domingo, 25 de dezembro de 2022

Gumercindo Saraiva (1915 -1988) foi presidente do Instituto de Música, vice-presidente da Sociedade de Cultura Musical do Estado do Rio Grande do Norte, diretor da revista " Som", órgão do Instituto de Música e membro da Associação Norte Rio-grandense de Imprensa, tendo sido sócio fundador das entidades acima.
 
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sábado, 24 de dezembro de 2022

Foi o dia de natal de 1914 quando, durante a primeira guerra mundial, um de cada vez, soldados, ingleses e alemães, saíram das suas trincheiras, para se encontrarem a meio do caminho, mesmo que nunca se tivessem visto antes, a não ser na mira de uma espingarda.
 
Fotografias ou cigarros, rum e uísque, até botões do uniforme: todos estavam prontos para oferecer algo ao "inimigo-amigo". pela primeira vez, naquela terra gelada e cheia de cadáveres, um som que nenhum deles ouvia desde já muito tempo: uma gorda e feliz risada, que alegria para todos os presentes, que ia muito além da cor dos uniformes.
 
E foi precisamente durante estas comemorações que alguém deu do fundo da trincheira inglesa uma bola de trapos.
 
Ernie Williams, um militar inglês, contou a passagem numa entrevista televisiva em 1983: "Em algum momento apareceu aquela bola, não sei dizer se ela chegou da nossa ou da trincheira deles. Só sei que foi divertido e no final tornou-se uma única grande equipa, sem nenhuma regra..." Toda a gente corria atrás daquela bola de trapos, gritando de alegria como eles não faziam desde que eram crianças. Eles corriam em todo o lado, rematavam e perseguiam a bola até a exaustão.
 
Alemães e britânicos continuaram a jogar com aquela bola de um lado para o outro da terra em plena guerra.
 
O jogo terminou 3-2 para os alemães, ou pelo menos assim escreveram alguns soldados nos seus diários, daquela inesquecível partida de paz.
 
O futebol nunca será só um jogo.

 

Abdul Sem Sports.

Pelé: 3 WC
Maradona: World Cup
Messi : World Cup
Cristiano: Ronaldo
Pelé: 3 WC
Maradona: Copa do Mundo
Messi: Copa do Mundo
Cristiano: Ronaldo

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22 DE DEZEMBRO 66 ANOS DA IBR

Renato Cabral Da Silva

O momento do processo histórico da IGREJA BATISTA REGULAR DO ASSU-RN, teve seu inicio no ano de 1954, com a chegada do Seminarista Ozéias Rodrigues, estudante do Seminário  e Instituto Batista Bereiano, com o objetivo de difundir o evangelho em nossa cidade e aqui fundar um trabalho Batista Regular.  Aqui chegando vindo de Mossoró de Bicicleta, o mesmo foi avisado na corrente que ficava na entrada da cidade, pelo senhor Damião, que em Assu o padre não gostava de crente e os expulsava. Mesmo assim o seminarista Ozéias entrou na cidade para distribuir literatura bíblica. No centro encontrou um crente Presbiteriano o senhor Mateus Trigueiro, que tinha vindo da Paraíba e aqui colocou um comercio. O irmão Mateus convidou o Seminarista para almoçar na casa dele, que ficava na rua Bernardo Vieira (enfrente onde hoje  está a Igreja Batista Regular). Depois do almoço o seminarista estava descansando para recomeçar a distribuição de literatura quando foi avisado que o padre Julio, vinha alguns fiés para expulsá-lo da cidade, pois não gostava de crente. Quando soube desta noticia o seminarista pegou a sua bicicleta e foi embora. Lançando assim as primeira semente do evangelho em Assu.
 
Em seguida veio para a nossa cidade o Missionário norte-americano Walmar Mitchel e aqui chegando instalou uma tenda na rua Jose da Penha vizinho a casa de” Doutor Sales”,  hoje rua Prof. Alfredo Simonete. No dia 22 de dezembro de 1956, era criada oficialmente a Igreja Batista Regular do Assu. Em seguida a Igreja adquiri um terreno na rua Bernardo Viera, depois de uma luta na justiça pois a igreja catolica não queria autorizar a contrução da igreja. Depois a justiça autorizar a construção da igreja a mesma é construída e no dia 23 de dezembro de 1958 o prédio é inaugurado.
 
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Grandes Esquadrões e Grandes Jogadores

A última formação do Brasil com Pelé e Garrincha juntos.
De pé: Djalma Santos, Denílson, Bellini, Gilmar, Altair e Paulo Henrique;
Agachados: Mario Américo (sempre presente), Garrincha, Lima, Alcindo, Pelé e Jairzinho.
Vitória sobre a Bulgária por 2x0, com gols da dupla mítica.
Estádio Goodison Park de Liverpool, Copa do Mundo de 1966.
 

