quarta-feira, 25 de abril de 2018

O FUTEBOL DO RIO GRANDE DO NORTE ATÉ 1930 – 1° PARTE

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Já em 1919, tal é a importância que o futebol consegue no país, que já tínhamos um selecionado nacional. Ainda não era a tradicional camisa amarela, mas apontava a importância que este esporte adquiria na vida nacional.
AUTOR – Gil Soares de Araújo.
Fonte – jornal O Poti, Natal-RN, edição de 4 de setembro de 1985, página 16.
Informação do TOK DE HISTÓRIA – O nosso blog trás a primeira parte do longo relato realizado pelo jornalista e escritor Gil Soares de Araújo sobre os primórdios do futebol potiguar. Nascido em 1907 na cidade de Martins, Gil Soares era bacharel formado pela faculdade de Direito de Recife em 1935 e neste endereço eletônico existem mais detalhes sobre sua vida –http://adcon.rn.gov.br/ACERVO/secretaria_extraordinaria_de_cultura/DOC/DOC000000000111712.PDF
Com este depoimento procuro despretensiosamente atender ao apelo do velho amigo Luís da Câmara Cascudo, para uma reunião de informações sobre a História de nossos esportes (O livro das velhas figuras, volume 2, página 119).
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Gil Soares – Fonte – http://adcon.rn.gov.br/ACERVO/secretaria_extraordinaria_de_cultura/DOC/DOC000000000111712.PDF
Direi em linhas gerais o que soube ou li, assisti ou vivi. Trata-se de período ingrato para pesquisadores, quando os poucos e pequenos jornais da terra traziam raras e escassas noticias sobre a matéria. Que os de minha geração possam, ainda, completar o que, distante de Natal e com muito esforço de memória aqui menciono. Ou então me corrijam, se tiverem realmente base.
O futebol apareceu em Natal no princípio do século. Trouxeram-no diretamente da Europa estudantes da família Pedroza, que aqui logo contaram com o concurso de colegas das famílias Maranhão, Barreto, Tavares, Roselli. Começou, portanto, como esporte da elite.
Durou pouco o Sport Clube Natalense, que Fabrício Pedroza Filho fundou em 1904[1]. Nem chegava a constituir dois times. Praticava-se, na realidade e em dias espaços e incertos, o chamado bate bola. De início, na chamada Rua Grande (atual praça André de Albuquerque) e, em seguida, no extenso terreno da praça Pedro Velho, ou no Polígono de Tiro Deodoro, no Tirol[2]
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Diante do crescimento e atenção do público, na década de 1910 os jornais brasileiros abrem cada vez mais espaço aos esportes.
Certa manhã, em final de treino, um dos filhos do aeronauta Augusto Severo, estendeu-se para repousar, na grama molhada. Faleceu, dias depois, de pneumonia dupla. A pequena capital, consternada, repudiou o futebol durante longo tempo[3].
Foi pelos fins de 1914 que Cincinato, neto do governador Ferreira Chaves, organizou um time, o PCR (Partido Republicano Conservador), no grande quintal da residência oficial, a fim de enfrentar o PRP (Partido Republicano Paulista), que aparecia na praça fronteira. Nesta época surgiram, pouco depois, o Atheneu Norte-rio-grandense e o denominado Natal, de Jayme dos Guimaraes Wanderley e outros rapazes. Disputavam partidas com o Potiguar, preparado na Ribeira pelo poeta Mário Mendes, sargento do Exército, mais tarde goleiro do segundo time do ABC.
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Jayme dos Guimarães Wanderley – Fonte – http://radionorn.blogspot.com.br/2011/04/aguinaldo-rayol-no-elenco-da-radio-poty.html
Quanto ao remo, havíamos tido, em 1905, o clube de regatas, presidido pelo comandante Pereira Franco, Capitão dos Portos e, em 1910 o Sport Náutico Potengi, fundado por Antônio Odilon de Amorim Garcia – associações essas de vida efêmera.
1915 tornou-se, finalmente, o ponto de partida, estável, do futebol e do remo em Natal, com a fundação do ABC e do América, do Centro Náutico e do Sport.
