quinta-feira, 9 de agosto de 2018

QUEIJEIRA VALE DO AÇU




"Queijaria vale do Assu. Uma Org. Joao Gregório Junior e Fátima Gorete e Filhos".


Jean Lopes premiado no concurso fotográfico da Canon




O fotógrafo assuense Jean Lopes acaba de vencer o Concurso Olhares Inspiradores Canon. Promovido pela Canon do Brasil o concurso foi desenvolvido para inspirar na captura de uma história em uma imagem e premiar talentos brasileiros na fotografia.

Esta etapa do concurso ocorrida de 02 de julho a 01 de agosto, teve 3.800 fotos concorrendo no tema cotidiano e o fotógrafo Jean Lopes venceu com um trabalho fotográfico feito em 2006 na comunidade rural de Pataxó, município de Ipanguaçu (RN). Vencedor de várias premiações nacionais e internacionais, essa é a quarta vez que a foto "Pataxó" é premiada. Com esse mesmo trabalho, Jean já tinha vencido o Concurso Leica-Fotografe 2006 - na ocasião, o concurso fotográfico mais disputado da América Latina; o Concurso Fotográfico Cidade de Santa Maria/RS de 2008 e obtido uma terceira colocação no Prêmio João Primo de Fotografia em 2007.

Jean Lopes é fotografo há 25 anos e ao longo de sua carreira conquistou mais de sessenta prêmios no Brasil e no exterior, incluindo o Prêmio Petrobras de Jornalismo, o POY Latam -Pictures of the Year Latim America e o Latinoamericano de Fotografia Documental. Suas fotos já foram expostas em São Paulo, Rio de Janeiro, Argentina, Áustria, México, dentre outros. Já ministrou também oficinas de fotografia em Recife, Natal, Mossoró e Assu.

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AD Comunicação Integrada (84) 99919 4360
Diretor Alderi Dantas - Jornalista

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Depois de mais de trinta anos o encontro com o conterrâneo e sanfoneiro Zé Rafael, np programa "O Nordeste, a sanfona e a viola' do radialista e produtor cultural Geomar Dantas.
Eu estive no forró
Na Parada Obrigatória,
Encontrei Zé Rafael
Na sanfona tem história,
É de Pedro Avelino
E de grande trajetória.
E viva Zé Rafael
Ele é do nosso torrão,
Antigo sanfoneiro
De São Pedro nosso chão,
Homem de grande valor
Gente simples, nosso irmão.
Marcos Calaça é poeta, cordelista e defensor da cultura.
A imagem pode conter: 2 pessoas, incluindo Marcos Calaça, pessoas tocando instrumentos musicais, sapatos e atividades ao ar livre

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Esta vida

Por Guilherme de Almeida

Um sábio me dizia: esta existência,
não vale a angústia de viver. A ciência,
se fôssemos eternos, num transporte
de desespero inventaria a morte.
Uma célula orgânica aparece
no infinito do tempo. E vibra e cresce
e se desdobra e estala num segundo.
Homem, eis o que somos neste mundo.

Assim falou-me o sábio e eu comecei a ver
dentro da própria morte, o encanto de morrer.

Um monge me dizia: ó mocidade,
és relâmpago ao pé da eternidade!
Pensa: o tempo anda sempre e não repousa; 
esta vida não vale grande coisa.
Uma mulher que chora, um berço a um canto;
o riso, às vezes, quase sempre, um pranto.
Depois o mundo, a luta que intimida,
quadro círios acesos : eis a vida

Isto me disse o monge e eu continuei a ver
dentro da própria morte, o encanto de morrer.

Um pobre me dizia: para o pobre
a vida, é o pão e o andrajo vil que o cobre.
Deus, eu não creio nesta fantasia.
Deus me deu fome e sede a cada dia
mas nunca me deu pão, nem me deu água.
Deu-me a vergonha, a infâmia, a mágoa
de andar de porta em porta, esfarrapado.
Deu-me esta vida: um pão envenenado.

Assim falou-me o pobre e eu continuei a ver,
dentro da própria morte, o encanto de morrer.

Uma mulher me disse: vem comigo!
Fecha os olhos e sonha, meu amigo.
Sonha um lar, uma doce companheira
que queiras muito e que também te queira.
No telhado, um penacho de fumaça.
Cortinas muito brancas na vidraça
Um canário que canta na gaiola.
Que linda a vida lá por dentro rola!

