sábado, 14 de novembro de 2009

CHARGE


Charge: Blog de Mary

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UM POEMA SATÍRICO

O poeta assuense Sandoval Wanderley escrevia versos satirizando a classe política. Escrevia no jornal político, oposicionista, intitulado "A Opinião", de Natal. Nas suas produções publicadas naquele jornal ele escrevia usando o pseudônimo "Zezé da Roça". Pois bem, quando Ferreira Chaves terminava o mandato de governador do Rio Grande do Norte, em 1920, Sandoval satirizou assim:

Poucas horas me restam de Poder!
Meu ostracismo vem se aproximando...
Ai que saudades eu começo a ter
Dos seis anos que vinha governando.

Adeus, "Vila" adorada.
Minha doce morada
Onde a existência me sorriu fagueira!
Adeus, Compadre Horácio,
Adeus, Palácio,
Que nas horas do meu expediente
Enchia-se de gente
A pegar-me no bico da chaleira...

O sol de minha glória já descamba...
Os que me cercam são da corda bamba,
Oh quanto isso me dói!
Longe, vão ser meus dias bem cruéis...
Adeus, Henrique, Luis Júlio, Elói,
Adeus, Moisés!...

Adeus, bonde, automóvel, carruagem,
Minha querida Estrada de Rodagem,
Deixar-te, quanto sinto!
Adeus Ivo, Petró, Bruno Pereira,
Manoel Dantas, Gonzaga, Dr. Meira.
Adeus, Zé Pinto...

Adeus, caro Anfilóquio, Kerginaldo,
Tesouro que me deste tanto saldo,
Para mim sempre bom.
Adeus José Augusto, Juvenal,
Hemetério, Tetró, Chico Sobral,
Adeus, Pedro Odilon...

Vou a caminho de um eterno exílio
Carpirr a lei fatal do meu destino...
Adeus, Maurício Freire, adeus Virgílio
Eu parto, eu gemo, eu morro, ou fico mudo,
Adeus Cascudo!
Adeus Galdino!

Adeus Asilo de Mendicidade
Detenção, Hospital de Caridade,
Melhoramentos meus"
Uma tristeza em meu peito atroz se expande,
Já não governo mais o Rio Grande,
Adeus, Natal, Adeus!

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

SEXO NA JANELA



Toda tarde ela e ele
Se encontrava na janela.
Ela pegando na dele
Ele pegando na dela.

Evaristo de Souza
(Poeta Potiguar).

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LUZ ELÉTRICA NO ASSU

Registra Celso da Silveira que em 18 de março de 1923 foi lançado o edital de concorrênia para fornecimento de luz elétrica à cidade, pública e particular. Exigia lâmpadas de filamento metálico de 32 velas (para luz pública) e determinava as praças, ruas e travessas a serem servidas de ilumunação: Praça da Proclamação e Pedro Velho, rua Macapá, São Paulo, dr. Pedro Amorim, da Caridade, de Hortas, do Córrego, Augusto Severo. Frei Miguelinho e Travessa União.

Em tempo: A rua Macapá é a atual Ulisses Caldas, rua São Paulo é a atual Minervino Wanderley, rua de Hortas e a atual Moisés Soares, todas no Centro da cidade.

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

GETÚLIO MOURA, O POETA FOTÓGRAFO



A bela fotografia acima, pirâmide (tirada nas salinas de Macau-RN) é produção do poeta fotógrafo macauense Getúlio Moura. Com aquela foto, Getúlio ganhou o primeiro lugar do Concurso de Prata da Casa 2009, realizado pela PETROBRAS, no Rio de Janeiro. Aquela bela produção cabe um belo poema do poeta maior de sua terra natal chamado Edinor Avelino que numa feliz inspiração, escreveu o poema intitulado "Macau". Vamos conferir:

A minha terra, calma e boa, trago-a nas cismas de saudade em que ando atento,
contemplando-a  com os olhos cheios d´água.
nos grande voos do meu pensamento
É das mais ricas terras pequeninas.
Apraz-me repetir, quando converso,
possui alvas e esplêndidas salinas,
as melhores salinas do universo.



O GRANDE CELSO DA SILVEIRA

O poeta, escritor, jornalista, teatrólogo, ator, correspondente de importantes jornais do país como o Jornal do Commercio, do Recife, chamado Celso da Silveira, já falecido, merece ser mais lembrado pelos seus conterrâneos, principalmente pelo poder público da sua terra natal que ele tanto amou e divulgou por aí afora. Celso era desses colecionadores de peças antigas, bem como conservava guardados em caixas, malas e pastas tudo sobre a terra potiguar, principalmente sobre o Assu e sua gente a literatura e etc. Na cidade de Assu, sua terra natal ele fundou o primeiro Museu de Arte Popular, do Brasil. Afinal, Celso era muito mais do que isso, era "uma academia" literária. Aquele que fosse visitá-lo em sua casa da Alexandrino de Alencar, em Natal, logo deparava-se com um verdadeiro museu. Certa vez, estando em sua casa, me externou que se o Assu tivesse um museu ou uma instituição cultural de credibilidade doaria com prazer todo aquele seu acervo. Pena que não veio a acontecer. Uma grande perda para a terra assuense.

O antologista Ezequiel Fonseca Filho, no seu livro intitulado "Poetas e Boêmios do Assu, 1984, depõe sobre Celso dizendo que "não sei onde catalogá-lo como poeta ou como boêmio. Se é verdade que nem todo poeta é boêmio, mas todo boêmio é poeta, Celso da Silveira é um misto de poeta e boêmio."

