Produtos são fabricados em cachaçarias e engenhos do estado.
Visitantes se divertem fazendo degustação de cervejas, licores e cachaças.
Com degustação muitas vezes gratuita, alguns estandes da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenarte) têm reunido apreciadores de cervejas e cachaças artesanais. O Beba Local e os espaços das cachaças Sanhaçu, Quilombo e Engenho Água Doce oferecem opções para quem quer dar uma pausa nas compras e provar sabores de bebidas vindas de diferentes regiões de Pernambuco.
Apesar de não ser muito fã de cerveja, a turismóloga Ana Lúcia veio de Salvador com um grupo de amigas e foi atraída pela movimentação na frente do Beba Local. "Eu disse para o Felipe [Magalhães, proprietário da marca] que gostava mais de vinho seco e ele trouxe uma cerveja muito boa que lembra a sensação do vinho seco, me fez querer tomar de novo porque o gosto amargo do começo sai rápido e fica muito saborosa", conta Ana Lúcia.
A amiga de Ana Lúcia, Monika Modesto, resolveu levar uma cerveja de presente para a filha. "Cada vez mais as pessoas estão degustando a cerveja como se fosse vinho, tá um modismo legal das lojas de cervejas artesanais", diz Monika. O caminhoneiro Henrique José dos Santos também aprovou. "Eu já tinha vindo outras vezes pra feira, mas ainda não tinha visto estande assim. E o gosto é bom, achei ela mais saborosa e diferenciada que as cervejas comuns", fala.
A Cerveja 4 All, que Felipe Magalhães indicou para Ana Lúcia, é um dos 16 tipos diferentes da bebida que o Beba Local oferece, distribuídas por sete cervejarias do estado. As mais populares na feira são as mais leves, tipo pilsen, e a cerveja stout Mel de Engenho, fabricada em Olinda. "A pilsen sai muito porque é o gosto mais popular, é o que a galera tá mais acostumada, já que é a menos amarga e mais leve. Mas as pessoas também procuram as mais diversificadas e todo mundo fica curioso quando eu digo que todas são de Pernambuco", explica o proprietário, que começou a fabricar a própria cerveja em casa há dois anos.
Para incentivar o consumo das bebidas produzidas na região, Felipe criou um aplicativo para celular, que leva o nome do espaço na feira, capaz de localizar os pontos de consumo das cervejarias artesanais próximas ao usuário. Na Fenearte, os preços das cervejas para consumo na hora vão de R$ 8 a R$ 26, com tamanhos de 300ml, 500ml e 700ml.
Cachaça Sanhaçu
Próximo ao espaço da Beba Local, a cachaça Sanhaçu produzida em Chã Grande, na Mata Norte do estado, também marca presença. Oto Barreto, proprietário da marca, trouxe as garrafas especiais da edição comemorativa pelo 4º lugar no ranking nacional da Cúpula da Cachaça. "O Brasil tem cerca de quatro mil marcas e a Cúpula com vinte profissionais especializados se reúne para premiar uma", explica Oto, que há oito anos trabalha com a bebida.
Próximo ao espaço da Beba Local, a cachaça Sanhaçu produzida em Chã Grande, na Mata Norte do estado, também marca presença. Oto Barreto, proprietário da marca, trouxe as garrafas especiais da edição comemorativa pelo 4º lugar no ranking nacional da Cúpula da Cachaça. "O Brasil tem cerca de quatro mil marcas e a Cúpula com vinte profissionais especializados se reúne para premiar uma", explica Oto, que há oito anos trabalha com a bebida.
A advogada Karla Mendonça não conhecia a marca, mas foi atraída pela propaganda de ser a quarta melhor cachaça do país. "Legal que é daqui de Pernambuco. Eu provei e tô comprando uma para mandar de presente para um amigo em Curitiba", afirma. Os preços da cachaça premiada vão de R$ 15 até R$ 115. Outro item de sucesso do estande é a gelatina de cachaça, vendida em caixa por R$ 8.
Oto Barreto dá todas as dicas para os visitantes de como fazer a degustação de cachaças, em especial a premiada, que passa dois anos de envelhecendo numa madeira chamada umburana. Segundo ele, é necessário prestar atenção nos aspectos visuais, olfativos e gustativos pra reconhecer a qualidade da bebida. "Quando a gente balança o líquido no copo, ele tem que escorrer, mas não pode ser muito rápido. O cheiro não pode fazer o nariz arder e o gosto não pode descer queimando tanto a garganta", detalha.