Outra interrupção das atividades pebolísticas viria pouco adiante. Morreu o jovem Agnaldo Fernandes, filho do des. Luís Fernandes e Vice-presidente do América[4]. Em treino, uma bolada, o atingiu na região abdominal. Febre alta, incrível, levo-o ao cemitério. Sustentaram médicos, firmados em sintomas anteriores, que ele seria portador de apendicite. Novo clamor entre as famílias, principalmente da classe média, que geralmente consideravam o futebol jogo bruto e impróprio para clima quente…
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Primeiros jogos de futebol no Brasil – Fonte – http://www.metro.org.br/orsini_faustino/ii-o-futebol-no-brasil-inicio-brinquedo-de-menino-rico
Tudo isso concorreu para que tivéssemos em 1918 o primeiro Campeonato da cidade, suspenso devido à chamada gripe espanhola.
A Liga E Os Clubes
Tiveram a Liga de Desportes Terrestres e seus filiados, nos primeiros tempos, recessos inesperados e imprevisíveis.
Enquanto os clubes náuticos, certamente por possuírem sede própria, atuavam com certa regularidade e promoviam duas ou três regatas anuais – os de futebol, quando às vezes precisavam mudar de sede, reapareciam até com novos dirigentes. Creio que o extravio, no todo ou em parte, de atas livros e papéis, tornara muito difícil (pelo menos até 1930) completo histórico da vida destas entidades. Impossível também admitir, também, realização de Campeonatos sem o controle da Liga, para a homologação dos resultados e premiação dos vencedores.
Assisti aos Campeonatos de 1919, 22, 24 oi 25. Ouso afirmar que não os tivemos em 20, 21 e 23. Provavelmente em 1926, salvo se este começou no fim daquele ano. Simplesmente porque a Liga não os organizava. Ela vinha primando pela inércia ou displicência e estava às voltas com divergências internas ou atrito com filiado que ameaçasse abandoná-la. Era, pelo menos, o que constava cá fora. 
Como, porém, o futebol não podia mais parar em Natal, devido à popularidade alcançada, desenrolava-se no Campo da Liga (Polígono Deodoro), anos a fio, ainda que espaçadamente, prélios animadíssimos. Não podem ser confundidas partidas amistosas, ou comemorativas, com jogos de Campeonato.      
No quadro de árbitros, destacarei Lóris Cordovil, funcionário da Agência do Banco do Brasil, pela experiência que trouxe de atuação em campeonatos cariocas.
O pior é que, Campeão de 24 e 25, teve o Alecrim de esperar inutilmente de diploma e pertinentes medalhas. A Liga se dissolveu – dizia-se – num gesto grotesco de “elitismo”, para não premiar clube de subúrbio.
Depois, conseguiu o professor Luís Soares reorganizá-la com a cooperação de todos os clubes. E acabou aceitando a presidência.   
No Diário de Natal, às terças-feiras, costumava o cronista Oscar Wanderley (depois de 1924) anunciar e às vezes comentar os resultados dos jogos do domingo anterior. Excelente roteiro, ainda, para os que pretenderem escrever a História do nosso futebol dos primeiros tempos[5].
Monteiro Chaves
O tenente Antônio Afonso Monteiro Chaves, carioca, chegou a Natal em 1908, como imediato da Escola de Aprendizes de Marinheiros, comandada pelo seu colega Sílvio Pélico[6].
De tal modo se identificou com a sociedade natalense que dela só saiu definitivamente em 1922, para ser promovido a capitão de fragata. Comandou aquela Escola e exerceu o cargo de Capitão dos Portos. Só se ausentava mesmo de nossa pequena Capital para atender as exigências da carreira. Esteve na Inglaterra, em 1911, num curso de Artilharia e Defesa de Costa.
