quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Natal tem carnaval sim senhor. Veja a programação

by vivernatal
Conhecida por ser um destino tranquilo no carnaval, Natal ganha atrações de peso neste ano de 2014. Mart'Nália, Alceu Valença, Moraes Moreira e Elba Ramalho são alguns dos nomes que vão agitar os dias em nossa cidade, que ainda conta com Lane Cardoso, Os Originais do Samba (RJ),  Spok Frevo Orquestra, Banda Independente da Ribeira, banda Antigos Carnavais e DuBom Rap.
Veja a programação:
Quinta, dia 27 de fevereiro
Abertura oficial do Carnaval 2014
21h – Baile de Máscaras no Largo do Atheneu, em Petrópolis; entrega da chave da cidade ao Rei Momo. Atrações: Lane Cardoso e Spok Frevo Orquestra.
Sexta, dia 28 de fevereiro
Polo Centro Histórico
Sexta, dia 28 de fevereiro
Praça André de Albuquerque
(Bar Amarelinho)
18h – banda Antigos Carnavais
Polo Ponta Negra
Praça Praia de Ponta Negra
18h – Troça do K1 e bloco Jegue Empacado
Rua Praia de Genipabu
21h – Show de Alceu Valença
Praça do Cruzeiro/Redinha
20h – Bloco Redinha Dos Meus Amores
Bar Pé do Gavião
23h – Lavagem do Beco
Polo Rocas:
Rua Pereira Simões
17h – Bloco Piabinha
21h – Bloco Cão de Raça
21h – Bloco Q’Fuxico
Travessa das Donzelas
21h – As Guerreiras

Sábado, dia 1º de março

Polo Centro Histórico
Beco da Lama (Bar de Nazaré)
10h – Banda Independente da Ribeira
Praça Praia de Ponta Negra
18h – Bloco Poetas, Carecas, Bruxas e Lobisomens
Rua Praia de Genipabu
21h – Show de Moraes Moreira
Praça do Cruzeiro/Redinha
17h – Banda do Siri
Polo Rocas: Rua Pereira Simões
17h – Tô Dentro
20h – Pinto Pelado
20h – Toma Todas
20h – Troça do PV
20h – Pileque Legal
Polo Ribeira: Av. Duque de Caxias
18h – Desfile das Escolas de Samba e Tribos de Índios
Domingo, dia 2
Rua Ulisses Caldas
18h – Desfile das Kengas e show com Mart’Nália
Praça Praia de Ponta Negra
18h – Blocos Fiquei Porque Quis e Suvaco do Careca
Praça do Cruzeiro/Redinha
12h – Bloco As Raparigas
16h – Bloco Gami – Sem Preconceito
17h – Banda do Siri
20h – Show com Elba Ramalho
Polo Rocas: Rua Pereira Simões
20h – Bloco Linguarudos
Polo Ribeira: Av. Duque de Caxias
18h – Desfile das Escolas de Samba e Tribos de Índios
Segunda, dia 3
Rua Ulisses Caldas
16h – Apresentação de grafiteiros
17h – Show Clã Periferia
18h – Show Trinca Flow
18h30 – Grupos de B.Boys e B. Girls
19h – Show DuBom Rap
19h30 – Campeonato de Freestyle
Praça Praia de Ponta Negra
18h– Blocos Jegue Empacado, Fiquei Porque Quis, Ia Mas Fiquei e show com Khrystal
Entrada da Redinha
17h30 – Troça do Zé Prikito
Segunda, dia 3
Praça do Cruzeiro
12h – Bloco As Raparigas
17h – Banda do Siri
21h - Show com Os Originais do Samba (RJ)
Polo Rocas: Rua Pereira Simões
17h – Bloco Os Grávidos
Polo Ribeira: Av. Duque de Caxias
18h – Desfile das Escolas de Samba e Tribos de Índios
Terça, dia 4
Beco da Lama
18h – Bloco Manicacas no Frevo (Bar de Nazaré); bloco Galo dos Perturbados (Bar do Naldo)
Praça Praia de Ponta Negra  
18h – Folias de Estandarte
Mangue
8h30 – Bloco Os Cão
Praça do Cruzeiro
17h – Banda do Siri
Entrada da Redinha
17h30 – Troça do Zé Prikito
Polo Rocas: Rua Pereira Simões
20h – Banda do Carcará
21h – Show com Os Originais do Samba (RJ)
Quarta, 05 de março
Bar do Cajueiro
8h30 – Bloco dos Garis
Praça do Cruzeiro
9h30 – Bloco Baicu na Vara


