, a agricultura vai mal. Sim, e aí? Isso vai resolver?
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sábado, 20 de fevereiro de 2010
SABUGO HIGIÊNICO
Alfredo Mesquita como deputado estadual era conhecido pelo seu temperamento impetuoso e autoritário. e uma feita, discursando na Assembléia, tecia aqtaque ao então governador Dinarte Mariz. Não gostava muito de ser aparteaado por seus colegas, pois, seguno dizia, "quebrava o ritmo do seu raciocínio". Poré,, a certa altura, recebeu um aparte de um colega da UDN que procurou defender o governo. Ao fim do aparte, virou-se para a bancada da UDN e sentenciou: "um aparte bosta como esse, só podia partir de um deputado como Fulano de Tal, sabugo, higiênico de todos os governos do Rio Grande do Norte". O riso foi geal. E nem por isso o deputado, que era seu amigo, se sentiu ofendido, pois conhecia seu temperamento.
Valério Mesquita
(Do livro "Macaíba de seu Mesquita, 2. edição)
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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
EM CARNE
Ai! quando um dia eu te cingir, cativa
De meus afetos, desmaiada e nua,
Tu rolarás como uma chama viva,
Quando eu morder-te a fina carne crua...
Tu'alma branca, que em ilusões flutua,
Que à amargura e ao desprazer se priva,
Gás dessa chama que o meu peito atua
Irá rolando loucamente, esquiva...
E sobre a nave desse leito branco,
Bem enlaçados, num aperto franco,
Os nossos corpos rolarão, querida.
Então verei do teu olhar fogoso:
A viva chama que alimenta o gozo,
A viva chama que alimenta a vida.
João Lins Caldas
(Sacramento, 31.8.1907)
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De meus afetos, desmaiada e nua,
Tu rolarás como uma chama viva,
Quando eu morder-te a fina carne crua...
Tu'alma branca, que em ilusões flutua,
Que à amargura e ao desprazer se priva,
Gás dessa chama que o meu peito atua
Irá rolando loucamente, esquiva...
E sobre a nave desse leito branco,
Bem enlaçados, num aperto franco,
Os nossos corpos rolarão, querida.
Então verei do teu olhar fogoso:
A viva chama que alimenta o gozo,
A viva chama que alimenta a vida.
João Lins Caldas
(Sacramento, 31.8.1907)
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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
ME DÁ UM DINHEIRO AÍ
No município do Assu, na década de cinquenta, sessenta e setenta, disputava a liderança do Vale do Assu os deputados estaduais chamados Olavo e Edgard Montenegro. Olavo tinha fama de gastador e Edgard de 'pão duro" , no dizer popular. O muito exigente, vendia o voto por um prato de comida no dia da eleição (ficavam encurralados), por um sapato, uma camisa, uma calça, dentadura e outros bichos. Pois bem, numa certa eleição o combativo deputado Olavo disputava a reeleição, bem como Edgard. Os organizadores da campanha deste último saíram pelo comércio da cidade, para conseguir algum dinheiro e, consequentemente, ajudar a sua reeleição a assembléia legislativa estadual. O primeiro a ser abordado fora o compadre e amigo de Edgard chamado Manoel de Camilo também tido na cidade como 'pão duro'. Aqueles organizadores disseram a ele, Manoel, que Edgard logo após a eleição devolveria a quantia que ele pudesse arranjar. Dito e feito. Camilo arranjou uma quantia significante e, passaram as eleições, um mês, dois, e nada de Manoel ter o retorno da quantia emprestada. Veio o mês de fevereiro, carnaval no Clube Municipal (altos da prefeitura) Edgard dançava com os amigos cada um com a mão no ombro de cada um, dançando circulando pelo salão. Foi então quando a orquestra começou a tocar o frevo canção que diz assim: "Ei você aí, me dá um dinheiro aí me dá um dinheiro aí". Manoel de Camilo aproveitando a oportunidade cobrou ao velho compadre (inocente com o referido empréstimo) batendo forte em seu ombro acompanhando o rítimo daquela música dizendo em voz alta ao pé do ouvido de Edgard de tal modo: "Ei compadre aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí". É que em carnaval de tudo acontece!
Em tempo: Essa estória não tem o sentido de denegrir a imagem de Edgard Montenegro, absolutamente. O povo do Assu conhece da sua integridade absoluta. Tenho por ele, além dos laços de parentescos que nos une, uma grande admiração e respeito. O sentido dessa estória é apenas humorístico.
Fernando Caldas
CARNAVALEU - CARNAUBAIS
Meu conterrâneo, amigo (ex-colega de assembléia legislativa) professor Aluízio Lacerda e o prefeito de Carnaubais Luizinho Cavalcante prestigiando o carnaval da tera carnaubense as margens do Piranhas.Fotografias do Blog de Juscelino Franca e Aluízio Lacerda.
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domingo, 14 de fevereiro de 2010
IMPERATRIZ ALECRINENSE CANTA ASSU
Imperatriz Alecrinense é uma Escola de Samba de Natal fundada em 1986. No carnaval deste ano traz o enredo intitulado "Imperatriz Alecrinense Canta Assu, terra de poeta e Cantores". Eu tive o praze de ter sido procurado em Natal pelo presidente daquela agremiação carnavalesca para dar algumas informações históricas sobre aquele importante município (na cultura e na economia) potiguar.A letra é de Francisco Canindé França e música de Ivando Monte. Hoje (domingo) ela desfile naquela capital e terceira feira na cidade de Assu. A prefeitura do Assu através o seu dinâmico e jovem prefeito ajudou financeiramente com aquela escola de samba segundo o seu diretor financeiro Francisco Canindé.
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sábado, 13 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
O DESEQUILÍBRIO DOS CONTRÁRIOS
Por Valério Mesquita, escitor (mesquita. valerio@gmail.com)
01) O juiz aposentado Sábato Barbosa D'Andréa conhece muitas histórias do folclore político do Rio Grande do Norte. Contou-me esta acontecido no velho oeste das lutas políticas do passado entre as famílias Torquato e Nunes. Podia se dizer que ali imperavam eleições fraudulentas. Um exemplo típico dessa refrega chega aos nossos dias com o desabafo no confessionário da igreja local de Epífânio Gameleira do Rego ao páraco José Aires, de notória preferência política por uma das facções litigantes. Epífânio, católico fervoroso, estava arrependido por uma prática ilícita cometida no dia da eleição: "Padre, vim confessar um terrível pecado". O vigário fitou-o, consolando-o: "Nenhum pecado, por mais horrível que seja, não deixará de obter de Deus Pai Todo Poderoso a sua infinita misericórdia. E qual foi o ato que você praticou?". Ainda aflito e trêmulo, Gameleira segredou: "Padre, na última eleição, como presidente da secção eleitoral, deixei votar um eleitor com o título de outra pessoa". O clérigo acalmou o paroquiano com doces palavras. Porém, quis saber, qual o partido político que ele havia beneficiado. Epifânio estremeceu, pois sabia a posição partidária do seu confessosr. Todavia, ali, estava, também, na presença de Deus e a absolvição achava que viria através do sacedote. E abriu o jogo: "Beneficiei, o lado dos doutores Israel e Licurgo Nunes!!". Pois, você vai pagar esse pecado nos quintos dos infernos, desgraçado!". Vociferou o padre, de pé e dedo em riste.