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quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

13/12: DIA NACIONAL DO FORRÓ EM HOMENAGEM AO ANIVERSÁRIO DO REI DO BAIÃO.
 
Hoje é o aniversário
Do eterno Rei do Baião,
Cantou para a sua gente
Da capital ao sertão,
Luiz Gonzaga é seu nome
E se chama Gonzagão.
Cantor e compositor
Da cultura popular,
É figura nordestina
Fez o matuto dançar,
Xote, xaxado e baião
Vezes sanfona chorar.
No município de Exu
Nasceu o grande Gonzagão,
No início tocou zabumba
E depois acordeão,
Saiu pelo interior
Tocando no bom sertão.
É um vate sanfoneiro
Do Nordeste, nossa terra,
Tocou muito no passado
Como forró pé-de-serra,
Detesto falso forró
E para isso faço 'guerra'.
 
Marcos Calaça é poeta potiguar, natural de Pedavelino, e confrade da Academia Norte-rio-grandense de Literatura de Cordel.
 
Foto: Boteco da Serra (Bananeiras-PB)
 
 
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 Da Linha do Tempo/Facebook de Antônio Martins.


QUANDO UM GAROTO DE CEARÁ-MIRIM CRIOU UMA ARMA IGUAL AO FAMOSO RIFLE WINCHESTER

 https://tokdehistoria.com.br/

O Rio Grande do Norte tem na sua história alguns exemplos de pessoas geniais, que desenvolveram coisas super interessantes, como foi o caso do Professor Nicanor, conhecido como o homem que criou um carro movido a água. Antes dele um jovem de 16 anos de Ceará-Mirim criou uma arma de fogo que chamou muita atenção em Natal.

Rostand Medeiros – https://pt.wikipedia.org/wiki/Rostand_Medeiros

No Rio Grande do Norte, e eu sei porque nasci e vivo aqui, é muito raro, mas muito raro mesmo se valorizar alguém pela criatividade, pela capacidade de desenvolver algo inovador, algo novo e diferenciado. Aqui a valorização das pessoas passa intensamente por duas situações: ser rico, ou político (Melhor ainda se for as duas coisas).

Mas como rico de verdade por aqui é algo bem raro, sobra então toda uma classe de políticos da qualidade mais baixa, ridícula, onde sobra esperteza, quase nenhum respeito pela função pública e seus eleitores, além de possuírem um extremo e elevado nível de vaidade. ATENÇÃO – Vale ressaltar que é você que está lendo esse texto o grande culpado por isso acontecer, ao votar em gente que não presta. Mas isso é outra História! 

Aqui em terras potiguares quando eu era garoto eu ouvi muito falar do Professor Nicanor, o homem que criou um carro movido a água. Com o tempo descobri que ele era um engenheiro formado aqui mesmo no Rio Grande do Norte, na antiga Escola de Engenharia, cujo nome era Nicanor de Azevedo Maia e se tornou professor do curso de Mecânica Aplicada do Centro de Tecnologia da UFRN.

Não é que o carro fosse movido exclusivamente a água, mas dela o Professor Nicanor buscava extrair o hidrogênio para com isso gerar o combustível para fazer um carro rodar. Ele até comprou um veículo para os testes, rodou aqui pela região, esteve em São Paulo mostrando essa tecnologia e foi até notícia em revista de alcance nacional.

Mas aí, por razões que desconheço, o projeto parou. O que não parou foi a boataria amalucada sobre a razão para o fim dessa ideia…

Quando garoto escutei pessoas que iam até a loja do meu pai no bairro da Ribeira dizer que “mandaram Nicanor se calar”, que “ele parasse aquele serviço, pois senão poderia ser morto”. Tudo isso porque seu trabalho “não era bem visto pelos militares que estavam no poder”, que o “Professor Nicanor estava atrapalhando a Petrobrás”. Inventaram até a história de um certo “galegão”, um tal de um “polonês”, que estava por aqui pela terrinha para acompanha o fim do projeto, ou “as consequências poderiam ser trágicas”.  

Sei apenas que o Professor Nicanor continuou no seu trabalho na UFRN, não voltou aos holofotes e, segundo informa o site curiozzzo.com (https://curiozzzo.com/o-professor-que-inventou-um-carro-a-agua-em-natal/), faleceu aos 77 anos, em 27 de dezembro de 2001.

Mas pessoas com a capacidade inventiva como a do Professor Nicanor sempre existiram aqui no Rio Grande do Norte e um deles chamou a atenção da nossa imprensa décadas antes do “homem que criou um carro movido à água”.

