segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

MARCAS DO NAZISMO EM FAZENDAS DO INTERIOR DE SÃO PAULO



José Ricardo Rosa, 55, conhecido como "Tatão" segurando um tijolo com a suástica nazista; após herdar a fazenda Cruzeiro do Sul na cidade de Campina do Monte Alegre ele encontrou por acaso tijolos com o sinal nazista usados na construção -
José Ricardo Rosa, 55, conhecido como “Tatão” segurando um tijolo com a suástica nazista; após herdar a fazenda Cruzeiro do Sul na cidade de Campina do Monte Alegre ele encontrou por acaso tijolos com o sinal nazista usados na construção -Fonte Folha de São Paulo –  Carlos Cecconello
Escombros de fazenda no interior paulista revelam passado de admiração ao nazismo
Os tijolos que hoje se desprendem de uma velha capelinha da fazenda Cruzeiro do Sul, servem como pistas para rastrear como um integrante de um abastado clã do Rio de Janeiro transformou sua propriedade num testemunho de admiração ao nazismo nos anos 1930.
Nessa fazenda, os blocos de barro eram feitos com uma suástica estampada.
José Ricardo Rosa segura um tijolo com a suástica nazista - Folha de São Paulo
José Ricardo Rosa segura um tijolo com a suástica nazista – Folha de São Paulo – Carlos Cecconello
Alguns desses tijolos viraram material para pesquisadores, assim como fotografias de bois marcados a ferro quente com o símbolo nazista, bandeiras e uma série de outros documentos encontrados na propriedade. 
No início do século 20, a família carioca Rocha Miranda adquire uma extensa área de terra no interior do estado de São Paulo. Os Rocha Miranda eram na época proprietários do Hotel Glória, da Casa Bancária Rocha Miranda e da companhia de aviação Panair, entre outras empresas do Rio de Janeiro, então capital da República. Ao lado dos Guinle e dos Leal, eram uma das famílias mais ricas do Brasil.
A exploração dessas áreas do interior paulista teve início no fim do Império. Elas foram parte do presente de D. Pedro I (1798-1834) ao brigadeiro Raphael Tobias de Aguiar (1794 – 1857), fundador da Polícia Militar de São Paulo, por seu casamento com a Marquesa de Santos (1797 – 1867), oficializado em 1842. Em 1906, o brigadeiro as vendeu para Luis Rocha Miranda.
José Ricardo Rosa segura um tijolo com a suástica nazista - Carlos Cecconello/Folhapress
José Ricardo Rosa segura um tijolo com a suástica nazista – Carlos Cecconello/Folhapress
As terras abarcavam as fazendas Santa Albertina, Cruzeiro do Sul, Retiro Feliz, Mandaçaia, Cavalinho e Sobradinho, em uma área de 40 mil hectares na região de Buri. É dentro dessas terras que se encontra a Guatambu, fazenda-sede da Agropecuária Guatambu Ltda. 
As terras teriam sido compradas para a prática da caça a perdizes, aves características daqueles campos. Contam-se muitas histórias sobre as caçadas que os Rocha Miranda realizavam ali, junto aos numerosos amigos que traziam do Rio de Janeiro em composições fretadas da Estrada de Ferro Sorocabana. Integradas por carros-dormitório, carro-restaurante e carro-sala de estar, especialmente decoradas, essas composições permaneciam em uma estação construída pelos Rocha Miranda e hoje conhecida como Estação Hermilo, em Angatuba (SP). Terminada a temporada de caça, o luxuoso trem os levava de volta para o Rio de Janeiro.
Em 1934 a família Rocha Miranda dá início, nessas terras, à criação e seleção de gado Nelore. Com a morte do patriarca seus três filhos, Sérgio, Oswaldo e Renato Rocha Miranda, tomam posse das propriedades.
Aloysio Silva, 89, foi uma das crianças trazidas de um orfanato do Rio de Janeiro na decada de 30 para trabalhar na Fazenda Santa Albertina de propriedade de Oswaldo Rocha Miranda; ele afirma ter sido submetido a normas e costumes escravagistas - Carlos Cecconello/Folhapress
Aloysio Silva, 89, foi uma das crianças trazidas de um orfanato do Rio de Janeiro na decada de 30 para trabalhar na Fazenda Santa Albertina de propriedade de Oswaldo Rocha Miranda; ele afirma ter sido submetido a normas e costumes escravagistas – Carlos Cecconello/Folhapress
Sérgio Rocha Miranda cuidava da fazenda Cruzeiro do Sul. A propriedade vizinha, a Santa Albertina, ficava sob os cuidados de seu irmão, Oswaldo Rocha Miranda. Nela, funcionava uma espécie de fazenda-orfanato para 50 meninos mantidos em um regime quase escravo.
Com idades entre 9 e 12 anos, esses garotos (somente dois deles brancos) foram entregues a Oswaldo em 1933 e 1934, após decisão judicial.
Todos haviam sido abandonados no orfanato católico Educandário Romão de Mattos Duarte, no Rio, e foram retirados de lá por Oswaldo com a promessa de terem uma vida melhor, segundo Aloysio Silva, 89, o “menino número 23″ da lista de 50.
“Era uma vida diferente da prometida. Era castigo por tudo, trabalhava muito, até de fazer a mão sangrar”, conta Aloysio, o número 23.
Quero saber da minha mãe, pai e irmãos antes de morrer. É muito triste ficar velho sem saber quem é nossa família. Como não conheci ninguém, sou assim meio revoltado. Dá um negócio assim…Uma revolta danada daquela vida na fazenda.
Dessa forma, Aloysio Silva, 89, pai de sete filhos e morador de Campina do Monte Alegre (SP), reage sobre os quase dez anos vividos na Fazenda Santa Albertina.
Silva foi transferido do Educandário Romão de Mattos Duarte, no Rio, para a Santa Albertina em 1933. Lá, por dez anos, deixou de ser Aloysio para ser o “23″.
Aloysio Silva foi uma das 50 crianças trazidas para trabalhar na fazenda, todas atendiam por números e não pelos nomes, Aloysio era o número 23 - Carlos Cecconello/Folhapress
Aloysio Silva foi uma das 50 crianças trazidas para trabalhar na fazenda, todas atendiam por números e não pelos nomes, Aloysio era o número 23 – Carlos Cecconello/Folhapress
