segunda-feira, 28 de março de 2016


O ATAQUE DE LAMPIÃO AO SÍTIO PONTA DA SERRA

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Bela e preservada casa do sítio Ponta da Serra, tendo ao fundo uma parte da Serra de Martins. Mantida em grande parte original é um dos locais mais interessantes que se mantém preservado no trajeto do ataque do bando de Lampião ao Rio Grande do Norte – Foto – Rivanildo Alexandrino.
Autor – Rostand Medeiros
Era uma sábado, dia 11 de junho de 1927, pelos sertões da região oeste do Rio Grande do Norte, em meio à mata de caatinga fechada, seguindo por caminhos que praticamente não eram frequentados por automóveis, uma turba de homens armados e montados em seus cavalos levantava poeira. Era Lampião que seguia em direção ao seu objetivo principal – a cidade de Mossoró.
Aquele era o segundo dia do grupo de cangaceiros em sua jornada avançando em terras potiguares. No dia anterior o grupo armado havia travado um combate em um lugar conhecido como Caiçara, onde fizeram uma guarnição de soldados debandarem, mataram um valente militar que não negou fogo e ainda atingiu mortalmente o cangaceiro Azulão. Depois percorreram várias propriedades rurais roubando, saqueando, depredando, sequestrando pessoas e espalhando uma onde de medo e terror[1].
Desde 2010 o autor deste texto percorreu algumas vezes o caminho que os cangaceiros de Lampião utilizaram para atacar Mossoró. É uma viagem muito interessante.
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Rostand Medeiros defronta a casa do sítio Ponta da Serra, invadida pelos cangaceiros de Lampião – Foto – Rivanildo Alexandrino.
Muitos dos locais que testemunharam os fatos não mais existem. Mais em outros pontos as pessoas preservam tenazmente estes ambientes, quase que teimando para que a história permaneça viva e fazendo tudo para que aqueles dias estranhos não sejam esquecidos.
Um destes locais é o sítio Ponta da Serra.
Buscando o Caminho dos Cangaceiros
Antes da chegada de Lampião a Ponta da Serra, baseado no que foi escrito, o último local visitado foi a propriedade Morada Nova, de Antônio Januário de Aquino.
Naqueles tempos longínquos, as áreas rurais entre a Morada Nova e a Ponta da Serra pertenciam respectivamente aos municípios de Pau dos Ferros e Martins, muito maiores em suas áreas territoriais do que são na atualidade[2].
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Mas para Lampião, guiado pelo bandoleiro Massilon Leite, aquilo pouco importava. O que importava era encontrar propriedades que valessem a prática do saque e do roubo. A partir da Morada Nova o bando aponta seu rumo em direção Nordeste, em direção a uma das mais belas e estruturadas propriedades da região.
Ao percorrer estes caminhos em pleno século XXI, utilizando GPS, a distância compreendida entre a Morada Nova e o próximo alvo dos cangaceiros, a Ponta da Serra, ficou em cerca de nove quilômetros.
Ao percorrer este caminho que separa as duas propriedades eu encontrei poucas casas onde poderia conseguir maiores informações e saber o que ficou desta memória. Tentava buscar saber com as pessoas da região alguma informação sobre outro possível local de ataque dos cangaceiros, que não houvesse sido listado anteriormente, ou apenas para saber o melhor rumo a tomar em direção ao sítio Ponta da Serra. Mas é uma área onde não se observa muita gente, um tanto inóspita, sombria mesmo.
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Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, na cidade de Martins, Rio Grande do Norte. Foi a zona rural deste município uma das áreas mais atacadas por lampião e seus cangaceiros quando estiveram no Rio Grande do Norte em 1927 – Foto – Ricardo Sávio Trigueiro de Morais
Se hoje é difícil achar um cristão naquelas veredas, na época de Lampião, segundo as informações coletadas junto aos atuais moradores da Morada Nova, este trecho era um verdadeiro deserto.
