segunda-feira, 10 de março de 2014

PEQUENA HISTÓRIA DOS BONDES DE NATAL




Bonde da linha do Alecrim, fotografado em fins de 1942, pelo oficial da USAAF Robert C. Henning. Fonte - Livro Eu não sou herói-A história de Emil Petr, de Rostand Medeiros, 2012, pág. 92
Bonde da linha do Alecrim, fotografado em fins de 1942, pelo oficial da USAAF Robert C. Henning.
Fonte – Livro Eu não sou herói-A história de Emil Petr, de Rostand Medeiros, 2012, pág. 92
Este texto foi originalmente produzido por Augusto Severo Neto e publicado no Jornal Dois Pontos, edição semanal de 15 a 21 de junho de 1984, na sua coluna “Ontem vestido de menino – XXX”. Eu  li e guardei esta página ao longo destes quase 30 anos, com um desejo de não esquecer os registro de uma Natal que não existia mais, que não conheci, mas que achava importante conhecer através dos escritos de quem viveu naquela época. Infelizmente não consegui conservar perfeitamente este documento, as traças levaram um pedaço, mas o que trago dá uma ideia do meio de transporte mais marcante da antiga Natal  

Quando eu “cheguei”, os bondes puxados a burro já haviam dobrado a esquina do tempo. Também já haviam desaparecido as empresas que haviam explorado esse lírico meio de transporte. Primeiro foi a Ferro Carril de Natal, nos fins de março de 1908, no governo Alberto Maranhão, que, naturalmente, como magistrado supremo desta simpática sesmaria que é o Rio Grande do Norte, Capital Natal, presidiu a instalação solene deste meio de transporte.

E houve aquela pressa em assentar os trilhos, em comprar os bondes, que vem lá de longe, de Belém do Pará, e em adquirir os burros de tração, para tirar as viaturas. Eram burros de raça, fortes e custaram uma nota. R$ 250.000 (Duzentos e cinquenta mil reis) cada.

O primeiro trecho da linha ia da rua Dr. Barata à Praça Padre João Maria. Na “viagem” inaugural, ocupavam os assentos do novo transporte, o Governador Alberto Maranhão, o Senador Ferreira Chaves, o Deputado Juvenal Lamartine, o Presidente da Intendência Joaquim Manoel Teixeira (cargo equivalente atualmente ao de prefeito), algumas pessoas gradas e, naturalmente, os dirigentes da empresa.

As linhas foram se estendendo e chegaram até o Esquadrão de Cavalaria (onde funciona hoje a Escola Doméstica). O preço da passagem era de R$ 000.100 (cem réis, ou um tostão como chamavam). O primeiro acidente ocorreu em fevereiro de 1909, quando as rodas de ferro do veículo cortaram uma das pernas do garoto Antônio Pereira Dias.

Em 1911, o Governo tomou à França um empréstimo de R$ 4.214,274$830 (quatro milhões e duzentos e quatorze mil contos, duzentos e setenta e quatro mil e oitocentos e trinta réis). Com esse dinheiro Natal teve luz e bondes elétricos, além de telefones. Crescia o conforto moderno da cidade. Isso tudo foi inaugurado em outubro daquele mesmo 1911. A Empresa de Melhoramentos de Natal, Vale de Miranda & Domingos Barros passou a gerir e explorar os novos melhoramentos da cidade. As linhas de bondes se estenderam ao Alecrim, até o Hospital dos Alienados. Em 1912 chegaram a Petrópolis. Em 1913 iam até o Tirol, onde se encontra a sede do Aero Clube. Em 1915 atingiam a praia de Areia Preta.
Foto da revista Life, realizada em fins de 1941, ou no início de 1942, mostrando um típico bonde de Natal, nos cruzamentos das Avenidas Duque de caxias e Tavares de Lyra, no bairro da Ribeira.
Foto da revista Life, realizada em fins de 1941, ou no início de 1942, mostrando um típico bonde de
Natal nos cruzamento das Avenidas Duque de caxias e Tavares de Lyra, no bairro da Ribeira.

