domingo, 14 de julho de 2013

"A canoa de Lula nas águas de Heráclito". Por Gaudêncio Torquato

Qual a possibilidade do ex-presidente Luiz Inácio voltar a ser candidato do PT no pleito presidencial de 2014? Tem sido esta a mais recorrente pergunta nos corredores da política, instigada pela acentuada queda da popularidade da presidente Dilma na esteira da avalanche de manifestações que sacodem o país.

A resposta está condicionada a outra questão: é possível à mandatária recuperar a avaliação que detinha junto às classes sociais, no início deste ano, a mais positiva entre os chefes de Executivo da contemporaneidade?

A resposta não é tão simples, pois agrega um conjunto de fatores, alguns imponderáveis, a começar pelo desempenho da economia nos próximos meses.

A ser pífio o desempenho econômico, com efeitos na inflação, particularmente na área de alimentos, a presidente se defrontará com dois grandes riscos: a perda de controle sobre o processo político-administrativo, com a governabilidade caindo abaixo do ponto crítico; e a perda de capacidade de reverter o processo de desacumulação de força.

Sob essas duas situações-limite, é razoável crer na hipótese de que o PT, para preservar seu projeto de poder, convença seu comandante-em-chefe a voltar à liça. A recíproca é verdadeira. Se a economia correr bem nos trilhos, o controle sobre o poder político será resgatado e a boa imagem reconquistada.

O vetor de peso de um governante, é bom lembrar, equivale ao de um balanço. A princípio, ele sobe, depois desce, mantendo-se em nível baixo por bastante tempo, até juntar forças para recuperar a posição anterior.


Leia a íntegra no blog: http://migre.me/ft8Cw


Convite missa

MISSA

01 ANO SEM O AMIGO ANTÔNIO TERCEIRO
Nelson Aquino compartilhou a foto de Charlles Degoule.
Sempre foi um grande amigo!














Neste dia... dia em que fazem exatamente 01 ano da sua partida, quero aqui neste espaço.... falar de um amigo.... aliás de um GRANDE AMIGO. De todas as horas...bom pai, bom filho... bom amigo!!! Que falta TERCEIRO nos tem deixado. Nas melhores e nas piores horas, ela ele quem chegava com suas sábias palavras. Lembro demais, de todas as nossas conversas, seus conselhos... a maneira de trabalhar-mos juntos... em diversas campanhas eleitorais. Hoje amigo, sei que estás bem... porque estás ao lado do lado. Mas, para nós nos resta dizer; que a SAUDADE É SEM FIM. Descanse em paz meu amigão TERCEIRO. Aos seus familiares o meu profundo pesar, neste dia.
Dinarte Mariz foi senador da república, antes governador do Rio Grande do Norte. Ele vivia além do seu tempo, via as coisa na frente. Certa vez, disse esta frase muito atual: "Estou prevendo uma crise política de consequências imprevisíveis."


CONTO

O SONETO SECRETO¹
 

Naquele tempo, em Itabira, era meninote, ainda, de calça curta e inocência. Brincava de carro-de-boi imaginário, já que não tinha mesmo um carro-de-boi de brinquedo de verdade. Mas já percorria, por isso, as veredas desse ofício de imaginâncias. De fato, já na pratica das primeiras letras da alfabetização, lia muito bem pra minha idade; eis, certamente, minha primaz habilidade: ler o alheio. Meu pai, um jardineiro dado às politicas, orgulhava-se em dizer que, lendo eu tão bem, entraria pra vida pública. Papai cuidava dos jardins de um casarão colonial que ficava no fim da rua. Era pertencente aos Andrade. Mas há tempos andava quase sempre fechado. Os velhos já lá não mais estavam; apenas o filho, Seu Carlos, vinha vez ou outra, lá do Rio de Janeiro, pra modo de rever lembranças. Era poeta famoso, diziam as gentes bestas que viviam uma vida belamente besta naquela cidadezinha besta qualquer. Pra mim era apenas um sujeito pequenino, magrinho, magrinho, já calvo da testa ao meio da cabeça altiva; usava óculos e era muito alvo. Era mesmo diminuto, mas, não sabia então o porquê, já aquela figura mirrada e indefesa parecia-me gigantesca, grandiosa. 

