domingo, 22 de dezembro de 2013

NEY LOPES: “PRIVATIZAR A ZPE NÃO É O MELHOR CAMINHO”

134479
O ex-deputado analisa os projetos de ZPE e opina que o mais correto seria o governo assumir a estrutura e não privatizar
O ex-deputado federal Ney Lopes de Souza é contra o processo de privatização da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Macaíba – espécie de condomínio industrial criado para abrigar empresas exportadoras com regime fiscal, cambial e tributário diferenciados. O processo está em andamento e foi considerado pelo governo a única forma de tirar a ZPE, idealizada ainda na década de 80, do papel. A razão, segundo Ney Lopes, é simples. “As ZPEs, na experiência internacional, não apresentaram grande capacidade de crescimento dos benefícios econômicos e sociais por elas gerados”, observa. Ney defende um outro modelo não só para Macaíba, como também para a região metropolitana e afirma, nessa entrevista, que a licitação da ZPE de Macaíba deveria ser investigada.
O senhor defende que o Estado transforme suas duas Zonas de Processamento da Exportação (ZPEs) – a de Açu e a de Macaíba – em uma Área de Livre Comércio que englobe outros municípios. Ainda dá para fazer isso?
Realmente, a ideia defendida há anos, com vários discursos e debates inseridos nos Anais da Câmara dos Deputados, seria a incorporação das ZPEs de Macaíba e Açu a uma “área de livre comércio”, ao lado do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, que abrangeria outros municípios da Grande Natal. É um crime a exclusão de Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, bem como de Extremoz, Ceará Mirim e outros municípios. Esse modelo de ampliação de ZPES ocorreu em Roraima, com a “Área de Livre Comércio de Boa Vista – ALCBV”, que agregou os municípios de Boa Vista e Bonfim, onde existiam ZPES isoladas. Se ZPE e “área de livre comércio” são a mesma coisa, por que Roraima fez questão de transformá-las em ALC? Outra providência simultânea seria o governo do RN criar “núcleos regionais” de apoio à ALC potiguar nas regiões do agreste, sertão, litorânea, salineira, Seridó, Oeste.

Quais seriam os trâmites e o que o Rio Grande do Norte ganharia com essa mudança?   
O trâmite dependeria de lei federal. Como deputado federal, por seis legislaturas e com o objetivo de ajudar a viabilizar economicamente o aeroporto de São Gonçalo do Amarante, defendi a criação de um polo turístico e exportador na “Grande Natal”, com geração aproximada de mais de 50 mil empregos, diretos e indiretos, movimentação de renda e aumento de arrecadação de impostos (ICMS, ISS e outros). Vi experiências semelhantes nos tigres asiáticos e em vários países. Escrevi artigos e publiquei livros sobre o assunto. Dizia que o RN precisava sair na frente – com imaginação e criatividade – dos outros estados, em razão de suas condições geográficas de maior fronteira marítima e aérea na América Latina e, agora, dispondo de um aeroporto na frente da Europa, África, condição que não existe em nenhum outro local do país.

Criar uma ALC ao invés de ZPE teria sido mais vantajoso para o estado?
As ZPEs adquiriram certa popularidade nas décadas de 70/80, em economias fechadas, com “reserva de mercado”. Não se pode negar o mérito do deputado Henrique Alves, que em 1988 lutou pela criação da ZPE de Macaíba. Naquela época, consideravam-se vantajosos os processos produtivos que contassem com matérias-primas e bens intermediários estrangeiros, cuja entrada era proibida ou dificultada no mercado interno. Era este o maior atrativo do conceito de plataformas de exportação (ZPE), baseado na expectativa de menores custos e maior conteúdo tecnológico. Hoje não é mais assim. As “áreas de livre comércio” expandiram-se a partir da década de 90 para substituir o modelo vigente de ZPE´s, que na experiência internacional não apresentaram grande capacidade de crescimento dos benefícios econômicos e sociais por elas gerados. As áreas de livre comércio, ao contrário da ZPE, são mais abrangentes, agrupam vários municípios e agregam várias cadeias produtivas. Esse modelo foi seguido na China, Índia, vários países africanos, Oriente Médio, Austrália, países do Leste Europeu (Rússia, Ucrânia e Polônia), Estados Unidos, México, Peru, entre outros.

Qual a principal diferença entre os dois modelos?
As áreas de livre comércio, além de beneficiarem maior número de municípios, têm a segurança jurídica de estabilidade dos incentivos, vez que estabelecidos em uma lei que só será alterada por decisão do Congresso Nacional. Outra diferença importante é que o modelo da área de livre comércio, ao contrário da ZPE, não permite controle por parte de grupos, que manipulem os incentivos, de forma “indireta”. Prevalece a competição generalizada. Haveria vantagens para as empresas do RN, que poderiam ter incentivos especiais e serem fornecedoras das unidades industriais locais, além de se expandirem dentro da área de livre comércio/RN. Teriam, ainda a oportunidade de participar na atividade exportadora sem ter que enfrentar as dificuldades de “garimpar” clientes no exterior, gastando muito dinheiro e tendo que negociar em contextos (e idiomas) estrangeiros.