2) Sem sair do oete, em Mossoró, o prefeito Dix-Huit Rosado andava as turras com os seus sobrinhos e trocavam farpas em suas respectivas emissoras de rádio. Certo dia, o velho alcaide confessou a um amigo dileto suas mágoas e amarguras. "Você já viu um mafioso carcamano de perto?". Ante a curiosidade do seu auxiliar, continuou: "Vá agora pra calçada da emissora deles. A peça está quase saindo". "Mas doutor", disse o amigo. "Não é carne da mesma carne?". O velho respondeu filosoficamente: "Aquilo é como uma vesícula, um tumor: se extrair não faz falta". Na política briga de família é pior do que no inventário.
03) Em Macau, Chico de Laura, classe "A" decadente, entregou-se por inteiro ao vício do alcool. Ficou aborrecido com as conversas repetidas, próprias dos ébrios. . Chegando em um botequim, deu as ordens: "Bota aí, uma cana pra mim, , uma pra você e uma pro meu amigo". O proprietário João Inácio, colocou as doses, embora só os dois estivessem presentes. Chico tomou duas. João Inácio tomou a terceira. Esse quadro repetiu-se várias vezes. Lá para as tantas, a notícia desagradável: não tinha dinheiro para pagar a conta. Chico de Laura, levou uns tapas, e, foi emborra. Uma semana depois, voltou ao bar: "Bota aí duas canas; uma pra mim e outrra pro meu amigo". O dono, com a cara de poucos amigos, ameaçou: "E a minha? Não vai autorizar?". O boêmio Chioco de Laura, foi fantástico no controle da soliariedade: "Não! Você quando bebe fica muito violente".
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01) O juiz aposentado Sábato Barbosa D'Andréa conhece muitas histórias do folclore político do Rio Grande do Norte. Contou-me esta acontecido no velho oeste das lutas políticas do passado entre as famílias Torquato e Nunes. Podia se dizer que ali imperavam eleições fraudulentas. Um exemplo típico dessa refrega chega aos nossos dias com o desabafo no confessionário da igreja local de Epífânio Gameleira do Rego ao páraco José Aires, de notória preferência política por uma das facções litigantes. Epífânio, católico fervoroso, estava arrependido por uma prática ilícita cometida no dia da eleição: "Padre, vim confessar um terrível pecado". O vigário fitou-o, consolando-o: "Nenhum pecado, por mais horrível que seja, não deixará de obter de Deus Pai Todo Poderoso a sua infinita misericórdia. E qual foi o ato que você praticou?". Ainda aflito e trêmulo, Gameleira segredou: "Padre, na última eleição, como presidente da secção eleitoral, deixei votar um eleitor com o título de outra pessoa". O clérigo acalmou o paroquiano com doces palavras. Porém, quis saber, qual o partido político que ele havia beneficiado. Epifânio estremeceu, pois sabia a posição partidária do seu confessosr. Todavia, ali, estava, também, na presença de Deus e a absolvição achava que viria através do sacedote. E abriu o jogo: "Beneficiei, o lado dos doutores Israel e Licurgo Nunes!!". Pois, você vai pagar esse pecado nos quintos dos infernos, desgraçado!". Vociferou o padre, de pé e dedo em riste.
2) Sem sair do oete, em Mossoró, o prefeito Dix-Huit Rosado andava as turras com os seus sobrinhos e trocavam farpas em suas respectivas emissoras de rádio. Certo dia, o velho alcaide confessou a um amigo dileto suas mágoas e amarguras. "Você já viu um mafioso carcamano de perto?". Ante a curiosidade do seu auxiliar, continuou: "Vá agora pra calçada da emissora deles. A peça está quase saindo". "Mas doutor", disse o amigo. "Não é carne da mesma carne?". O velho respondeu filosoficamente: "Aquilo é como uma vesícula, um tumor: se extrair não faz falta". Na política briga de família é pior do que no inventário.
03) Em Macau, Chico de Laura, classe "A" decadente, entregou-se por inteiro ao vício do alcool. Ficou aborrecido com as conversas repetidas, próprias dos ébrios. . Chegando em um botequim, deu as ordens: "Bota aí, uma cana pra mim, , uma pra você e uma pro meu amigo". O proprietário João Inácio, colocou as doses, embora só os dois estivessem presentes. Chico tomou duas. João Inácio tomou a terceira. Esse quadro repetiu-se várias vezes. Lá para as tantas, a notícia desagradável: não tinha dinheiro para pagar a conta. Chico de Laura, levou uns tapas, e, foi emborra. Uma semana depois, voltou ao bar: "Bota aí duas canas; uma pra mim e outrra pro meu amigo". O dono, com a cara de poucos amigos, ameaçou: "E a minha? Não vai autorizar?". O boêmio Chioco de Laura, foi fantástico no controle da soliariedade: "Não! Você quando bebe fica muito violente".
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ANTIGAS ALUNAS DO COLÉGIO NOSSA SENHORA DAS VITÓRIAS
A direita (freira) podemos ver Irmã Juzifina que era muito querida por todos os alunos daquele educancário inclusive por mim (autor deste blog) que por ela passaram como professora e Irmã superiora, além de todos os assuenses. A fotografia (tirada no interior daquela escola) é do acervo da assuense Genilda Macedo Varela que está na fotografia.
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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
SÚPLICA
Vai alta noite já. Entro em meu quarto
À procura de um bem que não existe.
Passo as horas cismando, cheio, farto,
Desta saudade que em meu ser persiste.
Tenho opressão como se fosse enfarto,
Se processando na minha alma triste.
E se ânsias cuéis. sozinho parto,
Volto a te desejar. Ninguém resiste.
É a falta de ti que me aborrece.
E a insipidez a ausência me parece,
O longo isolamento do degredo.
Vem, já não suporto este martírio.
Aos meus olhos eu vejo a luz do círio,
Fica perto de mim. Não tenhas mêdo.
Francico Caldas de Amorim (Chisquito).
À procura de um bem que não existe.
Passo as horas cismando, cheio, farto,
Desta saudade que em meu ser persiste.
Tenho opressão como se fosse enfarto,
Se processando na minha alma triste.
E se ânsias cuéis. sozinho parto,
Volto a te desejar. Ninguém resiste.
É a falta de ti que me aborrece.
E a insipidez a ausência me parece,
O longo isolamento do degredo.
Vem, já não suporto este martírio.
Aos meus olhos eu vejo a luz do círio,
Fica perto de mim. Não tenhas mêdo.
Francico Caldas de Amorim (Chisquito).
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
TROVINHA AMOROSA DE RENATO CALDAS
Moreninha quando vejo
Essa roupa na janela
Acorda em mim o desejo
Lembrando você sem ela.
Renato Caldas
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Essa roupa na janela
Acorda em mim o desejo
Lembrando você sem ela.