O seu livro de estréia intitula-se "26 Poemas de Um Menino Grande", 1952, onde vamos encontrar os versos que ele escreveu com indignação, conforme transcrito adiante:

Se vejo a minha cidade
vejo placas nas ruas
com nome de gente
e não me ufano...
Rua Siqueira Campos,
Rua Deodoro
Rua Floriano!...

Por que puseram estes nomes nas ruas de minha cidade?
Antigamente não havia placas mas as ruas tinham
os seus nomes e eram conhecidas...

Beco do Padre,
Beco do Cemitério,
Beco de Nila
Beco de Abdias,
(Onde era proibido transitar com animais por aqui)

Se eu fosse julgar os responsáveis pela mudança
dos nomes das ruas de minha cidade,
Minha setençã seria inapelável:
- Culpados!
Ou, então: Se eu fosse menino
- Dono das ruas e da cidade também
quebrava tudo o quanto é de placa
de baladeira,
Com as pedras das ruas
que estão solidárias comigo, eu sei!

Só porque não me consultaram, as ruas
perderam os seus nomes bonitos e o prestígio,
e a cidade a sua tradição!...

Desconjuro quem mudou o nome da rua
onde morava minha ama!...



quarta-feira, 11 de novembro de 2009

ENTARDECER NA LAGOA DO PIATÓ (ASSU-RN)


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UM VERSO DE DIVA CUNHA


Diva Cunha é uma revelação na poesia do Rio Grande do Norte. Posteriormente vou postar mais um pouco sobre essa artifice que engrandense as letras potiguares. Vejamos uma produção desta grande poeta natalense, que diz assim:

Um verso me sacode por inteiro
sua agulha me ferroa
na letra escura

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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

REVISTA CARETA


"Careta", importante revista humoristica brasileira que circulou entre 1908 a 1960. Entre as distantes décadas de dez., vinte e até o começo da de trinta, o poeta assuense João Lins Caldas no tempo em que ele morava entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, colaborou com seus escritos literários.

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VAQUEJADA - PARQUE SANTA MARIA


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CESA


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IPANGUAÇU NAS LETRAS POTIGUARES

Ipanguaçu está nas letras potiguares através do seu poeta maior chamado José Coriolano Ribeiro. Ele está antologiado por Rômulo Wanderley, na sua antologia intitulada "Panorama da Poesia Norte-Rio-grandense", 1965. Breve vou postar neste blog um pouco da sua obra, das produções daquele bardo boêmio, já falecido. Mas em Ipanguaçu existe outros poetas como, por exemplo, Wiliame Lins Caldas que um dia, numa feliz inspiração, escreveu o soneto intitulado Assim eu te vejo:

Te vejo como um pássaro que voa
Tão alto que não posso alcançar.
E fico te olhando, assim a toa
E como é lindo o teu voar.

Te acompanho com o pensamento
Meu coração, se tivesse asas, poderia voar.
Você passa tão depressa. levada pelo vento
Levando também o meu olhar...

Como uma planta que nasce
E precisa ser regada, cuidada...
Assim eu te vejo.

E como uma flor que abre
E o beija-flor, cedinho vem beijá-la
Pra matar o seu desejo...

sábado, 7 de novembro de 2009

ELEIÇÃO PELA DIREÇÃO DO COLÉGIO JK DE ASSU



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NOTA


Em 2010 quero ser deputado federal! Ora, não tem um Maia, um Alves na Câmara Federal representando o Rio Grande do Norte? Por que não pode ter um da Silva, um Caldas naquele parlamento? O importante é ter sobretudo espírito público. Afinal, conheço os problemas do meu estado e do meu país. O Vale do Assu é uma região importante, não pode ficar somente sob a sombra das antigas glórias, não! É preciso se fortalecer, ter prestígio político e retomar o desenvolvimento do Vale do Assu. Para isso, basta ter representantes filhos daquela própria região na Assembleia Estadual e na baixa Câmara do País. Afinal "Vale ou não vale, o Vale"?

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CAFÉ FILHO EM MOSSORÓ

Clique na imagem para ampliar.

Em 1945, o deputado federal Café Filho esteve em Mossoró em campanha para deputado federal. A fotografia fora tirada por ocasião de um comício realizado naquela terra do oeste potiguar. Ao lado direito de Café (discursando), o comerciante assuense Fernando Tavares (Vem-Vem) que tinha amizade com aquele parlamentar natalense, através de Dix-Sept Rosado e do também comerciante em Natal, o assuense Bilé Soares que, através de Café chegou a assumir a superintendência da Caixa Econômica de Natal, na década de cinquenta.

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CAFÉ FILHO


"Sem saber, em pleno sono, tornara-me eu presidente da República, dentro de um drama sem precedente no país."

Café filho, único potiguar a assumir a presidência da República entre 1954-55, em razão da vacância do cargo, antes ocupado por Getúlio Vargas.

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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

ASSU ANTIGO


Sobrado da antiga praça Pedro Velho conhecido como Sobrado de Manuel Cabral, ainda hoje existente. Atualmente (no térreo) funciona a casa comercial denominada Bethes Boutique (de propriedade do casal Elizabethe e Astênio Tinôco). No alto daquela centenária edificação era instalado a Prefeitura Municipal. Serviu também de clube social na década de cinquenta. No térreo era instalado também a Casa Nova, de propriedade de Manuel Clemente. A foto é provavelmente do final da décade de cinquenta. Clique na fotografia para melhor visualizar. A foto é acervo de Juldenir Varela.

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PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...