domingo, 11 de outubro de 2009

RENATO CALDAS


O poeta matuto Renato Caldas na sua modesta casa da praça Pedro Velho, 74, da cidade de Assu-RN.

Cuma o tempo tá mudado!
Quem fui eu, quem hoje sô?!
Cuma tô dispilorado...
Tô qui nem carro quebrado,
Sem boiáda e tangedô.

Renato Caldas

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ASSUFOLIA


ASSUFOLIA é o mair evento (carnaval fora de época) do interior do Estado potiguar. Nasceu da coragem e do espírito festeiro de dois assuenses chamados Astênio e Elizabhet Tinôco (meus amigos). Aquela festa popular se inicia no dia do aniversário de emancipação daquele município polo de muita importância na economia e nas letras e na vida social do Rio Grande do Norte. São três dias de festa mesmo, 16, 17 e dezoito de outubro. Este ano o Assufolia apresenta três famosas bandas baianas como JAMMIL, BABADO NOVO E ARAKETU. Que cidade festeira. É como já disse o ex-governador Geraldo Melo: "Quer festa? Vá pro Assu que lá tem todo dia!"

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sábado, 10 de outubro de 2009

IGREJA DA VELHA CIDADE DE SÃO RAFAEL-RN


FOTOGRAFIA: ARQUIVO DO BLOG PÁGINA R

Esta igreja está submersa pelas águas da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, de Assu-RN.


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AMÉRICO MACEDO

Américo Macedo (1887-1948) era funcionário público municipal da prefeitura do Assu por onde se aposentou. Poeta sonetista da velha guarda, de tradicional família assuense (os Soares de Macedo de linhagem portuguesa dos Açores).Colaboru literariamente em jornais e revistas da sua terra natal como A Semana. Ainda no início da sua juventude vendeu quase todo o seu patrimônio com a sua vida boêmia. O antologista Ezequiel Fonseca Filho depõe que os versos daquele bardo que engrandece as letras potiguares, "tem o travo de uma revolta íntima." E um dia, melancólico, descrente dos amores que já teve outrora, escreveu os versos (que eu não sei a epígrafe) conforme adiante transcritos:

Parto descrente, pela estrada afora
Desta existência, desfolhando as flores
Da ilusão, da eperança e dos amores,
Sim! dos amores que eu já tive outrora!

Essa tristeza que me invade agora
Tem da saudade as luantes cores,
E tu, Mulher, por quem padeço dores
Não dás a esmola que minh"alma implora!

Ingrata, ao menos, vem ouvir as queixas
De um coração que sem amor tu deixas
A flutuar nos mares da aflição...

Parto descrente, e se te amar for crime
Esta minh"alma que a saudade oprime
Volta a pedir-te o sírio do perdão!...

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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

AÇU - FUTEBOL DE SALÃO


Esta seleção (fotografia acima) de futsal que eu prefiro chamar futebol de salão, era a seleção de Açu no começo da década de setenta. Em pé: Anchieta, Gão e Galêgo de Selé (Chiaba). Agachados: Barrá e Leleto.Por sinal visitando os bloga de Juscelino França e de Aluízio Lacerda deparei-me com uma matéria onde Aluízio (meu  ex-colega como funcionário comissionado da Assembléia Legislativa) recordando figuras da terra assuense como Chaguinha Pinheiro, Juninho, Cacau, Itinho de Souza (filhos de Chico de Ernesto).Leleto, dentre outros, lembrei-me de prestar uma homenagem ao nosso conterrâneo Welington Nogueira de Melo (Leleto) que se encontra hosspitalizado no Hospital São Lucas, de Natal,  lutando contra a morte. Leleto, assuense de boa cepa (de quem eu guardo boas recordações jogando nas quadras do Ibiapina e da AABB), na posição de  lateral esquerda. Leleo hoje, se jovem fosse e quisesse se profissionalizar como jogador, certamente estaria jogando num dos grandes clubes de futsal da terra brasileira. Ele, Leleto, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Naquela casa bancária trabalhou primeiramente na agência de sua terra natal - Assu, de onde saiu ainda jovem para trabalhar como gerente de uma certa agência do interior do Estado potiguar e depois em Natal. Rezemos, portanto, pelo seu restabelecimento.