Polo Ribeira: dia 8
Av. Duque de Caxias
20h – Desfile das campeãs: Escolas de Samba e Tribos de Índios

A MINHA DOR NA GRANDE GUERRA

 

Por João Lins Caldas (1888-1967)

A minha não é, na grande guerra, a dor de todo o sangue que foi derramado.

Nem a das casas desmoronadas,
Nem a dos barcos perdidos
Nem dos bois, os campos talados,
Nem a do trigo,
Nem a dos ferros em sacrfícios sacrificados,
Cruzes ao chão, os cemitérios estilhaçados.
Nada, não.

A minha dor nas dores da grande guerra, não é,
na verdade, a dor de todo o sangue que foi derramado,
Nem a dos inocentes que foram imolados,
Nem a das virgens que foram violadas,
Nem a dos velhos,
Nem a dos moços,
Nem a da fome pelos estômagos enfraquecidos e depauperados,
Nem a dos afundados no mar,
Nem a dos que, estilhaçados, ainda para
Se despedaçarem na terra,
Nem a de todos os filhos,
Nem a de todas as mães,
Nem a de todas as noivas nos seus anseios e nas suas saudades,
Nem a da irmã para o irmão,
Nem a do amigo para o amigo,
Nada, não.

A minha dor nas dores da grande guerra, não é,
Verdadeiramente, a dor de todo o sangue que foi derramado.
Nem na sede, a das ressequidas gargantas cheias de febre,
Nem a do frio, sob as trincheiras,
Os homens para se verem tiritantes e desabrigados...
Nada, não.

Chénier decapitado pela maldade dos homens,
Pela inconsciência da maldade dos homens,
Pela inveja, no desvario todo de toda sua maldade,
E a ignomínia de sua avareza,
E a sua pobreza toda de espiritualidade,
Nada em nada da menor grandeza;

A minha dor nas dores da grande guerra é a
Dor dos cérebros que foram trucidados,
Dos Chénier que nada deram e que tudo sentiram para dar,
Dqueles que sentiam o mar,
Daqueles que sentiam a terra,
E que sentiam o céu, o céu para todo deles se desdobrar,
O céu que era neles tudo de todas as estrelas,
E que deles para se refletir como as estrelas se refletem para o mar.

(Nota: O referenciado poema fora irradiado, salvo engano, na década de quarenta, pela rádio britânica BBC, bem como mostra a grandeza da poesia deste bardo potiguar do Assu, a quem "o Brasil deve um gesto merecido de consagração", como insinua o jornalista e cronista norte-riograndense Vicente Serejo).

Fernando Caldas

CAUSO - COISAS BOAS

   
Foto ilustrativa
 
O empresário Dida Bola conta que seu pai, 'Severino de Maneco', possuia umas casas na Rua Monsenhor Júlio (vizinhas da oficina do Enock Cachina) e sempre vinha fazer alguns reparos, pinturas, etc. Certa feita, chegando à casa de Dona Helena para tomar um cafezinho, a professora Núbia Bezerra estava conversando sobre as maravilhas do mundo. Sem perda de tempo Seu Severino se meteu na conversa dando seu palpite:

- Professora, eu conheço as três melhores coisas do mundo: cagar fumando, jogar ganhando e amar beijando!