Segui com cautela, em meio a uma caatinga atemporal, com a paisagem ao fundo tomada pelo maciço da Serra de Martins, até que cheguei a BR-226, marco de modernidade que liga Pau dos Ferros a cidade de Antônio Martins[3]. Em certo trecho existe uma cancela a margem da rodovia federal e aquilo apontava que eu havia chegado a Ponta da Serra.
Corre Que Lampião Vem Aí!
Naquele antigo lugar “visitado” por Lampião eu percebi a razão da Ponta da Serra despontar como uma referência na região quando o assunto são casas antigas e preservadas.
Sua construção data do início do século XX chama a atenção pela imponência em meio a casas tão singelas e, segundo informações apuradas, o local está mantido em grande parte original. Outro fator extremamente positivo em relação a esta local se refere à própria beleza paisagística do ponto onde a mesma foi edificada. Defronte a antiga casa existe o açude Ponta da Serra e uma elevação denominada Serra do Macapá, com quase 500 metros de altitude, segundo informa o mapa produzido pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE, da região de Pau dos Ferros, na escala de 1:100:000.
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Francisco Javier de Lucena, conhecido na cidade serrana de Martins como Dr. Lacy,, quando entrevistado em 2010 – Foto Junior Marcelino.
Segundo o médico aposentado Francisco Javier de Lucena, conhecido na cidade serrana de Martins como “Dr. Lacy”, esta residência era em sua opinião “-A mais original do todas as que existem no pé da Serra de Martins”.
Em 2010, apesar de um relativo problema de surdez, encontrei na cidade de Martins o Dr. Lacy muito altivo e lúcido e o nosso encontro se deu através do apoio do amigo Junior Marcelino.
O Dr. Lacy nasceu no dia 15 de julho de 1917, tinha quase dez anos de idade na época da passagem do bando de cangaceiros de Lampião pela região e comentou que na ocasião o seu pai, João Xavier da Cunha, era cunhado e trabalhava para o então proprietário do sítio Ponta da Serra, João Frutuoso da Silva.
Este se encontrava com a sua família na propriedade, quando recebeu o aviso da chegada de Lampião através de uma senhora chamada Idalina, o já famoso “Corre que Lampião vem aí!”. Esta senhora vivia em um sítio próximo denominado Tabuleiro de Areia.
Logo a esposa de João Frutuoso, dona Alexandrina, buscou guardar objetos de importância para serem transportadas em dois tradicionais caçuas. Estes são uma espécie de saco de grandes dimensões, feito de couro de boi, montados em uma cangalha no lombo de um jumento. Este animal foi conduzido por um trabalhador da fazenda, enquanto a família seguiria para a cidade de Martins em um veículo Ford de três marchas.
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Dr. Lacy relata que na cidade de Martins havia certo número de soldados e pessoas do lugar armadas, sendo levados para piquetes organizados nas ladeiras da região, para assim resistir contra alguma investida do bando. Na opinião do Dr. Lacy, mesmo com muitos moradores buscando refúgio no mato e o clima de medo reinante, a situação não desbancou para uma fuga desesperada naquela urbe, houve certa ordem em Martins.
Seu pai João Xavier, assim que soube da aproximação do bando, mandou um irmão chamado Manuel Galdino seguir da cidade e ajudar João Frutuoso na propriedade. O motorista devia descer pela ladeira que seguia pelos sítios Comissário e Vertentes. Este caminho rústico, feito em 1915 por uma firma inglesa que construía o açude do Corredor, não era nada fácil de ser trafegado naqueles rústicos veículos, pois possuía muitas curvas nos contrafortes da Serra de Martins. Mesmo assim o motorista partiu.
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Notas existentes na página 2, do jornal natalense “A República”, edição de quinta feira, 8 de março de 1928, onde quase um ano depois o então prefeito daquela cidade, o Sr. Emídio Fernandes de Carvalho apresentava os custos municipais com a presença do bando de Lampião na área rural de Martins – Fonte – Coleção Rostand Medeiros
