quinta-feira, 16 de março de 2023

O que significa “No frigir dos ovos”?

Não é à toa que os estrangeiros acham nossa língua muito difícil.
Como a língua portuguesa é rica em expressões!
Veja o quanto o vocabulário “alimentar” está presente nas nossas metáforas do dia-a-dia. Aí vai.
Pergunta:
– Alguém sabe me explicar, num português claro e direto, sem figuras de linguagem, o que quer dizer a expressão “no frigir dos ovos”?
Resposta:
– Quando comecei, pensava que escrever sobre comida seria sopa no mel, mamão com açúcar. Só que depois de um certo tempo dá crepe, você percebe que comeu gato por lebre e acaba ficando com uma batata quente nas mãos. Como rapadura é doce mas não é mole, nem sempre você tem ideias e pra descascar esse abacaxi só metendo a mão na massa. E não adianta chorar as pitangas ou, simplesmente, mandar tudo às favas. Já que é pelo estômago que se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o mingau pelas beiradas, cozinhando em banho-maria, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo. Contudo é preciso tomar cuidado para não azedar, passar do ponto, encher linguiça demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer o pão que o diabo amassou para vender o seu peixe. Afinal não se faz uma boa omelete sem antes quebrar os ovos. Há quem pense que escrever é como tirar doce da boca de criança e vai com muita sede ao pote. Mas como o apressado come cru, essa gente acaba falando muita abobrinha, são escritores de meia tigela, trocam alhos por bugalhos e confundem Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão. Há também aqueles que são arroz de festa, com a faca e o queijo nas mãos, eles se perdem em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese… etc.). Achando que beleza não põe mesa, pisam no tomate, enfiam o pé na jaca, e no fim quem paga o pato é o leitor que sai com cara de quem comeu e não gostou. O importante é não cuspir no prato em que se come, pois quem lê não é tudo farinha do mesmo saco. Diversificar é a melhor receita para engrossar o caldo e oferecer um texto de se comer com os olhos, literalmente. Por outro lado se você tiver os olhos maiores que a barriga o negócio desanda e vira um verdadeiro angu de caroço. Aí, não adianta chorar sobre o leite derramado porque ninguém vai colocar uma azeitona na sua empadinha, não. O pepino é só seu, e o máximo que você vai ganhar é uma banana, afinal pimenta nos olhos dos outros é refresco… A carne é fraca, eu sei. Às vezes dá vontade de largar tudo e ir plantar batatas. Mas quem não arrisca não petisca, e depois quando se junta a fome com a vontade de comer as coisas mudam da água pro vinho. Se embananar, de vez em quando, é normal, o importante é não desistir mesmo quando o caldo entornar. Puxe a brasa pra sua sardinha, que no frigir dos ovos a conversa chega na cozinha e fica de se comer rezando. Daí, com água na boca, é só saborear, porque o que não mata engorda. Entendeu o que significa “no frigir dos ovos” ?”
Autor: Guaraci Neves

(Da Linha do Tempo. Facebook de Mara Sá Leitão

De Fábio Gomes para Fernando Caldas (Fanfa), organizador deste blog que ontem 15.03, aniversariou.

Fabio Gomes




Parabéns, meu nobre amigo
Por mais um aniversário
Nesse seu viver diário
Que Deus esteja contigo
Uma coisa eu lhe digo
Sem rodeios nem talvez
Hora, dia, ano e mês
Permaneça assim, afoito
*Hoje tu faz "meia oito"
Em breve oitenta e seis"*
Fábio Gomes
Poeta assuense


quarta-feira, 15 de março de 2023

 




Monto aos Mártires da Revolução de 1817, inaugurado na Praça André de Albuquerque, Cidade Alta, em 12 de junho de 1917. Foto: Acervo do IHGRN