 
Vale salientar que o velho Severino era fumante inveterado, jogador compulsivo e raparigueiro de nascença... A professora Núbia, abrindo um sorriso perguntou:


- E as três coisas ruins, Seu Severino? 

 
O velho sem pestanejar respondeu:


- Ora mais, são fáceis: cagar chovendo (no mato) jogar perdendo e amar sofrendo.


 
Do Blog: Assú na Ponta da Língua, de 


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

TUDO QUE VICIA COMEÇA COM C

De: - LUIZ FERNANDO VERÍSSIMO

TUDO QUE VICIA COMEÇA COM C

"Tudo que vicia começa com C. Por alguma razão que ainda desconheço, minha mente foi tomada por uma ideia um tanto sinistra: vícios. Refleti sobre todos os vícios que corrompem a humanidade. Pensei, pensei e, de repente, um insight: tudo que vicia começa com a letra C! De drogas leves a pesadas, bebidas, comidas ou diversões, percebi que todo vício curiosamente iniciava com cê. Inicialmente, lembrei do cigarro que causa mais dependência que muita droga pesada. Cigarro vicia e começa com a letra c. Depois, lembrei das drogas pesadas: cocaína, crack e maconha. Vale lembrar que maconha é apenas o apelido da cannabis sativa que também começa com cê. Entre as bebidas super populares há a cachaça, a cerveja e o café. Os gaúchos até abrem mão do vício matinal do café mas não deixam de tomar seu chimarrão que também - adivinha - começa com a letra c. Refletindo sobre este padrão, cheguei à resposta da questão que por anos atormentou minha vida: por que a Coca-Cola vicia e a Pepsi não? Tendo fórmulas e sabores praticamente idênticos, deveria haver alguma explicação para este fenômeno. Naquele dia, meu insight finalmente revelara a resposta. É que a Coca tem dois cês no nome enquanto a Pepsi não tem nenhum. Impressionante, hein? E o computador e o chocolate? Estes dispensam comentários. Os vícios alimentares conhecemos aos montes, principalmente daqueles alimentos carregados com sal e açúcar. Sal é cloreto de sódio. E o açúcar que vicia é aquele extraído da cana. Algumas músicas também causam dependência. Recentemente, testemunhei a popularização de uma droga musical chamada "créeeeeeu". Ficou todo o mundo viciadinho, principalmente quando o ritmo atingia a velocidade... cinco. Nesta altura, você pode estar pensando: sexo vicia e não começa com a letra C. Pois você está redondamente enganado. Sexo não tem esta qualidade porque denota simplesmente a conformação orgânica que permite distinguir o homem da mulher. O que vicia é o "ato sexual", e este é denominado coito. Pois é. Coincidências ou não, tudo que vicia começa com cê. Mas atenção: nem tudo que começa com cê vicia. Se fosse assim, estaríamos salvos pois a humanidade seria viciada em Cultura..."
Foto de NA, facebook.