Eram intensas suas atividades na Maçonaria, no Natal-Clube, na Liga de Ensino e em outras entidades. Fundou o Centro Sportivo Natalense e a Liga de Desportes Terrestres. Promoveu até o futebol feminino (hand-ball), fazendo as moças do Sportivo e do ABC treinarem diante de sua residência, em terreno da Igreja Nova (atual praça Pio X) e realizarem, festivamente, as partidas no Campo da Liga, no Tirol. Organizou, igualmente, o Clube Náutico Feminino, presidido por sua filha Dagmar, utilizando escaleres de seis remos do encouraçado Deodoro, estacionado no porto longo período. Um médico local desaconselhara o uso de ioles por moças[7]. As regatas femininas partiam no Refoles. Numerosa assistência ia, também, saudar e animar as remadoras na passagem dos barcos defronte ao Passo da Pátria. Tornou-se, enfim, em seu tempo, o maior incentivador dos esportes natalenses.
Com Henrique Castriciano e Luís Soares fundou, em 1917, na Cidade Alta, a Associação Brasileira de Escoteiros do Rio Grande do Norte, na qual ingressei no ano seguinte. Era o nosso diretor-técnico.
Veio seu período de embarque. Como queria manter a colaboração empenhada, teve de ficar temporariamente na reserva, prestando serviços em Natal relacionados com a Marinha Mercante.
Elementos de grande projeção social, para garantir-lhe a promoção por antiguidade, haviam obtido do governador Ferreira Chaves a promessa de inclui-lo na próxima chapa de deputados estaduais, a qual, na época, já era única, e só de governistas – prova mais do que expressiva da decadência, no Estado, da Primeira República…
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Problema do comandante Monteiro Chaves com sua carreira militar.
Mas o governador não quis ou não pode cumprir a promessa. E, poucos anos depois, já ministro da Marinha no governo Epitácio, também não se lembrou mais de Monteiro Chaves. Este, por haver confiado em política, atrasara e prejudicara a carreira. Se não se houvesse prendido tanto ao nosso Estado talvez chegasse, em atividade, a almirante, como foram seus sobrinhos Atila Aché (pai e filho). Assim, reformou-se em 1923, com o posto de capitão de mar e guerra. E recolheu-se à vida privada.
Em 1950, quando faleceu, coube-me da tribuna da Câmara dos Deputados manifestar, em algumas palavras, o pesar da bancada do Rio Grande do Norte.
Não há em Natal, onde ficaram enterrados seus filhos Osmar e Ivanoska – ao menos uma rua lembrando tão admirável amigo da terra potiguar[8].
Cazuza e Miranda
No bairro das Rocas, onde nasceu e viveu, sucumbiu de cirrose hepática aos vinte e poucos anos, a maior revelação de goleiro que Natal conheceu até hoje. José da Silva, o Zé da Cega, durante a infância guia da avó que tirava esmolas pelas ruas da Ribeira. Treinara na posição durante longo período no Campo dos Coqueiros, um terreno baldio no final da Esplanada Silva Jardim. Esquio, muito forte, com cerca de 1m80 de estatura.
Aguinaldo Tinoco o trouxe para o América e lhe deu o apelido de Cazuza.
Senhor absoluto da posição. Com agilidade assombrosa defendia pênaltis. Se, na época, a linha atacante se atirava sobre a meta, para mandar as redes bola e goleiro, rebatia com a maior segurança a pelota ao meio do campo, a soco ou a botinas 44.
Graças a Cazuza o América foi o Campeão em 1919 vencendo a zero todos os jogos!
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Notícia do resultado do campeonato potiguar de 1919.
Nenhuma vantagem oferecida a esse pobre biscateiro o fez mudar de clube. E nunca cedeu a qualquer tentativa de suborno. Tipo padrão do jogador correto da época do Amadorismo. Se as circunstâncias houvesse favorecido poderia ter alcançado o escrete brasileiro, como aconteceu com o mais jovem do seu time, o atacante Nilo Murtinho Braga. Indo Cazuza a Mossoró, jogou pelo Centro Esportivo Mossoroense, mas não teve sorte no torneio devido ao fracasso da zaga.
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Equipe alvirrubra campeã em 1919.