Vale de Miranda e Barros se separaram e os serviços de bondes, luz e telefones estiveram a ponto de 
ir para o brejo, nas mãos da nova arrendatária, Cia. De Tração, Força e Luz. Aí o Governador deu uma 
de durão e acabou com a moleza. Mandou executar a Força e Luz. Em 1930, uma outra Cia. Força e 
Luz do Nordeste do Brasil assumiu a coisa, tendo a frente o inglês Mr. Brown, genro de Juvenal 
Lamartine. Foi aí que eu comecei a tomar conhecimento, de mesmo, com os bondes de Natal.

Com o passar dos anos, eu e os bondes, adquirimos uma grande intimidade. Chegava a sofrer com ele
 (se não participava do troço), quando, na subida da Avenida Junqueira Aires, defronte do velho
 Atheneu, os estudantes passavam sabão nos trilhos e o coitado ficava patinando no mesmo lugar, 
sem conseguir chegar ao fim da ladeira. Tinha aquelas vezes que, até a “viagem” até o Aero Clube do 
Tirol, a gente tomava o lugar do motorneiro e, a nove pontos e muitos gritos, víamos passar as 
mangabeiras da antiga Rua Jundiaí, ainda sem calçamento e as poucas construções da Avenida Hermes 
da Fonseca, entre as quais o Esquadrão de Cavalaria e a casa do Dr. Varela Santiago. O bonde 
corcoveava que só montanha russa e, aqui e ali, a lança saltava e a gente tinha de recolocar no lugar.

Já tatuado e metido a sebo, junto com alguns colegas, eu descia de bonde até à Ribeira , para ir a
“zona”, pagar o meu tributo as mulheres-damas. Quando o bonde passava defronte de minha casa, 
na Junqueira Aires, eu baixava a sanefa e os outros passageiros punham a mao para fora, para ver se 
estava chovendo.

Um dia os bondes começaram a falecer, até que morreu o último, de abandono e ferrugem, em um 
galpão sem nenhum conforto. Ainda hoje sinto saudades daquela alegria amarela (a cor tradicional 
dos bondes), lírica e barulhenta que cortava as ruas de Natal.
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SOBRE O AUTOR – Augusto Severo Neto é oriundo de uma família de tradição que remonta ao 
século XVII e que deu ao Rio Grande do Norte nomes ilustres como os governadores Pedro Velho 
e Alberto Maranhão, o prefeito Djalma Maranhão, o revolucionário André de Albuquerque e o pioneiro
 da aviação, Augusto Severo, entre outros. Sua vida profissional teve origem no comércio.

O carisma do seu ilustre avô incentivou-o a tentar, por um certo período de tempo, o campo da 
aviação civil. Espírito inquieto, não tardou a largar as linhas aéreas para abraçar o jornalismo, atividade 
em que se revelou um cronista sensível às fraquezas e grandezas humanas, em que realizou um 
trabalho marcante, que tocou as fronteiras do jornalismo e da literatura.

Foi membro correspondente da Academia Paulista de Letras (na vaga de Câmara Cascudo), 
professor universitário (cargo em que se aposentou na Universidade Federal do Rio Grande do Norte) 
e viajante.

Esta última atividade, “por fome de vida”, segundo a sua mulher, Maria Lúcia Beltrão. Mas, na opinião 
dela, a principal atividade de Augusto Severo Neto foi “viver e ser feliz”. Formado em Jornalismo 
pela UFRN, colaborou em diversos periódicos do Rio Grande do Norte de outros estados desde 
1942. Sua galeria Vila Flor, foi, nos anos 70, importante ponto de encontro de intelectuais e 
artistas natalenses.

Apaixonado pela cultura européia, sobretudo a de extração latina, empreendeu dezenas de viagens ao 
Velho Continente, o que lhe rendeu alguns livros de memória e uma impressão pessoal sobre Paris, 
cidade a que devotava uma admiração especial. A vida cultural natalense, com seus tipos boêmios 
e poéticos, também lhe chamou atenção. Em De Líricos e de Loucos, Augusto Severo Neto presta 
tributo a essas personagens, sob a forma de crônicas.

Ao morrer, seus amigos escolheram como epitáfio para o seu túmulo, os versos:

Há caminhos de luz escondidos nas trevas
Para achá-los, porém, é preciso ir sozinho.

Os versos são do próprio poeta. Seu corpo foi sepultado no cemitério da vila de Pirangi, litoral sul 
potiguar, que ele mesmo escolheu como sua última morada.