Pela primeira vez eu comecei a ver,
dentro da própria vida, o encanto de viver.


Guilherme de Almeida

                                          Do blog: https://carnaubaisparatodos.blogspot.com/
A vida cumpre os seus ciclos. Nenhuma dor é para sempre! Depois de cada inverno a primavera volta! 


Helena Tannure

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

"Já aconteceu alguma vez de você procurar um lápis e estar com ele na mão? Pois algo semelhante acontece com a felicidade."


CALDAS
Hoje, 1/8, há exatamente 130 anos, nascia em Goianinha, região agreste ao sul do litoral do Rio Grande do Norte, o menino que veio a se chamar João Lins Caldas. Seu pai também chamado João Lins Caldas explorava a agricultura em terra goianense, bem como chegou a ser nomeado interinamente Promotor Público da Comarca daquele importante município, e sua mãe Josefa Leopoldina Lins Caldas natural de Goianinha era de tradicional família (Torres Galvão).
Caldas viveu o sudeste do Brasil (Rio de Janeiro e Bauru-SP) entre 1912-33, convivendo com grandes vultos das letras nacionais como, por exemplo, José Geraldo Vieira, considerado um dos precursores do romance moderno brasileiro.
Autor compulsivo, não conseguido publicar-se, retorna em 1933 a cidade de Assu/RN, terra dos seus ancestrais paternos, onde antes teria vivido parte da sua infância e começo da juventude, para viver parte da sua vida adulta e morar com sua mãe e depois sozinho até morrer numa manhã de 19 de maio de 1967.
Em 1936, já estando em terras assuenses, é surpreendido por José Geraldo que o colocou como personagem principal, na segunda fase do seu romance urbano intitulado Território Humano, encarnado no personagem '”Cássio Murtinho”.
Outro fato importante que engrandece a sua trajetória ocorreu, salvo engano, na década de quarenta, pois o célebre poema de sua autoria sob o titulo ‘Minha dor na grande guerra’, teria sido lido através da rádio britânica BBC, um feito que poucos poetas brasileiros conseguiam, para orgulho do poeta e a terra potiguar.
A propósito do referenciado poema, depõe o poeta norte-rio-grandense João Celso Neto conforme transcrito adiante:
“Sempre soube que um de seus poemas fora lido na BBC de Londres, “A minha dor nas dores da grande guerra”. É causa de admiração constatar que aquele poeta, nos rincões perdidos do Nordeste, demonstrava sua cultura, como dizer que maior que a dor pela segunda grande guerra era a que sentia pelo fim que levara Chénier, guilhotinado pelos que ajudara a fazer a Revolução Francesa.”
Por fim, transcrevo abaixo, para o nosso deleite, o citado poema de Caldas a quem o Brasil, como insinua Vicente Serejo, “deve um gesto merecido de consagração”.
A minha não é, na grande guerra, a dor de todo o sangue que foi derramado.
Nem a das casas desmoronadas,
Nem a dos barcos perdidos
Nem dos bois, os campos talados,
Nem a do trigo,
Nem a dos ferros em sacrifícios sacrificados,
Cruzes ao chão, os cemitérios estilhaçados.
Nada, não.
A minha dor nas dores da grande guerra, não é, verdadeiramente a dor de todo o sangue que foi derramado.
Nem a dos inocentes que foram trucidados,
Nem a das virgens que foram violadas,
Nem a dos velhos,
Nem a dos moços,
Nem a da fome pelos estômagos enfraquecidos e depauperados,
Nem a dos que afundados no mar,
Nem a dos que, estilhaçados, ainda para se espedaçarem na terra,
Nem a de todos os filhos,
Nem a de todas as mães,
Nem a de todas as noivas nos seus anseios e nas suas saudades,
Nem a da irmã para o irmão,
Nem a do amigo para o amigo,
Nada, não.
A minha dor nas dores da grande guerra, não é, verdadeiramente, a dor de todo o sangue que foi derramado.
Nem a da sede, nas ressequidas gargantas, cheias de febre,
Nem a do frio, sob as trincheiras, os homens para se verem tiritantes e desabrigados...
Nada, não.
Chénier decapitado pela maldade dos homens,
Pela inconsciência da maldade dos homens,
Pela inveja, no desvario todo de toda sua maldade,
E a ignorância de sua avareza,
E a sua pobreza toda de espiritualidade,
Nada em nada da menor grandeza;
A minha dor nas dores da grande guerra é a dor dos cérebros que foram trucidados,
Dos Chénier que nada deram e que tudo sentiram para dar,
Daqueles que sentiam o mar,
Daqueles que sentiam a terra,
E que sentiam o céu, o céu para todo deles se desdobrar,
O céu que era neles tudo de todas as estrelas
E que deles para se refletir como as estrelas se refletem para o mar.
Postado por Fernando Caldas

