sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

 Açu Ontem - Assú Hoje

Colorindo foto antiga - Seleção do Assu, Campo. Em Pé: Zé Natanael, Géba, Tadú, Geraldo Tavares, Batista Carvalho e Silva. Agachados: Joca Boi, Tereca, Assis, Cazuza e Zé Dupim.
Foto dos arquivos de Lucílio Filho
Fátima Morais, Dja Amaral e outras 47 pessoas
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

1944 – NELSON GONÇALVES CANTA PARA AS TROPAS BRASILEIRAS E NORTE–AMERICANAS NO NORDESTE

                               

Rostand Medeiros – IHGRN

No início de 1944, em meio a Segunda Guerra Mundial, a cidade de Natal se encontrava muito agitada com a presença de milhares de uniformes nas ruas, o intenso contato com os estrangeiros, a movimentação de aeronaves pousando e decolando das bases da Rampa e de Parnamirim Field, além das notícias nos jornais locais dos acontecimentos da guerra pelo mundo afora. Foi quando a comunidade foi surpreendida com a notícia que o cantor Nelson Gonçalves viria se apresentar em breve na capital potiguar.

Nessa época Nelson Gonçalves, gaúcho da cidade de Santana do Livramento, cujo nome verdadeiro era Antônio Gonçalves Sobral, despontava com bastante intensidade nos palcos do Rio de Janeiro como cantor. Ele havia gravado em outubro de 1941 a sua primeira música, uma valsa intitulada “Se eu pudesse um dia”, e nessa época tentava chamar atenção nos programas de calouros que eram transmitidos nas rádios cariocas, enquanto sobrevivia cantando em bares do Rio.

Em dois anos a situação mudou e Nelson Gonçalves se tornou o “crooner” do badalado cassino do Hotel Copacabana Palace, para depois ser contratado como atração fixa da Rádio Mayrink Veiga, uma das mais importantes do Brasil no período.

Quando 1944 se iniciou o cantor fechou uma parceria com a Cruz Vermelha Brasileira para cantar para as tropas nacionais e estrangeiras que estavam estacionadas no Nordeste. Uma multinacional americana de bebidas decidiu apoiar o projeto, era a Ashley’s do Brasil, cuja sede em nosso país ficava em Recife e fabricava conhaque e gim[1].

Improvisando Com Um Sargento da US Army e Cantando Para Os Recrutas Brasileiros

Nelson chegou ao Recife no dia 12 de janeiro de 1944 em um DC-3 da empresa NAB – Navegação Aérea Brasileira. No outro dia, às cinco da tarde, o cantor foi homenageado por jornalistas e empresários locais com um coquetel no tradicional Grande Hotel de Recife. O convescote deve ter sido bem animado, bem regado a bebidas e a boa conversa, pois lá pras tantas Nelson decidiu cantar para os presentes de forma improvisada os seus sucessos mais recentes e músicas de sua autoria, que iria apresentar no carnaval de 1944, como “Quase louco”, “Olhos negros” e “Ela me beijou”.

                            
Com um sargento americano ao piano, Nelson se apresenta no Grande Hotel de Recife.

O interessante da apresentação, conforme está descrito nos jornais recifenses, foi que um sargento do Exército dos Estados Unidos (US Army) que se encontrava no Grande Hotel, se ofereceu para tocar o piano e acompanhar o cantor brasileiro. O desconhecido militar foi elogiado pelo feito[2].

Na sexta-feira, 14 de janeiro, Nelson Gonçalves seguiu para o Campo de Instrução de Aldeia, uma área sob o comando do general de divisão Newton de Andrade Cavalcanti, comandante da 7ª Região Militar, em substituição ao General Mascarenhas de Morais, que em breve estaria na Itália comandando a Força Expedicionária Brasileira.

Apresentação para os militares.