(texto de Nélson Patriota)

sexta-feira, 7 de março de 2014

Quantas injustiças podem ser esquecidas
num abraço.
Abraça-me.
Toma-me para perto do teu corpo
com um abraço eterno.
Daqueles que fazem parar o tempo.
Dos puros.
Dos abraços que amam.
Que choram.
Que confidenciam.
Que transmitem força e segurança.
Dos abraços que nos mimam
e nos fazem sentir melhor.
Dos abraços que só nós conhecemos.
Dos secretos.
E dos mágicos.
Dos perfeitos.
Dos que nos fazem sorrir a alma.
Dos que nos aconchegam.
Dos abraços suaves e doces.
Dos abraços que riem. 


Cristina Costa

 

BARRAGEM DO ASSU, NO RIO GRANDE DO NORTE, "PERDE MAIS DE 1 BILHÃO DE LITROS DÁGUA POR DIA"



Armando Ribeiro perde mais de 1 bilhão de litros d’água por dia

Publicação: 07 de Março de 2014 

Roberto Lucena e Vicente Neto
repórter e editor de Geral

As chuvas que caíram mês passado no interior do Rio Grande do Norte encheram alguns açudes, levaram alívio à população de alguns municípios em estado de emergência, mas não foram suficientes para melhorar os níveis nos principais reservatórios do Estado. A Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Assu, continua secando e, atualmente, está com pouco mais de 32% de sua capacidade total. É o percentual mais baixo da história. Por dia, a barragem está secando 1,07 bilhão de litros d’água para abastecer 34 cidades.
Magnus NascimentoBarragem Armando Ribeiro é responsável pelo abastecimento de 34 municípios potiguaresBarragem Armando Ribeiro é responsável pelo abastecimento de 34 municípios potiguares

Concomitantemente, o Governo do Estado ainda não definiu o planejamento para distribuição e uso racional da água nos 161 municípios que sofrem com os efeitos da estiagem há mais de dois anos. Sabe-se apenas que o problema será discutido município por município. Na próxima segunda-feira, técnicos da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) e secretaria de Estado  do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) vão participar de mais uma reunião para tratar  sobre o assunto. Na última semana de fevereiro, o grupo se encontrou por duas vezes.

Enquanto há letargia na efetivação dos projetos que tentam amenizar os efeitos da seca, os reservatórios do Estado minguam a cada dia que passa. O principal reservatório potiguar – barragem Armando Ribeiro Gonçalves – está com 32,26% da sua capacidade. A medição foi realizada ontem e mostra que o nível baixa a passos largos. Há menos de dois meses, o local estava  com 34,81% da sua capacidade. No dia 9 de janeiro,  os dados apontavam a existência de 835.400 milhões m³ de água. Cinquenta e sete dias depois, esse número baixou para 774.296 milhões m³ de água. Ou seja, nesse intervalo, a perda foi de 61.104 milhões m³ de água que corresponde a 1,07 bilhão de litros d’água por dia.

A barragem é responsável  pelo abastecimento de diversos sistemas adutores e 34 municípios potiguares. “Infelizmente, as águas que caíram em fevereiro não foram capazes de melhorar a situação. Nossa esperança é que chova mais”, disse Joana D’arc, coordenadora de gestão de recursos hídricos da Semarh.

De acordo com o gerente operacional da Caern, Izaías Costa, a perda de água na barragem não ocorre apenas devido ao abastecimento das cidades. Ele citou que os projetos de irrigação e outros canais como o do rio Pataxó, consomem um número significativo do reservatório. “É preciso verificar essa situação também. Não são apenas as cidades que consomem essa água. Há muita irrigação”, colocou.

Já o hidrólogo  e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), João Abner Guimarães Júnior informou que a evaporação também é fator que contribui para a diminuição do nível d’água. “Temos a evaporação natural e, o que mais preocupa, é que a ANA [Agência Nacional das   Águas] não prioriza o consumo humano. Perde-se muita água para projetos de irrigação e carcinicultura”, disse.

A Armando Ribeiro Gonçalves tem capacidade total de 2,4 bilhões m³. Outras barragens e açudes também estão com níveis críticos. É o caso do açude Itans, em Caicó. Da capacidade total de armazenar 81.750.000 m³ de água, o local conta com apenas 7.935.000 m³, ou seja, 9,71% da capacidade.

Fonte: TN

Pastor mostra como é fácil enganar fieis

Laurence Campos - da casa de taipa ao curso de Medicina da Universidade ...

