domingo, 22 de março de 2015
George Soares propõe ao Governo Política Estadual de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar
Revelando perfeita sintonia com as demandas e necessidades da Agricultura Familiar no estado do RN, o deputado estadual George Soares (PR) apresentou requerimento esta semana na Assembleia Legislativa, pleiteando ao Governo do Estado e à EMATER/RN que se institua em lei a Política Estadual de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar - PEAF.
Segundo a proposição do parlamentar republicano, a PEAF tem como finalidade abastecer o estoque alimentar das escolas, estabelecimentos, autarquias, empresas públicas, restaurantes populares, unidades de saúde, programas do governo, ações de segurança alimentar/nutricional com produtos oriundos em porcentagem e de acordo com as safras da agricultura familiar produzida no estado.
"Hoje apenas 20% dessa demanda é atendida pelo Programa de Aquisição de Alimentos gerenciado pela EMATER. Nossa intenção é que pelo menos 50% desses produtos que o governo utiliza diariamente sejam obtidos da produção dos agricultores familiares do nosso Estado. Isso iria motivar os produtores rurais, aumentar a área de cultivo das lavouras e aquecer a economia das cooperativas de Agricultura Familiar de todo o RN. Temos o projeto elaborado e pretendemos, a título de contribuição do nosso mandato, formalizar esta sugestão ao governador Robinson Faria”, reiterou o deputado George Soares.
Assessoria de Imprensa do Deputado Estadual George Soares
ASSUENSES DAS ANTIGAS
Meus avós maternos chamados Maria Celeste e Fernando Tavares. Ambos tinham um parentesco familiar especial: eram primos-carnais ou primos-irmãos. Tiveram 22 filhos. Ele, meu avô, era comerciante e pecuarista em Assu/RN (comprava e vendia algodão e cera de carnaúba, dois produtos de grande valor econômico há muitos anos atrás), minha avó, administradora do lar, ou, de prendas domésticas como as mulheres de antigamente. Uma união feliz, respeitável, pena que não fora muito duradoura. Foram unidos até na morte, pois morreram juntos, voando, vitimados pela fatalidade a mais crua, num desastre aviatório do rio do Sal, em Aracaju/SE, no dia 12 de julho de 1951. Fica o registro.
Fernando Caldas
sábado, 21 de março de 2015
O TEMPO PASSA E A AMIZADE PERMANECE
A vida é efêmera e o tempo passa rápido mas amizade permanece preservada com o passar dos dias entre estas duas criaturas:Ronaldo da Fonseca Soares e Abelardo Rodrigues Filho construíram uma trajetória Politica das mais resistentes no Vale do Açu.
Ambos assumiram a prefeitura de seus municípios em 1º de janeiro de 1983, para o exercício em que foram eleitos pela 1ª vez.
Ronaldo prefeito do Assu, repetiu essa façanha três vezes no comando do executivo da terra atualmente governada por Ivan Júnior. Elegeu-se tres vezes deputado estadual, suspendeu as chuteiras, deixando de disputar o voto popular, missão que transferiu para o filho George Soares que segue trajetória do pai e do avô Edgar Montenegro com dois mandatos consecutivos na assembleia legislativa.
Abelardo prefeito 5 vezes prefeito da sua amada e querida cidade de Alto do Rodrigues, ainda tem muita lenha pra queimar aquecendo a temperatura politica do grupo que lhe dá sustentação e apoia sua reeleição.
Neste diapasão cotidiano Ronaldo receberá logo mais na república do Pataxó a visita do amigo de longas datas para um dedinho de prosa e finalmente botar em dia as boas lembranças por eles vivenciadas.
Postado por Aluizio Lacerda
GEORGE SOARES PEDE A SENADORA FÁTIMA BEZERRA UM IFRN PARA A CIDADE DE JUCURUTU
O deputado estadual George Soares (PR) apresentou requerimento esta semana na Assembleia Legislativa do RN, pedindo que a senadora Fátima Bezerra (PT) inclua o municipio de Jucurutu no Programa do Governo Federal e do Ministério da Educação que beneficia as cidades do país com uma unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFRN.