As duas ZPEs do RN foram criadas, por decreto presidencial, em 2010, mas até agora pouca coisa avançou. Onde estaria o nó?
A ZPE de Macaíba foi criada, por decreto do presidente Sarney, em 1988. Depois veio a de Açu. Há alguns fatores que explicam, mas não convencem. O sul do país é contra qualquer polo exportador no nordeste. Deseja acabar até com a zona franca de Manaus. A questão é que os governantes estaduais não acreditaram nesse mecanismo, salvo o Ceará que avançou muito. O RN recebeu duas “bênçãos” divinas, que, se aproveitadas, dariam muitos empregos e oportunidades:  as reservas de petróleo e gás natural (as maiores em terra do país) e a posição geográfica privilegiada no Caribe e América Latina, a mais próxima da Europa e África. Perdemos o petróleo e estamos perto de perder o aproveitamento econômico da posição de fronteira aérea e marítima para implantarmos um polo exportador e turístico. O Ceará, com mérito próprio, reagiu, esbravejou e conseguiu a refinaria de petróleo “Premium II” que está em plena construção e com data prevista de 2017 para ser inaugurada. Além disso, dispõe das obras do Aeroporto Internacional Pinto Martins de Fortaleza (será maior do que o “Aeroporto de São Gonçalo do Amarante”) quase concluídas e o Terminal Marítimo de Mucuripe, que se transformará num polo exportador de manufaturados, que seria a vocação natural do RN, através da sua área de livre comércio.

Como o senhor enxerga o processo de privatização da ZPE de Macaíba?
Devo esclarecer que falo em tese e sou favorável a privatizações, em áreas que onerem o estado. Acredito que um polo exportador, como o de Macaíba, pelo fato de liberar incentivos, isenções e recursos públicos, não deve ser privatizado. Não é que seja proibido. Apenas, não é conveniente ao interesse público. Há espaços econômicos que não podem ser privatizados.  Uma empresa privada somente se interessa pela administração, caso tenha lucro. Ninguém vem para o RN para perder dinheiro. O empresário irá vender isenções de impostos, incentivos, liberação de áreas físicas, tudo pertencente ao poder público. Imagine que ideia essa!!! Esse papel deve ser do estado. É  óbvio que será praticamente impossível, se o processo não for revisto, evitar as influências diretas e indiretas na concessão dos benefícios, favorecendo uns e prejudicando outros; ou favorecendo o capital externo, em prejuízo dos nacionais. Privatização numa ZPE ou ALC pode ocorrer para administrar o espaço físico da área, no que diz respeito à segurança interna, manutenção, conservação de acessos etc. Nunca para comercializar o acesso de indústrias, nacionais ou internacionais, através da concessão de isenções e incentivos. A política de Desenvolvimento Produtivo, Industrial Tecnológica e de Comércio Exterior precisa está nas mãos do governo. O governo não pode deixar de ser o agente moderador, em razão da concessão de regime fiscal, cambial e tributário diferenciados, que envolvem vultosos incentivos e isenções fiscais. O correto é que o governo implante a infraestrutura, o arruamento até a construção dos galpões. No Acre o governo agiu assim.

O senhor comenta que “é curioso o fato de apenas “uma” empresa ter apresentado proposta no recente processo de licitação (????)”. Há alguma suspeita sobre  o fato dela ter sido a única a apresentar proposta?
Se a ZPE é o caminho correto e mais atraente, ao invés da área de livre comércio, modelo usado globalmente, por que outras empresas não se interessaram na concorrência, já que existe ao lado um aeroporto da dimensão do de São Gonçalo do Amarante? Não me cabe acusar ninguém. Porém me compete sugerir que o Ministério Público, Receita Federal, o Tribunal de Contas e órgãos competentes esclareçam pontos obscuros nessa privatização e, se for o caso, seja realizada uma nova licitação, com mudanças no edital. No mínimo, tudo que aconteceu é muito estranho! Tratando-se de comércio internacional pergunta-se sobre a possibilidade da infiltração de “testas de ferro” do capital estrangeiro, que indiretamente manejariam as isenções e incentivos, concedidos a esse tipo de plataforma exportadora. Se o prazo para concluir a primeira fase está exíguo seria o caso de pleitear uma prorrogação ao governo federal, considerando as dificuldades econômicas que rondam o país.

O que de curioso o senhor viu nesse processo?
O curioso é que apenas “uma” empresa apresentou proposta na privatização, justamente do ramo imobiliário, administração de imóveis e construção civil. Bom recordar que para justificar a privatização propagou-se, que haveria empresários nacionais e estrangeiros interessados em aportar recurso na ZPE de Macaíba. Onde estão esses empresários? Repito que falo em tese. Não conheço a empresa vencedora, portanto não seria leviano para acusá-la. Digo que é preciso ter cuidado porque será uma empresa privada que irá administrar, direta ou indiretamente, milhões e milhões de dólares no comércio interno e externo, sob a forma de oferta de isenções e incentivos, inclusive de ICMS. O capital e o lucro não podem ser fiscais de si próprios, por mais idôneas que sejam as pessoas. O estado não pode abrir mão de administrar, com rigor, as isenções e incentivos tributários.  Eu estou apenas fazendo uma advertência, acerca de um procedimento estranho, misterioso ocorrido na privatização da ZPE de Macaíba. Se as explicações convencerem, tudo bem. Do contrário, a lei terá que agir.
Andrielle Mendes/TN
(Do blog Registrando)

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

MOMENTOS DA MINHA INFÂNCIA

SERRA AGUDA

Eu cresci atrás daquela serra

A trilha é o estradão

Ainda sinto cheiro da terra

E da plantação do algodão.



Hoje me vem a lembrança

E começo a chorar

Das coisas boas da vida

Quando morei por lá.



A estrela d'alva e a lua

Brilham o seu clarão

Noites memoráveis

Das caçadas do sertão.