Ao chegar ao sítio Ponta da Serra, Galdino encontrou seus tios e seu primo João Batista da Silva, tratando de sair do local. Em meio a toda confusão associada ao medo, ele rapidamente deu meia volta no veículo e partiu. Acabou deixando de transportar as três empregadas da casa, que ficaram desesperadas e desorientadas. Coisa mesmo de verdadeira comedia pastelão em meio ao caos.
Catinga da Mistura de Perfume Barato, Suor e Cachaça
Segundo Dr. Lacy, foi por muito pouco que os membros da família não foram capturados, pois logo após a saída dos veículos o bando a galope chegou. Ríspida e rapidamente os bandoleiros invadiram todas as dependências da casa, onde arrombaram gavetas, malas e quebraram utensílios.
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Defronte a casa grande do Sítio Ponta da Serra, esta é a visão que temos. O Açude Ponta da Serra e a Serra do Macapá – Foto – Rostand Medeiros
Defronte a casa existia um comércio que era tocado pelo filho de Frutuoso, logo este lugar foi arrombado, sendo consumidas as bebidas do estoque e várias mercadorias foram roubadas ou depredadas.
Na casa os cangaceiros, aquecidos pelo álcool, fizeram as três empregadas passarem por apertos. Devido o rápido retorno do veículo de Galdino e da chegada dos celerados na sequência, elas não tiveram tempo de fugir para os matos. Mas o pior foi evitado devido ao chamado de Lampião para que deixassem as mulheres em paz. O próprio chefe comunicou às empregadas que se houvesse capturado Frutuoso, ele só seria libertado mediante o pagamento de quarenta contos de réis, verdadeira fortuna para época, demonstrando o poder econômico do proprietário do lugar.
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Na casa os cangaceiros mexeram em uma grande e pesada mesa de madeira, quebrando as gavetas que nela existiam. Em um fogão de ferro fundido, fabricado na Inglaterra, os cangaceiros buscavam avidamente comida, mas nada encontraram. A mesa e o fogão continuam na Ponta da Serra marcando a passagem dos cangaceiros[4].
Enquanto o saque prosseguia foi capturado o agricultor Francisco Dias, do sítio Corredor, propriedade existente mais adiante. Perguntado qual a próxima propriedade na sequencia da vereda existente comentou ser a Morcego, a um quilômetro de distância, cujo dono era Manoel Raulino. Rapidamente Francisco Dias foi “promovido”, mesmo a contra gosto, a função de guia dos bandoleiros.
Tão violentamente e rápido como chegaram, satisfeitos com o butim, Lampião ordenou que a cabroeira seguisse adiante[5].
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Rostand Medeiros e o Dr. Lacy na cidade de Martins, 2010 – Foto – Junior Marcelino.
Logo aquele troço de uns 60 e tantos homens montaram em seus corcéis sertanejos e partiram. Seguiram altivos, coroados pelos seus chapéus de couro, transportando vistosamente suas armas, gritando, assoviando, proferindo palavrões, estalando chicotes e deixando no ar a catinga da mistura de perfume barato, suor e cachaça.
Varias outras propriedades foram assaltados, roubos aconteceram, destruições ocorreram, sequestros e mortes. Mas no dia 13 de junho de 1927 o povo de Mossoró resistiu galhardamente e Lampião e seus cangaceiros foram vencidos e fugiram sem conquistar a “Capital do Oeste”.
Hoje quase ninguém que viveu aquela época está neste plano para dar depoimentos, mas locais como o sítio Ponta da Serra são testemunhos daqueles dias incertos e devem ser preservados.
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Defronte a casa da Ponta da Serra em abril de 2014, com os amigos Silvio Coutinho e Rivanildo Alexandrino.
Em abril de 2014 eu estive novamente nesta residência, acompanhado do diretor de cinema Silvio Coutinho, do Rio de Janeiro, e do amigo Rivanildo Alexandrino, da cidade de Frutuoso Gomes (RN), durante as filmagens do documentário “Chapéu Estrelado”, atualmente em montagem.