“Jucurutu é um município de grande demanda estudantil. O IFRN na cidade iria beneficiar centenas de alunos levando mais oferta de educação profissional e tecnológica de qualidade. O municipio fica em uma região estratégica e um Instituto Federal atenderia as demandas estudantis do Seridó, Vale do Açu e parte do Oeste potiguar.” Comentou o deputado George Soares.
Assessoria de Imprensa do Deputado Estadual George Soares
Quanto mais alta a sensibilidade, e mais sutil a capacidade de sentir, tanto mais absurdamente vibra e estremece com as pequenas coisas. É preciso uma prodigiosa inteligência para ter angústia ante um dia escuro. A humanidade, que é pouco sensível, não se angustia com o tempo, porque faz sempre tempo; não sente a chuva senão quando lhe cai em cima.
Fernando Pessoa - Livro do Desassossego
Da linha do tempo/face de TM
sexta-feira, 20 de março de 2015
Ministro ouve servidores e apresenta diretrizes para a negociação
Nelson Barbosa diz que limite para o reajuste é a relação com PIB e o quanto de recursos a sociedade tem disponível
O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, recebeu hoje em Brasília os representantes de 41 entidades representativas dos servidores públicos federais e de oito centrais sindicais.
A reunião marcou o início do processo de negociação para a definição dos reajustes do conjunto do funcionalismo, que serão implementados a partir de 2016. Também serviu para a definição de um calendário de negociações, entre os meses de maio e julho – o mês de abril será reservado para o governo fazer os ajustes decorrentes do atraso na aprovação do Orçamento Geral da União.
Foto: Guilherme Araújo
Durante as duas horas e meia de duração da reunião, cerca uma hora e 50 minutos foram dedicados a ouvir e anotar as reivindicações dos sindicalistas. Sucederam-se ao microfone 25 dirigentes representando 41 entidades e associações de servidores, e as oito principais centrais sindicais do país, entre elas a CUT e a CSP-Conlutas.
“O diálogo começa agora, ouvimos as várias demandas, algumas justificadas, outras que precisam ser bem analisadas. Mas, como qualquer demanda, há um ponto em comum: é preciso caber no Orçamento Geral da União”, explicou o ministro. “Dessa forma, é preciso estabelecer prioridades e isso vamos fazer”.
“O diálogo começa agora, ouvimos as várias demandas, algumas justificadas, outras que precisam ser bem analisadas. Mas, como qualquer demanda, há um ponto em comum: é preciso caber no Orçamento Geral da União”, explicou o ministro. “Dessa forma, é preciso estabelecer prioridades e isso vamos fazer”.
Nelson Barbosa deixou claro que a negociação será baseada em três premissas:
1. O processo, centralizado no Ministério do Planejamento, será coordenado pelo secretário de Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, em articulação com as demais secretarias e ministérios.
2. O governo deseja fazer um acordo por mais de um ano, para que haja previsibilidade para todos os envolvidos.
3. Será mantida a diretriz dos anos anteriores, de promover redução gradual do gasto com a folha de pagamento em relação ao PIB (Produto Interno Bruto).
2. O governo deseja fazer um acordo por mais de um ano, para que haja previsibilidade para todos os envolvidos.
3. Será mantida a diretriz dos anos anteriores, de promover redução gradual do gasto com a folha de pagamento em relação ao PIB (Produto Interno Bruto).
O gasto em relação ao PIB, conforme mostrou o ministro, vinha caindo desde 2003. Representava cerca de 4,8% do PIB em 2002 e foi de 4,2% em 2013. Mas no ano passado voltou a aumentar, atingindo o percentual de 4,3%.
O esforço para que ocorra a redução gradual preconizada envolve também recuperar o crescimento do PIB, que desacelerou. “É a evolução da economia que determinará o espaço fiscal que a sociedade brasileira tem para pagar seu funcionalismo. Trabalhamos para recuperar o crescimento da economia o mais rapidamente possível, para assim reduzir o peso da folha de pagamento no Orçamento”, pontuou.