No remo, parece-me que a figura máxima foi Antônio Miranda Rey, anarquista espanhol, solteiro, admirador de Ferrer e Reclus, que, como fotógrafo profissional, morou entre os natalenses de 1915 a 1930[9]. Era vegetariano e adepto da hidroterapia[10]. Dino de conhecimentos gerais sobre o esporte. Manteve bom conceito e não fazia proselitismo da ideologia política. Declara que, entre monarquia e república, preferia ainda a primeira por que nela apenas uma família dispunha das rendas públicas. Narrava cronologicamente, a quem pedia, os treze atentados de que escapara o Rei Afonso XIII, os quais teriam cessado como aplauso dos anarquistas à recusa do monarca em envolver a Espanha na Primeira Guerra Mundial[11]. Nem poderia supor que, muitos anos depois, iria perder um milhão de patrícios em guerra civil.
Miranda ganhava, pelo Centro Náutico, como voga, a prova clássica de ioles a quatro, do final das regatas. Transferindo-se para o Sport, passou este, sob sua voga, a conquistar aquele troféu – o maior das competições náuticas. Faleceu canceroso no Rio de Janeiro.
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ABC Futebol Clube 1915
ABC F.C. em 1915 – Fonte – Luiz G. M. Bezerra.
O Tratado ABC (Argentina – Brasil – Chile), destinado a solução pacífica de controvérsias internacionais e assinado em Buenos Aires em 1915, teve a sigla aproveitada por Avelino Freire Filho (Lili), José Paes Barreto, Enéas Reis, Sólon Aranha, Manoel Avelino do Amaral, José Potiguar Pinheiro, Artur Veiga e outros rapazes da Ribeira para a denominação do clube de futebol, que organizavam. Fundaram-no a residência do cel. Avelino Alves Freire, um grande chalé da Avenida Rio Branco nos fundos do Teatro Carlos Gomes. Eleito presidente João Emílio Freire, filho do dono da casa.
Financeiramente, a nova agremiação não tinha problemas. Até auxílios conseguia de comerciantes do bairro. Torcida entusiástica apoiava o clube alvinegro, que, inicialmente, adotava as cores verticais, a exemplo do Botafogo, do Rio de Janeiro.
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Bem antes do primeiro campeonato, realizava o ABC o primeiro jogo interestadual natalense, ao trazer o Santa Cruz, de Recife, ao antigo campo da praça Pedro Velho[12]. Coube-lhe jogar com este na capital pernambucana, depois de viagem muito complicada no vapor Cururupu, por avarias de máquinas.
Mais adiante, ainda escoteiro, assisti à magnifica vitória do ABC, por 5×2, sobre o Cabo Branco, da Paraíba, já no Campo do Tirol.
A Ribeira e as Rocas sempre foram o grande celeiro de jogadores abecedistas, em sua grande maioria operários. Certa vez, elemento da Liga foi vigiar a súmula, para barrar um destes que supunha analfabeto. O estivador Manoel Francisco do Nascimento assinou, porém, corretamente seu nome e acrescentou os apelidos que ganhara nos treinos: Pé de Ouro.
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Vicente Farache – Fonte – http://www.ocuriosodofutebol.com.br/2015/11/vicente-farache-cartola-e-treinador.html
Todavia, somente a partir de 1927 passou o clube a alcançar constantes e expressivas vitórias, com os quadros modificados e fortalecidos, graças à insuperável operosidade e permanente dedicação de um grande benemérito, o antigo jogador Vicente Farache. Este acompanhara intensamente, na Capital Federal, como estudante e associado, a organização e as atividades do Flamengo. Por vezes, vinha de Mossoró, para ajudá-lo, os excelentes atacantes Alfredo Pinto (Moreno), Júlio Maciel, Pedro Borges (Pedrinho), Hilário Cunha e Jansen Nogueira (Ridoca), que tanto desarticulavam a defesa do América.
Farache consumia até os próprios ganhos e economias para manter os times na melhor forma e devidamente uniformizados. Creio que a agremiação abecedista não possui, até hoje, sócios com serviços mais relevantes durante anos a fio. Por isso, no meu tempo, gostavam de apontá-lo como “o dono do ABC”. E era o maior elogio[13].
NOTAS