NOTAS
[2] O sítio Morada Nova ainda está situado em terras que pertencem a Pau dos Ferros, sendo o único local que comprovadamente marca a passagem de Lampião neste município. Fui informado que a Morada Nova está situada a 18 quilômetros da sede municipal. Já a Ponta da Serra está na área territorial do município de Serrinha dos Pintos, tendo se desmembrado do município de Martins em 30 de outubro de 1993, através da Lei nº 6.492.
[3] Em 2010 esta estrada estrava em construção.
[4] Em abril de 2015 eu
[5] Na minha pesquisa percorrendo o caminho de Lampião e seu bando no Rio Grande do Norte utilizei os livros – DANTAS, Sérgio Augusto de Souza. Lampião e o Rio Grande do Norte: A história da grande jornada. Natal: Cartgrat Gráfica Editora, 2005. 454 p,
– FERNANDES, Raul. A Marcha de Lampião: Assalto a Mossoró. 6ª ed. Mossoró. Coleção Mossoroense, v. 1488. Série C, 2005.
– NONATO, Raimundo; Lampião em Mossoró. 6ª ed. Mossoró. Coleção Mossoroense, 2005.

COMO ERA UMA SENZALA?

  

www.joseferreira.com.br
Fonte – www-joseferreira-com-br.
Trabalho
Logo ao amanhecer, os homens eram levados para as plantações, que ficavam a até 1 quilômetro distância, e as mulheres faziam as tarefas doméstica na casa grande
Alimentação
Só havia uma refeição no fim do dia. A comida insuficiente para a nutrição, era feita num panelão pelas escravas, com canjica feijão e inhame. Carne, muito raramente
Feitores
Homens armados ficavam do lado externo da senzala, guardando as portas para impedir fugas. Também eram encarregados de organizar expedições para recapturar foragidos água, que os escravos usavam para se lavar
Sexo
Escravas eram encaradas basicamente como reprodutoras. Também sofriam violências sexuais e eram obrigadas a participar de orgias com os fazendeiros e os filhos e amigos deles
Festas
Os escravos mantinham os antigos rituais africanos. Suas danças foram mudando e ganhando movimentos de luta, que serviam para defesa pessoal, caso da capoeira
Valor
O preço de um escravo no século 19 variava muito, dependendo, por exemplo, da idade. Alguns valiam 400 mil réis, o suficiente para comprar um bom sítio na época
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(Representação de um engenho. Infelizmente não encontrei a legenda dos números, mas podemos notar que se trata de um engenho movido a água. 1) Casa-grande, 2) Capela, 3) Senzala, 9) Roçado, 11) Canavial. – Fonte – http://www.joseferreira.com.br/
Barracão
Os escravos ficavam num barracão coletivo, de teto baixo e sem janelas. Dormiam no chão de terra ou em camas de tábuas. Um fogo ficava aceso para aquecer e iluminar
Religião
Proibidos de praticar rituais religiosos na senzala, os escravos mantinham seus lideres espirituais. E outros falavam aos mais novos sobre seus deuses e espíritos protetores
Acomodação
Em geral, homens, mulheres e crianças ficavam no mesmo cômodo. Algumas fazendas separavam os três grupos e outras mantinham os filhos com as mães até a adolescência
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Quadro de Rugendas mostrando habitação de escravos – Fonte – http://www.joseferreira.com.br/
Punição
Escravos fujões ou rebeldes eram acorrentados a troncos em frente à senzala, como exemplo. Outros tinham que andar com grilhões nos pés e pescoço
Higiene
Sem água corrente, as senzalas fediam. Atrás do barracão ficavam as latrinas – fossas no chão – e barricas cheias de água, que os escravos usavam para se lavar
Roberto Navarro


Açu, terra dos poetas
Dos carnaubais que reluz
Onde a “Fulô” de Renato
Transborda, brilha e seduz.

Francisco de Assis Medeiros


Fotografia disponível na web.
O poeta Renato Caldas era portador de uma catarata que o levou quase a cegueira. Nem por isso deixou de ser irreverente, gracioso. Certa vez, versejou de tal modo::

Está cegando Renato,
Pois, um objeto qualquer
Só conheço pelo tato...
Principalmente mulher.


Fernando Caldas

domingo, 27 de março de 2016

Técnico comenta esforço no sentido de se conseguir junto ao governo a desobstrução do Canal do Piató

Acerca de tal questão, quem forneceu informações, entrevistado pelo Jornal da Manhã, foi o técnico do setor de Programas e Projetos, do Poder Executivo municipal, Luís Carlos Dantas, ‘Lula’

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Está em curso uma ação que envolve representantes de entidades que têm preocupação com o problema da obstrução do canal que alimenta de água o leito da Lagoa do Piató no sentido de tentar conseguir uma audiência com o governador Robinson Faria, do PSD, a fim de que tal providência possa ser tomada com brevidade. Acerca de tal questão, quem forneceu informações, entrevistado pelo Jornal da Manhã, foi o técnico do setor de Programas e Projetos, do Poder Executivo municipal, Luís Carlos Dantas, ‘Lula’.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Fé...
Eu nunca perco a fé. Fé em Deus, fé na vida, fé até nos meus próprios erros, que me faz ver a verdade. Fé no que acredito, no que vivo, no que busco. Fé no amor, na consciência, na justiça. "Fé no inexplicável". A fé que nos leva, nos arraste, nos impulsiona, numa certeza, oculta, invisível, interior, que nos dá toda força, coragem e vontade. Pois sem vontade, não faríamos nada. Que a fé mesmo questionada, seja nosso lema. Deus? Um oceano aberto à todos os rios...