PROPOSTA SINDICAL É DE 1% DO PIB
A proposta apresentada pelos sindicalistas, de reajuste de 27,3%, equivale, segundo o ministro, a mais de 1% do PIB. “Não há espaço fiscal para atender de imediato”, assegurou Barbosa. “O reajuste dependerá da capacidade de crescimento da economia, de quanto a sociedade brasileira tem de recursos disponíveis para pagar seu funcionalismo”.
O ministro lembrou que a despesa com o funcionalismo é segunda maior da União (após a Previdência), envolve mais de um milhão de servidores de diversas categorias e diferentes níveis técnicos. E que é composta não apenas de salário. Depende, também, do crescimento vegetativo da folha (valor que é acrescido todos os anos pela promoção e progressão dos servidores dentro da carreira) e da realização de novos concursos para repor a força de trabalho.
“Temos essas três demandas competindo entre si. A vegetativa não é uma que compete, mas temos de adequar com o ritmo de contratação de novos funcionários e o quanto podemos dar de reajuste salarial”.
GANHOS REAIS
O secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público, Sérgio Mendonça, destacou, na fala aos sindicalistas, que o reajuste de 27,3% pedido agora leva em conta apenas um período mais recente, sem considerar o período dos governos anteriores, quando houve ganho real.
“Estou ciente de que temos que olhar o futuro. E vamos, realmente, negociar o daqui pra frente. Mas não podemos ignorar a política salarial que vem sendo praticada desde 2003, nem desconsiderar que nesse período houve ganho real de salários”, pontuou o secretário.
Num breve resumo, ele lembrou que o processo de negociação entre 2003 – quando foi formalizada a Mesa Nacional de Negociação Permanente – e 2014, resultou na assinatura de 119 termos de acordo.
E nesse período, não apenas foi mantido o poder aquisitivo, como houve crescimento real da remuneração do conjunto dos servidores públicos federais. Todos eles, ativos e aposentados, tiveram ganhos reais, acima da inflação.
Enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA medido pelo IBGE registrou o índice de 99% no período 2003/2014, as despesas de pessoal no Poder Executivo Civil tiveram incremento médio de 46% em termos reais (descontada a inflação do período).
http://www.servidor.gov.br/
Apaixonei-me assim,
muito antes do tudo,
muito além do depois.
Apaixonei-me
pelos teus erros,
descobri no teu sorriso,
e nos versejos da tua voz,
a alegria exposta
do teu olhar esquivo.
Apaixonei-me assim,
pelas tuas verdades,
pelas tuas intenções.
E amei tudo o que és,
e ainda hoje,
eu te tenho em mim guardado,
numa gaveta fechado
com forro de sonhos
e cadeado de ilusões.
muito antes do tudo,
muito além do depois.
Apaixonei-me
pelos teus erros,
descobri no teu sorriso,
e nos versejos da tua voz,
a alegria exposta
do teu olhar esquivo.
Apaixonei-me assim,
pelas tuas verdades,
pelas tuas intenções.
E amei tudo o que és,
e ainda hoje,
eu te tenho em mim guardado,
numa gaveta fechado
com forro de sonhos
e cadeado de ilusões.
Cristina Costa, poetisa portuguesa, de Portimão
Mujica recebe Leonardo Boff em sua Chácara
“Precisamos de uma cultura alternativa à cultura do capital. Ela não pode nos dar felicidade, pois, na ânsia de acumular, não nos sobra tempo para viver”. Para Leonardo Boff, conversa de quase 2 horas na casa de Mujica foi 'uma experiência de choque'. Confira o relato completo
Pepe Mujica em sua chácara, nos arredores de Montevidéu
Leonardo Boff*
Participando de um congresso iberoamericano sobre Medicina Familiar e Comunitária, realizado em Montevidéu entre os dias 18 a 22 de março, tive a oportunidade sempre desejada de um encontro com o ex-presidente do Uruguai José Mujica. Finalmente foi possível no dia 17 de março por volta das 16:00 horas. Tal encontro deu-se em sua Chácara, nos arredores da capital Montevidéu.