[1] Se, como diz o autor deste texto, o Sport Club Natalense foi criado em 1904, a sua organização oficial ocorreu então no dia 13 de janeiro de 1907, um domingo, conforme se lê na página 2, da edição de 17 de janeiro de 1907 do jornal natalense “A República”, onde foi publicada na íntegra a reprodução de sua ata de criação.
[2] O Polígono de Tiro Deodoro da Fonseca foi oficialmente criado pelo governo potiguar através do decreto n° 200, de 27 de maio de 1909, sendo equipado com todos os materiais indispensáveis para a prática do tiro desportivo. Sai localização era na base do chamado Morro do Tirol, na área onde atualmente se encontra o Complexo Educacional Henrique Castriciano.
[3] O falecido foi Otávio Severo de Albuquerque Maranhão, que tinha 20 anos de idade e cursava o 4° ano da prestigiada Faculdade de Direito de Recife. Já sua morte aconteceu às três da manhã no dia 22 de julho de 1911, um sábado, na cidade de Canguaretama, na casa de Fabricio Maranhão, consta que ele teria ido para essa cidade em busca de “melhores ares” para a cura de sua tuberculose.
[4] Gil Soares de Araújo aponta o nome de Agnaldo Fernandes como um dos fundadores do América Futebol Clube, em uma lista publicada no jornal O Poti, de 14 de julho de 1985, página 7.
[5] Não confundir com o periódico Diário de Natal fundado na década de 1940 e que encerrou suas atividades em 2012. O jornql citado é das primeiras décadas do século XX.
[6] O comandante Monteiro Chaves fez muitos amigos e ajudou muito as práticas esportivas em Natal. Não sei se era pelo lado de sua esposa, mas Monteiro Chaves, além de possuir laços de parentesco com os almirantes citados pelo autor, possuía ligações com o marechal Napoleão Felippe Aché, comandante da missão médica militar brasileira enviada a Paris durante a Primeira Guerra Mundial. Descobri que sua casa se situava nas esquinas da Avenida Deodoro com a Rua Açu, onde se localizava o Cinema Rio Grande. Mas é verdade que sua permanência prolongada em Natal lhe trouxe problemas na carreira militar. No início da década de 1920 encontrei informações que apontam o comandante Monteiro Chaves como inspetor do Colégio Militar no Rio de Janeiro e depois, coincidentemente, imediato no destroier Rio Grande do Norte. Logo chegou sua baixa da Marinha do Brasil no início da década de 1930. Faleceu praticamente esquecido em sua casa, no Rio de janeiro, em 2 de maio de 1950. Ver Diário de Natal, edição de 14 de julho de 1969, segunda-feira, página 2.
[7] Espécie de canoa estreita, de remos, leve e rápida, de uso nos desportos aquáticos.
[8] Hoje existe a Rua Comandante Monteiro Chaves, no Pitimbu, Natal. Já sobre Osmar nada descobri, mas Ivanoska Monteiro Chaves faleceu e foi enterrada em Natal em janeiro de 1920.
Francisco Ferrer Guardia foi um pensador anarquista catalão, criador da chamada Escola Moderna em 1901, um projeto prático de pedagogia libertária e o francês Jean Jacques Élisée Reclus foi um geógrafo e um militante anarquista. Foi membro da Comuna de Paris e da Primeira Internacional dos Trabalhadores. Ambos atuaram entre os séculos XIX e XX.
[10] A hidroterapia é um dos recursos mais utilizados dentro da fisioterapia para tratamento e reabilitação dos mais diversos acometimentos, pois é um tratamento altamente eficaz e clinicamente comprovado que traz inúmeros benefícios a todos os pacientes.
[11] Afonso XIII se tornou Rei da Espanha em 1886 até 1931.
[12] O jogo começou às três horas da tarde do dia 15 de novembro de 1916 e na época o Santa Cruz era vice-campeão pernambucano. O time visitante ficou hospedado no Hotel Internacional, na Tavares de Lira, Ribeira e, mesmo com uma grande afluência de natalenses para torcer pela equipe local, a vitória coube ao Santa Cruz pelo placar de 4 a 1.
[13] Vicente Farache Neto nasceu em Natal em 19 de outubro de 1902 e faleceu em 16 de agosto de 1967 e sempre foi ligado ao time do ABC. Foi treinador, dirigente e ex-jogador. Atuou durante o fim dos anos 1910 e início dos anos 1920, quando interrompeu sua carreira para estudar Direito no Rio de Janeiro no Rio de Janeiro. Conquisto para o time abecedista o famoso Decacampeonato Potiguar, entre os anos de 1932 e 1941.
https://tokdehistoria.com.br