Amanhece o dia

A serrinha desperta em flor

O perfume da caatinga

Liberando todo o odor.



Esse momento de criança me fascina

O sonho me convida a voltar

Das lembranças de Serra Aguda

Como é belo recordar.

Marcos calaça, jornalista matuto (UFRN)
Temos o talento, porém não temos escolas publicas de qualidade. Com Pastor Everaldo Pereira, pré-candidato a presidente da república (PSC), vamos ter mais escolas de referências e, consequentemente mais médicos! Vamos juntos nesta caminhada (sou pré-candidato a deputado federal) "por um Brasil melhor"

(Fernando Caldas, Pastor Everaldo a minha direita. Everaldo é pastor da Assembléia de Deus, Rio de Janeiro, Vice-presidente do PSC Nacional).
Foto: Temos o talento, porém não temos escolas publicas de qualidade. Com Pastor Everaldo Pereira, pré-candidato a presidente da república (PSC), vamos ter mais escolas de referências e, consequentemente mais médicos! Vamos juntos nesta caminhada (sou pré-candidato a deputado federal) "por um Brasil melhor".
Acalanto De Amor Insano

Acalanto assim meu amor...
Sem sonhos tão insanos
Tiro os pés dos ares e volto a pôr
Ver o por do sol sem tantos planos

Mantenho-me firme nesse plano
Ainda amo o amor mesmo que insano...
Domina minha mente sem clemência
Corrói meus sentidos faz residência

Com resistência arde nos olhos
Sem desistência me dá ciência... Conselhos!
Que nada é tão breve que não compense
Conhecer o amor verdadeiro que lhe pertence.

Nessa insanidade perseverante
Vestida de saudade sou diamante
Nos dias que “te amo” sou anjo errante
Em outros sem “te amo” falso brilhante

Passeio numa nebulosa com paciência
Sem boca pra beijar beijo as ciências
Que me ditam regras com reticências
Perfumam-me a mente flores e essências

Sem querer a cura para esse amor
Caminho devagar... Divago a dor...
Disfarço em preto e branco sem as cores
Volto para os campos revejo as flores!

Nesse momento...
Acalanto meu amor insano...

Sonia Son Dos Poemas


Assuense conta episódio da guerrilha em 1935

Como matéria especial, a edição dominical da TRIBUNA DO NORTE, edição de
07 de maio de 2000, publicou reportagem de minha autoria, como colaborador.
“Reside em Natal uma das testemunhas das ações de um movimento guerrilheiro
de caráter comunista que ocorreu no Vale do Assú, no RN, entre os anos de
1935/36. A dona-de-casa Áurea Cortez de Lima, 82, tinha 16 anos quando viu o
líder camponês Manoel Torquato de Araújo e dois companheiros, entrarem na
casa grande da propriedade do seu pai, Manoel Cortez, conhecida por “Ingá”, na
várzea do Assú.

A “guerrilha” foi resultado da luta reivindicatória dos trabalhadores das salinas e
fazendas de Mossoró, Assú, Areia Branca e Macau. Os estudiosos apontam o
então governador Rafael Fernandes, que reprimia violentamente os sindicatos e
mandava surrar os líderes dos trabalhadores, como o causador da revolta armada.
O pai de dona Áurea tinha terras em Assú, Macau e Pendências (1), mas não era
latifundiário. A razoável condição de vida do agricultor Manoel Cortez pode ter
aguçado a cobiça do grupo que chegou armado à casa da fazenda do povoado
Santa Luzia. Os camponeses queriam tomar as terras de Manoel Cortez,
obrigando-o a devolover uma gleba de sua propriedade que esteve arrendada
durante certo tempo a um dos aliados de Manoel Torquato, o chefe do bando
criado pelo provisionado Miguel Moreira. (2)Torquato era protestante.

“Esse pessoal era conhecido como o “Sindicato de Mossoró” e veio para tomar as
terras de papai. Lembro-me que chegaram lá em casa, pouco depois do meio-dia,
Manoel Torquato, José Domingos e Joel Paulista armados de revólveres e
peixeiras, todos à cavalo. Papai conhecia todos eles e disse que nós não
ficássemos amedrontadas, pois já sabia do que queriam. Manoel Torquato era de
Canto Grande, um lugarejo entre Assú e Macau, mas papai dizia que ele não era
bandido. José Domingos, natural de Alto do Rodrigues, era um detento, Joel
Paulista era o chefe do sindicato de Areia Branca. O José Domingos chegou lá
dizendo que não mexessem com a gente porque devia favores à família dos
“Targino” , como era conhecida a família de papai. Eles queriam tomar o sítio
“Cobé”, em Assú, e Manoel Torquato, com aquela pose toda, disse para papai: “o
senhor vai mandar o menino ficar na terra”.

Papai nem pestanejou, rebateu na hora que “eu já entreguei o caso ao juiz de
Assú” e explicou que o ex-meeiro Raimundo Nonato, vulgo “Raimundo Fumeiro”,
tinha passado vários anos explorando a terra sem pagar a renda. Diante da atitude
de papai, eles foram embora e nunca mais voltaram, disse dona Áurea, residente
na avenida Hermes da Fonseca, no bairro do Tirol, em Natal.