“Os bichos tinham documento e nome na fazenda. E nós éramos tudo número, como se nós fôssemos gado”, diz ele. “O cumprimento na fazenda era sempre ‘Heil Hitler’ ou ‘Anauê’ [saudação dos integralistas], mas a gente nem sabia o que era esse negócio de nazismo.”
Segundo os documentos do orfanato, Silva foi abandonado pela mãe, Maria Augusta da Silva, quando tinha três anos. O local era conhecido como “Casa da Roda”: do lado de fora, familiares colocavam bebês e crianças em uma portinhola que girava até as freiras, do lado de dentro.
Além do nome da mãe, Silva também sabe o de uma irmã, Judith, mas nunca conseguiu localizá-las. “A família vivia ali por onde hoje é o aterro do Flamengo. Só sei disso, mas queria achar alguém.”
Na fazenda, Silva se notabilizou por ser um corajoso “domador de bois, cavalos e burros bravos” e como um dos melhores jogadores de futebol do time dos Rocha Miranda.
A vida na fazenda era sofrida demais. Tinha castigo por tudo. (…) As traquinagens de moleque sempre terminavam com castigo. Era no silo [tanque de armazenamento de cereais] que eles deixavam a gente, como se fosse cadeia“, relembra. “A palmatória tinha uns buracos. Quando batia na mão da gente, sugava tudo. Doía muito.
Reprodução de foto encontrada nas fazenda da família Rocha Miranda em Campina do Monte Alegre interior de São Paulo, em que gados eram marcados com a suástica nazista
Reprodução de foto encontrada nas fazenda da família Rocha Miranda em Campina do Monte Alegre interior de São Paulo, em que gados eram marcados com a suástica nazista
Já os irmãos Maurício e Ângela Rocha Miranda, herdeiros de parte da fazenda Santa Albertina, contestam as versões que colocam seus tios-avôs como simpatizantes de práticas nazistas nas fazendas da família.
Segundo Maurício, o apoio de Sérgio Rocha Miranda ao nazismo durou somente até o momento em que descobriu as reais intenções de Adolf Hitler, por volta de 1934.
Sérgio era um homem viajado, que gostava da boa vida. Era, sim, simpatizante do nazismo no início da década de 1930, como diversas pessoas na sociedade brasileira também eram. Havia um partido nazista no Brasil.”
Parte da fazenda Cruzeiro do Sul está em ruína. (Foto: Divulgação)
Parte da fazenda Cruzeiro do Sul está em ruína. (Foto: Divulgação)
No entanto, diz Maurício, no fim de 1934, com a ascensão de Hitler ao poder, Sérgio deixou de flertar com o nazismo e eliminou a suástica como símbolo da fazenda.
Sobre os 50 meninos trazidos do orfanato por Oswaldo Rocha Miranda, ele afirma que o tio-avô o fez, “com aval do governo da época“, para atender o pedido de sua mulher de “dar escola, educação e profissão aos órfãos”.
Era uma fazenda aberta e eles tinham de ser controlados, mas jamais foram castigados, punidos ou escravizados“, afirma.
Maurício e Ângela captam em vídeo depoimentos de ex-funcionários e de frequentadores das fazendas para mostrar como os Rocha Miranda são bem conceituados nas cidades que se desenvolveram ao lado de suas terras.
Ainda segundo Maurício, o historiador Sidney Aguilar Filho nunca procurou ouvir a versão da família para sua tese de doutorado. Sidney disse não ter conseguido contato com os Rocha Miranda.
Tijolos com a suastica nazista encontrados na fazenda Cruzeiro do Sul - Carlos Cecconello/Folhapress
Tijolos com a suastica nazista encontrados na fazenda Cruzeiro do Sul – Carlos Cecconello/Folhapress
As fazendas, que se espalhavam por área que hoje alcança três municípios. As primeiras marcas do nazismo foram descobertas em 1997 pelo tropeiro José Ricardo Rosa Maciel, 55, o Tatão. Dono de espessa barba branca, ele narra a descoberta.
Teve uma briga da porcada, que derrubou a parede do chiqueiro. Quando vi o estrago, achei os tijolos com a marca nazista. Passaram anos me chamando de louco, mas agora tá tudo comprovado pelos estudos do doutor Sidney.
Tatão se refere ao historiador Sidney Aguilar Filho, 45. Em 1998, ele dava aula para a enteada de Tatão quando ela revelou que, na fazenda onde vivia, havia tijolos com aquele “símbolo alemão” das aulas de história. Sidney investigou por mais de uma década e, em 2011, apresentou sua tese de doutorado na Unicamp sobre a exploração do trabalho e a violência à infância no país no período de 1930 a 1945.
Por muitos anos, aqueles meninos foram submetidos a um regime de trabalho como se fossem adultos, sem remuneração, sem liberdade de ir e vir e estudando pouco. Mas aquilo era aceito pela sociedade”, diz ele.
Anos mais tarde, o tenente da Força Aérea Brasileira Renato Rocha Miranda Filho viria a tornar-se o único herdeiro de todo o patrimônio.
A professora Ana Maria Dietrich, doutora em história, fala que a maior célula nazista no Brasil ficava no estado de São Paulo. “A principal organização era na capital, mas outros núcleos existiram em Santo André, Santos, Campinas, Jundiaí, Presidente Bernardes, Presidente Venceslau e Assis”, fala.
Tijolos com a suástica nazista encontrados na fazenda Cruzeiro do Sul de propriedade de Sergio Rocha Miranda, que era simpatizante do nazismo durante a década de 30 e 40 - Carlos Cecconello/Folhapress
Tijolos com a suástica nazista encontrados na fazenda Cruzeiro do Sul de propriedade de Sergio Rocha Miranda, que era simpatizante do nazismo durante a década de 30 e 40 – Carlos Cecconello/Folhapress
Apesar dessa presença marcante com esses núcleos, Dietrich explica que a pior parte da ideologia nazista não atravessou o oceano Atlântico. “No Brasil só existia o fascínio. Não tinha o terror que acontecia na Alemanha”, finaliza.
A partir de material coletado através de reportagem produzida pelo jornalistab ANDRÉ CARAMANTE
Fonte:http://www.folhadedourados.com.br/noticias/brasil-mundo/escombros-de-fazenda-revelam-passado-de-admiracao-ao-nazismo
Sugestão de Pauta _ Prefeitura do Assú