terça-feira, 24 de abril de 2018

‘Decisão do STF pode soltar Lula’, diz Gilmar Mendes

Ministro do STF falou no fórum Amarelas ao Vivo sobre a experiência de ser um dos maiores alvos de fake news no Brasil

André Petry entrevista Gilmar Mendes

O diretor de Redação de VEJA André Petry entrevista o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes durante o fórum Amarelas ao Vivo em São Paulo - 24/04/2018 (Antonio Milena/VEJA)
O ministro Gilmar Mendes foi o segundo convidado a participar do Amarelas ao Vivo, fórum que reproduz em palco as tradicionais Páginas Amarelas de VEJA. Segundo Gilmar, a decisão do plenário virtual da segunda instância do Supremo Tribunal Federal (STF) pode representar a liberdade para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso há 17 dias em Curitiba.
“Eu acredito que já esteja prejudicado, porque o Tribunal [Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre] negou o recurso [os embargos dos embargos], mas pode, claro”, afirmou. No pedido, a defesa do ex-presidente questiona a decretação da prisão antes do julgamento do último recurso de Lula no TRF4. Gilmar disse acreditar que, para além desse recurso, a Corte deva julgar outros habeas corpus nesse sentido.
Sobre o caso do ex-presidente, o ministro trouxe ainda uma outra possibilidade, que até então não havia sido cogitada: a de que ao invés de dois crimes (corrupção passiva e lavagem de dinheiro), Lula possa passar a ser condenado apenas pela corrupção, considerando a lavagem como um delito “embutido”. “É preciso discutir se os dois crimes a que ele foi condenado realmente são dois crimes”, atestou.
A declaração foi dada durante entrevista conduzida pelo diretor de redação de VEJA, André Petry, a partir do questionamento “‘Sou um dos alvos preferidos’. Por quê?”. O ministro disse não ver diferenças significativas entre os ataques à sua honra em virtude de posições como magistrado, que já o acompanham há anos, com a atual onda, que inclui a propagação de notícias falsas a seu respeito.
“Eu me acho realmente vítima de fake news e ataques na rede, mas isso há muitos anos já. Eu sempre fui alvo de alguns tipos de ataques. O PT, como você sabe, reclama desses ataques, mas articulava os ataques às pessoas. Se misturavam fatos com uma imagem edulcorada, formando um tipo de imagem na sociedade”, afirmou.
O ministro do Supremo disse que já articulou medidas judiciais contra mentiras a seu respeito, mas que não considera que essa solução definitiva. “Já tentei aquelas medidas de advertência e de retirada. Resolve, mas às vezes elas voltam de uma outra maneira. Nós, homens públicos, estabelecemos uma espécie de blindagem psicológica”, completa.
Em janeiro, levantamento exclusivo de VEJA com notícias falsas compartilhadas nas redes sociais mostrou que o ministro é o quarto maior alvo das lorotas na internet, perdendo apenas, nessa ordem, para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para o presidente Michel Temer (MDB) e o juiz Sergio Moro. Dos nove primeiros colocados, também é Gilmar quem tem a maior taxa de noticias falsas negativas: 96%, sendo os outros 4% neutras.
Duas delas já foram desmentidas pelo blog Me Engana Que Eu Posto. Ao contrário do que foi (muito) divulgado em aplicativos de mensagem, não é a advogada Samantha Ribeiro Meyer, ex-mulher de Gilmar, quem aparece em um vídeo agredindo um repórter que questiona a conduta da entrevistada.
De: https://veja.abril.com.br


Vereador Waldson entrega comenda a primeira vereadora do Assu e única prefeita do município http://www.focoelho.com/…/vereador-waldson-entrega-comenda.…
O vereador Waldson, entregou junto com os vereadores Xavier e Stélio, a Moção de Congratulação e Aplauso a primeira mulher vereadora e ún...
FOCOELHO.COM


segunda-feira, 23 de abril de 2018

CENTRO DA CIDADE 
Assu-RN 23.04.2018 ás 16:20
Esperando as chuvas
De: Roberto Meira 


Que nostalgia vem das tuas vagas,
Ó velho mar, ó lutador Oceano!