Renato Caldas
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CARNAVAL DE TODOS - ASSU
O "Carnaval de Todos", de Assu é uma organização do Grupo Diniz (Wilde Diniz). Ocorreu sábado naquela terra festeira com a prsença de um grande número de políticos do Estao como A senadora Rosalba Ciarline, Senador José Agripino, deputado estadual José Adécio, deputado fedeal Felipe maia, o jovem e dinâmico prefeito do Assu Ivan Junior, Fátima Moais, além dos pré-candidatos a deputados estaduais como George Soares, Juscelino Frrança e o pré-candidato a deputado federal pelo PPS o ex-vereado o Assu Fernando "Fanfa" Caldas. Parabéns ao Grupo Diniz pela grande festa.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
ANTIGA CARTEIRA DE MOTORISTA - RN
Antiga Carteira Nacional de Habilitação pertencente a senhora Gelza Tavares (mãe do autor deste blog, atualmente com 83 anos de idade). Se ela, Gelsa, não é a primeira motorista do Rio Grande do Norte, é pelo menos uma das primeiras. A habilitação ainda é do tempo em que o departamento de trânsito do Estado potiguar denominava-se Inspetoria Estadual do Trânsito. Até porque em pesquisa no Detran (RN) e na internet não há, portanto, nenhum registro de outra pessoa. A carteira é datada de 3 de dezembro de 1952. Fora tirada na cidade de Assu naquele ano. O veículo com que ela habilitou-se era um Plymouth, da Khysler, industria de autoveis norte-americana. O veículo referido era idêntico o da fotografia, ano de fabricação 1948, que ela heara e seus pais que faleceram no desatre aviatório do Rio do Sal em 1951.
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"O GRANDE HOMEM"
Por José Luiz Silva
"O grande homem não ama. E não desama. Tem mulher para casa e amante paa exibições mundanas. As duas, presas à sua condição de grande homem.
O grande homem tem emoções, masm as controla através de um compuador miniaturizado que carrega no ventre próspero. Tem coração, mas as suas pulsações são controladas pelo marca-passo. Tudo nele é funcional. O riso e o sorriso, a cara fechada, as piscadelas, o suor na fronte, a untuosidade das mãos, os dedos grossos, as unhas curtas e enceradas. Até o pigarro é motivo para desfraldar o lenço branco e atrás esconder o seu enfado.
O grande homem não trai. Faz política. Tem jogo de cintura. Traidores são os que divergem de suas opiniões pendulares, de sua verdade granítica, os que enfarados o abandonam.
O grande homem não rouba. É negociante. Ladino. Comércio é isso desde que o mundo é mundo. Desde que surgiu na terra o primeiro grande homem. Ladrão é pequeno e desonesto, ousou o primeiro avanço, quis imitá-lo, repetindo no varejo o que só no atacado conquista imunidades.
O grande homem não mente. Fala com a verdade. Exagera. É otimista. Ilude-se com as aparências. É traído pelas perpectivas. A sua palavra é lei. A sua verdade também. Camando a legislar, não se enquadra nos mandamentos legais, que cria para disciplinar o vulgo.
O grande homem entende que as pessoas existem em sua função. A seu serviço. Para ele, quando não servem são descartadas. Enquanto ele não tem contas a prestar. Às vezes na sua intuição (o grande homem é intuitivo) vende o servidor que há não lhe interessa. Negócio é negócio.
O grande homem criou, numa de suas iluminações interiores (ele é um iluminado) um código de ética a seu seviço. E outro para limitar os outros. Pelo seu código, "amigos. amigos, negócios à parte". No código alheio, um descuido é traição ou dureza de coração.
O grande homem não se prende à lealdade. Leais devem ser os servos. Ele paira acima as contingências.
o Grande homem não houve ninguém, fora do círculo próprio dos grandes homens. Decide. E exige obediência, coerência. Daí porque é líder. E nele descobrem veios de carisma.
O grande homem pode comercializar, negociar, instrumentalizar atendendo aos seus interesses. O homem comum, não. Quem nada tem, deve ter vergonha na cara.
Diante de outros grandes homens, o grande homem é humilde e manso de coração. Pede. Suplica. Requer. Espera deferimento. Oferece. Dá. Diante do homem comum, é impetuoso, valente, intransigente, moralista. A humandade, ele a olha de cima para baixo, se possível e quando, em gesto de compunção.
O grande homem vive dos outros, dos favores, conceções, condescendência, credulidade, trocas, arreglos. advocacia administrativa, conlúios, mordomias, ociosidade (se possível com dignidade), grandes frases, grandes discursos, grandes patriotismos. O homem comum pede pouco, o sobejo da mesa, o mínimo sem o qual (SantoTomaz de Aquino) a própria virtude não é exigível. É um impertinente, importuno, postulante, chato.
(Artigo publicado em a Tribuna do Norte 18.4.1982).
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O COMEÇO DA ELETRIFICAÇÃO RURAL NO VALE DO ASSU
Direita para esqueda: ex-prefeito escritor Francsico Amorim (Chisquito), prefeito do Assu João Batista Montenegro, Presidente do INDA (hoje INCRA) Dix-zuit Rosado, Dom Eliseu e o ex-prefeito do Assu Costa Leitão. Ali foi dado os primeiros passos para eletrificar o Baixo Assu.
DOM ELISEU VISTANDO OSVALDO AMORIM
O jornalista e gigante Osvaldo Amorim sendo visitado em 1969 por Dom Eliseu Simões Mendes ("O Bispo dos Vales Úmidos") na sua casa em Assu. Dom Eliseu foi um dos pioneiros do Baixo Assu.Na fotografia vejamos direta para esquerda, Adonias Bezerra de Araújo, Osvaldinho como era mais conhecido, a estudante Livanete Barreto?, e Dom Eliseu, dr Tarcísio Amorim. Adonias naquele tempo era Coletor da Fazenda Estadual e Diretor do Ginásio Pedro Amorim da CNEG e secretariou Dom Eliseu durante a sua permanência naquela região varziana no início da década de sessenta. Uma coisa eu tenho certeza. Ali, se descutia o vale e seus problemas.
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PRAÇA DO SAL
Praça Conde Matarazzo (início dos anos setenta) também chamada de Praça o Sal, como é mais conhecida. Depois como ainda é atualmente denomina de Praça do Sesquicentenário, uma homenagem do povo assuense e do prefeito Lourinaldo Soares pela passagem do sesquicentenário do muinicípio do Assu. Fora construída na administração da prefeita Maria Olimpia Neves de Oliveira e inaugurada, salvo engano, em 1966 ou 67. Naquela praça ainda existe o busto do conde que tinha salinas no município de Macau (RN). Aquela idéia de construir aquela praça fora do ex-prefeito Costa Leitão.
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sábado, 6 de fevereiro de 2010
GEMIDOS
Com pedaços de gemidos
E o que sobra dos meus beijos,
Vou fazer uma casinha
Bem da cor dos teus desejos...
Tu verás jardins floridos
E tu´alma, que hoje é minha,
Há de errar pela casinha
Com pedaços de gemidos...
João Lins Caldas
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E o que sobra dos meus beijos,
Vou fazer uma casinha
Bem da cor dos teus desejos...
Tu verás jardins floridos
E tu´alma, que hoje é minha,
Há de errar pela casinha
Com pedaços de gemidos...
João Lins Caldas
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UMA ESTÓRIA QUE ACONTECEU EM PAU BRANCO
Pau Branco, se não me engano, é uma localidade pertencente ao município potiguar de São Rafael ou Upanema. Pois bem, tempos atrás naquele lugar realizava-se um forró pé de serra. A 'cana' dava na canela e a poeira subia no salão de barro batido. Certo rapaz já muito embriagado fora tirar uma certa moça pra dançar que ao levar um fora dela recebeu a frase adiante: "Eu só danço com gente de pau branco". Aquele moço saiu meio encabulado e logo convidou outra jovem que também se desculpou da mesma forma da primeira. A terceira mulher que ele se dirigiu era uma ' negona' que também saiu-se da mesma forma: "Eu só danço com gente de pau branco". Aquele jovem já puto da vida deu uma saidinha e, de frente a casa onde se realizava a festança, deparou-se com uma ruma de cal virgem. Pegou um bocado daquele produto, misturou com água, pintou o 'pinto' e, ao chegar perto daquela negona botou a genitália pra fora da calça e balançou dizendo assim: "E agora minha filha, dança ou não dança comigo?" É que neste sofrido sertão os causos chistosos também acontece.
