Ney Lopes Júnior fala de planos para governar Natal por 18 dias
Publicação: 12/12/2012 10:37 Atualização: 12/12/2012 11:21
A 19 dias para terminar a atual gestão, a discussão sobre quem irá ocupar o cargo de chefe do executivo da capital potiguar ainda não chegou ao fim. Uma coletiva deverá ser realizada ainda nesta quarta-feira (12), para definir a situação. Com o atual prefeito Paulinho Freire sendo diplomado como vereador nessa sexta, e o presidente da Câmara Municipal, Edivan Martins, brigando na justiça pela validação de sua eleição, também como vereador, o possível prefeito da capital, o vereador Ney Lopes Júnior, fala sobre como recebeu o convite e como comandaria a capital potiguar por 18 dias.
Ney Lopes Júnior, de 38 anos, é filho do ex-deputado federal Ney Lopes. Além de vereador da capital potiguar, é advogado e já foi assessor do Ministério da Justiça na seção de Direitos Humanos, em 1995, assessor parlamentar na Câmara dos Deputados, em 2000, e secretário de estado junto a organismo nacionais e internacionais no governo de Wilma de Faria.
Já conversaram com você sobre assumir a prefeitura de Natal?
Já venho conversando com Paulinho há um tempo, mas ainda não há uma confirmação verbal de que ele irá renunciar a prefeitura. O que ele me disse é que hoje, no final da tarde, irá convocar uma coletiva com a imprensa, onde estaríamos eu, Edivan e ele, que será o “anfitrião”.
Quando ficou sabendo da possibilidade de assumir o cargo?
Foi há uma semana atrás. Desde então tive alguns encontros com ele onde me passou de forma muito clara e objetiva a situação do município. Até por eu ser advogado, desde que surgiu essa possibilidade de assumir o cargo, há cerca de dois meses, eu venho acompanhando de perto tudo o que está acontecendo na cidade. Ou melhor, como vereador, eu já acompanhava, mas agora venho intensificando esse acompanhamento.
Qual motivo ele alegou ao cogitar sair da chefia do executivo municipal?
Paulinho demonstrou a mim uma preocupação na dúvida jurídica de se manter ou não na prefeitura. Ele vem sendo orientado pela assessoria jurídica que há entendimentos no Tribunal Superior Eleitoral de que ele não deixa de correr o risco de ter o mandato de vereador perdido. Então, a assessoria vem orientando ele nesse sentido. Implicitamente, ele praticamente disse que vai renunciar.
E como você se sente na possibilidade de assumir a prefeitura nos últimos 18 dias da gestão?
Não estou me articulando, não estou procurando ser o prefeito de natal, apenas faço parte da linha sucessória. Me consultaram se eu aceitaria assumir e eu disse que sim. Se ele confirmar a renuncia, será um desafio, apesar do pouco tempo que eu passarei a frente da prefeitura. Mas que eu estaria à frente com muita prudência e responsabilidade, administrando uma cidade que está praticamente em estado de sitio.
Como será feita essa transição?
Terei uma reunião na Sempla para que seja feita essa mini-transição para que eu possa conhecer de fato a situação financeira do município. Aí eu certamente deverei tomar algumas medidas para que a cidade se mantenha no seu ritmo normal, fazendo o que for possível fazer. Vou buscar a contribuição e ajuda da governadora Rosalba Ciarlini, que é governadora do estado e do meu partido (DEM), do Tribunal de Contas do Estado, do Tribunal de Justiça, e todas as entidades civis e a população, para que todos possam contribuir com esses últimos dias da gestão.
Eu só não posso fazer o que não foi feito nos últimos quatro anos, mas posso manter questões referentes a saúde e esse dilema na educação, que estará sobre minha responsabilidade, através do diálogo e da transparência. Aliás, essas serão as palavras que irão fundamentar esses 18 dias da minha gestão, caso o prefeito renuncie.
Se ele sair, serão dias de absoluta transparência. Eu estarei na prefeitura para atender a todos e entrega-la no dia 01 de janeiro ao prefeito Carlos Eduardo, dentro de uma condição mínima para que ele possa administrar a cidade nos próximos quatro anos, somando ao trabalho de Paulinho Freire, em 40 dias, onde ele colocou a cidade nos trilhos. Agora só falta alguém que conduza a cidade sobre os trilhos, e se for eu, farei com responsabilidade e prudência.