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PATATIVA DO ASSARÉ NO ASSU



Em 1995 a convite do empresário Manuel Dantas (da empresa de fruticultura FRUNORTE), o afamado poeta cearense Patativa do Assaré esteve na cidade de Assu onde foi recebido por funcionários daquela empresa e várias autoridades locais. Na fotografia, esquerda para direita vejamos o contabilista Cornélio Soares, além dos vereadores da Câmara Municipal do Assu Nelson Inácio dos Santos Jr., Carlos Alberto Bezerra e o radialista Edmilson da Silva. Naquela ocasião Patativa fez elogios ao poeta assunse Renato Caldas. Vejamos o poema deste grande bardo da literatura popular brasileira, intitulado O Poeta da Roça, que diz assim:

Sou fio das matas, cantadô mão grossa,
Trabáio na roça, de inverno e de estio.
A minha choupana é tapada de barro,
Se fumo cigarro de páia de mio.

Sou poeta das brenha, não faço papé
De argum menestré, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, à percura de amô.

Não tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu sei o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho vivia sem cobre,
E o fio do pobre não pode estudá.

Meu verso rastêro, singelo e sem graça.
Não entra na praça, no rico salão.
Meu verso só canta no campo e na roça
Nas pobres paióça, da serra ao sertão.

Só canto o buliço da vida apertada,
Da lida pesada, da roça e do eito.
E ás vez, recordando a feliz mocidade,
Canta uma sodade que mora em meu peito.

Eu canto o cabôco com suas caçada,
Nas noite assombrada que tudo apavora,
Por dentro da mata, com tanta corage
Topando a visage chamada caipora.

Eu canto o vaquêro vestido de côro,
Brigando com o tôro no mato fechado,
Que pega na ponta do brabo navio,
Ganhando lugio do dono do gado.

Eu canto o mendigo de sujo farrapo,
Coberto de trapo e mochila na mão,
Que chora pedindo o socorro dos home
E tomba de fome, sem casa e sem pão.

E assim, sem cobiça dos cofre luzente,
Eu vivo contente e feliz com a sorte,
Morando no campo, sem vê a cidade,
Cantando as verdade das coisa do norte.

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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

MÚSICOS ASSUENSES

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BANCO DO BRASIL DE ASSU-RN


Vejamos o primeiro prédio onde funcionou primeiramente na década de quarenta, a agência do Banco do Brasil de Assu. Na foto vejamos também alguns clientes e funcionários daquela primeira casa bancária do Assu.Aquele prédio ainda hoje existente com algumas modificações, funcionou também durante muito tempo, o armazém de Dezinho (já falecido) pessoa abastarda e muito conhecida naquela cidade. O referido imóvel fica esquina com o antigo prédio onde funcionaou o Cine Theatro Pedro Amorim, na praça Getúlio Vargas.
(Clique na imagem para melhor visualisar).

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AINDA SOBRE ABRAÃO DO ASSU

Já falei aqui neste blog sobre o folclórico cabo eleitoral Abraão Ambrósio de Andrade. Ele era funcionário da prefeitura e trabalhava nas obras de calçamento que a prefeitura do Assu realizava. Nas eleições de 1968 foi candidato a vereador quando Costa Leitão disputou contra João Batista Montenegro a prefeitura do Assu. Pois bem, na década de sessenta a Fundação SESP, tinha um programa em convênio com aquela prefeitura para fabricar privadas (vaso sanitário pré-moldados de cimento) para distribuir as pessoas carentes daquele município. Uma certa senhora sabendo da candidatura de Abraão para vereador, procurou aquele candidato dizendo assim: "Seu Abraão, se o senhor me arranjar uma privada ainda hoje e mandar sentar no banheiro da minha casa, além de lhe dar o voto eu lhe dou uma coisa que você vai gostar muito". Abraão abriu um sorriso e ligeirinho mandou entregar e colocar a privada (vaso sanitário pré-moldado) na casa daquela senhora que, dias depois apareceu na prefeitura para cumprir o prometido. Ao se encontrar com Abraão abriu a bolsa tira-colo, puxando uma gorda galinha, dizendo assim para frustração daquele funcionário e candidato: "pronto seu Abraão! Está taqui o prometido. Sou mulher de palavra!" Abraão deu o troco: "Minha senhora, não sei qual das duas galinhas a mais sem futuro".