TSE proíbe que candidatos usem nomes de órgãos públicos



Jô Soares do INSS, Marcos Valério da UnB, Ivete da Funasa e Garrincha do Dnit, candidatos às eleições de 2012, estão fora da disputa deste ano. Uma regra do Tribunal Superior Eleitoral proíbe o uso de nomes vinculados às autarquias e fundações públicas por aqueles que vão concorrer aos cargos de titular e vice de presidente da República, governador, deputado e senador. Segundo o artigo 30 da Resolução 23.405/2014, publicada na última quarta-feira (5/3), "não será permitido, na composição do nome a ser inserido na urna eletrônica, o uso de expressão e/ou siglas pertencentes a qualquer órgão da administração pública direta, indireta federal, estadual, distrital e municipal". O pedido foi feito pela Advocacia-Geral da União em 2013, quando um levantamento apontou mais de 200 ações no ano anterior envolvendo pessoas que utilizavam denominações ligadas a órgãos federais, incluindo os nomes relatados no início desta reportagem. Para a AGU, a situação cria distorções no processo eleitoral: ao vincular o nome de campanha aos órgãos públicos, o candidato pode apresentar a falsa expectativa de que, se eleito, poderá ter acesso mais fácil à estrutura do governo e ajudar o cidadão. Também passou a valer a Resolução 23.404, sobre propaganda eleitoral e condutas ilícitas em campanhas, e a Resolução 23.406, que trata da arrecadação e gastos de recursos por partidos políticos, candidatos e comitês financeiros e define parâmetros para a prestação de contas. Das 11 resoluções previstas para reger o pleito deste ano, 10 já foram aprovadas. Resta apenas a aprovação da instrução sobre o plano de mídia para o horário eleitoral, o que deve ocorrer após o dia 8 de julho. Com informações das Assessorias de Imprensa do TSE e da AGU.

Fonte: Consultor Jurídico Notícia retirada do Portal do Servidor Federal: http://www.servidorfederal.com

AROMAS PERDIDOS

Aromas outrora perdidos,
Permeiam-me hoje com belas memórias
Resgatando no tempo o gosto de ti
Sorvo novamente teu cálice
Com sofreguidão e tesão!

Lentamente as curvas de teu corpo
São percorridas pelos meus dedos firmados
Arranhando tuas costas com deleite
Mordiscando teus seios ...
Sugando teus mamilos

O desejo carnal cega-me a alma,
Apela-me ao pecado louco!
Esqueço o purgatório da vida real
Lanço-me no inferno quente de teu ventre

Afundo-me com avidez no prazer
Ofereço-te meu falo que tragas
Enlouquecendo-nos de prazer!
Desvairados e ensandecidos.

Abandonados nos delírios dos corpos suados
Em movimentos ritmados,
Fundimos dois corpos num,
Investindo delicadamente
Sentindo gemidos crescentes
Que apenas se calam
Com a explosão no auge da paixão!