De: - LUIZ FERNANDO VERÍSSIMO


"Tudo que vicia começa com C. Por alguma razão que ainda desconheço, minha mente foi tomada por uma ideia um tanto sinistra: vícios. Refleti sobre todos os vícios que corrompem a humanidade. Pensei, pensei e, de repente, um insight: tudo que vicia começa com a letra C! De drogas leves a pesadas, bebidas, comidas ou diversões, percebi que todo vício curiosamente iniciava com cê. Inicialmente, lembrei do cigarro que causa mais dependência que muita droga pesada. Cigarro vicia e começa com a letra c. Depois, lembrei das drogas pesadas: cocaína, crack e maconha. Vale lembrar que maconha é apenas o apelido da cannabis sativa que também começa com cê. Entre as bebidas super populares há a cachaça, a cerveja e o café. Os gaúchos até abrem mão do vício matinal do café mas não deixam de tomar seu chimarrão que também - adivinha - começa com a letra c. Refletindo sobre este padrão, cheguei à resposta da questão que por anos atormentou minha vida: por que a Coca-Cola vicia e a Pepsi não? Tendo fórmulas e sabores praticamente idênticos, deveria haver alguma explicação para este fenômeno. Naquele dia, meu insight finalmente revelara a resposta. É que a Coca tem dois cês no nome enquanto a Pepsi não tem nenhum. Impressionante, hein? E o computador e o chocolate? Estes dispensam comentários. Os vícios alimentares conhecemos aos montes, principalmente daqueles alimentos carregados com sal e açúcar. Sal é cloreto de sódio. E o açúcar que vicia é aquele extraído da cana. Algumas músicas também causam dependência. Recentemente, testemunhei a popularização de uma droga musical chamada "créeeeeeu". Ficou todo o mundo viciadinho, principalmente quando o ritmo atingia a velocidade... cinco. Nesta altura, você pode estar pensando: sexo vicia e não começa com a letra C. Pois você está redondamente enganado. Sexo não tem esta qualidade porque denota simplesmente a conformação orgânica que permite distinguir o homem da mulher. O que vicia é o "ato sexual", e este é denominado coito. Pois é. Coincidências ou não, tudo que vicia começa com cê. Mas atenção: nem tudo que começa com cê vicia. Se fosse assim, estaríamos salvos pois a humanidade seria viciada em Cultura..."

É assim que te quero, amor,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és.
Chegastes à minha vida
com o que trazias,
feita
de luz e pão e sombra, eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo,
e os que amanhã quiserem ouvir
o que não lhes direi, que o leiam aqui
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
Amanhã dar-lhes-emos apenas
uma folha da árvore do nosso amor, uma folha
que há-de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nosso lábios,
como um beijo caído
das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternura
de um amor verdadeiro.

PABLO NERUDA

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

LEIDE CÂMARA A MAIS NOVA INTEGRANTE DA ANRL

Leide Câmara foi eleita no final da tarde de hoje para a Academia Norte-Rio-Grandense de Letras - ANRL. Leide concorreu com Naide Gouveia  à vaga da Cadeira  31, que tem como patrono Padre Francisco de Brito Guerra, sendo o fundador da cadeira o escritor José Melquíades de Macedo e como primeiro sucessor Pedro Vicente Costa Sobrinho.
Com a presença de Leide Câmara, a Academia Norte-Rio-Grandense de Letras  passa a ter no momento 8 mulheres em suas fileiras, ao longo de sua história. São elas:
Carolina Wanderley,  Palmira Wanderley,  Maria Eugênia Montenegro,  América Fernandes Rosado Maia, (falecidas) e atualmente  Anna Maria Cascudo Barreto, Sônia Maria Fernandes Ferreira, Diva Maria Cunha de Macedo e Leide Câmara.
 Para saber mais sobre a nova imortal acesse:

Sem agência bancária cidade do Piauí cria banco local e moeda própria

Banco movimenta R$ 25 milhões em São João do Arraial, diz coordenador.

Piauí tem 68 cidades sem dependências bancárias, segundo o BC.