Projeto "Cinema no Ar" traz cinema a céu aberto e gratuito para o Assú
Cinema no Ar, projeto dos cineastas Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi, que exibe sessões gratuitas de filmes brasileiros ao ar livre, com a proposta de ampliar as opções de lazer e cultura nos bairros populares, estará em Assú nesta segunda e terça-feira, 18 e 19 de fevereiro.
O projeto ofertará aos assuenses duas sessões diárias (às 18h30 e 20h15) para 300 pessoas cada. Na programação estão sucessos do cinema Nacional como “O Palhaço”, “Rio”, “Saneamento Básico, o filme” e “Eu e Meu Guarda-Chuva”.
A projeção é digital em uma grande tela inflável e som stereo surround. Em Assú, por meio do contato estabelecido com a prefeitura municipal o público poderá acompanhar a exibição dos filmes na Praça de Eventos Jota Keully.
O projeto é patrocinado pela Caixa Econômica Federal por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura (Lei Federal n° 8313/1991).
Programação:
Segunda-feira (18.02)
18h30 – Eu e Meu Guarda-Chuva
20h15 – Saneamento Básico, o filme
Terça-feira (19.02)
18h30 – Rio
20h15 - O Palhaço
Foto: Divulação
Legenda: Estrtura será montada na praça de eventos Jota Keully