João Salvador – 18/01/2014

quarta-feira, 5 de março de 2014

Os benefícios do tamarindo para a saúde

04.03.2014 - Por Universo Jatoba 
Ujatoba_tamarindo
Você já comeu tamarindo? Tamarindo é um fruto de origem africana e muito cultivado na Índia. Aqui no Brasil ele é consumido principalmente nos estados do Nordeste. Os frutos do tamarindo têm casca marrom e o formato é parecido com a vagem.
O tamarindo é uma fruta rica em vitaminas C, E e também em vitaminas do complexo B, além de ser fonte de cálcio, ferro, fósforo, manganês e potássio. E tem mais, ele pode ser usado no tratamento de problemas digestivos como, por exemplo, na prisão de ventre, e também atua como anti-inflamatório e antioxidante.
Outro benefício do tamarindo é que ele previne doenças do coração, pois ajuda a baixar os níveis de colesterol no sangue. Ele pode ser encontrado nas feiras no formato da própria fruta, mas também é possível comprá-lo na forma de polpa. A polpa do tamarindo pode ser usada para o preparo de doces, molhos, sucos e geleias.
Se você sofre com prisão de ventre, anote a receita do suco de tamarindo que pode te ajudar! Você vai precisar de 100 gramas de polpa de tamarindo, 2 limões, 2 copos de água e mel para adoçar. Esprema os limões e coloque no liquidificador, adicione a polpa do tamarindo, os 2 copos de água e um pouco de mel. Bata tudo e o seu suco fica prontinho. Fácil, não é? O ideal é beber 2 copos do suco todos os dias.
O seu colesterol ruim está alto? Aprenda a fazer um chá de tamarindo para baixar o nível do colesterol. A receita é super simples. Você só vai utilizar folhas de tamarindo e 300 ml de água. Coloque a água para ferver com as folhas de tamarindo durante três minutos. Em seguida, desligue o fogo e deixe a mistura em repouso por cerca de 10 minutos. Esse chá pode ser consumido até três vezes ao dia.
Outra maneira de se beneficiar das propriedades do tamarindo é tomando a água de tamarindo. Anote os ingredientes: 200 gramas de tamarindo, 2 limões, 1 litro e meio de água, 3 colheres de sopa de gengibre fresco ralado, 2 colheres de sopa de cominho em pó, 1 colher de chá de folhas de hortelã e adoçante ou mel. Ferva o tamarindo em meio litro de água por 15 minutos. Esmague a polpa da fruta para tirar todo o suco. Adicione todos os ingredientes, misture bem e deixe o líquido descansar por cerca de 20 minutos. Coe o líquido e em seguida adicione 1 litro de água e o suco de 2 limões. Pronto, beba a água de tamarindo antes das refeições.

terça-feira, 4 de março de 2014



A obsessão pela bunda, por Ruth de Aquino

 

Ruth de Aquino, ÉPOCA

Até pouco tempo atrás, não se podia escrever bunda na imprensa. Ela não era vista com bons olhos. A bunda sim, mas a palavra não. Virava “bumbum’”ou, pior a meu ver, “traseiro”. Eu me recusava a escrever “nádegas”, palavra que contraria qualquer estética... Soa mal, é despida de carinho.
Aprecio uma bela bunda. De mulher ou de homem. Acompanho com os olhos e admiração genuína a moça que dança a caminho do mar, o rapaz que joga futevôlei com graça e virilidade. Observo a harmonia do corpo proporcional, a postura elegante, o andar sensual e, claro, essa observação é 3D, 2.0, de frente e de costas. Mas o fio dental ainda é uma das invenções mais vulgares de nossa praia.
Dito isso, acho vergonhoso o uso do glúteo feminino brasileiro como artigo turístico para atrair estrangeiros infelizes que sonham com o sexo tropical – às vezes pago, às vezes não. O Carnaval e a Copa do Mundo são chamarizes para bandos de homens de fora.
A propaganda da bunda é um recurso empobrecedor, misógino e perigoso. O turismo sexual é uma tragédia no Brasil. Interrompe a infância e a inocência de milhares de brasileirinhas e, especialmente no Norte e Nordeste do país, é uma praga social de dimensões ainda desconhecidas e acobertadas. Muitas famílias exploram suas meninas-moças para colocar comida na mesa.

Leia a íntegra em A obsessão pela bunda



Ruth de Aquino é colunista da ÉPOCA.

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CARNAVAL DO ASSU, 1963




 

segunda-feira, 3 de março de 2014

JOÃO FAUSTINO NO ASSU

João Faustino quando deputado federal, visitando a cidade do Assu na qualidade de candidato ao governo do Rio Grande do Norte em 1986, pelo PDS, assumindo compromissos com povo daquela região. Na fotografia, da esquerda (na mesa do plenário da Câmara dos Vereadores): Vereadores João Lourenço, Pedro Souto, Andiere Dantas, Dpomício Soares, deputado João Faustino (discursando) vereador e presidente da Câmara Municipál Fernando Caldas/Fanfa, vice-prefeito José Wilson de Sousa, deputado estadual Carlos Augusto Rosado, Carlos Abeto Bezerra, dentre outros da terra assuense.

Fernando Caldas


CARTEIRA DO AMÉRIA

Foto: Antiga carteira de sócio do América de Natal. E quem não se lembra? Encontrei entre meus guardados. 
Antiga carteira de sócio do Clube América, de Natal-RN. Encontrei entre meus guardados.