Catarina CostaDo G1 PI, em São João do Arraial

Comerciante destaca preferência pelo cocal ao invés do real (Foto: Catarina Costa/G1)Comerciante destaca preferência pelo cocal ao invés do real (Foto: Catarina Costa/G1)
Isolada dos maiores centros comerciais do Piauí, a cidade de São João do Arraial, a 253 km de Teresina, criou um banco local para contornar a falta de serviços bancários. Criado em dezembro de 2007, o "Banco dos Cocais" possibilitou o desenvolvimento econômico da região com a circulação de uma moeda própria, o "cocal".
Dados do Banco Central mostram que, dos aproximadamente 5,6 mil municípios brasileiros, 233 (68 deles no Piauí) não contam com dependências bancárias, ou seja, não têm nem mesmo lotéricas, caixas eletrônicos ou postos de atendimento. No caso das agências bancárias, 1.900 municípios do país não oferecem o serviço. O G1 esteve em cidades de três estados para mostrar as dificuldades dos moradores que sofrem com a ausência de serviços bancários. Além de São João do Arraial, repórteres do G1 foram a Lagoa de Velhos (RN) e Oliveira de Fátima (TO).
Emancipado em 1996 de Matias Olímpio, São João do Arraial não possuía agência bancária, o que obrigava os moradores a se deslocar até Esperantina, Região Norte do estado, a 20 km de distância. "Era difícil para se locomover, pagar uma conta e receber o pagamento. Sempre ficávamos dependendo de ir a outra cidade até mesmo para comprar roupa e alimentação, já que o comércio aqui era escasso", diz a moradora Maria Antônia.
Quando assumiu o cargo em 2005, o ex-prefeito Francisco das Chagas Lima disse que viu a necessidade de aumentar a circulação de dinheiro na cidade. Após consultar os moradores, a prefeitura constatou que a maioria das mercadorias consumidas era comprada e produzida fora da região, já que não havia bancos no município.
Ex-prefeito destaca importância da moeda para a cidade (Foto: Ellyo Teixeira/G1)Ex-prefeito destaca importância da moeda para a
cidade (Foto: Ellyo Teixeira/G1)
"Nessa pesquisa nós percebemos também que as pessoas necessitavam de pouco capital e isso não era interessante para os grandes bancos. Criamos primeiramente um Fundo Municipal de Apoio a Economia Solidária para arrecadar 40% da receita monetária, gerando em torno de R$ 20 mil. Em seguida, tomei conhecimento do Banco de Palmas (CE), primeira agência comunitária do país. Levei a ideia à população de São João do Arraial e, em dezembro de 2007, inauguramos o Banco dos Cocais e a moeda local", explicou.
Dinheiro começou a ser distribuído em dezembro de 2007 (Foto: Catarina Costa/G1)Dinheiro começou a ser distribuído em dezembro
de 2007 (Foto: Catarina Costa/G1)
O banco é de responsabilidade da sociedade civil, mas a prefeitura e entidades locais fazem parte do Conselho. Além da distribuição da moeda, a instituição funciona para pagar os servidores da região, arrecadar taxas públicas, como de água e energia, e distribuir benefícios como o Bolsa Família.  "Ele hoje tem reconhecimento do Banco Central, desde que circule o dinheiro somente naquela cidade. As notas distribuídas vão de C$ 0,50 a C$ 20", comentou Lima.
De acordo com a prefeitura, o crescimento da economia do município coincide com a entrada em circulação do Cocal. Somente nos dois primeiros anos de implantação da nova moeda no mercado, o banco comunitário movimentou R$ 3 milhões em cocais, o que representa 25% dos R$ 12 milhões que foram movimentados em todo o município.
O coordenador do Banco Comunitário dos Cocais, Mauro Rodrigues, destaca que, além do aumento na renda da cidade, a implantação da moeda ajudou na geração de trabalho e facilitou a vida dos moradores.
Para coordenador do Banco de Cocais, moeda local fez diferença para população (Foto: Catarina Costa/G1)Para o coordenador do Banco de Cocais, moeda
fez diferença na cidade (Foto: Catarina Costa/G1)
"Hoje percebemos a movimentação de dinheiro na cidade e isso faz diferença para o comércio local, para a população. Outro fator importante é o investimento feito pela instituição nos setores produtivos, especialmente com a liberação de microcrédito para a promoção de pequenos negócios. Hoje temos a certeza de pelo menos C$ 25 milhões circulando em São João do Arraial", explicou o coordenador.
Hoje temos a certeza de pelo menos C$ 25 milhões circulando em São João do Arraial"
coordenador do Banco de Cocais, Mauro Rodrigues
Mauro Rodrigues lembra que, além de implantar o banco e a nova moeda, a Câmara de Vereadores aprovou na época uma lei estabelecendo que 25% dos servidores públicos do município recebessem seus salários em cocais. A medida foi proposta para evitar que servidores concursados, que vieram de outros municípios, gastassem seus vencimentos fora da cidade. Quem quiser trocar o cocal por real basta direciona-se ao banco.
Segundo o atual prefeito, Adriano Ramos, atualmente 25 milhões em cocais circulam emSão João do Arraial, o que equivale a mesma quantia em real. Mesmo com instalação de uma Lotérica, de outros correspondentes bancários e surgimento de pontos comerciais que aceitam cartão de crédito, o cocal continua sendo a moeda mais utilizada na cidade, e todos os estabelecimento o aceitam.
São João do Arraial adotou moeda própria para desenvolvimento da cidade (Foto: Catarina Costa/G1)São João do Arraial adotou moeda própria para
desenvolvimento da cidade (Foto: Catarina Costa/G1)
"O Banco de Cocais estimula a economia solidária e segura o dinheiro no município. Por conta dessas e outras vantagens vamos continuar utilizando o cocal, é um benefício que atinge a todos. Além disso, a instituição ajuda a arrecadar dinheiro da receita da prefeitura para o Fundo Municipal de Apoio a Economia Solidária, que é usado como microcrédito", declarou o prefeito.
A comerciante Giseia Maria dos Santos, proprietária de uma padaria local, contou que no início a moeda chegou a ser rejeitada por receio, mas, com o passar do tempo, percebeu a melhoria no comércio. "Muitos desconfiavam da ideia, mas, após insistência e ver que era para o desenvolvimento da cidade, acabaram aceitando. É bom trabalhar com o cocal, saber que isso movimenta a renda local e beneficiou todo mundo, especialmente nós comerciantes", lembrou.
Outro que comemora a circulação da moeda é Jean Santana. Dono de um pequeno armarinho, ele destacou não ter diferença entre real e cocal, e que prefere receber o dinheiro local por questão de segurança. "Como só tem valor aqui em São João do Arraial, o número de assaltos aos estabelecimentos é quase escasso", destacou.