De Renato Caldas

Pedreiras é uma bela e importante cidade do interior do Maranhão. Pois bem, Renato Caldas, o poeta andarilho, chegando naquele lugar, logo fora reconhecido por certo admirador da sua poesia matuta, dos seus versos populares irreverentes que enriquece o folclore do Rio Grande do Norte, do Nordeste brasileiro e, porque não dizer do Brasil. Aquela pessoa entusiasmado com a presença daquele bardo assuense, pediu que ele, Renato, fizesse um versinho enaltecendo aquela cidade maranhense.Renato versejou (no sentido humorístico) na hora dizendo assim:

Jardim de pedras imensas
No engaste da pedra bruta
Quem disse que esta merda presta
É um grande filho da puta.

                                          Imagem de Pedreiras; Da web;

CHAPÉU ESTRELADO VEM AÍ!


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Novo documentário sobre o ataque de Lampião e seu bando de cangaceiros ao Rio Grande do Norte está em fase de finalização no Rio de Janeiro

Autor – Rostand Medeiros
É com extrema honra e muita felicidade que trago a todos os amigos, leitores do nosso blog TOK DE HISTÓRIA e, principalmente, a todos aqueles que tornaram possível a realização deste maravilhoso sonho, a notícia que o em longa-metragem CHAPÉU ESTRELADO está em fase de finalização no Rio de Janeiro.
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Filmado em abril de 2015 no sertão do Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará, o CHAPÉU ESTRELADO seguiu a mesma rota percorrida por Lampião e seu bando em junho de 1927, quando este buscou atacar a cidade de Mossoró.
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Silvio Coutinho, o diretor deste documentário, captou uma maravilhosa sucessão de imagens dos locais históricos, dos depoimentos das pessoas que guardam a memória daqueles dias intensos e apresenta o quanto esta história é importante para aqueles que vivem ao logo do caminho percorrido pelos cangaceiros.
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A finalização do CHAPÉU ESTRELADO esta sendo realizada com extremo esmero, visando aproveitar ao máximo a alta definição proporcionada pelo sistema de filmagem 4K. O documentário é uma produção da Locomotiva Cinema de Arte, do Rio de Janeiro.
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Silvio Coutinho está na expectativa que o documentário CHAPÉU ESTRELADO seja exibido em um circuito de festivais internacionais e nacionais de cinema e está sendo agendada uma pré-estreia em Natal, para acontecer no primeiro semestre de 2017. Vale ressaltar que em 2017 serão comemorados os 90 anos da invasão de Lampião e seu bando de cangaceiros ao Rio Grande do Norte e o famoso ataque a Mossoró.
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CHAPÉU ESTRELADO é quase um “Road Movie” com muita poesia, muita ação, bem moderno, dinâmico e com muitas imagens dos locais e dos caminhos reais percorridos pelos cangaceiros de Lampião em 1927.
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Além do diretor Silvio Coutinho a equipe de produção do documentário CHAPÉU ESTRELADO contou com Valério Andrade na produção executiva, Iaperi Araújo como roteirista e Rostand Medeiros na pesquisa.

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Silvio Coutinho – Diretor
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Valério Andrade – Produção Executiva
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Iaperi Araújo – Roteiro
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Rostand Medeiros – Pesquisa

O documentário CHAPÉU ESTRELADO também conta com o excelente trabalho do compositor carioca Mário Vivas na criação da trilha sonora original. Durante o Festival das Rádios MEC e Nacional Rio 450, Mário Vivas foi vencedor na categoria de melhor canção com a música intitulada “Quero Ver Amar Assim em Madureira”, cujo vídeo clip teve a direção de Silvio Coutinho.
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CHAPÉU ESTRELADO trás para as telas uma memória que se mantém forte nos sertões.
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Que venha o CHAPÉU ESTRELADO!
– Veja mais o que foi publicado no TOK DE HISTÓRIA sobre este documentário

MOSSORO DO PASSADO
Alguns defensores de Mossoró.