terça-feira, 31 de julho de 2018

Diário-Novenário Vespertino do Assu "A MUTUCA". Anno I. Assu, 18 de junho de 1918.
Completou, nesse ano de 2018, 100 anos do quinto número da edição do "A MUTUCA". Adiante, uma notícia da festa de junho daquele ano:
A FESTA SAN JOANESCA
Continuam bem animadas as festas ao nosso glorioso Padroeiro São João Baptista. Hontem (5 noite) dos negociantes foi de realce, havendo uma estrondosa salva de foguetões, fogos de vista e um leilão em benefícios dos serviços que vão ser iniciados na Igreja do Rosário.

Pedro Otávio Oliveira
*Mote*
*No banquete infeliz da desventura,*
*Sinto a fome do amor que se desfez.*
*Glosa*
Nossa vida era só felicidade
O amor para nós sempre sorria
Nossos dias eram sempre de alegria
O amor era de cumplicidade
Mas, um dia a inveja por maldade
Acabou nossa vida de uma vez
No orgulho da minha insensatez
Promovi uma festa de loucura
*No banquete infeliz da desventura*
*Sinto a fome do amor que se desfez.**
Dedé de Dedeca.
Das primeiras linhas de uma glosa de Heliodoro Morais, criei o mote e fiz esta glosa./

Do blog: Dedé de Dedeca é o apelido de Lindomar paiva que foi funcionário do Banco do Brasil de Assu).

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Pequeno, feio, antipático, chato, besta, prepotente, arrogante. Tudo isso já se disse de mim. Agora, de ladrão ninguém nunca me chamou.

Geraldo Melo, pré candidato a senador - PSDB

Usaram seu cartão? O banco poderia ter evitado essa dor de cabeça


João Antônio Motta
30/07/2018 04h00

Não é de hoje que as pessoas em geral se veem às voltas com o problema de débitos indevidos, seja por clonagem de cartões, seja por fraude em contas correntes, seja por qualquer artimanha da bandidagem.
Há anos tenho um cartão de crédito de certo banco internacional, desde quando "gold" era o fino da bossa, e quando o "fino da bossa" era uma expressão usual (pode-se ver que faz tempo). Se é feita qualquer operação fora de meu perfil de compras ou débitos, o cartão simplesmente é bloqueado. Imediatamente, a central de relacionamento me envia mensagens de texto por todos os canais possíveis e imagináveis, manda e-mail e ainda liga para os telefones residencial, comercial e celular.
É chato, muito chato. Mas nunca, em momento algum, tive qualquer problema com débitos indevidos neste cartão, ao qual devoto uma fidelidade canina.
Pois bem, este tipo de cerco à fraude não é nenhum caso de outro mundo a ser desvendado e, a bem da verdade, é decorrente de um sistema de interação banco/cliente muito comum. O banco,  por meio de programas de computador, diariamente varre sua vida, verifica o que você compra, onde compra e como compra.
A imagem abaixo mostra como o banco acompanha a utilização de um cartão: 
Como se verifica com exatidão, o banco sabe exatamente o que você consome, onde usualmente consome e qual o gasto com cada item. No caso acima, por exemplo, uma compra de R$ 3.000 em alimentação deveria soar o alarme.
Esse tipo de situação, via de regra, é controlada por algoritmos, que, apesar do nome, nada mais são do que a "receita do bolo". Um algoritmo é uma instrução, uma receita, que mostra passo a passo os procedimentos necessários para a resolução de uma tarefa. Segundo o dicionário Michaelis, algoritmo é o "conjunto de regras e operações e procedimentos, definidos e ordenados usados na solução de um problema, ou de classe de problemas, em um número finito de etapas".
Dessa forma, basta o banco informar ao computador que seu cliente compra tal e qual determinadas coisas e autoriza tais e quais débitos e que, se ocorrer algo fora do padrão, deve imediatamente bloquear o cartão e entrar em contato com o cliente.
Com esse procedimento simples, os bancos poderiam evitar enormes gastos com ações, que, sem exceção, os condenam a pagar danos materiais e  indenizações por tais débitos e, não raro, danos morais, seja por alguma situação vexatória enfrentada pelo cliente ou por cobranças abusivas posteriormente desencadeadas por um débito que poderia ser evitado.