O crescimento econômico contribuiu também para a abertura de novos pontos comerciais, como a instalação da loja de uma das maiores redes de departamento do Nordeste. O gerente Antônio Carlos conta que o cocal nunca gerou problema nas vendas e que a empresa já sabia do uso da moeda quando decidiu implantar o empreendimento na cidade.
Criação do Banco dos Cocais foi fundamental para circulação do dinheiro (Foto: Catarina Costa/G1)Criação do Banco dos Cocais foi fundamental
para circulação de renda (Foto: Catarina Costa)
O cocal
A moeda tem o mesmo valor do real, mas com maior poder de compra graças aos descontos oferecidos em todos os estabelecimentos comerciais do município. Se um produto custa R$ 10, pagando com a moeda social, custará C$ 9. O desconto é possível porque, para cada cocal emitido, há um lastro de um real garantido pela organização financeira comunitária.
As cédulas são estampadas com ícones da cultura e economia local, além possuir um selo que dificulta a sua falsificação. De acordo com o coordenador Mauro Rodrigues, o banco tem o custo de R$ 0,15 por moeda fabricada, além de arcar com o transporte desde Fortaleza, onde está a gráfica de confiança do Instituto Palmas, gestor e certificador de bancos comunitários no Brasil, e responsável pela impressão das notas.
"Hoje, para emitir dez mil cédulas, o custo chega a ser de R$ 5 mil. É um recurso bastante caro. Se a moeda fosse fabricada pela Casa da Moeda, nós teríamos redução dos custos, o material seria de maior qualidade. Caso tivéssemos este apoio, teríamos um avanço gigantesco tanto do ponto de vista institucional como financeiro", acrescentou Mauro.

Soidariedade - Show reverterá renda para tratamento de José Valdi


Será realizado sexta-feira (28), em Assú, ‘show musical, poetas e cantadores’, que terá toda a renda revertida para o tratamento de saúde do engenheiro agrônomo, músico e compositor José Valdi. 