Apesar de não terem retornado para atanazar a família de dona Áurea, o grupo de
rebeldes comunistas distribuiu panfletos, impressos com tinta vermelha, com
pesadas críticas ao seu pai. Os boletins eram intitulados “O burguês Manoel
Cortez” e foram distribuídos em todas as casas entre Canto Grande e Comboeiro,
perto da cidade do Assú. (4)

“O povo dizia que eles eram comunistas, fizeram muita bagunça e quiseram tomar
terras pela pressão. Papai não deu muita atenção a eles, apesar de saber que
tinha cabras ruins no meio deles, como José Domingos, um verdadeiro cangaceiro
que acabou morto em Caraúbas”, relembra dona Áurea.

Ela diz que os episódios ocorridos no Vale do Assú, entre 1934/36, provocaram
mortes, mas não recorda os nomes das vítimas, além de Artur Felipe Montenegro,
um filho de fazendeiro rico que foi abatido na embocadura do açude Canto
Comprido, em Assú, em 2 de janeiro de 1936. Segundo Amaro Sena, em
depoimento prestado de 2 de março de 1999, quem atirou em Artur Felipe foi
Manoel Domingos, de Cobé, com um único tiro de rifle ou fuzil. “Foi um disparo
certeiro...”. (3)

Em represália, a família de Artur Felipe matou o pai de Manoel Torquato, que não
tinha nada a ver com a guerrilha. “O bando era comunista mesmo, não me lembro
de suas reivindicações, não. Não havia latifúndio no vale. Por exemplo, a terra que
o meeiro Raimundo queria era de 50 braças. Os homens de Manoel Torquato não
tomaram terras, só dinheiro, porque a lei não estava do lado deles; naquele
tempo, a lei, o juiz, era do lado do proprietário. Eu tinha um panfleto desses, mas
emprestei a uma pesquisadora e não me foi devolvido”.

Depois da morte de Artur Felipe, a polícia investiu contra eles, forçando-os a
recuar para perto de Mossoró. Manoel Torquato foi executado por um liderado,
Manoel Feliciano.

Rebeldes foram condenados
Derrotada a guerrilha, quase todos foram presos pela Polícia Militar do RN.
Processados, todos foram condenados. Mas pelo decreto-lei 474, de 8 de junho
de 1938, foram absolvidos Amâncio Leite, Raimundo Jovino de Oliveira, Manoel
Veras Leite, Tertuliano Alves Primo, Vicente Florêncio da Mota, Francisco
Agostinho Bezerra, Mestre Chaves ou Francisco Chaves dos Anjos e José Nicácio
Sobrinho das acusações de envolvimento na guerrilha de Manoel Torquato e
Miguel Moreira.

Em 29.06.1938, o juiz Raul Campelo Machado, por deficiência de prova, absolveu
Benedito Saldanha, Cirelino Bezerra da Costa, José Lopes Bastos, Homero
Agostinho, José Lins, José Perico, Belarmino Abel Ferreira, Pedro Mendonça,
Francisco Bernadino, Francisco Chaves, João Reginaldo, Antonio Reginaldo,
Francisco Paulino, Manoel Ferreira do Nascimento, Francisco Ferreira, Homero
Couto, Antonio Falcão, Francisco Agostinho, José Cassiano, Gonçalo Izidro,
Francisco Machado, Sandoval Oliveira Sales Lira, Ricardo Torquato, Antonio
Pereira, Feliciano Alexandre, Marcelino Alexandre, Manoel Nunes da Silva,
Honório Máximo, João Abre, Vicente Ferreira Gomes, Francisco Dobrinha, Chico
João e Cassiano Preto.

O magistrado declarou extinta a ação penal contra Sebastião Caldeira, “por ter
sido o mesmo, segundo se vê dos autos, morto em combate com elementos da
força pública estadual do RGN”. Os denunciados foram defendidos pelos
advogados Cícero Aranha e Maria da Glória Pinheiro Moss, que defenderam a
tese de perseguições políticas.

O jornal católico “A Ordem” (Natal/RN, p.4, edição de 02.07.1938) ao publicar
trecho do processo criminal diz que o bando era oriundo de Mossoró e
responsável por “propaganda subversiva eficiente, que resultou na formação de
um grupo de bandoleiros, chamados “os bandidos vermelhos” que, por motivos
políticos, e incitados por Miguel Moreira, praticaram no Estado do RN, em 1935,
assaltos, roubos, depredações, ferimentos”.
O ex-tenente Moisés Costa Pereira e o sargento Amaro Potengi da Silva foram
condenados a 3 anos.

Luta armada tinha caráter comunista
Não somente os documentos e cartas apreendidos nas casas dos dirigentes do
Partido Comunista do Brasil-PCB, no Rio de Janeiro, em 1936 (Movimento
Comunista de 1935 – Excertos da publicação “Arquivos da Delegacia Especial de
Segurança Política e Social – Volume III – Polícia Civil do Distrito Federal – Rio” –
1938 – Natal – Imp. Oficial – 1938) atestam que a guerrilha do Vale do Assú era
mesmo de caráter comunista.

A entrevista do ex-militante do PC mossoroense Francisco Guilherme (PCB na
mira da história – Camaradas rebatem duras críticas do livro W. Waack,
reportagem de Carlos Peixoto e Nilo Santos, TN, 28.11.1993, páginas 12 e 13) é
elucidativa. Referindo-se à insurreição de novembro de 1935, disse Chico
Guilherme: “Mossoró estava preparada para também instalar o Governo
Revolucionário Popular a partir de apoios na Polícia Militar e no Exército (Tiro de
Guerra), além da logística da guerrilha – cerca de 45 homens – do grupo
conhecido como “Sindicato do Garrancho”, todos na clandestinidade, porque a
polícia vivia prendendo e espancando e a única salvação deles era o partido
chegar ao poder”.