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
MOISÉS SESIÓM, O BOCAGE RIO GRANDENSE
"Perdoem-me as nove musas em particular e Menemosine no geral, dar ao poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage as glórias da posia fescenina não há fama mais injusta e renome menos merecido. Bocage é altíssimo poeta sem produção sotádica "quinto livro". Mas, na acepção tradicional, dizer-se "versos de Bocage" é anunciar rimas que arrepíam os nervos pudicos.
Moisés Lopes Sesióm, Moisés Sesióm, falecido no Assu a 6 de março de 1932, é um poeta sem as honras do prelo. Possui, superior a esse título, sua podução inteiramente impressa na memória coletiva de uma região.
Raro será o rapaz, ou cidadão sizudo nas horas confidenciais de reminescências literárias ignorando uma ou algumas das "décimas" irresistíveis do poeta querido, de vida atribulada, de existência dura, de morte cruel.
Vezes, horas e horas, ouvi recitar versos e Sesióm, recordando sua boêmia, vivendo o anedotário, rico de episódios chistosos.
Mas, a parte característica na verve de Sesióm, a mais alta percetagem de versos, as respostas imprevistas e saborosas, exigem um ambiente mais restrito, uma atmosfera mais íntima que o horizonte amplíssimo dos j ornais.
Moisés Lopes, Sesióm é Miosés às avessas, nasceu no Caicó em 1884. Em 1907 fixou-se no Assu. E viveu por alí, pequeno bodegueiro, empregado no comércio e, por fim, soldado do Batalhão Policial.
Há que passe a vida escrevendo versos e morra sem ser poeta. Sesióm, sem saber, era poeta verdadeiro, espontâneo, inexgotável, imaginoso, original. Sua versalhada, satíica em proporção decisiva, não receia confronto com Laurindo Rabelo, o irrequieto Poeta Lagartixa. Apenas Laurindo Rabelo era um médico, tendo livros e amigos ilustres, Sesióm era quase analfabeto, desprotegido e paupérrimo.
Nem por isso desmerecerá para o fututo. Suas "décimas" entusiantes deviam ser reunidas em volume. Um volume fora dos mercados livrescos, mandado editar por um grupo de bibliófilos. Usa-se muito essas edições limitadas, hors commerce, defendendo do esquecimento um esforço humano digno de maior duração no tempo.
Sei muito bem que os versos de Sesióm estão mais seguros na retentiva popular do que nas páginas de um folheto. Mas essa impressão garantiria a pureza da produção humilde. impossibilitando as deturpações vindouras, instaladas no texto como letra integral.
Se o "Quinto Livro" de Bocage, e vinte volumes de alta pornografia sapientíssima estão editadas luxuosamente, custando caro, escondidos no "inferno" das bibliotecas eruditas, ciosas desses tomos de tiragens numecas, porque não estender a Moisés Sesióm o direito lógico e figurar ao lado, e muito justamente, dos seus colegas imponentes que não fizeram de melhor e de mais alegre?
A poética sensual e o hilaredo são atributos da Civilização. Os povos primitivos ou em estado de desenvolvimento inicial, não tem versos como os de Sesióm. Esses, além do mais, dariam testemunho de um engenho curioso e vibrante, diluído, apagado, improfícuo, anulado, no ciclo fechado das vidas pequeninas e melancólicas.
Aqui está um mote que lhe deram, glosado imediatamente, tal qual no Outeiros aristocráticos do século XVIII.
Bebo, fumo, jogo e danço,
Sou perdido por mulher!
Vida longa não alcanço
Na orgia ou no prazer,
Mas, enquanto não morrer
- Bebo fumo jogo e danço!
Brinco, farreio, não canço,
Me censusre quem quizer...
Enquanto eu vida tiver
Cumprindo essa sina venho,
E, além dos vícios que tenho,
- Sou perdido por mulher!...
Luiz da Câmara Cascudo
(Do livro intitulado de "O Livro das Velhas Figuras", 1978, IHGRN)
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Moisés Lopes Sesióm, Moisés Sesióm, falecido no Assu a 6 de março de 1932, é um poeta sem as honras do prelo. Possui, superior a esse título, sua podução inteiramente impressa na memória coletiva de uma região.
Raro será o rapaz, ou cidadão sizudo nas horas confidenciais de reminescências literárias ignorando uma ou algumas das "décimas" irresistíveis do poeta querido, de vida atribulada, de existência dura, de morte cruel.
Vezes, horas e horas, ouvi recitar versos e Sesióm, recordando sua boêmia, vivendo o anedotário, rico de episódios chistosos.
Mas, a parte característica na verve de Sesióm, a mais alta percetagem de versos, as respostas imprevistas e saborosas, exigem um ambiente mais restrito, uma atmosfera mais íntima que o horizonte amplíssimo dos j ornais.
Moisés Lopes, Sesióm é Miosés às avessas, nasceu no Caicó em 1884. Em 1907 fixou-se no Assu. E viveu por alí, pequeno bodegueiro, empregado no comércio e, por fim, soldado do Batalhão Policial.
Há que passe a vida escrevendo versos e morra sem ser poeta. Sesióm, sem saber, era poeta verdadeiro, espontâneo, inexgotável, imaginoso, original. Sua versalhada, satíica em proporção decisiva, não receia confronto com Laurindo Rabelo, o irrequieto Poeta Lagartixa. Apenas Laurindo Rabelo era um médico, tendo livros e amigos ilustres, Sesióm era quase analfabeto, desprotegido e paupérrimo.
Nem por isso desmerecerá para o fututo. Suas "décimas" entusiantes deviam ser reunidas em volume. Um volume fora dos mercados livrescos, mandado editar por um grupo de bibliófilos. Usa-se muito essas edições limitadas, hors commerce, defendendo do esquecimento um esforço humano digno de maior duração no tempo.
Sei muito bem que os versos de Sesióm estão mais seguros na retentiva popular do que nas páginas de um folheto. Mas essa impressão garantiria a pureza da produção humilde. impossibilitando as deturpações vindouras, instaladas no texto como letra integral.
Se o "Quinto Livro" de Bocage, e vinte volumes de alta pornografia sapientíssima estão editadas luxuosamente, custando caro, escondidos no "inferno" das bibliotecas eruditas, ciosas desses tomos de tiragens numecas, porque não estender a Moisés Sesióm o direito lógico e figurar ao lado, e muito justamente, dos seus colegas imponentes que não fizeram de melhor e de mais alegre?
A poética sensual e o hilaredo são atributos da Civilização. Os povos primitivos ou em estado de desenvolvimento inicial, não tem versos como os de Sesióm. Esses, além do mais, dariam testemunho de um engenho curioso e vibrante, diluído, apagado, improfícuo, anulado, no ciclo fechado das vidas pequeninas e melancólicas.