AD Comunicações






DESCENDÊNCIA DO ITAJÁ


Frei Miguelinho e os Teixeira de Souza


João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, membro do IHGRN e do INRG
Navegava tranquilamente pela Hemeroteca da Biblioteca Nacional quando me deparei com uma homenagem póstuma ao coronel José Theodoro de Souza Pinheiro, postada no Diário do Natal, pelo partido oposicionista de Angicos, em 2 de setembro de 1906. Essa publicação transcrevi para o meu blog, mas algumas particularidades, ali contidas, me fizeram reexaminar algumas questões genealógicas que precisavam ser revistas.
No documento em questão constava que José Theodoro era filho de Antonio Teixeira de Souza e Dona Anna Ritta Veiga de Azevedo, e neto paterno do capitão Francisco Antonio Teixeira de Souza, descendente da família de Frei Miguelinho, e materno do capitão Francisco Lopes Viégas. Por isso, resolvi saber mais sobre o capitão Francisco Antonio Teixeira de Souza, pois já tinha feito um artigo sobre os Teixeira de Souza e outro sobre o testamento de Mariana Lopes Viégas, esposa do dito capitão. Encontrei mais dois documentos importantes para o nosso trabalho: primeiro, uma homenagem póstuma para o avô paterno de José Theodoro, na mesma Hemeroteca, e segundo, um batismo em 1795.
Antes de entrar nesses documentos vale lembrar que Nestor Lima e Aluízio Alves escreveram que o capitão Francisco Antonio Teixeira de Souza, descendente da família “Saco” (sem explicar que família era essa), e que foi juiz ordinário, em Natal, casou com Florinda Lopes, filha do tenente Antonio Lopes Viégas. Mais ainda, que Manoel Antonio de Oliveira Câmara, sobrinho do capitão, casou com outra filha de Viégas, Marianna Francisca Lopes. Pelas minhas pesquisas, o capitão Francisco Antonio Teixeira de Sousa tinha casado duas vezes, uma com Marianna Lopes Viégas, e depois, com Joaquina Lúcia da Conceição. Além disso, o registro de óbito dele informava que morreu em 27 de setembro de 1888, já viúvo de Joaquina Lúcia, com a idade de 102 anos mais ou menos, sendo a causa da morte, velhice.
O primeiro documento que encontrei, na Gazeta do Natal, datado de 10 de outubro de 1888, dizia que o capitão Francisco Antonio Teixeira de Souza, tinha falecido em 27 de setembro de 1888, mas com a idade de 106 anos. Melhor ainda, informava que ele tinha nascido em 5 de janeiro de 1783 (talvez 1782, pelas contas, ou 105 anos de idade), dia em que seu pai, o capitão Francisco Antonio Teixeira de Souza, assumia as suas funções do cargo de Juiz Ordinário na Vila da Princesa, hoje cidade do Assú.
Com as informações acima, ficava patente que tínhamos dois Francisco Antonio Teixeira de Souza, e parte da história sobre os Teixeira de Souza precisava ser reescrita. Como sempre repito, a duplicação de nomes gera problemas para os genealogistas. Vamos ao segundo documento, o batismo que encontramos, inserido no meio de registros de batismos de 1848, transcrito pelo Reverendo Manuel Januário Bezerra Cavalcanti. Um achado e tanto!
João, filho legítimo de Francisco Antonio Teixeira de Souza e Florentina Lopes Viégas, nasceu em dias do ano de mil setecentos, e noventa e seis, e foi batizado no mesmo ano, nesta matriz de São João Baptista do Assú, pelo Reverendo Vigário Francisco de Salles Gurjão, com os santos óleos; foram padrinhos o capitão-mor João do Rego Barros, e Anna Francisca da Conceição, todos desta Freguesia. Do que fiz este termo em que assino. Manoel Januário Bezerra Cavalcanti.
No registro acima, a esposa do primeiro Francisco, era Florentina, e não Florinda como escreveram Aluízio e Nestor. Esse, portanto, era o nome da filha do tenente Antonio Lopes Viégas, salvo equívoco no registro de batismo.
Quanto ao segundo Francisco Antonio Teixeira de Souza, filho do primeiro, temos as seguintes informações extraídas da Gazeta do Natal: seu primeiro casamento teve lugar no dia 8 de janeiro de 1810 com Dona Marianna Lopes Viégas, filha do capitão Francisco Lopes Viégas. Desse casamento teve 20 filhos, passando à segunda núpcias, em 20 de setembro de 1840, com sua sobrinha D. Joaquina Lúcia Viégas, filha do Alferes Francisco Lopes Viégas. Deste 2º consórcio teve 16 filhos, com os quais fez o número de 36.
Assim, Francisco Antonio (2º do nome) casou, a primeira vez, com uma prima. Se D. Joaquina Lúcia era sobrinha de Francisco Antonio, então o alferes Francisco Lopes Viégas devia ser irmão dele.
Por enquanto, não dá mais para fazer ilações, principalmente, por conta das repetições de nomes. Assim, evitamos novos erros. Agora, resta descobrir quem eram os ascendentes de Francisco Antonio Teixeira de Souza (1° do nome) que tinha parentesco com Frei Miguelinho. Lembramos que a mãe de Miguelinho, Dona Francisca Antonia Teixeira, era neta do português de Arrifana de Sousa, Francisco Pinheiro Teixeira e de Dona Maria da Conceição Barros.
O texto completo sobre o Francisco Antonio (2º do nome), que encontramos na Gazeta, foi postado no blog.
Aproveitamos este espaço para parabenizar o Arquivo da Cúria e o Departamento de História da UFRN pela digitalização dos microfilmes dos livros de batismos, casamentos e óbitos, que atualmente realizam. Nota 10.