Encontramos uma pessoa que vendo-a e ouvindo-a somos imediatamente remetidos a figuras clássicas do passado, como Leon Tolstói, Mahatma Gandhi e até com Francisco de Assis. Aí estava ele com sua camisa suada e rasgada pelo trabalho no campo, com uma calça de esporte muito usada e sandálias rudes, deixando ver uns pés empoeirados como quem vem da faina da terra.
Vive numa casa humilde e ao lado, o velho fusca que não anda mais que 70 km a hora. Já lhe ofereceram um milhão de dólares por ele; rejeitou a oferta por respeito ao velho carro que diariamente o levava ao palácio presidencial e por consideração do amigo que lho havia dado de presente.
Rejeita que o considerem pobre. Diz: “não sou pobre, porque tenho tudo o que preciso para viver; pobre não é não ter; é estar fora da comunidade; e eu não estou”.
Pertenceu à resistência à ditadura militar. Viveu na prisão por treze anos e por um bom tempo dentro de um poço, coisa que lhe deixou sequelas até os dias de hoje. Mas nunca fala disso, nem mostra o mínimo ressentimento. Comenta que a vida lhe fez passar por muitas situações difíceis; mas todas eram boas para lhe dar sábias lições e por e fazê-lo crescer.
Conversamos por mais de uma hora e meia. Começamos com a situação do Brasil e, em geral da América Latina. Mostrou-se muito solidário com Dilma especialmente em sua determinação de cobrar investigação rigorosa e punição adequada aos corruptos e corruptores do caso penoso da Petrobras. Não deixou de assinalar que há uma política orquestrada a partir dos Estados Unidos de desestabilizar governos que tentam realizar um projeto autônomo de país.
Isso está ocorrendo no Norte da África e pode estar em curso também na América Latina e no Brasil. Sempre em articulação com os setores mais abastados e poderosos de dentro do país que temem mudanças sociais que lhes podem ameaçar os privilégios históricos.
Mas a grande conversa foi sobre a situação do sistema-vida e do sistema-Terra. Aí me dei conta do horizonte vasto de sua visão de mundo.
Enfatizava que a questão axial hoje não reside na preocupação pelo Uruguai, seu país, nem por nosso continente latino-americano, mas pelo destino de nosso planeta e do futuro de nossa civilização. Dizia, entre meditativo e preocupado, que talvez tenhamos que assistir a grandes catástrofes até que os chefes de Estado se deem conta da gravidade de nossa situação como espécie e tomar medidas salvadoras. Caso contrário, vamos ao encontro de uma
tragédia ecológico-social inimaginável.
tragédia ecológico-social inimaginável.
O triste, comentava Mujica, é perceber que entre os chefes de Estado, especialmente, das grandes potências econômicas, não se verifica nenhuma preocupação em criar uma gestão plural e global do planeta Terra, já que os problemas são planetários. Cada país prefere defender seus direitos particulares, sem dar-se conta das ameaças gerais que pesam sobre a totalidade de nosso destino.
Mas o ponto alto da conversa, sobre o qual pretendo voltar, foi sobre a urgência de criarmos uma cultura alternativa à dominante, a cultura do capital. De pouco vale, sublinhava, trocarmos de modo de produção, de distribuição e de consumo se ainda mantemos os hábitos e ‘valores’ vividos e proclamados pela cultura do capital. Esta aprisionou toda a humanidade com a ideia de que precisamos crescer de forma ilimitada e de buscar um bem estar material sem fim. Esta cultura opõe ricos e pobres. E induz os pobres a buscarem ser como os ricos. Agiliza todos os meios para que se façam consumidores. Quanto mais são inseridos no consumo mais demandas fazem, porque o desejo induzido é ilimitado e nunca sacia o ser humano. A pretensa felicidade prometida se esvai numa grande insatisfação e vazio existencial.