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terça-feira, 6 de outubro de 2009

POESIA MATUTA


VAQUEIRO - Arte de Lúcia Caldas. Lúcia é da família Caldas do Assu, residente no Rio de Janeiro, sua terra natal.

VAQUEIROS

Por Renato Caldas

Vaqueiros da minha terra!!
Subindo e descendo serra,
Muntado em seu alazão...
Num intrincheirado de espinho,
sem verêda e sem caminho,
Cum os óios presos no chão!
Precura a rez tresviada...
Pra onde foi? In que aguáda
Terá ela ido bebê?...
- Grande mistério da vida!
Eu tenho uma rez perdida...
Qui nunca mais hei de vê...
Seu nome, era mocidade!
Deixô uma cria: - a Sodade,
No currá do coração...
Eu, muitas vezes campeio,
Num cavalo, magro e feio
Que eu chamo Rescordação.
- Nas noites inluaradas
Oiço rolá nas quebradas,
"O luar do meu sertão"...

É CATULO - véio de guerra!
Subindo e descendo serra
No seu cavalo alazão...

- Vaqueiros da minha terra!
Bandeiras do meu sertão.

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APARECIDA


Arte do artista plástico assuense Renato de Melo Medeiros.

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ASSU PARA CRISTO 2009


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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

ESTÓRIA DA HISTÓRIA - SUCESSÃO GOVERNAMENTAIS TRAUMÁTICA A COMEÇAR DA PRIMEIRA: JOSÉ VARELA

Por Agnelo Alves

Acompanho, desde 1950, todas as sucessões governamentais do Rio Grande do Norte, mas não me habilito a fazer comparações entre elas, exceto, quanto a uma afirmação que faço com absoluta convicção: Todas elas foram traumáticas, a partir da primeira, a do governador José Valrela, do PSD.
UDN e Varela se namoravam. O PSD morria de ciúme. A UDN vinha de duas mal sucedidas campanhas eleitorias. A do brigadeiro Eduardo Gomes, em 1945 e a primeira governamental, quando perdera para o próprio José Varela, do PSD, ocasião em que os udenistas fizeram acordo com Café Filho e apoiaram, em 1947, a candidatura do "cafeísta" Floriano Cavalvalcante, contra Varela.
Como ir para a terceira campanha sem perspectivas? No plano nacional, a campanha do brigadeiro Eduardo Gomes, visando à candidatura presidencial, não atraía. E em Natal, sofria uma regeição injusta. Era preciso uma aprossimação com o PSD, pois "ninguém é de ferro". Mas o PSD não queria. Por que repartir o bolo que não dava para todos? Não, em termos, porque o governador topava o acordo. E de conversa em conversa, chegou-se ao nome de Manoel Varela de Albuquerque, líder do primo e do governador José Varela, na Assembléia Legislativa. O PSD reagia sob o comando do senador Georgino Avelino, apoiado pela maioria do partido. João Câmara, industrial, que uniria sem questionamento, morrera. O nome teria que ser, com todos os traumas, o de Manoel Varela de Albuquerque, primo-irmão do governador.
Mas, na UDN, uma voz ponderável, surgia entre silêncios que apoiavam a voz autorizada do ex-prefeito de Mossoró, Dix-sep Rosado. Aceitava qualquer nome do PSD. Menos o de Manoel Varela de Albuquerque. Aceitava, inclusive, o nome do outro primo do governador José Varela, também Manoel Varela, mas, em vez de ser de Albuquerque, era Santiago.
Nesse sentido, Dix-sept Rosado foi na nossa casa, na Deodora da Fonseca, conversar com Aluízio Alves. Antes a perpectiva de chegar outra pessoa. os dois, saíram para conversar na rua. A Deoadora não era pavimentada no trecho de nossa casa. Acompanhei as idas e vindas, entre buracos, dos dois. Dix-sept, de calça de mescla e camisa cáqui. Aluízio de calça branca e camisa de mangas cumpridas, também branca.
Na volta da conversa, Dix-sept Rosado entrou no seu carro, acenou para mim e Aluízio e dali mesmo seguiu para Mossoró, segundo anunciou. Aluízio estava vesivelmente feliz. Gostava e admirava Dix-sept. Botou a gravata e o paletó e foi conversar com José Varela que aceitou, de imediato, a troca entre os dois primos, de Albuquerque pelo Santiago.
O deputado mossoroense, Walter Fonseca, "pemedebista", entretanto, era contra a troca. Foi para o rádio da polícia no Palácio Potengi, mandou chamar Gabriel Varela em Mossoró, irmão do governador, dizendo que "a solução proposta por Dix-sept através de Aluíxio, era o fim do PSD". A vitória seria da UDN mossoroense. Gabriel mandou chamar o irmão governador e disse que os udenistas mossoroenses estavam fazendo a festa. José Varela, então, reagiu. O nome seria Manoel Varela de Albuquerque mesmo e não Santiago.
Gergino mandou a reação no PSD. O senador, hospedava-se na própria Vila Potiguar, residência oficial do governador, na praça Pesdro Velho, retirou-se da sala junto com a maioria do PSD. Apanhei a sua mala no quarto e atravessou a praça. Na casa de Gentil Ferreira de Souza, no terraço que os udenistas chamavam de "placa", todos acompanhavam o movimento na Vila Potiguar, em frente. Vibraram e comemoraram, quando viram Georgino fazendo a travessia da praça a pé.
Os candidatos foram Manoel Varela de Albuquerque e Dix-sept Rosado. Ganhou Dix-sept Rosado que catalisou, ainda, o apoio de Getúlio Vargas e de Café Filho. Mas, Dix-sept morreu meses depois, em desastre aéreo. Assumiu Sílvio Pedrosa, do PSD, cuja sucessão teve lances traumáticos, com rompimentos lado a lado.