João de Francisco Antonio e Florentina

 

sábado, 16 de fevereiro de 2013


Meu Senhor, sou tua argila,
Manda de novo o teu vento,
Destruir minhas plantações,
Para que eu não veja, ao longe,
Senão, este deserto imenso,
E esta solidão de estrelas,
Onde te encontro.

Meu Senhor, sou tua criação,
Manda de novo o teu anjo,
Dispersar os meus rebanhos,
Para que eu não veja, ao longe,
Senão, esta montanha, Sião,
E estas torres muito altas,
Que se perdem, no azul destes ocasos,
Bordados com as cores do teu Manto.

Walflan de Queiroz [1930-1935], poeta norte-riograndense

BARRAGEM ARMANDO RIBEIRO GONÇALVES




"Volume - 15/2/13
Do blog Página R

Escola do Governo é inaugurada


Governadora Rosalba Ciarlini inaugura Escola de GoveRNo Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales

A governadora Rosalba Ciarlini inaugurou, na noite desta quinta-feira (14), a sede própria da Escola de GoveRNo Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales, que tem como objetivo promover a valorização e capacitação do servidor público estadual. A solenidade de inauguração foi realizada no novo prédio, localizado no Centro Administrativo. O evento coincidiu com o lançamento da 50ª Campanha da Fraternidade, criada pelo cardeal potiguar falecido em julho do ano passado, no Rio de Janeiro.
Durante a inauguração, a governadora ressaltou a importância de capacitar o servidor estadual para que este possa atender melhor à população potiguar. “São homens e mulheres que têm a missão de servir à população do Rio Grande do Norte. O mundo está evoluindo muito rápido e nós precisamos acompanhar esses avanços. Para isso, nada melhor que uma Escola de Governo”, enfatizou Rosalba Ciarlini.
A chefe do Executivo Estadual falou, ainda, sobre a homenagem ao Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales, que dá nome prédio. “Dom Eugênio é um dos potiguares que mais nos orgulha pela sua história de vida e por ter sido um símbolo de fraternidade e justiça, que são valores que queremos que esta escola, através dos nossos servidores, sejam levados ao povo potiguar”, acrescentou a governadora.
Irmão do homenageado, o arcebispo emérito de Natal, Dom Heitor de Araújo Sales, agradeceu a homenagem. “Desejo que ele, lá do céu, possa mandar muita alegria, luz e força para essa iniciativa tão importante para o nosso Estado”, pontuou Dom Heitor.
Ao final dos discursos, antecedidos por uma apresentação da Camerata de Vozes, os convidados visitaram as dependências do prédio.
A inauguração da sede própria da Escola de GoveRNo contou também com a participação do Secretário geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Steiner; do Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha; dos Arcebispos eméritos de Natal, Dom Heitor de Araújo Sales e Dom Matias Patrício de Macêdo; do Padre Ivanoff Pereira, administrador diocesano de Caicó; do procurador geral de Justiça, Manoel Onofre Neto; do deputado estadual, Ricardo Motta; da reitora da UFRN, Ângela Paiva; do reitor da UERN, Milton Marques; do secretário-chefe do Gabinete Civil da Prefeitura do Natal, Sávio Hackradt; do presidente da Fiern, Amaro Sales; do presidente do Sistema Fecomércio, Marcelo Queiroz; do presidente da Femurn e prefeito de Lajes, Benes Leocádio; do vice-presidente da OAB/RN, Marcos Guerra; da representante do Tribunal de Contas do Estado e diretora da Escola de Contas, conselheira Maria Adélia Sales, além de secretários de Estado, deputados estaduais, vereadores e de padres de diversas paróquias.
Entre os benefícios que a sede própria trará para os servidores do Governo do Estado, a diretora-geral da Escola de GoveRNo, Tânia Leiros, enfatiza a otimização do tempo, visto que o espaço possui salas de aulas, espaços para eventos e biblioteca, além de estar localizado próximo a maioria dos órgãos da administração direta e indireta. “Agora será tudo em um só lugar e isso otimizará o tempo de quem precisava se deslocar pela cidade”, pontua Tânia Leiros.
Para atender a demanda dos vários órgãos que compõem o Governo foram estabelecidas parcerias e convênios com universidades, principalmente a UERN, faculdades e instituições educacionais. O início das aulas está marcado para o próximo dia 27, com turmas de Governo Eletrônico, Controle Interno, Planejamento Estratégico e Línguas (Inglês e espanhol).
Sobre a Escola de GoveRNo
Atuando na realização de cursos e eventos que objetivam a maior capacitação e valorização do servidor público do Estado do Rio Grande do Norte, na administração direta e indireta, a Escola de GoveRNo (EGRN) funcionava, desde 2007, nas dependências da Secretaria de Estado da Administração e dos Recursos Humanos (Searh).
Com a inauguração da nova sede, que ocupa uma área de 12 mil metros quadrados dentro do Centro Administrativo, estes cursos e eventos que antes ocorriam utilizando espaços locados pelo Governo do Estado, agora poderão ser feitos dentro da própria EGRN. O espaço contará com auditório com capacidade para mil lugares, um mini-auditório para 100 pessoas, quatro salas de aula com capacidade para 45 alunos cada e duas salas de informática que juntas possuem 40 computadores. Ao todo, foram investidos R$ 19 milhões entre a construção do prédio e equipamentos.
A estrutura ainda comporta a Biblioteca de Administração Pública e seus 3.400 títulos e mais de 7 mil exemplares, amplo espaço aberto e toda a estrutura administrativa, o que possibilita a realização de cursos e eventos de grande porte.