A cultura do capital, acentuava Mujica, não pode nos dar felicidade, porque nos ocupa totalmente, na ânsia de acumular e de crescer, não nos deixando tempo de vida para simplesmente viver, celebrar a convivência com outros e nos sentir inseridos na natureza. Essa cultura é anti-vida e anti-natureza, devastada pela voracidade produtivista e consumista.
Importa viver o que pensamos, caso contrário, pensamos como vivemos: a espiral infernal do consumo incessante. Impõe-se a simplicidade voluntária, a sobriedade compartida e a comunhão com as pessoas e com toda a realidade. É difícil, constatava Mujica, construir as bases para esta cultura humanitária e amiga da vida. Mas temos que começar por nós mesmos.
Eu comentei: ‘o Sr. nos oferece um vivo exemplo de que isso é possível e está no âmbito das virtualidades humanas’.
No final, abraçando-nos fortemente, lhe comentei: ‘digo com sinceridade e com humildade: vejo que há duas pessoas no mundo que me inspiram e me dão esperança: o Papa Francisco e Pepe Mujica’. Nada disse. Olhou-me profundamente e vi que seus olhos se emudeceram de emoção.
Saí do encontro como quem viveu um choque existencial benfazejo: me confirmou naquilo que com tantos outros pensamos e procuramos viver. E agradeci a Deus por nos ter dado um pessoa com tanto carisma, tanta simplicidade, tanta inteireza e tanta irradiação de vida e de amor.
*Leonardo Boff é filósofo, teólogo e escritor. Edição: Pragmatismo Político
http://www.pragmatismopolitico.com.br/CULTURA:
Aconteceu ontem (17), durante a realização do II Seminário Educação do Campo, promovido pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), o lançamento do documentário ‘Mulheres da Lama’.
A produção do documentário é dos estudantes do curso de licenciatura Educação do Campo, Francisco Bezerra e Chagas Santos, sob a coordenação do professor Luiz Gomes. No filme é retratada a vida dentro do mangue de dona Terezinha de Jesus, uma senhora de 82 anos, que passou a vida dela catando mariscos em Porto do Mangue.
Produzido de forma artesanal, o documentário com 30 minutos de duração, surgiu a partir da elaboração de um artigo científico.
Presente na sessão de estreia, a protagonista do filme ‘Mulheres da Lama’, dona Terezinha de Jesus, aprovou e gostou de se ver no filme. “Achei muito bonito”, afirmou. Ela trabalha diariamente desde 1950 no manguezal do rio das Conchas, em Porto do Mangue, e de lá tira o sustento de toda a família.
A marisqueira revelou que acorda de madrugada, por volta das 3h, atravessa o rio sozinha, remando uma canoa para catar búzios, que é a fonte de renda e de alimento de toda a família.
No final da sessão de estreia, a protagonista do documentário recebeu das mãos do reitor José de Arimatea e do diretor do filme, Francisco Bezerra, uma comenda relativa ao lançamento da peça audiovisual.
Produzido de forma artesanal, o documentário com 30 minutos de duração, surgiu a partir da elaboração de um artigo científico.
Presente na sessão de estreia, a protagonista do filme ‘Mulheres da Lama’, dona Terezinha de Jesus, aprovou e gostou de se ver no filme. “Achei muito bonito”, afirmou. Ela trabalha diariamente desde 1950 no manguezal do rio das Conchas, em Porto do Mangue, e de lá tira o sustento de toda a família.
A marisqueira revelou que acorda de madrugada, por volta das 3h, atravessa o rio sozinha, remando uma canoa para catar búzios, que é a fonte de renda e de alimento de toda a família.
No final da sessão de estreia, a protagonista do documentário recebeu das mãos do reitor José de Arimatea e do diretor do filme, Francisco Bezerra, uma comenda relativa ao lançamento da peça audiovisual.
Transcrito do 'Rabiscos do Samuel'.