A primeira referência em livros sobre a guerrilha comunista do Assú é de autoria
de Edgard Barbosa, em “História de uma campanha”, Imprensa Oficial, Natal,
1936. Edgard Barbosa, que foi jornalista a serviço das forças conservadoras do
Partido Popular, de José Augusto Bezerra de Medeiros, diz que o movimento era
de caráter comunista, com ramificações em municípios vizinhos e que o
“numeroso bando armado surgia mais do ambiente político e da confusão reinante
do que do entusiasmo pelas doutrinas vermelhas, pois se constituía de homens
rudes, analfabetos e dispostos a todas as modalidades do crime. Era o
cangaceirismo acoitado à sombra de uma bandeira que encarnava um credo
exótico. Em nome do tal credo, os malfeitores que puseram em cheque as forças
policiais de Assú, Angicos, Santana do Matos e Macau”. Barbosa informa que os
comunistas fizeram “uma verdadeira rebelião, que aliás constou do relatório de um
representante brasileiro em uma das sessões da III Internacional, reunida em
Moscou”.

Segundo Barbosa, o movimento foi debelado na interinidade do interventor José
Lagreca, que enviou uma tropa de 60 homens sob o comando de Severino
Campelo, que libertou o fazendeiro Jorge Barreto, seqüestrado pelos guerrilheiros.
Segundo Manoel Rodrigues de Melo, os guerrilheiros contavam com forte adesão
dos protestantes.

O historiador Raimundo Nonato da Silva, como os demais estudiosos do assunto,
aponta influência comunista na rebelião desordenada no baixo Assú, “dirigido por
enviados do sul do país que, militarmente, organizavam a resistência pósnovembro
de 1935. Houve uma morte no campo de batalha de um engenheiro,
que tirou o ânimo dos revoltosos”.

O jornal “A República”, de 18.07.1936, p.2, informa que Sebastião Caldeira,
armado e com um cinturão de dinamites, morreu após a explosão dos explosivos
devido a um tiro recebido durante um tiroteio.

Notas

1 - O município de Pendências, em 1935, ainda não tinha sido criado.
2 - Miguel Moreira era membro do Partido Comunista.
3 - Segundo Amaro Sena, já falecido, Artur Felipe saiu de uma festa, embriagado
e, juntamente com o cabo Bondade, foi provocar os insurretos que estavam
acantonados perto do açude.
4 – A professora Brasília Ferreira confirmou, na época da publicação da
reportagem, que o boletim que dona Áurea lhe emprestou foi extraviado.
5 – Mais detalhes ver: Pequena História do Integralismo no RN – Fundação José
Augusto, Natal/RN, de Cortez, Luiz Gonzaga ; Trabalhadores, Sindicatos,
Cidadania – Nordeste em tempos de Vargas, de Ferreira, Brasília Carlos,
Cooperativa Cultura da UFRN; Várzea do Assú, de Melo, Manoel Rodrigues,
Edição Cadernos, São Paulo-SP e Gilberto de Melo Freire.
www.dhnet.org.br

"POUCAS E BOAS"

Por Valério Mesquita, escritor membro da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras

1 - Fernando Caldas, assuense de ótima qualidade, poeta e pesquisador, enviou-me alguns "causos" folclóricos de sua região. Agradecendo a remessa, vamos juntos nos deliciar com as suas histórias. "Bonzinho" era uma figura pedinte, lá do Açu, estava bebendo em um bar da cidade quando foi surpreendido por Joca Marreiro, seu pai, que lhe convidou a ir para casa, pois já era noite alta. Aceitou o convite paterno, mas foi taxativo e solene: "Papai, vá na frente que o mundo tá cheio de gente ruim".

3 - Comício de Ronaldo Soares em Açu. O povo doidão na praça. O locutor vibrante anuncia a palavra de Chico Galêgo, candidato a vereador, líder da Lagoa do Piató. Ao receber o microfone sem fio, assustou-se com o equipamento e tratou de reclamar: "Cadê a correia dele Lourinaldo, cadê a correia, esse bicho não vai falar de jeito nenhum!!!. Aí a galera vibrou.

4 - Açu é um filão de estórias que não tem fim. Ronaldo Soares, captador permanente dessa atmosfera densa e intensa, passou-me mais uma. Seu conterrâneo Zé Gago andava ás turras com a esposa Isabel. Em suma havia arranjado uma rival. Revoltada, a família se reuniu para lavrar aquele protesto e chamar o esposo e pai à responsabilidade. Em sua defesa, Zé Gago veio com um argumento genial: "Meus filhos, arranjei uma mulher, é verdade, mas foi pra poupar sua mãe". Inconformada, dona Isabel saiu do seu silêncio: "Se foi por esse motivo, pode me rasgar toda!!.

5 - Tico, motorista do ex-deputado Arnóbio Abreu, não foge à regra de muitos profissionais bons, mas broncos e teimosos demais. Certa noite, num comício em Açu apareceu por lá o servidor da secretaria de Saúde Alan Rio. Ao vê-lo, Tico comentou que já vira antes esse rapaz. Um interlocutor presente o ajuda afirmando que o nome dele é Alan. Tico repreende: "Não, Alan é apelido!!. Chamando a intervir, Arnóbio confirmou que o nome do visitante é Alan. Tico, na sua teimosia homérica, retruca: "Não, doutor Arnóbio, Alan é de ovelha por isso, é apelido mesmo"!!.