AVIAÇÃO FRANCESA NO RIO GRANDE DO NORTE



Mapa da empresa Compagnie Générale Aéropostale (CGA) mostrando sua rota aérea que passava por Natal
Mapa da empresa Compagnie Générale Aéropostale (CGA) mostrando sua rota aérea que passava por Natal
A importância da capital potiguar como ponto estratégico para a aviação mundial já foi apontada de diversas formas, principalmente no período da Segunda Guerra Mundial. Durante a segunda metade da década de vinte do século passado, se desenrolava uma forte disputa comercial entre estrangeiros pelo mundo afora. Natal acolheu muitos desses aviadores vindos da África, ou em voos percorrendo as Américas.
Competia-se por vantagens no novo e promissor negócio do transporte do correio aéreo e de passageiros. No Rio Grande do Norte, inicialmente os primeiros atores envolvidos foram franceses e alemães, sendo seguidos pelos norte-americanos e italianos.
Avião francês  Breguet XIV
Avião francês Breguet XIV
Durante a Primeira Guerra Mundial o visionário Pierre-Georges Latécoère (1883–1943), pioneiro da aeronáutica decide transformar sua fábrica de vagões num Centro de Produção Aeronáutica. Em 1918, com a paz restaurada, a fim de realocar os pilotos desempregados que queriam voltar a voar e percebendo a urgência de acelerar a comunicação entre os países, cria uma linha aérea regular para transportar o correio entre a França e o Marrocos a partir de 1919. Em 1925, a linha chegou a Dacar. Didier Daurat (1891-1969), diretor de exploração da companhia Latécoère recrutou pilotos como Jean Mermoz, Henri Guillomet, Antoine Saint-Exupéry.  Em 1923, Roit criou os envelopes com bordas vermelhas específicos para as linhas Latécoère. Entre 1919 e 1927 diversos aviões Breguet 14  (biplano francês, aeronave bombardeiro e de reconhecimento da Primeira Guerra Mundial) acidentaram-se nas linhas Latécoère, mas a linha continuou.
Carta transportada pela empresa Compagnie Générale Aéropostale (CGA) de Natal para a Holanda
Carta transportada pela empresa Compagnie Générale Aéropostale (CGA) de Natal para a Holanda
Pierre Georges Latécoère, cedeu a linha aérea em abril de 1927 à Marcel Boullioux-Lafont, investidor radicado na América do Sul. A razão social passou a ser Compagnie Générale Aéropostale (CGA). Lafont tinha planos ambiciosos, com a ideia de criar uma grande linha aérea postal de Toulouse, Casablanca, Dacar e daí para Natal, Rio de Janeiro, Buenos Aires e Santiago do Chile. Nesta ideia empreendedora, ainda em julho de 1927, chega a capital potiguar o piloto francês Paul Vachet, em um avião Breguet, para implantar o primeiro aeródromo do Rio Grande do Norte, em um descampado conhecido como Parnamirim.
Base dos franceses no Campo de Parnamirim
Base dos franceses no Campo de Parnamirim
Em 1 de março de 1928 foi inaugurado o primeiro serviço aeropostal entre a França e a América do Sul. Nesta operação os aviões partiam da França para Paris a Dacar, na costa africana. Os malotes com correspondências eram então embarcados em navios pequenos e bastante velozes, conhecidos como “Avisos Postais”, ou “Avisos Rápidos”, que atravessavam o oceano até Natal.
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Selos franceses mostrando as conquistas aérea dos aviadores daquela nação, onde Natal foi local de extrema importância para o desenvolvimento deste momento histórico da aviação

Da capital potiguar outros aviões transportavam o correio aéreo até Buenos Aires. Antes deste novo serviço, uma carta transportada em linhas de navegação normais, poderia demorar até 30 dias entre a França e a Argentina. Com a mala postal aérea francesa, no máximo 8 dias.
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Um dos pontos altos da empresa ocorreu em 12 e 13 de maio de 1930, com a viagem através do Atlântico Sul do hidroavião Latécoère 28, batizado como Comte. de La Vaulx que sem escalas e pilotado pelo francês Jean Mermoz.
Mermoz
Este mítico aviador francês voou 3.160 quilômetros de St. Louis, no Senegal, a Natal, em 19 horas e 35 minutos, com seu avião trazendo mais de 100 quilos de malas postais e estabelecendo o recorde mundial de distância  para aquele avião.
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A linha Argentina-Chile foi aberta em 1929. Guillomet atravessou a Cordilheira dos Andes. A Compagnie Generale Aéropostale explorou a maior rede postal do mundo com mais de 17.000 km. Em 1931, a CGA foi à falência. As atividades foram reativadas pela Air France.
Carta de 1934, emitida em Natal, transportada pela Air France
Carta de 1934, emitida em Natal, transportada pela Air France