Postado por Ivan Pinheiro Bezerra
Saudade é o meu nome
- De:
- clenio.caldas@gmail.com
Filólogos informam que o termo “saudade” não existe e nenhum outro idioma, além do nosso, o português. Isso, claro, não significa que ninguém, além do brasileiro, sente saudades, mas, que outros não dispõem de uma exata palavra para exprimir esse sentimento. Mas, o que é saudade? Lendo o artigo anexo, encontrará uma definição simples e objetiva. Aquela pessoa que há tempos não vemos. Aquele familiar que já passou para a eternidade. Aquele amigo que um dia foi amigo. Aquele ou aquela colega de escola que há tempos não vemos. Enfim, saudade muitas vezes dói e como. É quando também encontramos oportunidade de repensar valores.
Que valor atribuímos a pessoas que verdadeiramente amamos? Ou, simplesmente gostamos ou apreciamos? Quanto vale ser fiel a uma amizade? Se depender de nós, aquele amigo, familiar, parente, colega, etc. pode ficar descansado porque fazemos valer nosso sentimento? Podemos esperar receber de volta o quanto consideramos outrem? Uma prova cabal de quanto aquela outra pessoa realmente nos faz falta é quando, nos momentos em que estamos separados, por pouco ou muito tempo, sentimos sua falta, sentimos saudades.
E quanto a Deus, como fica nesse caso? Chegamos a sentir Sua falta quando estamos longe Dele? Buscamos Sua presença pela prece, pela oração? A ausência de Jesus em nossa vida, nosso lar, nosso coração, faz-nos sentir saudades Dele? Principalmente naqueles momentos de turbulência, conflitos, inquietação? A quem podemos recorrer certos de que nos ouve, nos aconselha, nos acalma o coração? Absolutamente certo é que a presença do Senhor jamais nos faltará se a Ele recorrermos. E ele, certamente, nunca se afastará de nós, por Sua vontade. É hora de repensar valores em nossa vida. Não deixe para amanhã.
Aproveite o final de semana que vem chegando e pare para repensar valores em sua vida. Tanto em seu próprio lar com seus amados familiares, como para com as pessoas que lhe cercam com amizade. Faça a “prova da saudade”, imaginando-se longe de quem tanto representa para sua vida. Seus valores certamente serão reanalisados e, eventualmente corrigidos. E seu final de semana será muito gratificante e recompensador.
Clênio Falcão Lins Caldas
Outro dia, numa festa de família, me peguei observando todos à minha volta. Vi meus primos jogando vídeo game, meus tios conversando sobre o trabalho, minha mãe na cozinha procurando o prato que combina com os talheres e com a toalha, meu pai tirando um cochilo no sofá enquanto a comida não está pronta, meus irmãos brigando para ver quem é melhor, minha avó dizendo emocionada o quanto ela quer ver os netinhos se formarem e casarem, e finalmente... Meu avô passando de pessoa em pessoa perguntando quem quer um copo de suco ou outro prato de comida. Exibindo seus netos para as visitas como prêmios. - ‘’ Olha minha neta que linda! Ela tirou 10 no projeto da escola! Olha aquele então, fez dois gols no campeonato de futebol’’.
Foi estranho. Eu nunca tinha parado para pensar na minha própria família, na minha própria vida.
De repente imaginei como seria aquela sala vazia. Sem os gritos dos meus primos, sem minha mãe pedindo ajuda, sem meus avós orgulhosos de serem os criadores daquilo tudo. Senti até saudade dos meus irmãos dizendo que eu sou a pior irmã do mundo. Estranho nós só pensarmos nessas coisas quando algo nos ameaça. Pode ser uma dor, um amor, ou qualquer coisa que te faça ver que toda aquela cena que você está presenciando não é para sempre. As pessoas que estão nela vão embora.