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DEIXO AQUI REGISTRADO MEU FRATERNAL AGRADECIMENTO AOS AMIGOS QUE CONTRIBUÍRAM PARA QUE O SONHO DO “CHAPÉU ESTRELADO” OCORRESSE 



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José Tavares de Araújo Neto (Pombal-PB)
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Junto aos incansáveis amigos Sousa Neto (Barro – CE) e José Cícero (Aurora – CE)
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Romualdo Antônio Carneiro Neto (Marcelino Vieira-RN)
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Rivanildo Alexandrino – Frutuoso Gomes (RN)
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Jânio Barra (Felipe Guerra-RN)
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Jonathan Halyson (Governador Dix-Sept Rosado-RN)
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Sérgio Dantas (Natal-RN)
Do blog http://tokdehistoria.com.br/

MENSAGENS ALUSIVAS À PÁSCOA-IV

Cristãos devem usar a Páscoa “para redimir o verdadeiro sentido” da festa e afirma que cultura popular é cheia de “crendices”.

Nesta época do ano celebra-se a Páscoa em toda a cristandade, ocasião que só perde em popularidade para o Natal. Apesar disto, há muitas concepções errôneas e equivocadas sobre a data.
A Páscoa é uma festa judaica. Seu nome, “páscoa”, vem da palavra hebraica pessach que significa “passar por cima”, uma referência ao episódio da Décima Praga narrado no Antigo Testamento quando o anjo da morte “passou por cima” das casas dos judeus no Egito e não entrou em nenhuma delas para matar os primogênitos. A razão foi que os israelitas haviam sacrificado um cordeiro, por ordem de Moisés, e espargido o sangue dele nos umbrais e soleiras das portas. Ao ver o sangue, o anjo da morte “passou” aquela casa. Naquela mesma noite os judeus saíram livres do Egito, após mais de 400 anos de escravidão. Moisés então instituiu a festa da “páscoa” como memorial do evento. Nesta festa, que tornou-se a mais importante festa anual dos judeus, sacrificava-se um cordeiro que era comido com ervas amargas e pães sem fermento.
Jesus Cristo foi traído, preso e morto durante a celebração de uma delas em Jerusalém. Sua ressurreição ocorreu no domingo de manhã cedo, após o sábado pascoal. Como sua morte quase que certamente aconteceu na sexta-feira (há quem defenda a quarta-feira), a “sexta da paixão” entrou no calendário litúrgico cristão durante a idade média como dia santo.
Na quinta-feira à noite, antes de ser traído, enquanto Jesus, como todos os demais judeus, comia o cordeiro pascoal com seus discípulos em Jerusalém, determinou que os discípulos passassem a comer, não mais a páscoa, mas a comer pão e tomar vinho em memória dele. Estes elementos simbolizavam seu corpo e seu sangue que seriam dados pelos pecados de muitos – uma referência antecipada à sua morte na cruz.
Portanto, cristãos não celebram a páscoa, que é uma festa judaica. Para nós, era simbólica do sacrifício de Jesus, o cordeiro de Deus, cujo sangue impede que o anjo da morte nos destrua eternamente. Os cristãos comem pão e bebem vinho em memória de Cristo, e isto não somente nesta época do ano, mas durante o ano todo.
A Páscoa, também, não é dia santo para nós. Para os cristãos há apenas um dia que poderia ser chamado de santo – o domingo, pois foi num domingo que Jesus ressuscitou de entre os mortos. O foco dos eventos acontecidos com Jesus durante a semana da Páscoa em Jerusalém é sua ressurreição no domingo de manhã. Se ele não tivesse ressuscitado sua morte teria sido em vão. Seu resgate de entre os mortos comprova que Ele era o Filho de Deus e que sua morte tem poder para perdoar os pecados dos que nele creem.
Por fim, coelhos, ovos e outros apetrechos populares foram acrescentados ao evento da Páscoa pela crendice e superstição populares. Nada têm a ver com o significado da Páscoa judaica e nem da ceia do Senhor celebrada pelos cristãos.
Em termos práticos, os cristãos podem tomar as seguintes atitudes para com as celebrações da Páscoa tão populares em nosso país: (1) rejeitá-las completamente, por causa dos erros, equívocos, superstições e mercantilismo que contaminaram a ocasião; (2) aceitá-las normalmente como parte da cultura brasileira; (3) usar a ocasião para redimir o verdadeiro sentido da Páscoa.
Eu opto por esta última.