Os soldados do Centro de Instrução de Aldeia foram liberados para convidar parentes e amigos e o espetáculo teve início às quatro da tarde. Antes de Nelson Gonçalves cantar, se apresentaram vários artistas da Rádio Club de Pernambuco, que tinha o prefixo P.R.A. 8 e era uma emissora que tinha uma grande audiência em todo norte e nordeste do Brasil. Subiu ao palco os cantores Vicente Cunha, Maria Celeste e Maria Parísio, conhecida como “Rouxinol da PRA-8”, além do grupo Demônios do Ritmo. Mas a grande atração foi Nelson Gonçalves, que subiu ao palco, cantou com seu vozeirão característico e agradou a todos[3].

No Hospital Americano da Praia

Nelson ainda se apresentou para a sociedade recifense no tradicional Teatro Santa Isabel e realizou uma apresentação no hospital da Marinha dos Estados Unidos em Recife[4].

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

POUCAS E BOAS

Valério Mesquita

Mesquita.valerio@gmail.com


01) O prefeito Chico da Bomba, de João Câmara, alimentava a esperança no final do mandato que seria indicado para um cargo na esfera estadual. Seus olhos estavam voltados para o Detran. “É um ótimo lugar para eu fazer um pé de meia e minha futura campanha”. Certo dia, Chico descia a ladeira pela calçada do hospital Onofre Lopes, quando uma anciã cruzou o caminho. O choque foi inevitável. Rapidamente, ele ajudou a mulher a se levantar, mas passou-lhe um corretivo. “A senhora tome cuidado! Eu vinha na via preferencial!”. A velhinha quis falar alguma coisa, mas Chico interrompeu: “Não diga nada. A senhora tá falando com o futuro chefe do Detran”.

02) O deputado Vingt, estava de volta a Mossoró, depois de uma bem sucedida cirurgia oftalmológica feita em Belo Horizonte. A bancada da arena estava reunida na Câmara a pedido do vereador Expedito Bolão, que, propôs fosse feito um churrasco para o líder maior. Alguns sugeriram um almoço no Hotel Termas, outros, uma festa na praia de Tibau. A polêmica foi crescendo e não se chegava a um consenso, quando Expedito subiu numa cadeira e bradou: “Para com isso!”. O silêncio foi total. O baixinho continuou: “Vai ser um churrasco, eu vou dar um boi! Tamos conversados”. E fechando o discurso detonou: “Em cabaré que eu não mando, eu fecho...”. Papo encerrado.

03) A atriz Regina Casé, em suas pesquisas e entrevistas, visitou uma grande obra em construção, em São Paulo. Era hora do almoço e ela ficou curiosa em ver o grande número de nordestinos, peões e como consumiam farinha de mandioca. A atriz perguntou: “Qual a importância da farinha no prato do nordestino?”. Muitos riam enquanto mexiam o prato. Um deles, levantando-se, falou: “Dona, a farinha esfria o que tá quente, engrossa o que tá fino e aumenta o que tá pouco”. A atriz gostou da explicação da legítima ambiguidade cabocla. Coisas do nosso nordeste.

04) Padre Sabino Gentille adotou os bairros de Mãe Luiza e Aparecida, em Natal, para ali implantar sua catequese. Pontualíssimo, o sacerdote chegou à capela de Nossa Senhora Aparecida na hora marcada para a celebração. Aconteceu que as carolas que cuidavam da igrejinha não haviam sequer aberto às portas da santa casa. O vigário não demonstrou estresse. Caminhando cerca de trezentos metros, padre Sabino encontrou um barzinho, pediu uma cerveja e começou uma partida de sinuca. Uma hora depois as mulheres catequistas organizaram o altar e foram chamar o vigário. O ofício religioso teria início às sete e já passava das oito da manhã. Sabino foi enfático quando chegou a comissão: “A missa fica para o próximo domingo. Espero que cheguem cedo. Agora vou tomar umas cervejinhas”. Em seguida encaçapou a bola sete. Sem traumas. Liturgia é uma questão de horário e de temperamento. 