INFORMAÇÃO ALIMENTAR IMPORTANTE


Vejam que interessante... A partir de certa idade, temos quase todos os sintomas abaixo, provocados pelas faltas aqui mencionados:


1. DIFICULDADE DE PERDER PESO
O QUE ESTÁ FALTANDO: ácidos graxos essenciais e vitamina.
ONDE OBTER: semente de linhaça, cenoura e salmão - além de suplementos específicos.


2. RETENÇÃO DE LÍQUIDOS
O QUE ESTÁ FALTANDO: na verdade um desequilíbrio entre o potássio, fósforo e sódio.
ONDE OBTER: água de coco, azeitona, pêssego, ameixa, figo, amêndoa, nozes, acelga, coentro , semente de linhaça e os suplementos.


3. COMPULSÃO A DOCES
O QUE ESTÁ FALTANDO: cromo.
ONDE OBTER: cereais integrais, nozes, centeio, banana, espinafre, cenoura + suplementos...


4. CÂIMBRA, DOR DE CABEÇA
O QUE ESTÁ FALTANDO: potássio e magnésio
ONDE OBTER: banana, cevada, milho, manga, pêssego, acerola, laranja e água.


5. DESCONFORTO INTESTINAL, GASES, INCHAÇO ABDOMINAL
O QUE ESTÁ FALTANDO: lactobacilos vivos
ONDE OBTER: coalhada, iogurte, missô, Yakult e similares.


6. MEMÓRIA RUIM
O QUE ESTÁ FALTANDO: acetil colina, inositol.
ONDE OBTER: lecitina de soja, gema de ovo + suplementos.


7. HIPOTIREOIDISMO (PROVOCA GANHO DE PESO SEM CAUSA APARENTE)
O QUE ESTÁ FALTANDO: iodo.
ONDE OBTER: algas marinhas, cenoura, óleo, pêra, abacaxi, peixes de água salgada e sal marinho.


8.. CABELOS QUEBRADIÇOS E UNHAS FRACAS
O QUE ESTÁ FALTANDO: colágeno.
ONDE OBTER: peixes, ovos, carnes magras, gelatina + suplementos.


9. FRAQUEZA, INDISPOSIÇÃO, MAL ESTAR
O QUE ESTÁ FALTANDO: vitaminas A, C, e E e ferro.
ONDE OBTER: verduras, frutas, carnes magras e suplementos.


10. COLESTEROL E TRIGLICERÍDEOS ALTOS
O QUE ESTÁ FALTANDO: Ômega 3 e 6.
ONDE OBTER: sardinha, salmão, abacate, azeite


11. DESÂNIMO, APATIA, TRISTEZA, RAIVA, INSATISFAÇÃODEPRESSÃO, VONTADE DE MORRER
O QUE ESTÁ FALTANDO:Dinheiro,meu filho, dinheiro!!!
ONDE OBTER: Quando eu descobrir, informarei. Mas se você descobrir primeiro, não se esqueça de mim, ok?







sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013


CODEVA

Osvaldinho recebendo, em sua casa (1969) o Bispo da Diocese de Santa Luzia de Mossoró. Em primeiro plano da esquerda para a direita: Adonias Bezerra, Osvaldo Amorim, Dom Eliseu e Tarcísio Amorim. 
Foto: blog de Fernando Caldas.