domingo, 2 de março de 2014

SAUDADES DE ODILON

Uma das figuras mais encantadoras que conheci e conviví, foi a o inesquecível Odilon Ribeiro Coutinho, mistura de tabajara e potiguar, dividido entre os dois territórios que amava, sem se desligar emocionalmente do seu tempo de estudante de direito, no Recife, cidade que também conquistou seu coração literário, sua vocação incontida de lutar em defesa dos princípios que sempre nortearam sua conduta na vida pública e empresarial.

Jurandyr Navarro, em seu, "Rio Grande do Norte - Oradores (1889-2000)" destacou dois dos seus pronunciamentos, na Câmara dos Deputados, onde representou o Rio Grande do Norte, com brilhantismo e talento.. Intelectual, culto, orador fluente. Em 1964, discordou do movimento militar que derrubou o presidente Jango, filiando-se ao MDB, com a extinção dos partidos, no governo Castelo Branco, logo após as eleições diretas de 1965, para escolha dos governadores estaduais.

Nesse mesmo ano, em novembro, discursou sobre o autor de "Eu e Outras Poesias", "eis aí um homem que, exercitando a poesia, dilatou a linha da morte até a ilimitação da eternidade. Para quem a vida, através do ato de criação poética, não foi senão uma forma de iludir a morte"

Odilon tinha uma excelente cultura literária. Conhecia com profundidade, não somente a vida e a obra do poeta, nascido no engenho "Pau d'árco", mas, também de um outro seu conterrâneo que se notabilzou como romancista do chamado ciclo da cana-de-açucar, o escritor José Lins do Rêgo. Amigo e conhecedopr da obra de Gilberto Freire, certa feita, levou-me à residência do autor de "Casa Grande e Senzala", em epipucos, no Recife.

Tinha sido, em 1945, um dos que lutaram ao lado de Gilberto Freire, naquela cidade, contra o Estado Novo e a ditadura de Vargas, um dos líderes da campanha que o elegeu, constituinte no mesmo ano. Aliás, Gilberto Freire, queria que o candidato fosse Odilon, que abriu mão da disputa, dizendo: "Mestre, este lugar, por merecimento, é seu".

O discurso sobre Augusto dos Anjos tem forma de aula, de lição, sobre a obra e vida do poeta que ele chamou "Filho do carbono e do amaníaco que soube retirar dos forjos do seu gênio, o esplendor imperecível de palavras que viverão para sempre. Pois todo aquele que ouvir os versos de Augusto estará assegurando ao poeta a vida eterna".

Sou de uma geração que recitou Augusto dos Anjos, "ninguém, assistiu ao formidável enterro da tua última quimera"... ou "meu coração tem catedrais imensas" um dos seus instantes raros de lirismo.

Em 1965, em plena ditadura, o Congresso violentado com as cassações, fez um discurso em defesa do legislativo, da democracia e das liberdades constitucionais. Ocupou a tribuna para dizer solenemente que estava contra as emendas constitucionais enviadas pelo governo militar, do marechal Castelo Branco e fazia tal declaração, sem o propósito de desaforo, sem bravata, mas, solenemente, com a solenidade dos que aprenderam que a história caminha inexoravelmente em direção da liberdade, dizendo a esta casa, que eu, como representante do povo brasileiro, não posso e não devo concordar com as emendas enviadas pelo poder executivo, recuar, ceder, contraporizar, capitular; esta Casa foi feita antes de tudo para resistir e defender os direitos sagrados do povo".

Era difícil e raro, naquela época, encontrar homens do quilate de um Odilon Ribeiro Coutinho, sem medo, sem baixar a cabeça aos donos do poder, aos que tinham nas mãos as armas para desstruir sua carreira que se iniciava, no primeiro mandato parlamentar,

Nesse pronunciamento histórico, ele citou Vevinson, a respeito da perda da liberdaade: "nós costumamos perder a liberdade, como costumamos perder o amor. A luta pela liberdade e o amor, não termina nunca... e finalisou, de forma belíssima, como uma premonição. Quando a noite vier, estaremos lembrados das palavras de Maritain, quando os alemães invadiram a sua doce França: "A noite pode ser longa; a noite pode ser negra. Por mais longa e negra que seja ela caminha sempre inevitavelmente para a aurora".