domingo, 29 de novembro de 2020

POESIA – Manoel Cavalcante

Manoel Cavalcante de Souza Castro é natural de Pau dos Ferros-RN. Possui 10 livros publicados, 21 títulos de cordel lançados, mais de 100 premiações em concursos literários no Brasil e até no exterior. É membro da Academia Norte-Rio-Grandense de Literatura de Cordel (cadeira 4), da Academia de Trovas do RN (cadeira 17) e do Clube dos Trovadores do Seridó (cadeira 36), é graduado em odontologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pós graduado em saúde da família, exerce a função de odontólogo na cidade de Açu como também em Pau dos Ferros e é o único poeta do mundo que recebeu uma ligação telefônica de Antônio Francisco.

 














Enquanto um verso rimado
enfeitar qualquer papel
e uma sextilha estiver
à métrica sendo fiel,
meu sonho vai sempre estar
pendurado num cordel.

 

Soneto de infância

Um colar de ceroto no pescoço,
Um chinelo c’um prego na correia,
Uma vaca de pau, outra de osso,
Uma bola de saco, pano e meia.

“Quick” ao leite quentinho de manhã…
A garrafa de bila quase cheia,
Um cascudo que dei na minha irmã,
Mas mãe soube depois e tome peia.

As cocadas de dona Bacurau,
Um enxame de abelha na janela
E as pedradas que eu dava só de ruim,

Um dindin de banana com nescau,
Bicicleta sem freio na banguela,
Minha infância todinha foi assim…


Fonte: https://www.omossoroense.com.br/

sábado, 28 de novembro de 2020

Assu. Terra de tradição pioneira

 De: Francisco Irochima

PARA QUEM ME PERGUNTA COM QUEM APRENDI A SER CRIATIVO...
Na década de 70, meu pai já alardeava aos quatro cantos que as energias renováveis eram a saída para um problema energético futuro. E como todo bom gênio, ao subir a ladeira da avenida Rio Branco em Natal-RN teve um insight inventivo e criou o ANEMOINHO. Não foi compreendido na época, pois seu pensamento já era muito a frente do seu tempo. Hoje aos 82 anos e com uma lucidez de fazer inveja a qualquer pessoa mais jovem, continua compartilhando suas ideias incríveis e seus novos projetos inovadores. Pai, obrigado por ter me ensinado: “Não se preocupe se lhe chamarem de louco! Passe a se preocurar quando acherem você normal, pois, aí, você estará fazendo o mais do mesmo!! Te amo, pai!




sexta-feira, 27 de novembro de 2020

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

 

Wellington Medeiros


26/06/17
"Majó, o Resistente Quem conheceu o Majó Andière Abreu nos anos 70, quando se submeteu a cirurgia de safena em São Paulo - e nesse tempo a previsão era de que o paciente viveria “ainda uns 10 anos” - há de reconhecer que ele foi um resistente. E esta resistência deveu-se certamente ao cidadão sempre bem-humorado e irrequieto que se revelou nesses últimos 30 anos mais um dos grandes poetas nascidos no Assu. Foi na resistência que deixou uma obra que o coloca entre os principais nomes da terra dos poetas como Chisquito Amorim, João Celso Filho, Palmério Filho, João Lins Caldas e Celso da Silveira. “Uma grosa de glosas”, 1992; “Motes Di-Versos”, 1997; “Minha Terra, minha gente”, 2001 e “Enxurrada de Versos”, 2012. Participei da edição – o editor era ele mesmo – do segundo livro “Motes Di-Versos”, lançado no dia 10 de julho de 1997, na Capitania das Artes. Meu compadre – Andière e Walda Abreu foram padrinhos de um dos meus filhos – foi líder de um grupo de pessoas durante um inesquecível ciclo de vida nas décadas de 80 e 90 – Gurilândia, Candelária, Praia de Pitangui -  marcado para sempre. É de autoria do Majó, após receber de outro poeta o mote  Quero apenas um minuto/Para mostrar minhas penas: Se de um poeta escuto Recebo um mote sofrido Para atender seu pedido Quero apenas um minuto Contra a tristeza eu luto Parto em busca de outras cenas Pois detesto as Madalenas Gosto de riso e alegria. Jamais farei poesia Para mostrar minhas penas.                                                   Adeus Majó, Wellington Medeiros "https://www.grupovila.com.br/