6 - Jobeni Machado, fazendeiro do Açu, lá pelos anos setenta não teve dificuldades para aprender, ao pé da letra, as lições dos filósofos da economia da época. Endividadíssimo e instado a pagar pelos bancos oficiais os seus empréstimos agrícolas vencidos e esquecidos, Jobeni utilizou a máxima do faraó Delfim Neto, ministro da fazenda: "Dívida pública não se paga, se rola". Não foi à toa que o governador de Minas Itamar Franco se inspirou no exemplo. No caso de Açu, até hoje tá rolando.

7 - Fernando Caldas manda-me algumas poucas e boas da rica safra açuense. Manoel Montenegro Neto (Manuca), disputou sem sucesso a prefeitura de Açu, em 1976, contra Sebastião Alves. Manuca foi deputado estadual por duas legislaturas e deputado federal durante alguns meses. Pertencendo ao então MDB, fazia discursos inflamados cumprindo o seu papel de oposição, combatendo a inflação e outros bichos. "Meus amigos, senhores deputados, quem é que pode comer uma galinha por três cruzeiros?" (moeda da época), indaga Manuca pateticamente da tribuna da assembléia.. Um correligionário que ouvia atentamente o seu pronunciamento respondeu da galeria: "O galo, Manuca!".

8 - Junot Araújo dos Santos foi vice-prefeito na chapa de Lourinaldo Soares nas eleições municipais de 1992 em Açu. Junot prometeu na campanha a uma senhora, uma cirurgia de períneo. A operação seria feita pelo seu pai dr. Nelson, logo após as eleições. Certo dia a eleitora procurou o vice-prefeito com outra conversa: "Junot, no lugar da cirurgia me arranje cinco sacos de cimento". Fátima, sua mulher, escutando a exploração daquela eleitora, saiu-se com essa: "Essa égua quer agora tapar o buraco com cimento!"

9 - O saudoso Ronaldo Ferreira Dias era importante funcionário do Senado da República. Norte-riograndense de Lages e com muita ligação no Açu. Nas eleições de 1982, concorreu a deputado federal mesmo sem ter vivência política no Estado do Rio Grande do Norte. Ronaldo seria o segundo suplente com qualquer votação. Foi a Açu e procurou seu primo Chico Dias que era candidato a vereador para fazer a sua campanha no município assuense. Certo dia, telefonou de Brasília para o primo: "Chico, como vai a aceitação do meu nome por aí?" Chico respondeu pausadamente: "Ronaldo, saí de casa com mil fotografias (santnhos) suas e voltei com duas mil".

Fonte: Poucas e Boas, de Valério Mesquita

SOBRE MARIA BOA

Na Revista Bzzz, descobrimos os mistérios de Maria Boa e o seu cabaré que marcou época em Natal. Revista à venda nas principais bancas de Natal e Mossoró. Em Brasília: livraria e banca Miller. Rio: Leblon, Copacabana, Ipanema. São Paulo, na próxima semana: Oscar Freire


REI DO BREGA: Morre o cantor Reginaldo Rossi

Pernambucano morreu às 9h25 desta sexta-feira, de falência de múltiplos órgãos


Publicação: 20/12/2013 10:29 Atualização: 20/12/2013 14:37

Foto: Cecília Sá Pereira/DP/D. A Press
Foto: Cecília Sá Pereira/DP/D. A Press

Nenhuma metáfora de bar, tristeza ou desilusão conseguirá traduzir, nesta sexta-feira, às 9h25, a dor da partida do Rei do Brega, o cantor Reginaldo Rossi. O artista pernambucano de 70 anos morreu depois de permanecer 23 dias internado no Hospital Memorial São José, na Boa Vista, no Recife. Ele havia sido internado com dores no tórax e nas costas, mas descobriu a existência de um tumor no pulmão, enfrentou sessões de quimioterapia, hemodiálise e precisou de sedação e ajuda de aparelhos para tratar a doença.

Relembre a trajetória de Reginaldo Rossi na galeria de imagens


A informação foi confirmada pelo médico Murilo Guimarães, pneumologista do cantor e compositor. Ele teve falência de múltiplos órgãos.

Reginaldo Rossi entra para a história da música como uma das vozes mais românticas do país. Em mais de 50 anos de carreira, ele cantou os desencontros do sentimento humano, especialmente ilusões, fetiches, dores e desamores comuns aos relacionamentos. Contemporâneo de uma geração tachada de brega por cantar canções idolatradas pelo povo, ao lado de Odair José, Amado Batista, Wando, Agnaldo Timóteo, Fernando Mendes, entre outros, Rossi inverteu a lógica do rótulo e abriu espaço para um gênero musical marginalizado no Brasil.

O cantor reformulou o conceito de brega e, com músicas e declarações, esfregou na cara da sociedade a incoerência entre a crítica e a vida real. Democratizou os sentimentos, uniu pobres e ricos nas emoções e na mesa do bar, universalizou a dor, o amor, o chifre e a alegria da roedeira ao pé de um garçom, definido por ele como o confessor da humanidade, personagem inspiração para o maior sucesso musical. "Quando o chifre dói, o diploma cai da parede", "Não há quem não bregue depois de três doses" e "No mundo inteiro, é romântico, mas, aqui, quem faz romantismo é brega" foram frases de uma filosofia levada adiante em mais de 300 composições gravadas ao longo da carreira.