Vamos conhecer, um pouquinho da história do Plano de Desenvolvimento do Vale do Assu? Tudo começou em Campina Grande em maio de 1956 no Encontro dos Bispos do Nordeste com a presença do Presidente Juscelino Kubitschek. Lá nasceu a SUDENE, com Celso Furtado.
O Bispo da Diocese de Mossoró Dom Eliseu e Osvaldo Amorim – aqui do Assu, participaram do Encontro. Resultado: no mês seguinte era aprovado pelo Governo Federal o “Plano Integrado de Desenvolvimento dos Vales do Assu e do Apodi”.
Em janeiro de 1957, os prefeitos do Vale do Assu e Apodi, bem como, representantes de todo Oeste se reuniram para um programa global de desenvolvimento rural.
Dezenas de projetos. Nenhum setor escapou à visão do trabalho, soprado pelo espirito desenvolvimentista do Governo JK. Núcleos de irrigação; Missão rural; Semanas rurais; Plano de eletrificação; Portos de Macau e Areia Branca; Cooperativas; Casas populares; Hospitais e Maternidades; Estradas; Centro de treinamento de líderes; Escolas normais.
Tudo isto possuía um novo dimensionamento cristão, através dos núcleos de Ação Católica. Na arquidiocese de Natal, liderava padre José Luiz. Na Diocese de Santa Luzia, de Mossoró, padre Américo Simonetti. Itajá foi o polo iniciador deste trabalho, sob a responsabilidade da educadora Libânia Pessoa.
Nesse período, o Vale do Assu tinha 05 deputados estaduais: Edgard Borges Montenegro, Olavo Lacerda Montenegro, Gerôncio Queiroz, Ângelo Varela e Floriano Bezerra.
Mais tarde, sob a liderança de Osvaldo Amorim – o popular Osvaldinho, foi organizada a CODEVA – Comissão de Desenvolvimento do Vale do Assu. Veio o ano de 1964. Com ele, o sonho foi se acabando. Os líderes foram sufocados. Dom Eliseu transferido. Osvaldo Amorim, tempos depois veio a falecer... Tudo começou a ser desmoronado e o Vale nunca mais encontrou união política nem parcerias dos agropecuaristas, empresários e governos para retomada do desenvolvimento vislumbrado por aqueles que montaram, com responsabilidade e esperança, o Plano Integrado de Desenvolvimento dos Vales do Assu e Apodi. Lamentavelmente.
Hoje, apesar da inegável potencialidade, o Vale do Assu enfrenta diversos problemas: Inserção dos produtos no mercado para comercialização; degradação ambiental; falta de incentivos; capacitação específica; irregularidade climática; posse das terras; entre outras dificuldades que tem deixado a região a mercê do desenvolvimento sustentável. Infelizmente.

‎"O partido-rede".


  • Fonte: blog do Noblat - O Globo
    "O partido-rede". Por Merval Pereira

O partido que a ex-senadora Marina Silva começa a revelar amanhã na reunião plenária que marcará seu lançamento oficial pretende ser um instrumento para desmontar as velhas estruturas partidárias e estabelecer uma rede de relacionamento entre diversos políticos, pertencentes ou não à nova sigla, unidos em torno de princípios éticos e programáticos.                                    

Seus fundadores veem essa “rede” como um instrumento estratégico para “dessacralizar” a imagem do partido tradicional, promovendo a ajuda a quadros em uma pluralidade de partidos e na sociedade civil que queiram trabalhar na mesma direção. A ideia de que o “partido” concentra o jogo político, enquanto a “rede” o dispersa acompanha a formação da nova agremiação, que nasce com a intenção de “virar pelo avesso, o avesso em que vivemos”, na definição do deputado federal Alfredo Sirkis, que será um dos fundadores da rede, que ele sugere estar ligada à questão central do meio ambiente, algo como “Rede Eco” ou “Eco Brasil”.

Junto com ele devem ser fundadores os deputados Walter Feldman (PSDB-SP), Ricardo Tripoli (PSDB-SP), Domingos Dutra (PT-MA) e Reguffe (PDT-DF). Marina está conversando com o deputado federal petista Molon, que vai ajudar, mas ainda não decidiu se oficialmente participa da fundação ou se vai esperar para inaugurar o tipo de aliança informal que está prevista na própria formação do novo partido-rede.

Seus organizadores têm a esperança que outros deputados que estão conversando se definam até amanhã, para que a “rede” comece com entre cinco e dez deputados federais. Os “sonháticos", como se definem, esperam aproveitar a votação de quase 20% que a ex-senadora Marina Silva obteve em 2010 para, com quase três anos de atraso, tentar interferir na correlação de forças políticas existentes.

O entendimento é que, embora Marina não tenha aproveitado seu cacife eleitoral para obter acordos políticos relevantes com os dois finalistas daquela campanha, os eleitores que a viram como uma alternativa àquela época continuam sem perspectiva política e podem ser atraídos outra vez pela nova tentativa de mobilização de jovens e outras gentes ainda esperançosas de mudar o Brasil na direção da sustentabilidade. Em vez de “pretensiosa e inútil ingenuidade”, os “sonháticos” acham que a melhor opção é ainda sonhar com novas correlações de força, já que a alternativa seria deixar tudo como está e entrar no jogo da maneira que ele está estabelecido, não abrindo “um canal de participação política novo para esses integrantes de nossa sociedade que anseiam por algo diferente”, como diz Sirkis.

É dentro desse conceito novo de fazer política que o partido-rede pretende aprovar na plenária de amanhã estatuto com diversas novidades: o limite de 16 anos no mesmo cargo eletivo, o que equivale a dois mandatos de senador (justamente o tempo que Marina permaneceu como senadora em Brasília) ou quatro mandatos de deputado federal, deputado estadual ou vereador. Para contrastar, por exemplo, com os 11 mandatos de deputado federal do novo presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves. A ideia é evitar a criação de “parlamentares profissionais”.