 

Ana Lima, poeta soneetista assuense. Imagem do blog Literatura Potiguar, de Mayara Pinheiro.

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Geraldo Vieira: Território humano

VIEIRA, José Geraldo. Território humano. 2ª edição – texto reestruturado.  São Paulo: Martins, 1972. 421 pp.

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Tinha um nome longo:  José Geraldo Manuel Germano Correia Vieira Drummond Machado da Costa Fortuna. Mas o chamemos José Geraldo ou José Germano.

Nascido em uma família de açorianos que fizeram a vida no Brasil, José foi um órfão criado com seus tios afluentes. Durante os estudos em um colégio de padres foi marcante a visita de índios bororos trazido por missionários para a Exposição Universal da Praia Vermelha. Cresceu familiarizado com o Rio e sua educação cosmopolita se completou em Paris. Tornou-se médico e escritor. Travou uma amizade com um poeta pobre, excêntrico e marginal.

Os apontamentos biográficos acima retratam a vida de José, tanto o autor José Geraldo Vieira quanto o personagem José Germano do romance Território Humano. Em um romance autobiográfico como esse é comum incorrer o risco de superinterpretação atribuindo coisas do personagem ao autor e vice-versa. E José Geraldo Vieira provocava com essa ficcionalização da realidade. Até Álvaro Lins, Gilberto Freyre, Octávio Tarquínio e José Lins do Rêgo fazem um cameo no livro.

A Primeira Parte é esse Bildungsroman acerca de José Germano. Na Segunda Parte, a relação com o poeta marginal domina a narrativa. Esse poeta, Cássio Murtinho, incrementalmente mais paranoico temendo que o amigo o plagie, também foi inspirado em uma pessoa: o poeta potiguar João Lins Caldas (1888 — 1967).

Em Território humano o conceito de Bildungsroman — romance de formação desdobrando o aprendizado, a construção da personalidade e da moral do personagem — confunde com Bildungsbürgertum — a valorização pelas classes médias altas da erudição, gosto e valores do cânone ocidental.

Como a Noite de Santa Valburga Clássica de Fausto e o Círculo 1 do Canto 4 do Inferno, o grand tour de José Germano pela Europa no final da Primeira Parte é um catálogo de cultura geral. Alude a Rilke, Hesse, Peer Gynt, os retábulos da Scuola di San Rocco, a Assunção de Ticiano, o mausoléu do doge Vendramini, o Canon de Avicena, o Colliget de Averróis, o Breviário de Alarico, De Universitati Mundi de Silvestre, o Institutio Oratoria de Quintiliano, Decameron, Savonarola, Miguel Angelo, Cimabue, Brunellesco, o Capitólio e a Ara Coeli, o Coliseu e a Basílica de São Pedro, Piazza di Spagna, o Caffè Grecco, Goethe, Gogol, Stendhal, Byron, Shelley, Goldoni, Chateaubriand, Taine, Leopardi, Thackeray, Schopenhauer, Henry James, Baudelaire, Gounod, Liszt, Wagner, Toscanini, Dante, Boccacio, Doctrinale de Villedieu, Institutio Gramatica de Prisciano, Megalogicon de Salisbury, Tratado de Ortografia de Cassiodoro, a Consolação pela filosofia de Boécio, Virgílio, Petrarca. Sem contar referências de leitura de Flaubert, Anatole, Tolstoi, Dostoiévski, a Bíblia, a Antologia de Fausto Barreto e Carlos de Laet usada durante a preparação aos exames de admissão à Faculdade de Medicina. Aqui e acolá menciona música e cinema; bem como visitas a cafés, livrarias e butiques. Fazendo jus ao termo “encyclopedic novel” do crítico Edward Mendelson, as referências à cultura erudita são copiosas através do livro. Mas nada que intimide ou que obscureça o texto: são reminiscências de quando a familiaridade com esses gênios dava o status de letrado.