Houve um dia especial. Nunca havia, aquele senhor, me dirigido a palavra. Mesmo porque papai não me deixava frequentar o casarão; certamente temente que meu desmazelo destruísse qualquer coisa. Sempre fui mais dado a destruir que a construir coisas. Mas, naquela tarde especial, dirigiu-me duas ou três palavras, já escurecidas na deslembrança, enquanto punham suas bagagens n carro, pra viagem de volta. Enquanto papai ouvia instruções sobre um canteiro de hortênsias ou gerânios, entrei distraído a brincar de boizinhos no frio chão do casarão. Fui dar numa sala cheia de livros, com uma escrivaninha muito ordenada no meio. Sobre ela, um papelzinho solitário jazia sereno. Larguei o brinquedo passeante e imaginoso e lancei mão titubeante ao papel branquinho, branquinho. Ofegava de temor que meu pai me surpreendesse naquela aventura, mas avancei incauto. Tinha ali algo escrito que, gaguejante, pus-me a ler malmente. Aquelas palavras eram, pra um meninote, claro, enigma a ser decifrado.

Desnorteantes os devaneios da amizade,
Conduzem à tortuosa alameda do amor.

Amputei de súbito a leitura. O vento deu na cortina. Abandonei lépido o papel e troquei passos apressados. Mas a curiosidade de menino quietou meu passo fugitivo. Voltei-me e, de um golpe, dobrei o papelzinho precioso dentro do calção e saí sorrateiro. Parece que eu antevia os auspícios que me traria aquela folhinha branca. Ainda vi seu Carlos volta-se adentro a procura de algo – o papelzinho, talvez -, mas foi-se embora logo depois. Li e reli deveras aqueles escritos que indecifravelmente me embriagavam de palavras brumosas, nas quais apenas percebia o tom íntimo, emocionado, maior. Como tempo soube que era um poema; era um soneto, pra ser mais preciso de verso branco como o papel. O mais belo que jamais li.

O tempo passou soberano – porque o tempo é rio caudaloso – e me tornei um rapazola já de calças longas, voz vacilante entre tenor e soprano, rosto fustigado de acnes e uma penugem sob o nariz avisando um bigode. Mas o mundo é um vasto mundo e mudamo-nos de Minas pra terras potiguares-como gosto desse nome! -, pois papai recebera de um certo senador da República, velho conhecido, uma proposta de trabalho. Estabelecemo-nos na capital. À custa de rapapés, mesuras e pequenas humilhações, meu pai consegui-me uma bolsa de estudos no Colégio Marista. Colégio de gente rica e eu, pobre, vesti-me da casca fingida da riqueza fingida.

E o rico soneto estava sempre comigo, bem guardado, secreto, segredado, amarelado e amassado pelo tempo e pelo manuseio leitor. E por obra do poema, vesti-me também de poeta. Escrevia versos em rompantes tresloucados de vaga inspiração. Às vezes, ate com relampejos de engenho e arte camonianos. Escrevia muito, mas meus versos nunca suplantaram uma mediocridade sublime, uma parvice requintada. Mas era poeta, ora. Todos assim alcunhavam; sei bem que com uma ponta de chacota, um tanto de desdém. Mas essa era uma fama que, falsa ou não, bastava-me. Mas invejava aqueles versos do soneto secreto, e decidi de vez ser gauche mesmo, e chamava-o de inspiração. Lia-o e relia-o todos os dias, feito oração. Por esse tempo, já conhecia a grandiosidade do seu legítimo criador. E por seus viés, conheci Pessoa, Dias, Bandeira, Espanca, Baudelaire, João Cabral, e tantos outros. Mas não mostrei meu hinário nunca a ninguém; dividia sua existência apenas com alguém que não sabia, mas por que paragens ele versava, mas que não o esquecera, por certo, porque poetas não esquecem jamais. Aquilo era meu catecismo que um dia, eu cria, acenderia a chama de um poema legítimo resgatando-me do fracasso do meu brejo das almas. 