Outro ponto destoante será a proibição de doações de campanha oriundas dos setores de bebida alcoólica, cigarro, arma e agrotóxicos. Estranhamente não há restrições ao financiamento de empreiteiras e bancos, setores muito mais envolvidos em polêmicas de financiamento do que as escolhidas. Essas limitações têm a vantagem de diferenciar o novo partido-rede dos demais em atuação, mesmo com suas inconsistências internas.

O que não está claro é como esse partido-rede atuará, por exemplo, na formação de coligações partidárias para a disputa presidencial de 2014, quando a ex-senadora concorrerá novamente à Presidência da República. Esses acordos “virtuais” podem até mesmo funcionar em votações suprapartidárias no Congresso, mas não funcionam quando objetivamente se tem que conseguir o maior tempo de propaganda no rádio e televisão numa campanha eleitoral.


    "O partido-rede". Por Merval Pereira

    O partido que a ex-senadora Marina Silva começa a revelar amanhã na reunião plenária que marcará seu lançamento oficial pretende ser um instrumento para desmontar as velhas estruturas partidárias e estabelecer uma rede de relacionamento entre diversos políticos, pertencentes ou não à nova sigla, unidos em torno de princípios éticos e programáticos. 

    Seus fundadores veem essa “rede” como um instrumento estratégico para “dessacralizar” a imagem do partido tradicional, promovendo a ajuda a quadros em uma pluralidade de partidos e na sociedade civil que queiram trabalhar na mesma direção. A ideia de que o “partido” concentra o jogo político, enquanto a “rede” o dispersa acompanha a formação da nova agremiação, que nasce com a intenção de “virar pelo avesso, o avesso em que vivemos”, na definição do deputado federal Alfredo Sirkis, que será um dos fundadores da rede, que ele sugere estar ligada à questão central do meio ambiente, algo como “Rede Eco” ou “Eco Brasil”.

    Junto com ele devem ser fundadores os deputados Walter Feldman (PSDB-SP), Ricardo Tripoli (PSDB-SP), Domingos Dutra (PT-MA) e Reguffe (PDT-DF). Marina está conversando com o deputado federal petista Molon, que vai ajudar, mas ainda não decidiu se oficialmente participa da fundação ou se vai esperar para inaugurar o tipo de aliança informal que está prevista na própria formação do novo partido-rede.

    Seus organizadores têm a esperança que outros deputados que estão conversando se definam até amanhã, para que a “rede” comece com entre cinco e dez deputados federais. Os “sonháticos", como se definem, esperam aproveitar a votação de quase 20% que a ex-senadora Marina Silva obteve em 2010 para, com quase três anos de atraso, tentar interferir na correlação de forças políticas existentes.

    O entendimento é que, embora Marina não tenha aproveitado seu cacife eleitoral para obter acordos políticos relevantes com os dois finalistas daquela campanha, os eleitores que a viram como uma alternativa àquela época continuam sem perspectiva política e podem ser atraídos outra vez pela nova tentativa de mobilização de jovens e outras gentes ainda esperançosas de mudar o Brasil na direção da sustentabilidade. Em vez de “pretensiosa e inútil ingenuidade”, os “sonháticos” acham que a melhor opção é ainda sonhar com novas correlações de força, já que a alternativa seria deixar tudo como está e entrar no jogo da maneira que ele está estabelecido, não abrindo “um canal de participação política novo para esses integrantes de nossa sociedade que anseiam por algo diferente”, como diz Sirkis.

    É dentro desse conceito novo de fazer política que o partido-rede pretende aprovar na plenária de amanhã estatuto com diversas novidades: o limite de 16 anos no mesmo cargo eletivo, o que equivale a dois mandatos de senador (justamente o tempo que Marina permaneceu como senadora em Brasília) ou quatro mandatos de deputado federal, deputado estadual ou vereador. Para contrastar, por exemplo, com os 11 mandatos de deputado federal do novo presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves. A ideia é evitar a criação de “parlamentares profissionais”.

    Outro ponto destoante será a proibição de doações de campanha oriundas dos setores de bebida alcoólica, cigarro, arma e agrotóxicos. Estranhamente não há restrições ao financiamento de empreiteiras e bancos, setores muito mais envolvidos em polêmicas de financiamento do que as escolhidas. Essas limitações têm a vantagem de diferenciar o novo partido-rede dos demais em atuação, mesmo com suas inconsistências internas.

    O que não está claro é como esse partido-rede atuará, por exemplo, na formação de coligações partidárias para a disputa presidencial de 2014, quando a ex-senadora concorrerá novamente à Presidência da República. Esses acordos “virtuais” podem até mesmo funcionar em votações suprapartidárias no Congresso, mas não funcionam quando objetivamente se tem que conseguir o maior tempo de propaganda no rádio e televisão numa campanha eleitoral.


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EU...TU Eu sou doçura, Mas o mel és tu A imagem é minha, Mas a cor é dada por ti A flor sou eu, Mas tu és a fragrância Eu sou felicidade, Ma...