Publicação: 12/12/2012 10:37 Atualização: 12/12/2012 11:21
Larissa Moura, especial para o DN Online
A 19 dias para terminar a atual gestão, a discussão sobre quem irá ocupar o cargo de chefe do executivo da capital potiguar ainda não chegou ao fim. Uma coletiva deverá ser realizada ainda nesta quarta-feira (12), para definir a situação. Com o atual prefeito Paulinho Freire sendo diplomado como vereador nessa sexta, e o presidente da Câmara Municipal, Edivan Martins, brigando na justiça pela validação de sua eleição, também como vereador, o possível prefeito da capital, o vereador Ney Lopes Júnior, fala sobre como recebeu o convite e como comandaria a capital potiguar por 18 dias.
Ney Lopes Júnior, de 38 anos, é filho do ex-deputado federal Ney Lopes. Além de vereador da capital potiguar, é advogado e já foi assessor do Ministério da Justiça na seção de Direitos Humanos, em 1995, assessor parlamentar na Câmara dos Deputados, em 2000, e secretário de estado junto a organismo nacionais e internacionais no governo de Wilma de Faria.
Já conversaram com você sobre assumir a prefeitura de Natal?
Já venho conversando com Paulinho há um tempo, mas ainda não há uma confirmação verbal de que ele irá renunciar a prefeitura. O que ele me disse é que hoje, no final da tarde, irá convocar uma coletiva com a imprensa, onde estaríamos eu, Edivan e ele, que será o “anfitrião”.
Quando ficou sabendo da possibilidade de assumir o cargo?
Foi há uma semana atrás. Desde então tive alguns encontros com ele onde me passou de forma muito clara e objetiva a situação do município. Até por eu ser advogado, desde que surgiu essa possibilidade de assumir o cargo, há cerca de dois meses, eu venho acompanhando de perto tudo o que está acontecendo na cidade. Ou melhor, como vereador, eu já acompanhava, mas agora venho intensificando esse acompanhamento.
Qual motivo ele alegou ao cogitar sair da chefia do executivo municipal?
Paulinho demonstrou a mim uma preocupação na dúvida jurídica de se manter ou não na prefeitura. Ele vem sendo orientado pela assessoria jurídica que há entendimentos no Tribunal Superior Eleitoral de que ele não deixa de correr o risco de ter o mandato de vereador perdido. Então, a assessoria vem orientando ele nesse sentido. Implicitamente, ele praticamente disse que vai renunciar.
E como você se sente na possibilidade de assumir a prefeitura nos últimos 18 dias da gestão?
Não estou me articulando, não estou procurando ser o prefeito de natal, apenas faço parte da linha sucessória. Me consultaram se eu aceitaria assumir e eu disse que sim. Se ele confirmar a renuncia, será um desafio, apesar do pouco tempo que eu passarei a frente da prefeitura. Mas que eu estaria à frente com muita prudência e responsabilidade, administrando uma cidade que está praticamente em estado de sitio.
Como será feita essa transição?
Terei uma reunião na Sempla para que seja feita essa mini-transição para que eu possa conhecer de fato a situação financeira do município. Aí eu certamente deverei tomar algumas medidas para que a cidade se mantenha no seu ritmo normal, fazendo o que for possível fazer. Vou buscar a contribuição e ajuda da governadora Rosalba Ciarlini, que é governadora do estado e do meu partido (DEM), do Tribunal de Contas do Estado, do Tribunal de Justiça, e todas as entidades civis e a população, para que todos possam contribuir com esses últimos dias da gestão.
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Natal pode ter novo prefeito nesta quinta-feiraSe ele sair, serão dias de absoluta transparência. Eu estarei na prefeitura para atender a todos e entrega-la no dia 01 de janeiro ao prefeito Carlos Eduardo, dentro de uma condição mínima para que ele possa administrar a cidade nos próximos quatro anos, somando ao trabalho de Paulinho Freire, em 40 dias, onde ele colocou a cidade nos trilhos. Agora só falta alguém que conduza a cidade sobre os trilhos, e se for eu, farei com responsabilidade e prudência.