O evento acontecerá no Oásis Balneário, a partir das 21 horas. 

Para quem ainda não sabe nos últimos dias de 2013 o engenheiro agrônomo e ex-presidente do PT/Assú, José Valdi, foi acometido por um problema de saúde. Ele está em Natal se submetendo a um dispendioso e intensivo tratamento para combater um 'tumor' detectado em sua cabeça. 

Todos os artistas que se apresentarão no show doarão integralmente os seus cachês.
Postado por Rabiscos do Samuel.
Rio Piranhas/Açu. Cheia de 1974, de "barreira a barreira".

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

EX-PREFEITO DO ASSU


JOÃO BATISTA LACERDA MONTENEGRO, na intimidade BATISTA MONTENEGRO (foto), nascido na comunidade Rural do Rosário (Assu), hoje do município de Carnaubais, no dia 10 de março de 1935, filho do casal Manuel Pessoa Montenegro e dona Marieta Lacerda Montenegro, baseado em seus próprios escritos (do próprio punho), meses antes de falecer, Batista Montenegro, sintetizou um pouco de sua vida, começando pela sua origem, e também pelos seus estudos, dizendo que:
“Iniciei meus estudos aqui em Assu, com Dona Madalena e Maroquinha, indo logo em seguida para Natal, onde fiz o primário no Ginásio Sete de Setembro, daí fui estudar interno para fazer exame de admissão no ginásio no Colégio Salesiano na cidade do Recife, depois continuei a estudar no Salesiano, mas externo na casa do meu cunhado Brigadeiro Samuel Gomes, falecido há 60 dias no Rio de Janeiro a quem aproveito para fazer-lhe uma homenagem pelo trabalho que juntamente com o meu pai e outros colegas tantos serviços prestaram ao povo de Assu, na epidemia do impaludismo no meu entender o maior serviço que meu pai prestou ao povo de minha terra. Em seguida, Samuel transferido para o Rio de janeiro, fui morar com meu outro cunhado Dr. Manoel Montenegro Junior a quem devo a complementação de minha formação cívica e moral seguindo e vendo a sua conduta e procedimento durante 8 (oito) anos que com ele morei, concluindo aí os cursos ginasial e científico e de administração privada. Em seguida fiz o vestibular para medicina exatamente quando papai faleceu e vim para o Assu onde estou até hoje”.
VIDA PÚBLICA: 

Nos seus escritos, Batista Montenegro apenas deixa tópicos de como foi sua campanha, restringindo-se tão somente em dizer que sua candidatura surgiu do entendimento de amigos, do extinto MDB (Movimento Democrático Brasileiro), em cuja campanha chegou à vitória sendo Prefeito Municipal do Assu no período de 1969 a 1972 tendo sucedido a ex- Prefeita Maria Olímpia Neves de Oliveira (Maroquinha). Fala também da sua infância citando o seu clube preferido Botafogo, do Rio de Janeiro.
Da lista de amigos destacou: Neco, Pacó, Zezito, João de Maria Bencedinho, Douglas, Maninho de Ximenes, Albertino, Junior de Anderson, Zé Ximenes- Aléxis, Detonho, Coca, Zé de Giseuda, Nilo, Dr. Ezequiel, Batista de Eduardo e Papaichina, entre outros.
        