E, então, aconteceu Amália. E já o nome era-me poético: Amália era como uma corruptela de amar-lha, de amar a ela. E foi isso que ouve: amei perdidamente Amália desde o primeiro momento em que a vi, assim como amei e desamei perdidamente uma dezena de garotas naquele tempo de amores juvenis, carregados de desejo, angústia e pasmo. Não que fosse a donzela mais emprincesada do mundo. Era ate feinha. Cheinha de corpo como uma musa barroca de Rubens. Mas aqueles roliços joelhos! E aquele colo! Colo e joelhos machadianos. Foi a mais eterna quinzena de paixão que jamais tive.

Mas era preciso conquistar Amália. E pra conquistar a alguém, a um poeta não há melhor artifício que um belo poema, pensava. E pus-me a compor, convocando todo meu parco engenho e arte, mas o bendito verso enlevado, vindo direto da Arcádia, não me chegava, não me alcançava. Foram ás dúzias os papeis amassados, rasgados. E nada... Foram horas noturnas mortas, de sono e de inspiração, que, como a um ultrarromântico, só me trouxeram olhos vermelhos e dificuldades nos estudos. Não me vinha o verso ideal pra arrebatar Amália.

Mas, por essa época, já lera que todo poeta e um fingidor e decidi-me a fingir. Lancei mão do que tinha de mais valioso: o soneto segredado. Copiei-o deslavadamente, não apenas pra personificar a caligrafia, mas na esperança de que me enganasse também a mim que realmente fosse seu autor. E reescrevi apenas um verso central – algo haveria de ser meu, pois não? - e dediquei-o descaradamente, calorosamente à adorada Amália. Numa saída de aula, enquanto carregava os livros de minha musa de então, pus o benditozinho dentro de sua agenda escolar e, irrequieto e sudorento aguardaram até o dia seguinte o resultado de minha astúcia. Mas, na chegada à escola, ela se que me olhou; não se dignou a me dirigir mesmo uma palavra vã. Praguejei contra o soneto: deveria saber que não era mesmo grande coisa. 

Mas, à saída, embaixo duma mangueira, Amália veio até a mim e disse baixinho que partilhava do mesmo sentir e que jamais lera versos tão tocantes, tão encantadores. Num gesto rápido e tímido, mas quente como o sol assuense, beijou-me os lábios. E não é que o amor é isso mesmo: hoje beija, ontem não beijou. Senti aquele cheiro inebriante de hábito de mocinha apaixonada, e abracei-a trêmulo e inseguro, porque amar se aprende amando. Abracei as formas arredondadas daquele corpo. E, ligeira como veio, correu de volta às amigas que observavam ao longe, entre risinhos de inveja ou de escárnio. Assim amei Amália, pelo menos naqueles relâmpagos instantâneos da adolescência.

E minha amada deu de exibir o meu soneto – ah, não me julguem assim: quem há de dizer que já não era meu? E os mestres, cansados de ler meus versos medíocres, diziam que agora sim eu acertara a mão, que agora eu produzira uma obra prima. E decidiram que tal obra tinha casta pra uma publicação no jornal da escola. Um frio de fio de navalha me perpassou: e se poetaitabiranolesse o jornalzinho? Mas qual nada... Já se viu esse jornaleco chegar ao Rio de Janeiro? Essa idéia me tranqüilizou e deslizei nas brumas da fama escolar. Mas veio também um articulista do maior jornal potiguar e aventou publicar o soneto numa edição dominical. Lembro-me que meu pai, sempre às voltas com a política, era só orgulho. Dizia que sempre soube que eu daria pra algo, que eu era das letras; sonhava já que seria advogado, deputado e, quem sabe, senador.

E o soneto secreto ficou famoso. Saiu publicado na edição dominical, no caderno de arte e cultura, vejam vocês. Agora tudo se agigantava. Estive sobressaltado de temor de que alguém reconhecesse aqueles versos, que me pegassem no recôncavo da mentira. Mas isso nunca ocorreu. Fiquei famoso: o poema concebeu o poeta. Esforcei-me por criar outros tantos poemas, mas jamais escrevi algo digno de nota, que dirá de publicação. Tornei-me um poeta de um poema só.

