sábado, 29 de janeiro de 2022

Um dia de cada vez.
Com calma.
Devagar.
Que é para não perder o passo.
Para não errar o compasso.
Para não me perder nas horas.
Que é para aproveitar, para viver bem, bem devagar o que cada segundo tem para me oferecer.
- Monalisa Macêdo

Casa Rosa




 


quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Toda tarde ela e ele

Se encontrava na janela.

Ela pegando na dele

Ele pegando na dela.


Evaristo de Souza, poeta potiguar

QUE QUENTURA! QUE MORMAÇO!

Que quentura! Que mormaço!
Grita o povo apavorado:
Vai morrer tudo torrado
Se Deus não meter o braço,
O homem vira bagaço,
Se procurar carne crua...
Porém no meio da rua,
Para provar que não é frouxa
Ou para pegar um trouxa
Vai a mulher andar nua.

Renato Caldas

 Incrível Natureza

Túnel de árvores na Holanda


O PERDÃO VERDADEIRO. Por Luiz Soares.

A história dos grandes vultos desarmados de reações hostis, são indubitavelmente, os maiores exemplos para formação das gerações do hoje e do porvir. É imprescindível que a condição de perdoar verdadeiramente, seja oriunda de quem é desprovido de orgulho, de vaidade, de ambição; de egoísmo; como outrossim, de mentes lúcidas, flexíveis, equilibradas espiritualmente, e acima de tudo GRANDE. O homem que é receptivo tem maiores chances de compreender o outro; porque ele entende que todos nós somos passíveis de erros, de defeitos, de faltas, dadas as nossas limitações, enquanto seres humanos; enfim somos IMPERFEITOS. Então, ele faz uma sondagem em seu interior e se auto-avalia e aí concede o perdão verdadeiro. É portuno dizer que o homem receptivo nasce com esse dom; isto é, não é necessário ter uma formação acadêmica para perdoar verdadeiramente. Destarte, para aqueles que não nasceram com esse dom calmo, paciente, sereno, ponderado do homem receptivo. Podem alcançá-lo. Buscando nos ensinamentos dos grandes vultos da história do perdão. A saber: Mahatma Gandhi; Martin Luther King; Irmã Dulce dos Pobres; Madre Teresa de Calcutá; Chico Xavier; Jesus de Nazaré e tantos outros. Mahatma Gandhi: "O fraco nunca pode perdoar. O perdão é um atributo dos fortes;" Martin Luther King: "O perdâo é um catalisador que cria a ambivalência necessária para uma nova partida; para um reinício." Chico Xavier: "Quem perdoa imuniza-se, cria anticorpos... Se o mal não está com você , não lhe dê cadeira." Jesus de Nazaré: "Perdoa-os, Pai, porque eles não sabem o que fazem." Isto, diante da dor da crucificação, ele teve forças para perdoar verdadeiramente; compreendendo as limitações daqueles seres humanos. Quem não compreender o outro, será impossível perdoar VERDADEIRAMENTE.

as 3 pessoas

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

 De Olho na Engenharia

Casa de dois andares feita de taipa

Pode ser uma imagem de ao ar livre e árvore

 

Chico Traíra – 1922-1989
Violeiro, cordelista e radialista, natural de Ipanguaçu/RN. Nos anos 50 participou de um Programa na Rádio Poty dedicado a viola em parceria com José Alves Sobrinho e de seu parceiro de dupla, Patativa do Norte.
’ ...Comprei em quarenta e quatro
Minha primeira viola
Pra mim não tinha escola
Não podia ser doutor
Então nesse mesmo ano
Diversas vezes cantei
Em quarenta e cinco entrei
Na vida de cantador.
Do folheto: Minha vida de cantador – Transcrito do livro – Poeta e Boêmios do Açu, de Ezequiel Filho,1984).
REFERENCIA:
COSTA, Gutenberg, Dicionário de poetas cordelistas Rio Grande do Norte. Mossoró: Queima Bucha,2004.
Informações de familiares.



segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

 

Elza Soares (1930-2022)
💔
"Um dia descobri que cantava.
O meu filho mais velho João Carlos estava morrendo e eu já tinha perdido 2 filhos e não queria perder mais um.
Eu não tinha dinheiro pra cuidar do meu filho e ouvi no rádio que o programa do Ary Barroso de calouros Nota 5, estava com o prêmio acumulado. Não sei como, mas eu sabia que ia buscar esse prêmio!
Fiz a inscrição e me avisaram que eu precisava ir bonita. Mas eu não tinha roupa nem sapatos, não tinha nada! Então, eu peguei uma roupa da minha mãe, que pesava 60kg e vesti, só que eu pesava 32kg, já viu né? Ajustei com alfinetes. Tudo bem que agora é moda ne? Hoje até a Madonna usa, mas essa moda aí fui eu que comecei viu? Alfinetes na roupa é muito meu, é coisa de Elza!
No pé coloquei uma sandália que a gente chamava de “mamãe tô na merda”, e fui!
Quando me chamaram, levantei e entrei no palco do auditório. O auditório tava lotado, todo mundo começou a rir alto debochando de mim.
Seu Ary me chamou e perguntou:
– O que você veio fazer aqui?
– Eu vim Cantar!
– Me diz uma coisa, de que planeta você veio?
– Do mesmo planeta seu Seu Ary.
– E qual é o meu planeta?
– PLANETA FOME!
Ali, todo mundo que estava rindo viu que a coisa era séria e sentaram bem quietinhos.
Cantei a música Lama.
O Gongo não soou e eu ganhei, levei o prêmio e meu filho está vivo até hoje, graças a Deus!
De lá pra cá, sempre levo comigo um Alfinete.
Naquela época eu achava que se tivesse alimentos pros meus filhos, não teria mais fome. O tempo passou e eu continuei com fome, fome de cultura, de dignidade, de educação, de igualdade e muito mais, percebo que a fome só muda de cara, mas não tem fim.
Há sempre um vazio que a gente não consegue preencher e talvez seja essa mesma a razão da nossa existência."