Aqui está um mote que lhe deram, glosado imediatamente, tal qual no Outeiros aristocráticos do século XVIII.
Bebo, fumo, jogo e danço,
Sou perdido por mulher!
Vida longa não alcanço
Na orgia ou no prazer,
Mas, enquanto não morrer
- Bebo fumo jogo e danço!
Brinco, farreio, não canço,
Me censusre quem quizer...
Enquanto eu vida tiver
Cumprindo essa sina venho,
E, além dos vícios que tenho,
- Sou perdido por mulher!...
Luiz da Câmara Cascudo
(Do livro intitulado de "O Livro das Velhas Figuras", 1978, IHGRN)
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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
POESIA
Por João Lins Caldas
A mirar-se nas águas se banhava
Nua, de pé, desenrolada a trança,
Olhava o seio, a coxa lisa olhava,
A rever tudo o que do olhar se alcança...
E a si, mansa e tímida, segredava,
Num frenesi de gozo e de bonança,
Que, formosa, mais bela se ostentava,
Meiga, na timidez de uma criança.
Revê o tronco, a curvatura branca,
E cora, e pasma e, mais ligeiramente,
Aperta as formas, o cabelo arranca...
E, aos raios da serena lua,
Revê nas águas, a corar, tremente,
A estátua branca da beleza nua.
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A mirar-se nas águas se banhava
Nua, de pé, desenrolada a trança,
Olhava o seio, a coxa lisa olhava,
A rever tudo o que do olhar se alcança...
E a si, mansa e tímida, segredava,
Num frenesi de gozo e de bonança,
Que, formosa, mais bela se ostentava,
Meiga, na timidez de uma criança.
Revê o tronco, a curvatura branca,
E cora, e pasma e, mais ligeiramente,
Aperta as formas, o cabelo arranca...
E, aos raios da serena lua,
Revê nas águas, a corar, tremente,
A estátua branca da beleza nua.
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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
POESIA
LOUCO
Por João Lins Caldas
"Há um louco feliz entre os mais loucos"
- Eleitos da ventura dizem todos.
E o louco diz achando os outros poucos
Naufragam como eu no mar dos lodos...
A multidão que se, ouvidos ocos
Dai-lhe riso p´ra rir em vez de agrados...
E, invejando, e só por todos modos...
Louco infeliz no seu caminho erguido
Segue invejado a invejar as flores
O louco sem descanso e sem cuidado.
Leva consigo pelo olhar tristonho
Os desprazeres das primeiras cores
E os desprazeres dos primeiros sonhos.
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Por João Lins Caldas
"Há um louco feliz entre os mais loucos"
- Eleitos da ventura dizem todos.
E o louco diz achando os outros poucos
Naufragam como eu no mar dos lodos...
A multidão que se, ouvidos ocos
Dai-lhe riso p´ra rir em vez de agrados...
E, invejando, e só por todos modos...
Louco infeliz no seu caminho erguido
Segue invejado a invejar as flores
O louco sem descanso e sem cuidado.
Leva consigo pelo olhar tristonho
Os desprazeres das primeiras cores
E os desprazeres dos primeiros sonhos.
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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
POESIA
Ione Medeiros Santana de Moura é assuense por adoção. Se enquadra entre os poetas da nova geração do Assu. Do livro intitulado de "Vertentes", 2002, Coleção Assuense, transcrevo o poema sob o título de "Amor Proibido". Vejamos:
Amor proibido, foi tão lindo
Que ouve entre nós. Você veio para
Mim como um vento veloz, tão
Veloz que não percebia, quando
Deu conta, em seus braços me
Perdia, nos seus braços me perdia
Apaixonada e para você me
Entregava. Era como um sonho
O que faço sem você
Você finge que não
liga pra mim
e me deixa sofrer
Esse amor bonito
Cheio de pecado e
prazer.
De amor e de pecado, de pecado fui
Aprendendo e descobrindo o
Prazer. O que eu sentia era tão
forte que não sabia o que fazer.
Amor proibido.
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Amor proibido, foi tão lindo
Que ouve entre nós. Você veio para
Mim como um vento veloz, tão
Veloz que não percebia, quando
Deu conta, em seus braços me
Perdia, nos seus braços me perdia
Apaixonada e para você me
Entregava. Era como um sonho
O que faço sem você
Você finge que não
liga pra mim
e me deixa sofrer
Esse amor bonito
Cheio de pecado e
prazer.
De amor e de pecado, de pecado fui
Aprendendo e descobrindo o
Prazer. O que eu sentia era tão
forte que não sabia o que fazer.
Amor proibido.
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domingo, 31 de janeiro de 2010
PROPAGANDA DA POLÍTICA ASSUENSE
Para registrar. "Santinho" quando Fernando "Fanfa" Caldas candidatou-se pela terceira vez a vereador do Assu-RN nas eleições de 2000 pelo PPS, cujo partido ajudou a fundar naquele ano, na terra assuense. Fanfa antes já terido sido vereador e presidiu a Câmara Municipal daquele importante município potiguar e, porque não dizer, brasileiro?.
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sábado, 30 de janeiro de 2010
LEMBRANDO IRMÃ JUSIFINA
Lembro-me muito bem dela, Irmã Jusifina Gallas. Eu era ainda menino estudante do curso primário do Colégio Nossa Senhora das Vitórias (de onde guardo boas recordações) Ela era um amor de pessoa, humanitária, emprendededora, foi ela que reconstruiu a capela daquele educandário, ou melhor remudelou. Irmã Jusifina é a primeira Filha do Amor Divino, brasileira. "Estreou no Convento do Cerro-RS em 1920. No colégio de Assu ela foi além de professora, Madre Superiora, se não me engano, entre a década de cinquenta e sessenta."Foi a primeira mestra de noviças, de 1928 a 1950, quando o noviciado era em Assu", faleceu em Natal em 1983 aos 80 anos de idade, no convento de Emaús, e esta enterrada no Cemitério Público de Assu terra que ela tanto amou e foi muito querida por todos.
Fica, portanto, a homenagem do seu ex-aluno, dizendo que a sua alma "há de brilhar e florescer como talvez nenhuma outra alma no mundo".
Fica, portanto, a homenagem do seu ex-aluno, dizendo que a sua alma "há de brilhar e florescer como talvez nenhuma outra alma no mundo".
Fernando Caldas
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CARNAVAL DE TODOS EM ASSU
Clique na imagem para visualizar melhor o convite.
Carnaval de todos em Assu é uma organização de Wilde Diniz que "há cinco anos vem festejando a amizade". O Assu é assim, feiteira, acolhedora e amiga de todos.
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Fernando "Fanfa" Caldas
Carnaval de todos em Assu é uma organização de Wilde Diniz que "há cinco anos vem festejando a amizade". O Assu é assim, feiteira, acolhedora e amiga de todos.
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Fernando "Fanfa" Caldas
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
DA POLÍTICA ASSUENSE
No passado não muito distante, a política do Assu era explorada através dos versos dos seus poetas populares que eram muitos. Manoel Calisto Dantas mais conhecido como Manoel do Lanche era um deles. Certa eleição nos idos de cinquenta candidatou-se a vereador pelo então MDB, de Olavca e João Batista Montenegro. Ele tinha um box no Mercado Público da cidade onde vendia miudezas (faleu há mais de dez anos atrás). Pois bem, para ele mesmo produziu o seu marketing político, dizendo assim:
Negue o soldado ao tenente,
Negue esmola ao aleijado,
Negue ao faminto o bocado,
Negue o remédio ao doente
Negue o major a patente,
Negue o direiro ao patrão,
Negue tudo isto eu suporto
Só não me negue o seu voto
No dia da eleição.