Nunca contei a ninguém tudo isso. Segui a viver a vida como fingidor que finge ser verdade a verdade que deveras mente. Mas não digam nada a ninguém. Ninguém sabe, nem nunca saberá.

AUTOR: ¹Carlinhos - VALDIR MOREIRA DA SILVA - Vencedor do "1º CONCURSO ASSUENSE DE LITERATURA" - PATRONO: CELSO DANTAS DA SILVEIRA - CONTOS / POESIAS  TROVAS. 
Livro: Escrínio da Literatura Potiguar.
....quietude e paz para os nossos corações. ♥
Que possamos ter uma alma clara e límpida
tão quanto é a luz do dia.

De: Yara Darin


Ambiente com tapetes persas prontinho para receber vcs que apreciam artes e antiguidades e o nosso maravilhoso cafe gourmer tres corações ! Av Afonso Pena 1173 - Tirol, Natal.
A amizade não se busca, não se sonha, não se deseja; ela exerce-se (é uma virtude).
Simone Weil
*Crystal*
De: Rosas em Poesias


Um pouco da história da Cerval

Em 1968, o político potiguar de Mossoró Dix-zuit Rosado (autor da famosa frase "quem não faz um pouco mais pela sua terra não poderá fazer nada pela terra de ninguém"), era o presidente do Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário (INDA), atual INCRA. Dix-Zuit naquela época já tinha ligações de amizades com o povo assuense. Recém formado em medicina foi clinicar na cidade de Assu. Tempos depois, as ligações foram se estreitando através da política com Edgard Montenegro que apoiou seu irmão Vingt Rosado para deputado federal, em vária eleições. 

Pois bem, Dix-Zuit desejava contribuir com o desenvolvimento do Vale do Açu e realizar um sonho dos agropecuaristas daquela região. Conseguiu na qualidade de presidente daquele instituto, um convênio com a Companhia de Eletrifica Rural do Nordeste (CERNE) através do seu diretor Cel. Mena Barreto, eletrificar o Vale do Açu. Fundaram então a 16 de março de 1968, uma cooperativa que veio a ser denominada Cooperativa de Eletrificação Rural do Vale do Açu Ltda (CERVAL), com apenas 74 associados. Foi a primeira cooperativa de eletrificação do Rio grande do Norte.

As reuniões preparatórias foram realizadas no Clube Municipal (altos da prefeitura) do Assu com a coordenação da prefeita Maria Olímpia Neves de Oliveira, além do agrônomo Nelson Borges Montenegro e os agropecuaristas José Diógenes de Paiva, Joacy Fonseca, Francisco Soares de Macedo, Pedro Borges de Andrade, Solon Wanderley, Miro Cobe e Walter de Sá Leitão. Aquela comissão ficaram responsável para organizar a cooperativa e integralizar o capital, com prazo determinado. Lembrar Edmilson Lins Caldas que na qualidade de gerente geral da Cooperativa Banco Rural, que depois veio a ser Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu Ltda, arranjou a quantia necessária para complementar o capital necessário para a fundação da CERVAL. 

Dix-Zuit-Rosado compareceu e presidiu a Assembléia de Constituição com a presença dos seus sócios fundadores como Nelson Borges Montenegro (o 1. presidente daquela cooperativa) Manoel de Melo Montenegro, Firmino Justino da Fé, Ezequiel Epaminondas da Fonseca Filho, Victor Fonsêca, José Wanderley de Sá Leitão, Edgard Borges Montenegro, José Araújo Filho, José Nazareno Tavares, Osvaldo de Oliveira Amorim, Ricarte Legítimo Barbosa, José Constantino de Souza, João Cobe, João Leônidas, dentre outros.