BENEDITO DANTAS SALDANHA

De. Fernando Antonio De Padua Almeida

Benedito Saldanha
BENEDITO DANTAS SALDANHA, que também se assinava como sendo Benedito da Silva Saldanha, nasceu em Brejo do Cruz-PB no ano de 1894, filho legítimo de Benedito Dantas da Silva Saldanha. Benedito Veras Saldanha, era o seu sobrinho-paterno. Era casado com sua prima Etelvina Saldanha, filha de seu tio paterno Capitão Pedro da Silva Saldanha.
Em 1920 comprou a fazenda "Setubal" em Caraúbas-RN, onde instalou seu grupo de cangaceiros, comandado por ele e seu não menos truculento irmão Joaquim da Silva SAldanha, popularmente conhecido como Quinca Saldanha. Dentre os seus cangaceiros, destacaram-se os terríveis Massilon Benevides e Júlio Porto. Desde o ano de 1920 passou a cerrar fileiras com Tilon Gurgel e Juvêncio Barreto, Francisco Gurgel de Freitas (Chico de Freitas) Manoel Elias de Lima, Martiniano de Queiroz Porto, na oposição política à facção comandada pelos Coronéis João Jázimo Pinto e Francisco Ferreira Pinto.
Em 10 de Maio de 1927 o Massilon Benevides e o Júlio Porto invadiram e assaltaram a cidade de Apodi, comandando parte do bando de Lampião, que se achava acoitado na serra do Pereiro, no Ceará, na fazenda "Bálsamo", genro do virulento Tilon Gurgel, do então povoado Pedra de Abelhas, atual cidade de Felipe Guerra.
Foi eleito Deputado Estadual em 1934, tendo renunciado por sério entrevero com o também Deputado Estadual Pedro Matos, do município de Santana do Matos.
Foi nomeado Prefeito de Apodi, tendo sido empossado em 10.01.1933, cuja posse causou sérios estragos no cenário político e da imagem do então governador/Interventor BERTINO DUTRA, que viu sua administração escandalizada, só restando demitir BENEDITO SALDANHA, que contava apenas 05 meses e 14 dias como administrador do município de Apodi. Observe-se que durante o governo ditatorialista do Getúlio Vargas, foram nomeados como Prefeitos do Apodi dois reconhecidos coiteiros e Chefes de cangaceiros - TILON GURGEL e BENEDITO SALDANHA.
Investido da condição de Prefeito nomeado, à época denominado de Interventor, protagonizou violento atentado, quando na manhã do dia 18 de Abril de 1933 mandou trazer à sua presença o Coronel Lucas Pinto, escoltado sob ameaça de três cangaceiros/capangas armados, ocasião em que empunhando um revólver, tentou obrigar o Coronel Lucas Pinto engolir duas bolas feitas com jornal, sob a alegativa de que o líder político Apodiense mandara veicular notícia no Jornal "A RAZÃO", impresso e com sede em Natal, dando conta de que ele e seu irmão Quinca Saldanha comandavam grupo de cangaceiros, acoitados em sua fazenda em Caraúbas, e com atuação em Apodi e região.
O Coronel Lucas Pinto foi salvo desse vexame graças à intervenção do valente Apodiense DECA CAVACO, que ao saber que o seu padrinho se encontrava sob ameaça do Benedito, dirigiu-se até o sobrado onde se desenrolava o sério atentado à integridade física do Cel. Lucas Pinto. Em lá chegando, dois cangaceiros tentaram impedir o acesso do Deca Cavaco, que ao descer do seu cavalo já empunhou seu punhal e deu dois sopapos nos dois cangaceiros, derrubando-os de uma só vez, ao mesmo tempo em que advertiu-os para que não insistissem em impedir o seu acesso. Ao chegar ao pavimento superior, encontrou Benedito aos gritos, obrigando o Coronel Lucas Pinto a engolir as bolas de jornal. Incontinenti, o Deca cravou o seu punhal no birô do Benedito e exclamou: Se não comeu não come mais. Encarou o Benedito e falou: Vou levar o meu padrinho, e se você se meter derrubo-lhe com um só tiro no meio da testa.
Dito isto, mandou que o Coronel Lucas Pinto seguisse na frente que ele iria atrás, protegendo-o. Ao Benedito, que já havia sofrido uma cantada do Deca Cavaco, só restou a alternativa de convidar o Deca para mais tarde beberem e jogarem baralho juntos, no que o Deca respondeu que não bebia nem jogava com bandido. Nesse dia, o Coronel Lucas Pinto era o homem marcado pra morrer. Benedito Saldanha faleceu envenenado por sua amante, na cidade de Maranguape, onde residia, por volta do ano de 1954.
Fonte: Marcos Pinto - historiador apodiense
Marcadores: Biografias
Postado por Caubí Torres às 07:00



Foto. Acervo de Fernando Caldas

terça-feira, 14 de março de 2023

É sempre bom ser feliz

Estar de bem com a vida
Que deve ser bem vivida
Como a gente sempre quis
Mas há algo que me diz
Para fazer sempre o bem
Mesmo sem saber a quem
Com um pensar que guia
BOM É VER A ALEGRIA
NA ALEGRIA DE ALGUÉM
Fábio Gomes

Por: Ival Saldanha

 ... Geraldo Amâncio Pereira cantando num festival de repentistas, o assunto sorteado foi Michael Jackson e o poeta disse de improviso:

"Na vida de Michael Jackson
Eu digo o que aconteceu
Não tinha fama arranjou
Era pobre enriqueceu
Era preto ficou branco
Mudou de cor e morreu"...




Natal não há tal

João Gothardo Dantas Emerenciano

Rua Santo Antônio, Cidade Alta, provavelmente no início da segunda década do século passado, vendo-se à direita o bonde defronte a lateral do atual prédio do Memorial Câmara Cascudo. À esquerda, destaque para a residência episcopal em frente à Igreja Santo Antônio.




Rua Santo Antônio, Cidade Alta, provavelmente no início da segunda década do século passado, vendo-se à direita o bonde defronte a lateral do atual prédio do Memorial Câmara Cascudo. À esquerda, destaque para a residência episcopal em frente à Igreja Santo Antônio.

Enciclopédia do Desporto em Português


Garrincha


ané Garrincha

"Amor é um desejo irresistível de ser irresistivelmente desejado."




domingo, 12 de março de 2023

Natal não há tal


Avenida Rio Branco na década de 1930





Natal não há tal

João Gothardo Dantas Emerenciano

Antigo Cine Panorama, na Rua São João de Deus, Rocas. Posteriormente o prédio abrigou uma Igreja evangélica.




 
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 Natal não há tal

Praça Capitão José da Penha e Igreja do Bom Jesus das Dores, na década de 1940 ou início dos anos 50. Foto: Cartão Postal
Pode ser uma imagem de monumento e ao ar livre
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 Natal não há tal

Rua Ulisses Caldas com o atual Largo Junqueira Aires, vendo-se na esquina a Farmácia Torres, com seus arcos pontiagudos; os trilhos atravessavam as pedras irregulares da nossa primeira pavimentação. Foto: Manoel Dantas
Pode ser uma imagem em preto e branco de 1 pessoa e ao ar livre
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PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...