"O Mar", Cruz e Souza.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

ESTATISTICAMENTE OS VULCÕES DO RIO GRANDE DO NORTE PODEM VOLTAR A SE MANIFESTAR

Vulcões são capazes de destruir cidades inteiras. A pouco mais de 10 anos atrás erupções vulcânicas provocaram vários desastres em países vizinhos do Brasil, como Peru, Colômbia e México.

Erupção do vulcão Colima, no México. Fonte: http://verdademundial.com.br
Sabe aqueles corpos que saltam no relevo em forma de cone como, por exemplo, o Pico do Cabugi? Pois é! Eles são rochas vulcânicas. E o Rio Grande do Norte possui vários destas rochas sendo estudadas desde o início do século passado, dentre os quais se destacam o Pico do CabugiCabugizinho, as colinas da Serra Aguda, o Cabeço de João Félix e as Serras Pretas de Cerro-Corá, Bodó e São Tomé.
Mas as estruturas vulcânicas não se manifestaram apenas na forma de serras altas no RN. Elas também formaram planaltos criados justamente por derrames de lavas na região a sul de Macau e em Ipanguaçu (na Serra do Cuó/Luzeiro).
Pico do Cabugi, RN
Os corpos vulcânicos em forma de serras do RN são fissuras na terra formadas por rochas vulcânicas, os chamados condutos, que por sua vez foram formados por lavas provindas do interior do planeta Terra (o magma), certo?
Porém, graças ao fato do Rio Grande do Norte se encontrar dentro de uma placa tectônica, porção da camada sólida mais externa de um planeta rochoso, o estado apresenta poucos registros de atividade vulcânica na história.
Nos últimos anos foram obtidas diversas idades de rochas vulcânicas potiguares, através de projetos de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísica da UFRN em parceria com a Universidade de Queensland da Austrália.
O resultado dessas pesquisas indicam que entre cerca de 130 e 6 milhões de anos atrás o Estado sofreu vários fenômenos vulcânicos, mas felizmente os testemunhos sobre ele referem-se a tipos extintos antes mesmo do surgimento dos seres humanos primitivos habitantes potiguares.

E essa tal volta aí?

Pico do Cabugi. Foto: Vlademir Alexandre. Via: Paisagens brasileiras – OpenBrasil.org
O maior destaque potiguar entre os corpos vulcânicos é o Pico do Cabugi. Seu relevo imponente possui rochas que foram formadas a temperaturas em torno de 1200-1100 graus celsius há mais de 25 milhões de anos, e as que se encontram ao redor do pico são bem mais velhas, com idades estimadas em 500 milhões de anos.
Existe a possibilidade das atividades vulcânicas no Rio Grande do Norte voltarem, principalmente pelo Cabugi. Porém, felizmente, de acordo com informações obtidas a partir das rochas vulcânicas no Estado do RN, provavelmente não houve atividades violentas e explosivas nele, e isso só se daria na escala do tempo geológico (milhões de anos).
O Pico vem sofrendo erosão, e por isso, se você quiser vislumbrar em segurança o seu conduto (local por onde passava o magma) é melhor fazer isso à certa distância. Não existe ainda infra-estrutura adequada para a prática do turismo neste local.
Fonte: Zorano S. de Souza (PPGG e DG da UFRN), Marcos Antonio L. do Nascimento (Terra & Mar Soluções), Hênio Santana de Paiva (Curso de Geologia da UFRN), Francisco Valdir Silveira (CPRM e PPGG-UFRN). Via: Deputado Mineiro.
De: https://curiozzzo.com

terça-feira, 17 de abril de 2018

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Entre o céu e o mar, meu mundo emerge.
A alma veste-se com as cores do arco-íris.
Pinto na tela da vida que Deus me deu 
as emoções que despertam,
com as cores doces do meu sentir.
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MANOEL CALIXTO CHEIO DE GRAÇA E quem não se lembra de Manoel Calixto Dantas também chamado de "Manoel do Lanche?" Era um dos nosso...