Rev. Augustus Nicodemus Lopes - Pastor da Igreja Presbiteriana de Goiânia, GO

Da linha do tempo/Faceboo de 
Clenio Caldas

quinta-feira, 24 de março de 2016

ASSU


Assu, ditoso vale. Expressão, harmonia
Para um hino vibrante, um poema superior!
Obra-prima, que o artista, arrebatado, cria
Cantando a formosura, a natureza e o amor!
Terra fértil. Visão que o habitante extasia,
Terna mãe lhe estendendo o seio acolhedor,
Onde ele achou a paz, a esperança, a alegria
A abundância da seara e o perfume da flor.
Jardim da inspiração. Retiro doce e brando.
Cercanias que tem rebanho e têm zagais.
Várzea onde o rio vai – claro, se debruçando,
A distância a vencer com as águas musicais
E onde se escuta a voz dos pássaros – louvando
A seiva e a ostentação dos verdes carnaubais.
Edinor Avelino
(Poeta potiguar do Assu e macauense por adoção e escolha).
Imagem de carnaubeira ou carnaúba. Árvore nativa, bela e rica, então abundante na região do Asssu.

Fernando Caldas

“Quem somos nós para NÃO fazer Direito?” – um discurso jurídico em versos

“Quem garante a livre convicção e o senso de justiça perfeito? Se toda regra induz uma exceção, quem somos nós para fazer Direito?
Estudamos, a princípio, a Ciência Jurídica como uma unidade sistemática, robusta e coerente. Porém, nossos pensamentos e ideologias são flexíveis, não são como normas aplicadas em superfície carente.
Chame o legislador, o doutrinador, o professor… quem tem razão quando o mundo é controverso? Onde está a corrente majoritária ao nosso favor? Qual a solução para o contraditório inverso?
A nossa causa de pedir fundamenta-se no saber ilimitado, quem é aprendiz não se convence com o trânsito em julgado. Nós somos a prova principal do mais importante inquérito, pois temos no princípio da dignidade o nosso mérito.
A cada instância da vida, agravamos nossa vontade de sorrir. E diga-nos: qual legitimado não tem esse interesse de agir? A certeza não é o julgado procedente à argumentação, a única certeza é a dúvida que nos leva à reflexão.
Com base nas cláusulas pétreas fortalecemos a boa-fé e de ofício alcançamos voo além da previsão legal. Toda a ética profissional entregamos sem contrafé, pois não vivemos pelo litígio, e sim pelo convívio com a paz social.
Quem garante a livre convicção e o senso de justiça perfeito? Se toda regra induz uma exceção, quem somos nós para fazer Direito? Ou melhor, quem somos nós para NÃO fazer Direito?
Somos vários cidadãos e uma sociedade, somos todos intérpretes da solidariedade, somos os direitos e deveres da legislação, somos pura assistência, a sábia proteção.
Nós somos pedaços de um ‘Vade Mecum’ sem final, nós somos os capítulos da Doutrina atual, nós somos a prudência da sentença judicial, nós somos a esperança do que for constitucional!”
Rafael Clodomiro
Poeta formado em Direito
(Autor da "Poerídica, a poesia jurídica" (fb.com/poeridica). Realizou o I Sarau Jurídico no Congresso JusBrasil Conecta em Maceió-AL. Vencedor do Prêmio Nacional UFF de Literatura 2009 e do IV Prêmio Moledo Sartori de Monografia Jurídica 2012. Servidor Público e pós-graduando em Gestão Pública...)
Fonte: Jusbrasil
A Minha Dor
A minha Dor é um convento ideal
Cheio de claustros, sombras, arcarias,
Aonde a pedra em convulsões sombrias
Tem linhas dum requinte escultural.
Os sinos têm dobres de agonias
Ao gemer, comovidos, o seu mal …
E todos têm sons de funeral
Ao bater horas, no correr dos dias …
A minha Dor é um convento. Há lírios
Dum roxo macerado de martírios,
Tão belos como nunca os viu alguém!
Nesse triste convento aonde eu moro,
Noites e dias rezo e grito e choro,
E ninguém ouve … ninguém vê … ninguém …
Florbela Espanca

O Pewaisntw da Acadenia Assebse de Letras tem contos publicados em livro nacional

MANOEL CALIXTO CHEIO DE GRAÇA E quem não se lembra de Manoel Calixto Dantas também chamado de "Manoel do Lanche?" Era um dos nosso...