Elza Soares



sábado, 22 de janeiro de 2022

 ESQUECE

Não chores o teu sonho azul, formoso,
Que era o claro farol da tua vida.
O amor
Tem amargor,
Tem mais tristezas que riso.
Não vale a pena amar sendo esquecida.
Eleva o coração
E... mata esta paixão!
(Etelvina Antunes - 1885/1963, poetisa potiguar. Em Violetas, pág. 79, editora AZYMUTH, Natal, 2016).



sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

 

Conjugando o verbo desamar
Ah, o amor em fase terminal
Desembestado ladeira abaixo
Secando a grama
Amassando flores
Plantadas a quatro mãos
Amor que não cabe mais
Em sua última mortalha
(O cinismo)
Corre pelo leito
Do desgosto
Sem norte
Sem sorte
Mas adentra o mar
Da solidão
Sem se acabar
Ah, o amor derrotado
Que se recusa a sair
Dar o seu lugar
Amor manhoso
Enroscado
Num peito torto
Errado
Que se veste de ódio
Para ficar
E o que é o ódio
Senão um uivo Solitário
De amor
Em noites de luar ?
Mariza Figueiredo Martins/Pão de Poesia
Ilustração! Pierre-Auguste Renoir, La Loge, London, 1874



 Fatos e Fotos de Natal Antiga

Escola Indústria de Natal - Natal RN - 1950


quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

 Mensagens Para Refletir

Quando Gandhi estudava Direito na Universidade de Londres tinha um professor chamado Peters, que não gostava dele, mas Gandhi não baixava a cabeça.
Um dia o prof. estava comendo no refeitório e sentaram-se juntos.
O prof. disse:
- Sr. Gandhi, você sabe que um porco e um pássaro não comem juntos?
Ok, Prof..... Já estou voando...... e foi para outra mesa.
O prof. aborrecido resolve vingar-se no exame seguinte, mas ele responde, brilhantemente, todas as perguntas.
Então resolve fazer a seguinte pergunta:
- Sr. Gandhi, indo o Sr. por uma rua e encontrando uma bolsa, abre-a e encontra a Sabedoria e um pacote com muito dinheiro.
Com qual deles ficava?
Gandhi respondeu....
- Claro que com o dinheiro, Prof.!
- Ah! Pois eu no seu lugar Gandhi, ficaria com a sabedoria.
- Tem razão prof, cada um ficaria com o que não tem!
O prof. furioso escreveu na prova "IDIOTA" e lhe entregou.
Gandhi recebeu a prova, leu e voltou:
E disse...
- Prof. o Sr. assinou a prova, mas não deu a nota!
Moral da história.
Semeie a Paz, Amor, compreensão. Mas trate com firmeza quem te trata com desprezo. Ser gentil não é ser capacho, nem saco de pancadas...




 


quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

NAS QUEBRADAS DO SERTÃO
 
Chegando o mês de janeiro
A chuva cai no torrão,
Sertanejo pro roçado
E começa a plantação,
Cedinho vai pela estrada
Uma feliz caminhada
Nas quebradas do sertão.
Tempo bom para chover
É bonito o meu rincão,
O matuto corta e planta
É aquela animação,
Quando chega a invernada
Tem a festa e vaquejada
Nas quebradas do sertão.
Pipoca o pai da coalhada
Que é o forte trovão,
Anuncia coisa boa
Chuva no nosso torrão,
Passarinho tem filhote
Vaca amamenta garrote
Nas quebradas do sertão.
Deus escuta belas preces
E chove no meu rincão,
Árvores mudam de cor
Com a pastagem no chão,
Tem gado gordo e colheita
Natureza satisfeita
Nas quebradas do sertão.
No inverno a chuva cai
Safra de milho e feijão,
Fica verde a caatinga
Floresce a vegetação,
Tem safra de melancia
O matuto é alegria
Nas quebradas do sertão.
Viva o nosso agricultor
Homem feliz do rincão,
Colhe os caroços nascidos
De jerimum e melão,
Cedinho vai pela estrada
Numa linda caminhada
Nas quebradas do sertão.
 
Marcos Calaça é poeta e cordelista.

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...