Saudades, do grande Odilon.

Ticiano Duarte

"Quem sente saudade é quem chora."

O amor que morre para amar não volta!
 
Abrace para sentir seu coração!

Fernando Caldas
 

Embargos Infrigentes

Pai, o que são "Embargos Infringentes"?

É o seguinte, filho: imagine que nossa casa seja um Tribunal; e que quando alguém erra, é julgado, e todos podem votar!

Um dia, por exemplo, o papai comete um deslize: É pego traindo sua mãe com 3 prostitutas.

Então, eu irei a julgamento.

Sua mãe, a mãe dela, o pai dela, sua irmã mais velha, você e seu irmão mais velho, votam pela minha condenação. Já meu pai, minha mãe, o Totó e a Mimi, nossa gatinha, votam pela minha absolvição.

Tá pai, mas aí você é condenado, não?

Sim, fui! Aí é que entram os tais dos "Embargos Infringentes", meu filho. Como eu ganhei quatro votos a favor da minha absolvição, tenho direito a um novo julgamento.

Mas, pai, no novo julgamento todos vão votar do mesmo jeito!

Não, se eu tiver trocado a sua mãe, o pai dela e a mãe dela pelas três prostitutas...


(Da linha do tempo/face de MW)

sábado, 1 de março de 2014

Desfiles das escolas de samba e tribos de índios iniciam desfile na noite deste sábado


Publicação: 01 de Março de 2014 às 18:48 | Comentários: 

Dentro de instantes começa no Polo do Carnaval Multicultural, na avenida Duque de Caxias, Ribeira, o desfile das escolas de samba e tribos de índios de Natal, que no ano passado não chegou a ser realizado por falta de recursos financeiros da prefeitura de Natal. O tradicional desfile do corredor do samba vai deste sábado  até terça-feira (1º a 4 de março), sendo que no sábado (8) está previsto o desfiles das escolas campeãs.
 Magnus NascimentoCarnaval na Ribeira começa com atraso 
Carnaval na Ribeira começa com atraso

O desfile das escolas de samba e tribos de índios tem previsão para começar às 20 horas e término por volta de 1:50 da madrugada do domingo (2).  Inicialmente desfilarão cinco tribos de índios, com a seguinte ordem – Comanche, Os Guaranis, Mobralino Mapabu, Tapuyas e Apaches, que terão de fazer o percurso em 40 minutos. O desfile da última escola de samba, está previsto para terminar às 23:20.

Em seguida desfilarão cinco escolas de samba, do chamado grupo de acesso:  Confiança no Samba, Unidos de Santa Cruz e Asas de Ouro.

A  programação do desfile das escolas de samba prossegue no domingo (2), a partir das 20 horas, com as seguintes tribos de índios: Potiguares, Os Guaracys, Tupi Guarani, Gaviões Amarelos, Tabajara. O encerramento está previsto para a meia noite.

Já na primeira hora da madrugada da segunda-feira (3) entra no corredor da avenida Duque de Caxias o desfile das escolas de samba do grupo “B” – Clube Pilares de Uruaçu, Águia Dourada. Depois se seguem as escolas do grupo “A”  - Em cima da Hora e a Ferro e Aço. Cada escola de samba fará um percurso de 50 minutos.

Por fim, na noite da segunda-feira (3) ocorre o desfile do grupo principal das escolas de samba, que terão de fazer o percurso em uma hora. A ordem de saída é a seguinte: Grande Rio do Norte, Império do Vale, Malandros do Samba, Acadêmicos dos Morro, Imperatriz Alecrinense e Balanço do Morro.

Fonte: TN

ASSU - CARNAVAL DAS ANTIGAS

                                Imagem da web.


Precisamos sempre mudar, renovarmo-nos, rejuvenescer; caso contrário, endurecemos.....
Devemos ouvir pelo menos uma pequena canção todos os dias, ler um bom poema, ver uma pintura de qualidade e, se possível, dizer algumas palavras sensatas.

Goethe


 

BOÊMIOS DO ASSU

Figuras da boa safra boemia assuense. D esquerda: Gilvan Bezerra, Paulo Montenegro, Agenor Galliza Jr. (Benô) e Aluízio Lacerda.
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