Falando de sua administração, citou nominalmente os nomes dos seus auxiliares: João Marcolino de Vasconcelos (LOU), João de Oliveira Fonseca, Francisco Guilherme, Albany Fernandes da Penha, Cornélia Dantas e Totó. Diz de suas dificuldades para governar e relata a valorização do servidor com a escolha do funcionário do ano tendo sido escolhido o Pinheiro (Ivo Pinheiro de Macedo, de saudosa memória). Fala ainda da perseguição política, da posição da Câmara Municipal radicalmente contra o seu governo, sem contar com a ajuda do Governo, diz da intervenção sofrida no seu Governo: Diz também que não perseguiu ninguém fazendo um governo sem ódio e sem rancor. Conclui dizendo ter se aproximado de todos pela conquista e pelos atos.
OBRAS REALIZADAS:
João Batista Montenegro em seus escritos fala de obras que foram realizadas no seu governo enumerando algumas como: Torre da TV na época para a Copa do Mundo (1970); Açude do Riacho; Central de Telefone na cidade; Telefone nas comunidades Rurais de: Olho D‘água, Banguê, Bela Vista, Simão, Trapiá, Boa Vista, perfuração de poços, recuperação e construção de estradas. Calçamento, Escolas, implantação do MOBRAL, Restauração do Matadouro, compra e ambulância, transportes para carne e para a coleta do lixo, Praça Francisco Amorim, criação da Biblioteca Palmério Filho, convênio com a Fundação SESP, dava assistência em Natal, Mossoró e Areia Branca a todos que necessitavam de tratamento médico nestas cidades. No esporte “Fiz do Assu campeão Estadual de Futebol de Salão”. Relata que incentivou o futebol de poeira, recuperação e iluminação da quadra de esporte do Centro Regional de Escoteiros do Assu, inclusive na fábrica de vassoura, citando ainda muitas outras obras que foram realizadas no seu governo.
JOÃO BATISTA MONTENEGRO deixou três filhos: Manuel Pessoa Montenegro Neto, Roberta Montenegro e Daniela Montenegro. (Fragmentos do JORNAL DO VALE).
Notas do Blog: São de autoria da Professora Sinhazinha Wanderley a letra e música do Hino do Assu. O então Prefeito João Batista Lacerda Montenegro oficializou. A Bandeira e o Brasão da Cidade, desenhos de João Marcolino de Vasconcelos (Dr. Lou) foi sancionado pelo Prefeito através da Lei no. 06/69. A administração de João Batista foi iniciada em 1o de fevereiro de 1969 até 1972.
1968 Eleições Municipais – O Ex-prefeito Arcelino Costa Leitão com sua mulher e prefeita Maria Olímpia Neves de Oliveira – Maroquinha romperam com o líder Olavo Montenegro para se aliarem a Edgard Montenegro sob sua liderança que, teve de apoiá-lo (Costa) como candidato a prefeito. Desta vez, pelo partido da Aliança Renovadora Nacional – Arena Vermelha, contra João Batista Lacerda Montenegro da Arena Verde, como era chamada no Rio Grande do Norte o único partido então existente no Brasil. Batista ganhou por apenas 26 votos. 
1969/72 – Assume no dia 01 de fevereiro de 1969, como o décimo Prefeito do Município do Assu, o Sr. João Batista Lacerda Montenegro, tendo como vice-prefeito eleito pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA), o Sr. Sebastião Alves Martins. (Lima, 2001; 82).

    A gestão de João Batista amargou uma intervenção durante vários meses. Inocentado das acusações, voltou ao poder para concluir o seu mandato. Foi nomeado interventor o Capitão Tavares da Polícia Militar. (Caldas, 1998, 25).
        A Câmara Municipal era composta por 10 vereadores: Maria Glória Ferreira Pessoa, Elias Moreira, Pedro Borges de Andrade, Ormando Machado, Luiz Tavares Cavalcante, Joaquim Siqueira Furtado, José Dijon de Oliveira, Francisco Batista de Souza, João Marcolino de Vasconcelos e Arnaud Abreu. (História da Câmara do Assu – Auriceia Lima, 2001).

UMA ANTIGA FEIRA NO SERTÃO

Publicado em 22/02/2014

???????????????????????????????Estas duas interessantes fotos mostram uma típica feira, em uma pequena cidade brasileira. Com uma ótima qualidade visual, ótima cor, resolução. Sei apenas que as fotos foram feitas na década de 1940. Da localização também nada sei, mas que é um interessante registro daquele que era o momento social e econômico mais ativo e intenso das pequenas comunidades brasileiras na época.
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PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...