Dono de uma uma cabeleira fora dos padrões de beleza, de uns óculos escuros onipresentes, camisa sempre aberta no peito e uma voz inconfundível, Reginaldo fez sucesso incontestável para além das fronteiras do estado. Começou com o rock e o balanço da Jovem Guarda no grupo Silver Jets. Depois, em carreira solo, enveredou pelas músicas românticas. Dominou o Norte e o Nordeste. Com a canção Garçom, lançada em 1986, chegou ao restante do país e se consolidou como artista nacional.

Reginaldo Rossi assumiu a condição de popular das músicas às declarações. Orgulhava-se de preferir os termos usuais para compor, em vez de se valer das palavras rebuscadas agradáveis apenas à crítica. "Eu canto para o povão", mandou avisar por meio dos médicos, já do leito do hospital. As letras sempre remeteram à simplicidade: a tristeza depois de ser deixado pela pessoa amada, os suspiros nas carícias do casal, a traição, o bailinho, a ausência e a canalhice. Vieram A raposa e as uvas, Mon amour, meu bem ma femme, Tô doidão, Deixa de banca, Garçom.

Com o microfone nas mãos, desferiu golpes duros no machismo, ao exigir igualdade amorosa para as mulheres, criticou a hipocrisia homofóbica, deu leveza ao chifre, calo social brasileiro muitas vezes combustível para atos de violência. "Por que o homem pode chifrar, chifrar, chifrar e a mulher não pode fazer nada?”. Rossi deu transparência ao sentimento.

O cantor havia se apresentado pela última vez em João Pessoa, depois de enfrentar três apresentações seguidas no Manhattan Café Theatro, em Boa Viagem, no Recife. Estava com show marcado no revéillon, no Pina, Zona Sul do Recife, cidade cujo hino informal é uma de suas composições mais adoradas: "Recife, a minha cidade, o meu lugar". Fumante inveterado de mais de dois maços de cigarro ao dia, consumidor de uísque misturado com Coca-Cola e jogador contumaz de pôquer, Reginaldo deixa a esposa Cileide e o filho Roberto. Mais: deixa órfã uma legião de fãs acostumados a cantar, sorrir e chorar ao som de letras capazes de desvendar e espalhar cada retalho da alma humana.

CORTEZ PEREIRA NO ASSU




Sou um telúrico confesso. O momento político e o desenvolvimento da minha terra - o Assu/RN, já me interessa desde os meus tempos de estudante adolescente. Como podemos conferir na fotografia data de 1972, acompanhando o governador Cortez Pereira (o primeiro governador do Rio Grande do Norte nomeado pelo regime militar), inaugurando obras da Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu, além do Superintendente da SUDENE general Evandro de Souza Lima e o deputado Edgard Montenegro. Estou na fotografia a esquerda de Cortez. Fica o registro.

Fernando Caldas




CBTU planeja linha de VLT entre Ribeira e Campus da UFRN


Pedro Andrade

repórter

Uma proposta de nova malha ferroviária a ser implantada em Natal e na Região Metropolitana foi apresentado nessa quinta-feira (19) pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos. Dentro do projeto, que será discutido com órgãos municipais, há proposta de integração das ferrovias, através dos Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs), ao sistema de transporte público da cidade, inclusive com linhas passando pela região central.
DivulgaçãoCusto estimado do projeto que prevê implantação de 12 VLTs é de R$ 6 milhões. Primeiros veículos leves começam a chegar em maio/2014.Custo estimado do projeto que prevê implantação de 12 VLTs é de R$ 6 milhões. Primeiros veículos leves começam a chegar em maio/2014.

A proposta é criar três novos ramais. Pelo projeto, o veículo de superfície terá uma das linhas fazendo o percurso Ribeira-Campus da UFRN via avenida Jaguarari. Além dessa, um anel viário também na área central vai interligar todas as sete linhas a para atender os passageiros da Grande Natal.

Conforme projeto apresentado ontem pela CBTU Natal, sete linhas estão contempladas nesse processo de modernização do sistema de trens urbanos, que implantará 12 VLTs e alcançará quatro novos municípios: Nísia Floresta, São José de Mipibu, Macaíba e São Gonçalo do Amarante, além dos já contemplados Natal, Ceará-Mirim, Extremoz e Parnamirim. Cada veículo terá três vagões com capacidade total para 600 passageiros. A estimativa é transportar 60 mil passageiros diariamente.

O custo estimado em R$ 6 milhões sofreu acréscimo de R$ 4 milhões após a inclusão de trecho 17 quilômetros que vai ligar Natal a Parnamirim. Apesar da ampliação das linhas conforme projeto apresentado, o superintendente da CBTU, João Maria Cavalcanti, lembra que o pré-projeto reaproveitaria as linhas já existentes, apenas reparando possíveis danos nos trilhos, bem como quatro estações atuais. “Serão trinta estações novas, sendo quatro reformadas e 26 construídas”, explica.

Para integrar trens e sistema de ônibus, o projeto prevê estações incorporadas ao mapa viário da cidade, unindo os transportes ferroviário e rodoviário. A técnica da CBTU Dulce Albuquerque lembra que esses veículos poderão circular livremente pelas ruas da cidade. “Os VLTs possuem um sistema de frenagem melhor até que o dos ônibus. São veículos leves e por isso conseguem frear e acelerar rapidamente, diferente dos trens tradicionais, que pesam toneladas. Carros e bicicletas, por exemplo, podem circular livremente junto aos VLTs”, explica Dulce.

A integração física entre trens e ônibus é considerada pelas autoridades, apesar de ainda não discutirem efetivamente uma bilhetagem única. “O que será feito é uma integração com o sistema de ônibus, de forma física. As estações serão próximas às paradas de ônibus, possivelmente até a mesma parada, facilitando o transporte e a mudança de veículos pela população”, disse Cavalcanti.