Sua mãe... Aquela que chega do trabalho cansada, mas que sempre trabalha mais por você e seus irmãos. A mesma que acorda de madrugada com um sorriso no rosto para cuidar de você. Aquela que se esquece dos próprios problemas para cuidar dos nossos, e consegue dinheiro para gastar com a gente. Ela não vai estar aqui para sempre. Seu pai... Aquele que te ensinou a andar de bicicleta, que te levou no cangote até não aguentar mais, que deixou você se sujar de sorvete e depois rolar na grama. O mesmo que te mostrou a importância da honestidade. Também não vai estar aqui para sempre. Tem os irmãos. Mesmo que ninguém queira admitir, todos sentirão saudades. Saudades das brigas, das brincadeiras, das companhias na hora do tédio, da única salvação naquela viagem chata, dos segredos, da cumplicidade, e por que não do verdadeiro amor que existe entre todos os irmãos do mundo?
Eu já ouvi em algum lugar que para saber o valor das pessoas é preciso pensar em perdê-las. Pois é, eu nem tive tempo de pensar nisso. Quando eu vi já tinha acontecido. A pessoa que eu mais amava no mundo, e descobri isso da pior maneira possível, estava num lugar que nunca o tinha imaginado. Meu avô, aquele senhor ativo e sorridente que você cruzava na rua. Sabe aquele que estava disposto a ajudar? Ia buscar pão para família, fazia almoços de domingo e sempre abria mão do dele para a felicidade de toda a família? Pois é, ele se foi de uma forma breve, rápida. Tenho fotos recentes dele, lembro claramente de quantas vezes ele dizia que ia me levar ao altar. Você acha que sabe o que é a saudade? Já vou logo lhe avisando que saudade não é um amigo que mora longe, não é uma amizade destruída e muito menos um lugar que não voltamos faz tempo. Saudade é literalmente querer abraçar e não conseguir, querer ouvir a voz novamente e não poder. É ter a total convicção que aquela pessoa você nunca mais, eu disse nunca mais mesmo, vai entrar pela porta da sua casa com um sorriso no rosto e falar: - ‘Olha quem está aí!’
Saudade é saber que você não pode mais olhar para ele e dizer o quanto sente muito, sente o suficiente para não ter nem mais forças para chorar. É saber que talvez vocês nem se encontrem mais. Por isso, não banalize a saudade. É uma palavra que só pode ser utilizada em casos extremos. Um deles é esse. Espero poder continuar por muito mais tempo pensando nas pessoas que me rodeiam, e o principal, mostrando-as de alguma forma o quanto são importantes. Sei que de algum jeito meu avô está na sala com a gente observando, assim como eu, as pessoas mais essenciais de nossas vidas. Observe você também...
Fernanda Webe
E pela sua oração por vós, tendo de vós saudades, por causa da excelente graça de Deus que em vós há. (2 Coríntios 9:14)
Deus é minha testemunha de como tenho saudade de todos vocês, com a profunda afeição de Cristo Jesus. (Filipenses 1:8)
ACEITAR O DIA. O QUE VIER
Atravessar mais ruas do que casas,
mais gente do que ruas. Atravessar
a pele até ao outro lado. Enquanto
faço e desfaço o dia. O teu coração
dorme comigo. Agasalha-me as noites
e as manhãs são frias quando me levanto.
E pergunto sempre onde estás e porque
as ruas deixaram de ser rios. Às vezes
uma gota de água cai ao chão
como se fosse uma lágrima. Às vezes
não há chão que baste para a enxugar.
mais gente do que ruas. Atravessar
a pele até ao outro lado. Enquanto
faço e desfaço o dia. O teu coração
dorme comigo. Agasalha-me as noites
e as manhãs são frias quando me levanto.
E pergunto sempre onde estás e porque
as ruas deixaram de ser rios. Às vezes
uma gota de água cai ao chão
como se fosse uma lágrima. Às vezes
não há chão que baste para a enxugar.
-- Rosa Alice Branco.
arte de henri matisse
quinta-feira, 19 de março de 2015
ARTE POÉTICA
Se o poema não serve para dar o nome às coisas
outro nome e ao seu silêncio outro silêncio,
se não serve para abrir o dia
em duas metades como dois dias resplandecentes
e para dizer o que cada um quer e precisa
ou o que a si mesmo nunca disse.