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Negue o soldado ao tenente,
Negue esmola ao aleijado,
Negue ao faminto o bocado,
Negue o remédio ao doente
Negue o major a patente,
Negue o direiro ao patrão,
Negue tudo isto eu suporto
Só não me negue o seu voto
No dia da eleição.
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
CYRNE LIMA EM IPANGUAÇU
O simpático ministro da agricultura Cyrne Lima, no governo Médice, esteve em Ipanguaçu em 1969. Esquerda para direita: Cyrne Lima, o jornalista assuense Osvaldo Amorim, Marriinha Amorim (esposa de Osvaldo), escritora Maria Eugênia e Dix-zuit Rosado que naquela época era o presidente nacional do INDA, atual INCRA). A fotografia acima fora tirada na Fazenda Picada/Itu, naquele município. Mais história a contar em breve sobre a vinda daquele ministro a cidade ipanguaçuense.
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AOS ASSUENSES
Por Chico Traira, poeta cordelista, cantador de viola.
Tenho orgulho em chamá-los
De Assuenses geniais,
Esses ricos imortais
Não tinham prata nem ouro.
Foram uns heróis sem medalhas
Foram monarcas sem tronos
Porém verdadeiros donos
De um prestimoso tesouro.
O dom, a inteligência,
Também pertence aos plebeus
É um presente de Deus
Entrega a quem é eleito,
Mas, a inveja, a maldade,
Da força de Deus se esquece,
Negar a quem tem direito.
Eles foram, enquanto vivos,
Admirados, queridos,
Depois ficaram esquecidos
Da mesma sociedade.
Quero nestes pobres versos
Tirá-los do esquecimento,
Filósofos de nascimento
Sem ambição, sem maldade.
Foram verdadeiros mestres
De um gigantesco saber
Pois ninguém pode apreender
Aquilo que eles souberam,
Pois só eles possuiam
Essa original cultura
O que do berço trouxeram.
Não convém possuir ouro,
Ter título, ser potentado,
Com o espírito atribulado
Não há riquesa, há miséria.
É muito infeliz quem é
Ganacioso, avarento,
E o remorso violento
Lhe corroendo a matéria.
Possuia cada um
Alta criatividade,
Talento, espontaneidade,
Inspiração do além.
Com orgulho essa riqueza
Nós devemos preservar,
Pois ninguém deve ocultar
Aquilo que os outros têm.
Foram mesmos admiráveis
Esses Assuenses nobres
Homens que morreram pobres
Cheio de tanta riqueza,
Não frequentando escolas
Porque nasceram formados,
Foram alunos aplicados
Da mestra mãe natureza.
Sabemos que a inteligência
Ninguém dá, ninguém ensina,
É uma dádiva divina,
Se sente, mas não se ver,
Pois é um fluído sagrado
Esse tão belo troféu
É um presente do céu,
É feliz quem receber.
Portanto bons Assuenses
Nâo esqueçamos jamais
Esses vultos imortais
Que nossa terra criou.
De nós já se despediram,
Findaram os mandatos seus,
Foram agradecer a Deus
O que Deus lhes ofertou.
Feliz quem vive em proeza
Que a vida é passageira,
Jogo, dança, bebedeira,
Paixão, vaidade, riqueza,
Posto, brazão, fidalguia,
Orgulho, pouca grandeza,
Tudo é mera fantasia
Aqui no globo terrestre,
Assim disse o grande mestre
Jesus, filho de Maria.
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Tenho orgulho em chamá-los
De Assuenses geniais,
Esses ricos imortais
Não tinham prata nem ouro.
Foram uns heróis sem medalhas
Foram monarcas sem tronos
Porém verdadeiros donos
De um prestimoso tesouro.
O dom, a inteligência,
Também pertence aos plebeus
É um presente de Deus
Entrega a quem é eleito,
Mas, a inveja, a maldade,
Da força de Deus se esquece,
Negar a quem tem direito.
Eles foram, enquanto vivos,
Admirados, queridos,
Depois ficaram esquecidos
Da mesma sociedade.
Quero nestes pobres versos
Tirá-los do esquecimento,
Filósofos de nascimento
Sem ambição, sem maldade.
Foram verdadeiros mestres
De um gigantesco saber
Pois ninguém pode apreender
Aquilo que eles souberam,
Pois só eles possuiam
Essa original cultura
O que do berço trouxeram.
Não convém possuir ouro,
Ter título, ser potentado,
Com o espírito atribulado
Não há riquesa, há miséria.
É muito infeliz quem é
Ganacioso, avarento,
E o remorso violento
Lhe corroendo a matéria.
Possuia cada um
Alta criatividade,
Talento, espontaneidade,
Inspiração do além.
Com orgulho essa riqueza
Nós devemos preservar,
Pois ninguém deve ocultar
Aquilo que os outros têm.
Foram mesmos admiráveis
Esses Assuenses nobres
Homens que morreram pobres
Cheio de tanta riqueza,
Não frequentando escolas
Porque nasceram formados,
Foram alunos aplicados
Da mestra mãe natureza.
Sabemos que a inteligência
Ninguém dá, ninguém ensina,
É uma dádiva divina,
Se sente, mas não se ver,
Pois é um fluído sagrado
Esse tão belo troféu
É um presente do céu,
É feliz quem receber.
Portanto bons Assuenses
Nâo esqueçamos jamais
Esses vultos imortais
Que nossa terra criou.
De nós já se despediram,
Findaram os mandatos seus,
Foram agradecer a Deus
O que Deus lhes ofertou.
Feliz quem vive em proeza
Que a vida é passageira,
Jogo, dança, bebedeira,
Paixão, vaidade, riqueza,
Posto, brazão, fidalguia,
Orgulho, pouca grandeza,
Tudo é mera fantasia
Aqui no globo terrestre,
Assim disse o grande mestre
Jesus, filho de Maria.
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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
POESIA
O olho de Deus. Imagem da NASA.
A PRECE
*Por João Lins Cldas
Senhor, Tu me mostrastes todas as estrelas e me acenaste para mim todos os brilhos do Teu mundo celeste.
A teoria dos astros em revoada
Arcanjos de longas asas como brilhantes acesos numa noite
flamejante de eternidade.
Noite sem noite
Sóis demorados
Sóis acesos como um deus, o sol aceso numa noite flamejante de eternidade.
Noite sem noite
Sóis demorados
Sóis acesos como um Deus, o sol de todas as horas fulguramente inflamadas.
Senhor, Tu em mim Te derramaste como a essência imponderável de todas as cousas,
De todods os seres,
As cousas como a Verdade
A beleza
A razão
O amor de Deus como liberdade
Senhor, como o próprio Deus.
Senhor, Tu foste em mim o como que limite do ilimitado,
O país sempre azul do eterno azul inconcretizado de todas as distâncias.
No concerto das cousas, o abstrato de todas as cousas, a marcha indefinida para a perfeição.
Senhor, e me foste a vida,
A poesia,
A canção,
A música por todas as marchas,
A marcha da vida, ilimitada,
O ilimitado sol do teu clarão...