Entre as autoridades presentes aquele ato de fundação da CERVAL, além do Dix-Zuir, compareceram os senhores Estélio Ferreira (Delegado do Ministério da Agricultura (RN), Wander Said (Diretor da Escola Superior de Agricultura de Mossoró, Prefeita do Assu Maria Olímpia Neves de Oliveira, Juiz de Direito João Meira Lima, Gerente do Banco do Brasil Abelardo Pires Maia, presidente da Cooperativa Banco Rural do Assu Francisco Augusto Caldas de Amorim, agrônomo e presidente da Comissão de Desenvolvimento do Vale do Assu (CODEVA) Edgard Borges Montenegro, representante do MEC Waldemar Raul Furolla, representante da Companhia de Eletrificação Rural do Nordeste (CERNE) Abner Waldivino de Araújo, secretário de agricultura e representante naquela ocasião do governo do Estado (Walfredo Gurgel) Cássio Medeiros, prefeito de Ipanguaçu, Carnaubais e Pendências Nelson Borges Montenegro, Waldemar Campielo e Ivo Queiroz, respectivamente, diretor da ANCAR-RN Fernando Barros e o gerente do Banco do Nordeste, de Natal, Antonio Tavares.

A CERVAL funcionou primeiramente no térreo do sobrado das famílias Lins Caldas e Amorim (fotografia acima), e foi o seu primeiro presidente Nelson Borges Montenegro que tinha como vice-presidente Joaquim Carvalho e José Diógenes Paiva como secretário. 

Portanto, presidiram e gerenciaram aquela cooperativa, os senhores Miro Cobe, Walter de Sá Leitão, Joaquim Carvalho, José Nazareno Tavares, Ronaldo da Fonseca Soares, Edmilson Lins Caldas, José Maria Macedo Medeiros, Lourinaldo Francimári da Fonseca Soares, até a atualidade, além de Ponciano Bezerra.

Fica mais um registro importante para os estudiosos das coisas e da história da terra varzeana.

Fernando Caldas

Blog Tatutom Sports: Finais da Taça RN 2013 - Etapas Assu e Macau

Blog Tatutom Sports: Finais da Taça RN 2013 - Etapas Assu e Macau: Cumprimento das duas equipes antes da bola rolar Independente de Assu e Angicos fizeram  na noite de ontem(13/07) no Complexo poliesport...

Djalma Marinho

Djalma Marinho foi deputado federal. Potiguar de fibra longa como se diz no nordeste brasileiro, aos homens de decisões, de honra. Teve um a ação que está na estória política da terra brasileira. Em 1968, na qualidade de deputado presidente da Comissão de Constituição e Justiçada câmara dos deputados, enfrentou o poder militar que a qualquer custo queria cassar o mandato do deputado Moreira Alves que teria participado no Rio de Janeiro, de uma manifestação em 1965 promovida por intelectuais e estudantes em frente ao Hotel Glória, onde se reunia o Conselho da Organização dos Estados Americanos. Então, disse Djalma no plenário do Congresso Nacional, a frase do dramaturgo e poeta espanhol Calderón de la Barca, conforme adiante: “Ao Rei tudo, menos a honra”.

Fernando Caldas
Leiam a reportagem e julguem por vcs mesmo se o Governo e Parlamentares não estã brincando com fogo, eles estão querendo pagar pra ver.

Os protestos no Brasil perderam intensidade, mas, se o governo não der uma resposta rápida às reivindicações do povo, podem voltar ainda mais fortes – e de forma incontrolável. O alerta é do português Boaventura de Sousa Santos, doutor em sociologia pela Universidade de Yale (EUA) e diretor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Portugal).
Autor de estudos sobre emancipação social, direitos coletivos e democracia participativa, ele vê a onda de indignação que tomou as ruas do país como fruto das mudanças vividas pela sociedade brasileira nas últimas décadas. A classe média, afirma, cresceu e com ela as demandas dos cidadãos por melhores serviços públicos ganharam força.

http://www.dw.de/protestos-podem-voltar-mais-fortes-e-incontrol%C3%A1veis-diz-soci%C3%B3logo/a-16938502?maca=bra-brasilale-online-1057-html-cb













Os protestos no Brasil perderam intensidade, mas, se o governo não der uma resposta rápida às reivindicações do povo, podem voltar ainda mais fortes – e de forma incontrolável. O alerta é do português Boaventura de Sousa Santos, doutor em sociologia pela Universidade de Yale (EUA) e diretor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Portugal).
Autor de estudos sobre emancipação social, direitos coletivos e democracia participativa, ele vê a onda de indignação que tomou as ruas do país como fruto das mudanças vividas pela sociedade brasileira nas últimas décadas. A classe média, afirma, cresceu e com ela as demandas dos cidadãos por melhores serviços públicos ganharam força.

http://www.dw.de/protestos-podem-voltar-mais-fortes-e-incontroláveis-diz-sociólogo/a-16938502?maca=bra-brasilale-online-1057-html-cb

Causo



Celso da Silveira em seu livro “O Homem Ri de Graça” diz que o cigano Belizário foi o General Rondon do Nordeste. Desde menino, Celso viu seu acampamento nas proximidades de Assu e nos cercados de fazendas.