Na Segunda Parte o protagonista José Germano volta ao Brasil, casa com a prima Norma, reata com os amigos. Em uma viagem encontra uma jovem senhora leitora de Rimbaud. Uma profecia irônica: como o poeta decadente Verlaine disparou contra o amante Rimbaud, o livro também termina em uma tragédia similar (bem, chega de spoilers). Conhece por meio de amigos comuns a tal jovem senhora, Maria Adriana, e começam uma relação platônica.

O Bildungsroman tipicamente seria uma abordagem histórica, ou seja, diacrônica; mas José Geraldo inova em fazê-lo também geográfico, ou seja, sincrônico. A humanidade é mapeada em Território humano: os vários personagens cuidadosamente trabalhados retratam as facetas possíveis das pessoas. Sendo sincrônico, o romance é tramado essencialmente a partir da alteridade. A relação com o Outro — parentes, colegas de classe ou de viagem, amigos e amores — definem José.

A alternância entre descrição, diálogos e ações faz do texto uma leitura fluida. Os diferentes cenários e registros de linguagem extirpam qualquer possibilidade de narrativa entediante em um enredo até singelo.

A geografia é importante na narrativa. O autor tem a mesma tranquilidade de citar as ruas do Rio como lugares de Paris ou cidades do interior paulista. Às vezes, a alusão é condescendente e pernóstica, como quando explica a toponímia da Villa Halifax:

— Bem, primeiro que tudo não é bangalô nem vilino. É um solar de estilo medieval. E o nome Villa Halifax decorre do fato do proprietário ser canadense.

— Que tem uma coisa com outra?

—Ora, ora! Halifax é a capital da Nova Escócia. (p.408)

José Geraldo Vieira (1897 — 1977), médico tornado escritor e tradutor, publicaria ainda mais romances, contos, poemas e ensaios. Seu aclamado livro Território Humano foi impresso somente duas vezes, uma em 1936 e outra em 1972. Talvez seu cosmopolitismo estivera em contramão aos temas regionais e nacionais dos modernistas, consequentemente sendo com o tempo esquecido. Desde os anos 2000 renasceu o interesse acadêmico pelo autor. Há de se esperar um merecido retorno da leitura da obra. A Editora Descaminhos publicou em 2014 uma versão digital do Território humano e outros livros do autor.

OUTRAS OBRAS DE JOSÉ GERALDO VIEIRA

  • O Triste Epigrama. Poema em prosa.  1920.
  • A Ronda do Deslumbramento. Contos. 1922.
  • A Mulher que Fugiu de Sodoma. Romance.1931. (Edição espanhola: 1947)
  • Território Humano. Romance. 1936. 2ª edição 1972.
  • A Quadragésima Porta. Romance. 1943.
  • Carta a Minha Filha em Prantos.  “Romance verdade”. 1946.
  • A Túnica e os Dados. Romance.  1947.
  • A Ladeira da Memória. Romance. 1950.
  • O Albatroz. Romance. 1952.
  • Terreno Baldio. Romance. 1961.
  • Djanira. Ensaio crítico. 1961.
  • A Pintura de Sopp Baendereck. Ensaio crítico. 1965.
  • Paralelo 16: Brasília. Romance. 1966.
  • Minha Mãe Morrendo. Poema para a Série Trágica, de Flávio de Carvalho. 1967.
  • Mansarda Acesa. Poemas. 1974.
  • A Mais que Branca. Romance. 1974

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...