... Senhor, e depois me deste do meu vasto coração
Um coração para todos os espinhos,
Um coração para todas as espadas,
E para todos os ferros
E depois, nos ferros, os ferros mais esbraseados.
Senhor, assim que me deste este meu vasto coração.
E de mim, no que sou, este meu coração a rolar por todas as pedras;
A subir e a descer por todas as escarpas,
Todas as cinzas, e negruras, a poeira negra do mais negro chão...
Ah! Senhor, desde que um céu desconcertado,
Enterra-me, Senhor, neste Teu como que cemitério ilimitado.
O espaço sem consciência e sem razão...
*João Lins Caldas era um poeta de versos melancólicos, amorosos, religiosos, afinal, de temas diversificados com muita obsessão pelo tema morte.
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A PRECE
*Por João Lins Cldas
Senhor, Tu me mostrastes todas as estrelas e me acenaste para mim todos os brilhos do Teu mundo celeste.
A teoria dos astros em revoada
Arcanjos de longas asas como brilhantes acesos numa noite
flamejante de eternidade.
Noite sem noite
Sóis demorados
Sóis acesos como um deus, o sol aceso numa noite flamejante de eternidade.
Noite sem noite
Sóis demorados
Sóis acesos como um Deus, o sol de todas as horas fulguramente inflamadas.
Senhor, Tu em mim Te derramaste como a essência imponderável de todas as cousas,
De todods os seres,
As cousas como a Verdade
A beleza
A razão
O amor de Deus como liberdade
Senhor, como o próprio Deus.
Senhor, Tu foste em mim o como que limite do ilimitado,
O país sempre azul do eterno azul inconcretizado de todas as distâncias.
No concerto das cousas, o abstrato de todas as cousas, a marcha indefinida para a perfeição.
Senhor, e me foste a vida,
A poesia,
A canção,
A música por todas as marchas,
A marcha da vida, ilimitada,
O ilimitado sol do teu clarão...
... Senhor, e depois me deste do meu vasto coração
Um coração para todos os espinhos,
Um coração para todas as espadas,
E para todos os ferros
E depois, nos ferros, os ferros mais esbraseados.
Senhor, assim que me deste este meu vasto coração.
E de mim, no que sou, este meu coração a rolar por todas as pedras;
A subir e a descer por todas as escarpas,
Todas as cinzas, e negruras, a poeira negra do mais negro chão...
Ah! Senhor, desde que um céu desconcertado,
Enterra-me, Senhor, neste Teu como que cemitério ilimitado.
O espaço sem consciência e sem razão...
*João Lins Caldas era um poeta de versos melancólicos, amorosos, religiosos, afinal, de temas diversificados com muita obsessão pelo tema morte.
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FIGURAS QUE FIZERAM ESTÓRIAS E HISTÓRIAS NO ASSU
Esquerda para direta: Francisco Ximenes, que era proprietário de um bar popular e aristocrático, instalado num prédio esquina com a Prefeitura Municipal, Franciscao Amorim (Chisquito), que foi prefeito daquele município, além de poeta, escritor, e o poeta matuto Renato Caldas. E por falar em Renato, este versinho para o nosso deleite:
Nenhuma mulher é troço,
Branca ou preta são belas
Lamento porque não posso ,
Ser dono de todas elas.
Em tempo: Foi o primeiro verso que Renato Caldas escreveu, data de 1914 quando ele ainda era adolescente.
Nenhuma mulher é troço,
Branca ou preta são belas
Lamento porque não posso ,
Ser dono de todas elas.
Em tempo: Foi o primeiro verso que Renato Caldas escreveu, data de 1914 quando ele ainda era adolescente.
Fernando Caldas
RELÍQUIA ESCOLAR DO ASSU
Carteira de estudante do antigo Externato São José (pertencente a Fernando Antonio Caldas autor deste blog), escola particular de Maria da Glória Pessoa (Dona Glorinha) que funcionava na sua própria residência na ciade de Assu (RN). Ela preparava com carinho e zêlo os alunos para o Exame de Admissão para o Curso Ginasial, bem como para o Concurso do Banco do Brasil que se realizava na década de cinquenta e sessenta. Foi minha querida professora naquela escola no ano de 1968 confome documento estudantiu acima que encontrei como bom guardião, revendo velhos alfarrábios. Clique na imagem para uma melhor visualização.
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Fernando "Fanfa" Caldas - 84.99913671
INTRIGA CARNAVALESCA
Por Valério Mesquita, escritor.
01 - Natal boêmia dos anos cinquenta. Natal lírica que se reunia toda no grande ponto. A história é desse tempo. Era carnaval no reinado do inesquecível Severino Galvão, amigo de Luiz de Barros e Roberto Freire. O compositor Dosinho lançava os seus últimos sucessos carnavalescos. E a animação tomava conta da capital que exportava folia. Tanto assim, que os jornais anunciavam a visita do rei Momo, primeiro e único Severino Galvão, à capital do Oeste - Mossoró, levando toda a sua corte. Não podia haver notícia melhor para estreitamento das relações entre Natal e Mossoró, pois andavam tensas por causa das estórias que os maledicentes inventavam com os mossoroenses.
Tudo pronto, transporte providenciado, discurso afiado do monarca nos trinques, parte a caravana real com confete e serpentina. Mas, em todo reino que se preza, sempre há um vilão à espreita que desmancha prazer e ameaça a coroa. O folião de longo curso Roberto Bezerra Freire resolve bagunçar o coreto e a viagem. Irreverente e brincalhão o engenheiro natalense enviou telegramas urgentes a Mossoró para o prefeito e o Delegado de Polícia alertando que "O Rei Momo que está chegando aí é um impostor". "Inclusive", prossegue o teor telegráfico, "ele vai insultar Mossoró urinando Praça Rodolfo Fernandes". Continua: "Trata-se individuo perigoso e todo cuidado é pouco. Saudações Roberto Freire". Ora, o mossoroense habituado, desde a resistência a Lampião, a reagir a provocação, entrou em estado de alerta para não dizer de "sitio. A chegada que se prenunciava triunfante foi tensa e hostil com todo o destacamento local formado para repelir os embusteiros. Detido o ônibus real do soberano Severino Galvão, ante a sua incontida perplexidade, não precisa dizer que a rainha e os súditos permaneceram prisioneiros no coletivo enquanto o rei momo era conduzido à delegacia para dar explicações sobre a inditosa viagem e o telegrama delator. Só depois de muita negociação diplomática foram liberados. Não havia Telern ainda e o discurso real foi transformado em desculpas intermináveis ante o lamentável incidente que abalou as ligações entre os dois povos.
02 - Zé de Papo sempre se dintinguiu como uma figura curiosa e querida de Macaíba. Dentre os afícios que exerceu posso lembrar o de carnavalesco (feiticeiro da tribo de índio do bloco de Zé Batata), músico, garçom, boêmio. gostava de caçar e jogar futebol no velho campo do cemitério de Macaíba, pelo time do Rio Branco. Na atividade esportiva, um fato é lembrado ainda com muito humor. Os calções dos clubes de futebol daquele tempo eram ordinários e não possuíam sunga. Zé de Papo parecia possuir um testículo caído que sempre apresentava ao público sem que ele o percebesse. Nas monobras bruscas, perna levantado, surgiu surpreendentemente o ovo de papo saudando a galera. "Bota pra dentro Zé! Bota pra dentro!", gritava a torcida. Ele pensava que era a bola e respondia para o público que não fazia gol porque ninguem lhe dava oportunidade.