Já o secretário adjunto de Transportes da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, Clodoaldo Cabral, considera de forma mais imediata essa integração física e, futuramente, a possibilidade de um bilhete único, com tarifa diferenciada, para passageiros utilizarem trem e ônibus numa mesma viagem. “A estação do Soledade, onde há uma estação e uma parada de ônibus, já faz parte dessa integração física”, afirma Clodoaldo.



Tribunal Superior Eleitoral decide que prefeitos e vices cassados e afastados pelo TRE-RN devem permanecer nos cargos


al
Cláudia Regina e Wellington Filho poderão retornar ao comando da Prefeitura de Mossoró 
Nessa avalanche de cassações decorrentes de ações de impugnações de mandatos eletivos que tramitaram no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), pode-se dizer que “entre vivos e mortos salvaram-se todos”. Ou quase. Dos prefeitos que perderam o mandato no período, só a de Mossoró, Cláudia Regina (DEM) e seu vice, Wellington Filho (PMDB), que estão afastados, não vão retornar ao cargo ainda esta semana.
Ontem, 19, o dia foi de fortes emoções nos bastidores da política potiguar. As atenções estavam voltadas para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília (DF), que acatou praticamente todos os recursos impetrados contra decisões do TRE-RN em que cassaram prefeitos e vices de vários municípios.al 2                                        Prefeito cassado, Isoares Martins, retorna ao cargo em Baraúna
Em Baraúna, o prefeito cassado e afastado, Isoares Martins (PR), já está com a liminar do TSE lhe garantindo retorno ao cargo. Com isso, não acontecerá mais a posse da segunda colocada nas eleições de 2012, Luciana Oliveira (PMDB) e do vice Édson Barbosa (PV), que estava marcada para hoje sexta-feira, 20.al 2                           “Luizinho”, de Carnaubais, também teve retorno assegurado ao cargo, pelo TSE
Em Carnaubais, o prefeito afastado Luiz Gonzaga Cavalcante, “Luizinho” (PSB), também está retornado ao cargo. O mesmo ocorre com o prefeito cassado de Marcelino Vieira, José Ferrari de Oliveira (PR) e a vice Tâmisa Tébita (PSD), que conseguiram liminar no TSE para retornarem aos cargos até que o mérito seja julgado naquela corte.al 4                         Prefeita cassada de Taboleiro Grande, Klébia Bessa, também permanecerá no cargo
Em Taboleiro Grande, a prefeita Klébia Ferreira Bessa Filgueira (PSD) e o vice José Lenário da Silva (PSD), cassados pelo TRE-RN, vão reassumir os respectivos cargos.
Assim, nos municípios onde o TRE-RN já havia decidido pela realização de novas eleições no dia 2 de fevereiro de 2014, os pleitos estão automaticamente suspensos.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Augusto Cury fala sobre ansiedade

Meus caros leitores(as):


Da Galeria dos ex-presidentes da Câmara dos Vereadores do Assu que, por sinal, é uma das câmaras mais antigas da nação brasileira, desde 1786, instalada em 1788. Instituição local que, além de legislativo tinha o poder de administração do município

Fotografia de Fernando Caldas.


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

CARNAUBAIS: QUEM VAI DISPUTAR COM DINARTE?


DA
DA1
Em sendo mantida a decisão do TRE, que na noite de ontem marcou eleição suplementar para o dia 02 de fevereiro, a chapa de oposição será repetida com Dinarte Prefeito, Alzenir vice.
São apenas 45 dias para a realização do pleito. Até o final da tarde de hoje, o blog estará publicando o calendário eleitoral à ser cumprido pelos pretensos candidatos.
A situação, sob a liderança de Luizinho deverá indicar o  prefeito em exercício Junior Benevides, mas, nomes como os de, Aluizio Lacerda, do seu filho Dr. Mario Luiz, da sua esposa Mária Cavalcante e seu irmão Marcos Cavalcante, são nomes cogitados, os três últimos, dependendo de uma consulta ao TRE, já que há parentesco com o ex prefeito.
José Regis de Souza
REGIStrando

"DUDA MENDONÇA AFIRMOU QUE PASTOR EVERALDO PODE SER IMPORTANTE NO SEGUNDO TURNO DA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL"

‪#‎RetroPastorEveraldo2013‬ | Um dos maiores marketeiros políticos do país, Duda Mendonça, afirmou que Pastor Everaldo Pereira pode ser importante no segundo turno da eleição presidencial em 2014. Confira a entrevista no link: http://bit.ly/17XZ0TL


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

24 horas

Minha boca está seca!
Com saudade dos teus beijos
atrevidos, molhados...
Quem me dera estar em teus
braços agora
Devoraria todo esse prazer que,
estou sentindo por ti
24 horas será pouco
Para esse amor selvagem
Te possuir inteiro
Mas você vai voltar
E todo esse prazer vou te dar!

Flávia Guimarães


Mulher


Fabrício Neto

A beleza do teu sorriso,
assemelhar-se ao alvorecer
da primavera,
com suas árvores rejuvenescidas ,
e os campos todos floridos

A ternura do teu olhar,
representa uma linda
canção de amor.

A meiguice da sua voz
imita o cantar exuberante,
de um rouxinol apaixonado.

O calor do seu corpo,
irradia a energia cósmica
do astro rei,
Transformando a vida
no centro universal,
do próprio viver.


Ilustração do blog.


PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...