sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

UM MEMORALISTA DO ASSU


POR O SANTO OFÍCIO | 9 MAIO, 2009
Franklin Jorge

 Assu — Há cerca de trinta anos o historiador e poeta Francisco Amorim publicava aquele que seria, ao lado de “História do Teatro no Assu” e da “História da Imprensa no Assu”, o seu livro mais importante a que deu o título de “Assu de Minha Meninice”, rapidamente tornado uma raridade bibliográfica e um significativo documento etnográfico, digno de figurar no acervo de todas as bibliotecas de sua terra natal e do Rio Grande do Norte, num incentivo a que outros escrevam a própria história e descrevam o meio em que foram criados segundo o velho costume da terra.

Um livro canônico, pelo que entesoura em suas páginas escritas com a tinta da simplicidade, do encantamento e da evocação. “Assu de Minha Meninice” junta-se aos clássicos saídos da lavra intelectual do mestre Manoel Rodrigues de Melo e ao “Tradições e Costumes do Vale do Açu”, de Maria Eugênia Maceira Montenegro, que adota nova grafia da palavra tradicionalmente assu, reacendendo uma polêmica surda que se arrasta há gerações.

Saudade, Teu Nome é Menina” – sub-intitulado “memórias de uma menina feia” – e “Assu de Minha Meninice” pertencem ao mesmo filão emocional e afetivo e revelam, segundo experiências humanas tão diversas e semelhantes, duas histórias de vida contadas com precisão e energia carismática. Porém, neste artigo, atenhamo-nos com Chisquito, Francisco Augusto Caldas de Amorim, decano dos jornalistas norte-rio-grandenses, remanescente do prelo de “A Semana”, jornal       que, sem pausas nem feriados, registrou crônica dos tempos e o cotidiano da cidade do Assu em todas as suas nuanças, em seu pitoresco, em seu heroísmo, no seu espírito alegre e moço, em busca da luz.

Assu de Minha Meninice” [Edições Clima, Natal...] traz de novo à vida, por muitas gerações a segunda cidade mais importante do estado, berço de uma representação intelectual que dominou as letras e a política, na Colônia e no Império – os Wanderley, com os quais todas as demais famílias do Assu têm parentesco e laços forjados pelos casamentos e sucessões.

Aos nove anos Chisquito escrevia o seu primeiro jornal, significativamente chamado de “O Trabalho”, pois aprendera a manejar o compunidor e dispunha os tipos sem atrapalhar-se e sem cometer gralhas na página impressa. Desasnara e aprendera a ler com a famosa professora Dona Aguidazinha, que usava a palmatória, eficaz no aprendizado de alunos mais recalcitrantes ou indisciplinados.

Chisquito não sabe, mas escreve para futuros leitores. Dominado pela memória de sua meninice, traz a cidade antiga de volta ao presente, ao evocar-lhe as personagens, os acontecimentos, os costumes, toda a mitologia afetiva que persiste em seus sonhos de velho. Chisquito, arrastando os pés cansados, parando na calçada do Café São Luiz, quando em Natal; transportando-se de casa para algumas horas de carteado, num dos tradicionais cassinos do Assu. Vivendo, aí, em casarões que recebeu em herança do pai, cobertos de azulejos portugueses.

Em seu livro, Chisquito abre-nos a todos a porta de um mundo mágico reconstruído em palavras embebidas, como diria Shakespeare, no leite da ternura humana. Nele, todo o passado volta a viver, ressuscitado pela memória dos primeiros dias e das primeiras experiências hauridas em contato com a pluralidade da vida.

Soube que o professor Marcel Matias está estudando com os seus alunos do CEFET autores do Vale do Assu. Autores como Chisquito, Maria Eugênia, Manoel Rodrigues de Melo, Jorge Antonio. Autores que viram o Vale e o fixaram com olho clínico ou sentimental, segundo particularidades muito nítidas na leitura da obra individual, elaborada por seus autores em diversos gêneros e sob as mais diversas abordagens. Salvo seja.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Alessandro Peixoto,Dimas Cardoso,João Mesquita Mesquita,Davi Eduardo.


Fotos do mural

BOA NOITE!!!!!!

Faça Amor com as Palavras,mate saudades,peça perdão,aproxime-se,...recupere o tempo perdido,insinue-se,alegre alguém,dê simplismente um Bom Dia,faça um Carinho especial.

Use-a a todo instante,de todas as maneiras;sua força é imensurável.

Não Esqueça que quem escreve,Constrói um castelo,e quem lê,Passa a habitá-lo.Ver mais

De: Recadinhos Delicados

POESIA


Liberta-me
de ti, de mim, e deste amor!
Mas no fim, permanece em mim
porque sem ti já não sei viver
já não sei amar.

Queima as últimas esperanças,
destrói todas as ilusões.
Faz com que cada palavra tua
seja uma ferida profunda
e de cada cicatriz uma marca para a vida.

Faz-me arrepender deste sentimento
que tanto me fez sorrir
e apaga do meu pensamento
tudo aquilo que quis ser,
e nunca fui.

Chega de afagos nesta alma sofrida.
Chega de sentimentos
que provocam uma dor maior,
intolerável e faz-me odiar cada instante.

Chega de dores miudinhas
que magoam o meu coração.
Não fujo de nenhuma, pelo contrario,
volto atrás nos meus passos
para as sentir de novo.

Dores de amor,
elas deixam de ser as mesmas,
ganham uma nova cor, outra intensidade
mas não mudam nunca de lugar.

Algumas ganham o titulo de saudade,
outras ganham o nome de mágoas
Numas encontro o amor calado
e noutras ainda o desespero de tanto amar!

Vão perguntar porque guardo todas elas,
porque volto onde elas me feriram.
A resposta pode não ter lógica
mas é a única que tenho para dar,
porque...ainda te amo!

De: Cristina Costa

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Desta festa Olavo teria gostado de participar "O povo tava todo lá"

Multidão vai a inauguração da Praça Olavo Lacerda Montenegro

Olavo Lacerda Montenegro
 



 
 
 
 

ESCRITOR VARZEANO LANÇARÁ LIVRO EM PENDÊNCIAS














Depois de receber a confirmação do prefeito Ivan Padilha que se dispôs a patrocinar o seu novo trabalho literário, o escritor varzeano Gilberto Freire de Lemos, resta agora definir a data do lançamento, deseja fazer durante o mês de Janeiro de 2.012, vai depender da agenda de compromisso do gestor.
O livro de Gilberto Freire, é uma apoteose ilustrativa ao municipio governado por Ivan Padilha, cujo título traduz sua importãncia e valor: ROTEIRO HISTÓRICO E CULTURAL.

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...