18 PALAVRAS QUE OS NATALENSES APRENDERAM COM OS AMERICANOS DURANTE A 2ª GUERRA

Na época da Segunda Guerra Mundial, em que os americanos se estabeleceram em Natal, o vocabulário da cidade foi “enriquecido” com várias palavras novas.
Era a nova sensação da sociedade pronunciar as expressões do idioma, e o gosto pelo inglês fez surgir diversos professores e estudantes interessados no seu aprendizado.
Veja algumas delas:

“show”

Talvez pela presença constante de música pelos clubes e bares da cidade, ou quem sabe quando os militares estavam curiosos com algo da terrinha e soltavam um “show me!”. Hoje em dia na linguagem popular quer dizer que algo está ótimo.

“whisky”

Bebida que começou a ser mais consumida justamente com a chegada dos americanos na cidade.
Foto cortesia do museu Negro Leagues Baseball Museum

“Yankees”

Famoso time de baseball de Nova York, talvez em conversas que os nativos tinham com os soldados sobre os esportes mais famosos dos EUA. Na época também os Yankees estavam atraindo a atenção do mundo devido à uma temporada mágica de sucesso que estavam desempenhando.

“boy”

Até hoje muito presente no vocabulário do natalense, tendo até variações próprias como “boyzinha” para as mulheres.
Dançarinos de rock entre os anos 40 e 50

“rock”

Mais uma que supostamente apareceu pela popularidade, por ser o ritmo mais famoso entre os norte-americanos.

“girl”

Garota. Quem sabe proveniente das paquera entre soldados e garotas natalenses, ou pela beleza inédita destas.

“drink”

Bebida (ou beber). O consumo de álcool claramente se tornou maior com os estrangeiros. As bebidas mais comuns eram cervejas, “whisky”, a aguardente brasileira e Martinis, esse último mais consumido pelas mulheres.

“cocktail”

Coquetel. Mistura de duas ou mais bebidas típicas de boates nos EUA e que começava a chegar em Natal como uma nova ideia para a forma de se beber.

“money”

Dinheiro. Algo muito desejado em forma de gorjetas pelos comerciantes que vendiam cigarros, bebidas e outros souvenirs para os militares.

“shorts”

Palavra que chegou e se estabeleceu de vez na cidade em adição à “calção” e “bermuda”. Hoje em dia tem variações como “shorte”.

“boyfriend/girlfriend”

“Namorado / namorada “. Os natalenses já sacavam que o amor havia chegado ao coração de um americano quando ele pronunciava essa palavra.

“golf”

Quem sabe não rolava umas brincadeiras em que os visitantes ensinavam golf aos nativos?

“big”

Que significa “grande”. Adjetivo comum e que provavelmente foi fácil de ser incorporado pelos nativos.
Outras palavras eram mais usadas pela necessidade de uso constante:

“blackout”

Que é “apagão”. Devido à precariedade do sistema elétrico da cidade na década de 40 era comum a ocorrência de apagões.

“relax”

Que significa “relaxe”. Essa deve ter rolado muito nas rodas de conversas.

“all right”

“Tudo bem”. Que deveria ser muito comum nos diálogos pra dizer simplesmente: entendi.

“okay”

Essa dispensa explicações, né? Não sei se você sabe, mas o termo “OK” apareceu pela primeira vez na história em um artigo humorístico do Boston Morning Post em 1839, sendo uma abreviatura da frase “oll korrect” que, por sua vez, significava “all correct” (“tudo certo” ou “tudo bem” em tradução livre) – fonte: Mega Curioso

e “slack”

Slack é uma camisa de seda tipicamente norte-americana, geralmente com estampas floridas.
As informações deste post foram coletadas através de relatos de Manoel de Oliveira Cavalcanti Neto.
De: https://curiozzzo.com

sábado, 28 de julho de 2018







Amordaçado em você

Por Anderson Herzer

Em sua beleza afago os meus desejos,
Em seu calor me vejo a delirar,
E no delírio louco do seu beijo
Perdi minha razão pra contornar.