Em novembro de 1912 um jovem de 16 anos chamado José Moreira veio da bela cidade de Ceará-Mirim até Natal. Trazia consigo uma arma de fogo de cano longo e seguiu até a redação do tradicional jornal A República, o mais importante do Rio Grande do Norte na época e que funcionava na Rua Dr. Barata, na Ribeira. Provavelmente ele deve ter sido recebido pelo então gerente José Pinto.

O jornal não indica se o jovem se envolveu em alguma confusão com a polícia por trazer essa arma para Natal, até porque esse era um tempo onde ainda existiam bandos de cangaceiros e onças pelo interior do Nordeste e se comprava armas de fogo até em lojas de secos e molhados sem maiores problemas.

Para o pessoal da redação a arma imitava um modelo Winchester, da renomada fábrica de armas de repetição acionada a alavanca, manufaturada nos Estados Unidos e conhecida como a “Arma que conquistou o western”. A mesma que nos acostumamos a ver em milhares de filmes de cowboys.

Para os jornalistas de Natal a Winchester do jovem José Moreira de Ceará-Mirim foi “confeccionada em todas as suas peças na mais acurada perfeição”. Não foi informado o calibre da arma.

Mas onde o jovem José poderia fabricar uma arma como essa em Ceará-Mirim? Acredito que isso não foi problema, pois na mesma época se desenvolvia uma mecanização mais intensa dos tradicionais e importantes engenhos de cana-de-açúcar na região. Além disso a Estrada de Ferro Central estava em franco desenvolvimento desde 1904 e o que não faltavam por ali eram forjas, ferreiros, bigornas e outros equipamentos para se criar esse tipo de armamento. Além disso, sabemos que trabalhando nessas atividades estavam pelo nosso estado vários artífices estrangeiros especializados, oriundos principalmente da Espanha e da Itália, com muitos dos seus descendentes vivendo por aqui até hoje.

Antiga casa de engenho em Ceará-Mirim – Foto – Ricardo Morais.

Temos a notícia que dias depois da apresentação na sede de A República, o artefato de José Moreira foi testado pelo tenente Luiz Júlio, da Força Pública do Estado. O militar fez vários disparos em um local não especificado e considerou a arma “muito boa”, de “ótima qualidade”, além de “certeira”. Naquele mesmo ano Luiz Júlio ganhou muita fama no estado por comandar volantes contra o bando do cangaceiro Antônio Silvino.

Então nada mais aconteceu!

Não encontrei mais uma única vírgula sobre o jovem ceará-mirinense de 16 anos e sua inusitada arma de fogo, ou algum registro fotográfico.

Pelo menos o Professor Nicanor, mesmo que isso não fosse o desejo dele, ainda teve alguns “minutos de fama” a nível nacional. Já o jovem José Moreira nem a isso teve “direito”. Imagino que o rapaz deve ter recebido vários elogios, tapinhas nas costas, enaltecimentos sobre a sua inteligência e depois foi mandado de volta para Ceará-Mirim para tocar sua vida simples de jovem trabalhador. Quanto à sua capacidade inventiva, essa era dispensável e, sabe Deus, o rumo que a sua vida tomou.

Aliás, esse tipo de situação por aqui é algo bem comum até hoje!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

A LINDA CASA DE TAIPA

Não gosto de ostentação
Adoro a simplicidade,
O que vale nesse mundo
É paz e felicidade,
Não esqueço o meu torrão
E viva a tranquilidade.
No semblante do poeta
Essa tapera é mansão,
Felicidade é pureza
Lugar de muita união,
Família muito feliz
Com Jesus no coração.
 
Marcos Calaça é poeta potiguar, natural de Pedavelino, e confrade da Academia Norte-rio-grandense de Literatura de Cordel.
 
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Avenida Presidente Bandeira no Alecrim na década de 1950. Foto: Cartão Postal
 
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terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Marcos Calaça

PRA QUEM NUNCA VIU TUDO ISSO
NÃO SABE O QUE É SERTÃO.
 
Banheiro numa palhoça
Lata para assar castanha
Um burro cheio de manha
Um boi puxando carroça
Um matuto de mão grossa
Um pote velho e gibão
Galinha e pau de galão
Umbuzada e passadiço
Pra quem nunca viu tudo isso
Não sabe o que é sertão.
 
Quem nunca comeu buchada
Feita num fogo de lenha
Nunca apartou vaca prenha
Desmamando a bezerrada
Quem nunca tomou coalhada
Quem nunca fez oração
Não andou em procissão
Quem nunca comeu chouriço
Pra quem nunca viu tudo isso
Não sabe o que é sertão.
 
Marcos Calaça é poeta e cordelista.
O poeta Calaça declamando o velho torrão pedavelinense no Palco Chico Traíra, na Estação do Cordel-Natal RN.
 

 

O Bar "O Quitandinha" estava localizado na Praça Gentil Ferreira, no bairro do Alecrim.
 
 
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PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...