Oto Barreto dá todas as dicas para os visitantes de como fazer a degustação de cachaças, em especial a premiada, que passa dois anos de envelhecendo numa madeira chamada umburana. Segundo ele, é necessário prestar atenção nos aspectos visuais, olfativos e gustativos pra reconhecer a qualidade da bebida. "Quando a gente balança o líquido no copo, ele tem que escorrer, mas não pode ser muito rápido. O cheiro não pode fazer o nariz arder e o gosto não pode descer queimando tanto a garganta", detalha.
Cachaça Engenho Água Doce
O empreendedor Mário Ramos mora no engenho onde nasceu e que hoje é responsável pela produção da cachaça Engenho Água Doce. O local fica em Vicência, Zona da Mata Norte do estado, e comporta os alambiques de cobre e barris de carvalho que fazem parte do processo de fabricação e envelhecimento do produto. As mais vendidas do estande da Fenearte, que fica no corredor 5, são as cachaças tradicional branca, a ouro envelhecida em barril de carvalho e a cachaça premium, também envelhecida em barris de carvalho.
O empreendedor Mário Ramos mora no engenho onde nasceu e que hoje é responsável pela produção da cachaça Engenho Água Doce. O local fica em Vicência, Zona da Mata Norte do estado, e comporta os alambiques de cobre e barris de carvalho que fazem parte do processo de fabricação e envelhecimento do produto. As mais vendidas do estande da Fenearte, que fica no corredor 5, são as cachaças tradicional branca, a ouro envelhecida em barril de carvalho e a cachaça premium, também envelhecida em barris de carvalho.
"Sou plantador de cana e depois passei a produzir as cachaças e licores também. Eu participo de várias feiras pelo Brasil e fora daqui, mas não existe uma que renda mais negócios ao longo do ano que a Fenearte. Desde o primeiro dia até hoje, já surgiram quatro oportunidades de novos negócios", fala Mário.
Os licores mais populares, de acordo com o gosto dos visitantes, são os de cajá, limão, jenipapo, sabor escolhido pela aposentada Inácia do Nascimento. "Todo ano eu venho com minha filha e sempre procuramos o espaço da Água Doce pra comprar o licor de banana e jenipapo", explica Inácia. Outro sucesso de degustação gratuita é o caldo de cana - a venda do copo de 400 ml fica por R$ 5.
Cachaça Quilombo
"Parece com whiskey, não é?", diz a professora Letícia Maciel de Oliveira, que nunca tinha provado cachaça antes de chegar no estande da Cachaça Quilombo, também na rua 11. Trabalhada no alambique de cobre, a bebida é produzida em Palmares, Mata Sul do estado, e tem feito sucesso na feira quando está embalada nas garrafas de caveira, como conta Raíssa Sukar, filha dos proprietários.
"Parece com whiskey, não é?", diz a professora Letícia Maciel de Oliveira, que nunca tinha provado cachaça antes de chegar no estande da Cachaça Quilombo, também na rua 11. Trabalhada no alambique de cobre, a bebida é produzida em Palmares, Mata Sul do estado, e tem feito sucesso na feira quando está embalada nas garrafas de caveira, como conta Raíssa Sukar, filha dos proprietários.
"É o mesmo líquido, mas faz mais sucesso quando a gente coloca em garrafas mais elaboradas. O pessoal gosta de levar também por causa da decoração", diz. Os preços variam de R$ 7 a R$ 170 - a mais cara é a envelhecida por cinco anos. "A cor dela muda, fica mais escura, por causa do tempo envelhecido no carvalho. Ela é premium a partir de três anos envelhecida. O Ministério da Agricultura tem que ir lacrar e tirar o lacre dos barris depois desse período", explica Raíssa.
A Fenearte funciona das 14h às 22h, durante a semana, e das 10h às 22h, nos sábados e domingos. Os ingressos custam R$ 10 e R$ 5 (meia) de segunda a quinta e R$ 12 e R$ 6 nas sextas, sábados e domingos.