E tanto mais que ontem
Te devoro,por te querer,
Sem mais poder voltar.
Não posso mais voltar á fase antiga
Pois este coração quer mais te amar.

Na noite,adormeci em tua lembrança,
Tentei,não consegui te evitar.
E na manhã te tive como herança,
Desse amor que está no peito a reinar.

Queria encontrar certas palavras pra te dizer,
Que todo este querer me faz tão bem,
Mas não sei se amanhã
Terei que me acabar pra te esquecer.

Mas hoje eu acredito
No futuro tão puro,
Deste amor a caminhar,
E sei que toda noite no escuro
Eu vou sentir saudade de te amar.

Olhar em seus olhos e vê-los sorrindo,
Beijar tua boca,
Abraçar-lhe,sentindo
Acariciar a sua face
E todo o seu corpo.
E do meu amor sincero ir lhe cobrindo.

Deitar-lhe no solo frio,
E deixar que seu corpo todo
Toque nas regiões sombrias,
Com gosto de vida e morte,
De fogo!

Puxar você pelo braço
E deitar me ao seu lado
E mostrar-lhe que te amo,
Esquecendo o passado.





















A poesia nossa de cada dia.
 Quando o fanatismo gangrena o cérebro, a enfermidade é incurável... Frase de voltaire.



sexta-feira, 27 de julho de 2018

FLOR DO AMOR

Quero te ofertar a flor
Dos beijos que plantei em tua boca.
Tem o perfume suave do amor
E a ternura de almas se encontrando.

Quando vires a flor entreaberta,
Lembra - te, querido amor,
Das Lágrimas que a regaram.

E sentirás, quando beijá-la,
Um amargo sabor de sal
Que as pétalas trêmulas captaram.

Maria Eugênia, poetisa assuense

Rosa Vermelha, Rosas, Flor Do Amor, Jardim De Flores

LINDA LEMBRANÇA NA INFÂNCIA

BOLA DE MEIA
Na nossa época de criança, os meninos humildes tinham criatividade para brincar. Os sonhos eram realizados quando poucos tinham acesso a bola de borracha ou de couro, daí termos de improvisar e construir aquele objeto tão desejado.
Consegui-la nas nossas brincadeiras era quase impossível, diante das dificuldades financeiras daquele pequeno grupo de atletas mirins. Porém, o sonho de vê-la rolando nos campos improvisados, sob os nossos pés, era a mais pura realidade.
O primeiro passo seria conseguir uma meia, geralmente dos nossos pais, o que era teoricamente impossível, pois aquele par jamais poderia ficar ímpar, segundo a argumentação das nossas mães.
Através do tempo, depois de conseguir a meia, restava preenchê-la com algodão ou poucos pedaços de pano para formatar a futura bola, que iria ser lançada no campo sagrado da nossa imaginação, para a alegria da nossa infantilidade.
O jogo ocorria em fundo de quintal, em frente à nossa casa ou em um beco. A minha turma, geralmente, jogava entre a casa onde papai morava (casa de Solon) e o antigo prédio dos Correios (que nunca foi inaugurado), onde hoje localiza-se a Junta Militar.
A partida só terminava com o grito de nossas mães para o almoço, à tarde quando a noite estava chegando e ninguém via mais a bola ou através de confusão.
Bola de meia que proporcionou amizades, brigas, alegrias, topadas em pedras, gols...e que gols.
Amiga bola de meia, quanta saudade. Você está patenteada no amor, na alma e na nossa infância pobre e feliz.
Depois, a realidade foi outra, pois ganhei de presente de papai algumas bolas que me marcaram e ainda lembro do nome: Canarinho, Campeão e Dente de Leite.
Marcos Calaça, jornalista cultural e saudosista.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Septilha da saudade
NA CASA DA FAZENDA DE TIO CHECO
Na fazendola Netuno
No banco fiquei sentado,
Espio pra o terreiro
Com um olhar arraigado,
Observando a natureza
Que é uma linda riqueza,
De um júbilo passado.
Marcos Calaça, poeta matuto e cordelista.

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...