Certa feita, presente em Assu, Belizário precisou “consultar” a sogra, mulher de idade avançada que não pôde ser removida até a cidade. A consulta foi feita sem a presença dela, mas o farmacêutico queria ao menos alguma informação da velha:

- E como é ela? Magra, gorda, baixa, alta?

O cigano velho tentando explicar melhor apelou:

- Olhe doutor, a minha sogra é muito magra. Ela é tão magra, mas tão magra seu doutor, que se a gente olhar pelo fiofó dela, dá pra ver todos os dentes da boca.

Postado por Ivan Pinheiro



sábado, 13 de julho de 2013

"O vaqueiro"

Periódico que circulou na cidade de Assu-RN, na década de sessenta e setenta. durante os festejos de São João Batista Padroeira daquela terra assuense.




Blog Tatutom Sports: Secretaria de esportes elabora calendários para o ...

Blog Tatutom Sports: Secretaria de esportes elabora calendários para o ...: O secretário de juventude esporte eventos e turismo do município, LUIZ DAILSON MACHADO(Foto), anuncia que vai realizar um grande encon...

sexta-feira, 12 de julho de 2013

ODE AO HOMEM SIMPLES

Vou contar-te em segredo
quem sou eu,
assim, em voz alta
dir-me-ás quem és,
quanto ganhas,
em que fábrica trabalhas,
em que mina,
em que farmácia,
tenho uma obrigação terrível:
e é saber,
saber tudo,
dia e noite saber
como te chamas,
é esse o meu ofício,
conhecer uma vida
não basta,
nem conhecer todas as vidas,
é necessário,
verás,
há que desentranhar,
raspar profundamente
e como numa tela
as linhas ocultaram,
com a sua cor, a trama
do tecido,
eu apago as cores
e busco até achar
o tecido profundo,
assim também encontro
a unidade dos homens,
e no pão
busco
para além da forma:
gosto do pão, mordo-o,
e então
vejo o trigo
os trigais temporões,
a verde forma que tem a Primavera,
as raízes, a água,
por isso
para além do pão,
vejo a terra,
e a sua unidade,
a água,
o homem,
e tudo provo assim
buscando-te
em tudo,
ando, nado, navego,
até encontrar-te,
e pergunto-te então
como te chamas,
a rua e o número,
para que recebas
as minhas cartas,
para que te diga
quem sou e quanto ganho,
onde vivo,
e como era o meu pai.
Vês como sou simples,
e como és simples,
não se trata
de nada complicado,
eu trabalho contigo,
tu vives, vais e vens,
de um lado para o outro,
é muito simples:
és a vida,
és transparente
como a água,
e sou assim também,
o meu dever é esse:
ser transparente,
todos os dias
me educo,
todos os dias me penteio
a pensar como pensas,
e ando
como andas,
como, como tu comes,
tenho nos braços o meu amor
como tens a tua namorada,
e então
quando isto está provado,
quando somos iguais
escrevo,
escrevo com a tua vida e com a minha,
com o teu amor e com os meus,
com todas as tuas dores
e então
já somos diferentes,
porque, com a mão sobre o teu ombro,
como velhos amigos
digo-te ao ouvido:
não sofras,
está perto o dia,
vem,
vem comigo,
vem
com todos
os que se parecem contigo,
os mais simples,
vem,
não sofras,
vem comigo,
porque, embora o não saibas,
isso, sim, sei-o eu:
sei para onde vamos,
e esta é a palavra:
não sofras
pois venceremos,
havemos de vencer,
ou mais simples, nós,
venceremos,
mesmo que não o creias,
venceremos.

PABLO NERUDA
De: Pablo Neruda Poemas da Alma

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...