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01 - Natal boêmia dos anos cinquenta. Natal lírica que se reunia toda no grande ponto. A história é desse tempo. Era carnaval no reinado do inesquecível Severino Galvão, amigo de Luiz de Barros e Roberto Freire. O compositor Dosinho lançava os seus últimos sucessos carnavalescos. E a animação tomava conta da capital que exportava folia. Tanto assim, que os jornais anunciavam a visita do rei Momo, primeiro e único Severino Galvão, à capital do Oeste - Mossoró, levando toda a sua corte. Não podia haver notícia melhor para estreitamento das relações entre Natal e Mossoró, pois andavam tensas por causa das estórias que os maledicentes inventavam com os mossoroenses.
Tudo pronto, transporte providenciado, discurso afiado do monarca nos trinques, parte a caravana real com confete e serpentina. Mas, em todo reino que se preza, sempre há um vilão à espreita que desmancha prazer e ameaça a coroa. O folião de longo curso Roberto Bezerra Freire resolve bagunçar o coreto e a viagem. Irreverente e brincalhão o engenheiro natalense enviou telegramas urgentes a Mossoró para o prefeito e o Delegado de Polícia alertando que "O Rei Momo que está chegando aí é um impostor". "Inclusive", prossegue o teor telegráfico, "ele vai insultar Mossoró urinando Praça Rodolfo Fernandes". Continua: "Trata-se individuo perigoso e todo cuidado é pouco. Saudações Roberto Freire". Ora, o mossoroense habituado, desde a resistência a Lampião, a reagir a provocação, entrou em estado de alerta para não dizer de "sitio. A chegada que se prenunciava triunfante foi tensa e hostil com todo o destacamento local formado para repelir os embusteiros. Detido o ônibus real do soberano Severino Galvão, ante a sua incontida perplexidade, não precisa dizer que a rainha e os súditos permaneceram prisioneiros no coletivo enquanto o rei momo era conduzido à delegacia para dar explicações sobre a inditosa viagem e o telegrama delator. Só depois de muita negociação diplomática foram liberados. Não havia Telern ainda e o discurso real foi transformado em desculpas intermináveis ante o lamentável incidente que abalou as ligações entre os dois povos.
02 - Zé de Papo sempre se dintinguiu como uma figura curiosa e querida de Macaíba. Dentre os afícios que exerceu posso lembrar o de carnavalesco (feiticeiro da tribo de índio do bloco de Zé Batata), músico, garçom, boêmio. gostava de caçar e jogar futebol no velho campo do cemitério de Macaíba, pelo time do Rio Branco. Na atividade esportiva, um fato é lembrado ainda com muito humor. Os calções dos clubes de futebol daquele tempo eram ordinários e não possuíam sunga. Zé de Papo parecia possuir um testículo caído que sempre apresentava ao público sem que ele o percebesse. Nas monobras bruscas, perna levantado, surgiu surpreendentemente o ovo de papo saudando a galera. "Bota pra dentro Zé! Bota pra dentro!", gritava a torcida. Ele pensava que era a bola e respondia para o público que não fazia gol porque ninguem lhe dava oportunidade.
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POESIA
Fernando de Sá Leitão é outro poeta da nova geração do Assu. Da antologia intitulada "Vertentes" (reunião com 25 poetas assuenses), publicizado pela Coleção Assuense, 2002, transcrevo o poema sob o título "Cavalo Selvagem":
Entre a dúvida e o desejo, correm cavalos selvagens,
Instintos e razão,
Que fazer, então?
Entre a dúvida e o desejo,
Há sempre cupidez,
Faces rubras ou palidez,
Boca seca, mãos frias...
Olhares alfinetantes...
Entre a dúvida e o desejo,
Existem o risco da insensatez,
E o momento de lucidez,
Onde os cavalos são domados.
Entre a dúvida e o desejo, correm cavalos selvagens,
Instintos e razão,
Que fazer, então?
Entre a dúvida e o desejo,
Há sempre cupidez,
Faces rubras ou palidez,
Boca seca, mãos frias...
Olhares alfinetantes...
Entre a dúvida e o desejo,
Existem o risco da insensatez,
E o momento de lucidez,
Onde os cavalos são domados.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
BATATA QUE O POVO GOSTA
Essa estória é muito antiga mas vale a pena relembrar. Renato Caldas poeta matuto, boêmio e andarilho (um dos maiores poetas populares do Brasil, falecido em 1991) tomando "umas e outras" pela feira livre da sua terra natal, fora abordado por uma certa vendedora de legumes que, ao vê-lo passar, disse: "Seu Renato ajude-me a vender minha bata que se encontra encalhada". Já era final de feira e aquela senhora ainda não tinha vendido nada da sua mercadoria. Renato pegou um pedacinho de papel e mandou brasa, escrevendo assim:
Batata rainha prata
É dessa que o povo gosta
Um quilo dessa batata
Dá bem 10 quilos de bosta.
"Mas Seu Renato se eu for divulgar esse versinho não vou vender minha mercadoria!" Ai Renato dobrou a doze, escrevendo noutro pedaço de papel outra trovinha conforme adiante:
Batata, bata doce
Batata que o povo gosta
Um quilo dessa batata
Dá bem 20 quilos de bosta.
Batata rainha prata
É dessa que o povo gosta
Um quilo dessa batata
Dá bem 10 quilos de bosta.
"Mas Seu Renato se eu for divulgar esse versinho não vou vender minha mercadoria!" Ai Renato dobrou a doze, escrevendo noutro pedaço de papel outra trovinha conforme adiante:
Batata, bata doce
Batata que o povo gosta
Um quilo dessa batata
Dá bem 20 quilos de bosta.
domingo, 24 de janeiro de 2010
BRASÃO E ORIGEM DA FAMÍLIA CALDAS
CALDAS.
Procedem de D. Garcia Rodrigues de Caldas, rico-homem de pendão e caldeira, natural do Reino das Astúrias, que se diz ser da Casa dos senhores de Caldelas. Tomou partido contra D. Henrique. Conde de Trastamara, nas lutas havidas com seu irmão o Rei de Castela D. Pedro, o Cruel, pelo que quando este foi vencido e aquele, com o nome de Henrique II, subiu ao trono, teve de fugir a sua vingança, vindo para Portugal na companhia de D. Fernão Anes de Lima, seu parente.
Recebeu-se com D. Leonor Sousa de Magalhães, filha de Luis Gonçalves de Sousa e de sua mulher, D. Leonor de Magalhães, senhora que lhe levou em dote as quintas da solda, Camposa e S. Martinho de Vascões, em Coura; e apresentação da igreja de Camposa, na vila dos arcos, e S. Martinho de Vascões; a quinta de Vila Verde e do paço de Coura, na freguesia de Vascões.
Seus filhos continuaram o apelido.
Desta família e das suas armas dizia-se, como informa o Padre Antônio Soares de Albergaria no primeiro terço do século XVII: "De Caldas nem armas nem almas."
As armas que usam os destes apelido são: De prata com cinco ciprestes de verde. Timbre: Um cipreste do escudo.
(Pesquisa do Museu de Ciências Naturais - Horto de Dois Irmãos - Recife - Pernambuco). Pesquisador: Petrônio Machado Cavalcanti.
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