Se o poema não serve para que o amigo ou a amiga
entrem nele como numa ampla esplanada
e se sentem a conversar longamente com um copo de vinho na mão
sobre as raízes do tempo ou o sabor da coragem
ou como tarda a chegar o tempo frio.
Se o poema não serve para tirar o sono a um canalha
ou a ajudar a dormir um inocente
se é inútil para o desejo e o assombro,
para a memória e para o esquecimento.
Se o poema não serve para tornar quem o lê
num fanático
que o poeta então se cale.
outro nome e ao seu silêncio outro silêncio,
se não serve para abrir o dia
em duas metades como dois dias resplandecentes
e para dizer o que cada um quer e precisa
ou o que a si mesmo nunca disse.
Se o poema não serve para que o amigo ou a amiga
entrem nele como numa ampla esplanada
e se sentem a conversar longamente com um copo de vinho na mão
sobre as raízes do tempo ou o sabor da coragem
ou como tarda a chegar o tempo frio.
Se o poema não serve para tirar o sono a um canalha
ou a ajudar a dormir um inocente
se é inútil para o desejo e o assombro,
para a memória e para o esquecimento.
Se o poema não serve para tornar quem o lê
num fanático
que o poeta então se cale.
*/António Ramos Rosa
art s/créditos
Da linha do tempo de YD
Organizador da Obra reunida
Laélio Ferreira de Melo (1939) é graduado em Administração, foi Chefe dos serviços administrativos do Posto Florestal de Assu, do Ministério da Agricultura, hoje IBAMA (1957) e Secretário dos Acordos Florestais no RN (1959). Auditor Federal concursado do Tribunal de Contas da União.
Delegado do TCU nos estados de Santa Catarina, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. Aposentou-se na Corte de Contas como Secretário de Controle Externo. Jornalista (repórter e correspondente) na Tribuna da Imprensa,Associated Press eÚltima Hora, no Rio de Janeiro e em Brasília. Colaborador da imprensa potiguar e de muitos blogues, poeta, cronista e pesquisador de História, com matérias publicadas na revista Ciência Sempre e nos livros Bom Dia Café e Bom Dia Sertões. Participou, como poeta fescenino, da primeira edição (1979) do Glosa Glosarum, antologia recolhida por Celso da Silveira. Organizador dos livros 1935,Setenta anos depois e desta Obra Reunida do seu pai, Othoniel Menezes. No prelo, coletânea de glosas fesceninas autoral (Glosando o Mundo). Várias participações em seminários, mesasredondas, fóruns de debates sobre literatura potiguar, e sobre a poesia de Othoniel Menezes.
A reunião de toda a obra publicada e dispersa de Othoniel Menezes, “príncipe dos poetas potiguares”, além de ser, desde já, um marco para a literatura do Rio Grande do Norte, é também um reencontro de um pai com seu filho: sem o esforço incondicional de Laélio Ferreira de Melo este livro não seria editado e as novas e futuras gerações seguiriam impossibilitadas de conhecer a indispensável produção poética e ensaística de Menezes, autor dos mais clássicos versos da nossa literatura, aSerenata do pescador, mais conhecido como “Praieira dos meus amores”. Estão aqui incluídos, ainda, o fascinante e único Sertão de espinho e flor e o lúcido ensaio sobre o poeta Ferreira Itajubá, que, por si sós, justificam o principado de Othoniel Menezes. A presente edição é enriquecida também pelos textos de Murilo Melo Filho, Tarcísio Gurgel e Cláudio Galvão e pelas notas de Laélio Ferreira de Melo, súditos de “um poeta dos maiores do Brasil”, na definição do amigo e admirador Câmara Cascudo.
Mário Ivo Cavalcanti
Fale com o organizador:
laelioferreirademelo@gmail.com
quarta-feira, 18 de março de 2015
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