(Transcrito do jornal Tribuna do Norte, de Natal, edição de 4.10.2009)

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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

BANCO DO BRASIL DE ASSU-RN

A inauguração da agência do Banco do Brasil  de Assu, salvo engano, é data de 1948. Aquela casa bancária antes tinha apenas um representante (agente recebedor) chamado Francisco Martins Fernandes (Chico Martins). Eis, portanto, duas fotografias da antiga (segundo prédio do BB) agência que funcionou até o começo da década de setenta no prédio (foto acima), esquina da rua Frei Miguelinho com a praça Getúlio Vargas, onde foi instalado a Coletoria Estadual o escritório da Secretária de Tributação. Na foto, podemos conferir os senhores funcionários, algus deles ainda estão vivos e conhecidos do povo assuense. Aquelas fotografias foram tiradas no começo da década de sessenta. Na fotografia acima podemos conferir as figuras de Leleto, Mazinho, Abelardo Maia. Na linha de frente vejamos Aderbal Wanderley, Geraldo Dantas, dentre outros.

 Fernando Caldas
 

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

ARTE PLÁSTICA


Tela do pintor assuense Wagner


CABÔCA

Eu conheço uma cabôca,
Que é, naturá do sertão.
Tem uma fulô na bôca
E nos óios dois ladrão.
Aqueles óios danisco,
Duas péda de curisco,
Num são óios de muié!...
E aquela bôca imcarnada,
Bonita cuma a arvorada,
É pió qui cascavé.

Seus óios são dois ladrão,
Dois gatume arrefeinado!
Qui, basta oiá pr1um cristão,
Pra ele ficá rôbado.
Ficá sem vida, sem arma,
Sem esperança, sem carma,
Sem tudo qui Deus lhe deu,
Mas, mesmo assim ele qué,
Qui os óio, dessa muié
Rôbe tudo qui fô seu.

A sua bôca incarnada,
Quiando começa a falá,
São duas pétia orvaiáda,
Da fulô do camará.
E, se um dia essa cabôca,
Deixasse qui a minha bôca,
Na sua bôca incostasse...
Nós tinha qui morrê junto,
E adespois de nós difunto,
vez num desapregasse.

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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

LAGOA DO PIATÓ




LAGOA DO PIATÓ NA ARTE FOTOGRÁFICA DE LUIZ NETO. VEJA MAIS O SEU BELO TRABALHO FOTOGRÁFICO NO ENDEREÇO: FLICKR.COM/PHOTOS/SICALIS/ - VALE APENA COBFERIR.

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PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...