segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Os Anos 40

Nesta época, os conflitos armados que assolaram a década anterior chegaram ao apogeu, todas as atenções estavam voltadas para a segunda guerra mundial.

A silhueta era em estilo militar, o corte era reto e masculino, com casacos de ombros alcochoados angulosos e apertavam na cintura.

As saias eram  mais curtas, com pregas finas ou franzidas. As calças compridas se tornaram práticas e os vestidos, que imitavam uma saia com casaco, eram populares.

Em 1941, o racionamento de roupas foi estabelecido e era comum uma prática antiga, a costura feita em casa e o aproveitamento do velho, usado.

Na Grã-Bretanha, o "Fashion Group of Great Britain", comandado por Molyneux, criou 32 peças de vestuário para serem produzidas em massa.

A intenção era criar roupas mais atraentes, apesar das restrições.
O corte era reto e masculino, ainda em estilo militar.

As jaquetas e abrigos tinham ombros acolchoados angulosos e cinturões. Os tecidos eram pesados e resistentes, como o "tweed", muito usado na época.


O nylon e a seda estavam em falta, fazendo com que as meias finas desaparecessem do mercado. Elas foram trocadas pelas meias soquetes ou pelas pernas nuas, muitas vezes com uma pintura falsa na parte de trás, imitando as costuras.

Os cabelos das mulheres estavam mais longos que os dos anos 30. Com a dificuldade em encontrar cabeleireiros, os grampos eram usados para prendê-los e formar cachos. Os lenços também foram muitos usados nessa época.

A maquilagem era improvisada com elementos caseiros. Alguns fabricantes apenas recarregavam as embalagens de batom, já que o metal estava sendo utilizado na indústria bélica.

Nesse período surgiram muitos adornos e modelos de chapéus. Alguns grandes, com flores e véus, outros menores, de feltro, em estilo militar.

A alta costura ficou restrita às mulheres de comandantes alemães, dos embaixadoeres e àqueles que podiam freqüentar as grandes maisons.

O artesanato se desenvolveu, com a escasses de matéria prima, as bolsas de couro eram raras, e muitas eram confeccionadas em tecido.

Apesar de algumas bolsas já serem confeccionadas com o revolucionário zíper, houve uma restrição com relação ao seu uso e também com o fecho de metal, surgindo assim outros materiais como a madeira.

A partir da década de 40 os calçados começaram a ser fabricados em massa, as indústrias de calçados começam a trocar o couro por materiais sintéticos e pela borracha, os estilistas que se desdobrarem e serem muito criativos, então passam a incorporar nos calçados varias tipos de materiais antes não utilizados como: Peles de répteis, cortiça, solados de madeira presos por grampos, os ornamentos foram mantidos o mínimo necessário.

Algumas mulheres chegaram a utilizar alguns utensílios domésticos para decorarem seus sapatos de festas como o celofane e outros.

Em 1947, Christian Dior lançou o “New Look”, que era, basicamente, composto por saias amplas quase até os tornozelos, cinturas bem marcadas e ombros naturais.

Era a volta da mulher feminina e elegante.

Fonte:
http://pessoasdoseculopassado.blogspot.com.br/

PROJETO DE LEI VISA INSTITUIR COMENDA POÉTICA RENATO CALDAS

COMENDA
Como forma de reconhecimento às pessoas que produzem poemas nos mais variados estilos no Rio Grande do Norte e buscando o incentivo à produção e a valorização dessa cultura tão representativa em solo potiguar, o deputado George Soares (PR) protocolou na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, na penúltima sessão ordinária deste ano, Projeto de Lei que institui a Comenda Poética Renato Caldas.
“É importante destacar que a Comenda Poética Renato Caldas se destina à produção literária exclusivamente na modalidade poética, de modo que todas as demais vertentes literárias e, mais ainda, todas as demais formas de produção cultural não serão contempladas com esse distintivo. A comenda não prejudicará em qualquer hipótese a concessão da Medalha Cultural Câmara Cascudo, que continuará a ser concedida normalmente, segundo seus próprios critérios”, justifica o parlamentar.
O patrono da Comenda, Renato Caldas, nasceu em Assu no dia 8 de outubro de 1902, filho do casal Enéas da Silva Caldas e Neófita de Oliveira Caldas. Poeta consagrado projetou-se no cenário cultural e rompeu fronteiras, adotando para os seus versos, com naturalidade, o gênero matuto, estilo que lhe rendeu glórias e proporcionou respeito no meio literário, levando o nome da sua terra natal aos mais apartados rincões do País.
“Renato Caldas foi o poeta de Fulô do Mato (sete edições), Poesias, Meu Rio Grande do Norte e Pé de Escada, este último em parceria com João Marcolino de Vasconcelos”, destaca o deputado propositor.
A Comenda será entregue anualmente, a no máximo seis poetas, com relevante atuação em qualquer um dos gêneros de criação poética. Pela proposta a comenda será entregue em sessão solene da Assembleia Legislativa no dia 14 de março, – Dia da Poesia -, ou em data útil subsequente.
ALRN

Na Câmara, 42% dos deputados apoiam o impeachment; 31% rejeitam

21/12/201511h00


do BOL, em São Paulo
  • Evaristo SA/AFP
    16.dez.2015 - A presidente Dilma Rousseff
    16.dez.2015 - A presidente Dilma Rousseff
A mais recente pesquisa Datafolha feita com deputados federais mostra que há mais parlamentarem a favor do impeachment de Dilma Rousseff do que contra. Entretanto, nenhum dos dois lados já tem os votos suficientes para sair vencedor. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
No levantamento, realizado entre os dias 7 e 18 de dezembro, 42% dos deputados afirmaram que são favoráveis ao afastamento, o equivalente a 215 votos. Do outro lado da disputa, 31% dos parlamentares afirmaram que votariam contra a aprovação da medida.
Para o impeachment passar na Câmara, são necessários, ao menos, 342 votos, ou dois terços do total. Faltam, portanto, 127 votos.
Já entre os que defendem a mandatária, o percentual ao total de votantes, seriam 159 votos garantidos pró-Dilma. Assim, faltariam 12 apoios confirmados para que a presidente atinja a marca de 171 votos, suficiente para sobreviver no cargo.
A pesquisa também mostra que a decisão estaria na mão de uma parcela de 27% dos deputados, o equivalente a 138 parlamentares, que ainda não se definiram ou não responderam à pesquisa.
(Com informações do jornal Folha de S.Paulo)
Leia mais em: http://zip.net/bmszsH

CNJ recomenda procedimentos em ações sobre benefícios previdenciários

CNJ recomenda procedimentos em ações sobre benefícios previdenciários
21 Dezembro 2015
O Conselho Nacional de Justiça aprovou na última terça-feira (15/12) uma recomendação para a uniformizar procedimentos nas perícias determinadas em ações judiciais que envolvam a concessão de benefícios previdenciários de aposentadoria por invalidez, auxílio-doença e auxílio-acidente.
A recomendação, destinada aos juízes federais e estaduais com competência para julgar ações previdenciárias ou acidentárias, foi motivada por constantes apelos para que o CNJ uniformizasse a matéria. Isto porque a ausência de critérios padronizados entre as diferentes comarcas de Justiça vem causando custos, demoras e incertezas para todos os envolvidos no processo: autarquia previdenciária, peritos, procuradores, advogados e partes.
A recomendação, aprovada por unanimidade pelo plenário do CNJ, contempla uma série de orientações aos juízes como a de considerarem, desde o despacho inicial, a perícia médica e a intimação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Outra previsão é para que, nas ações judiciais que visem a concessão de benefícios e dependam de prova pericial médica, os juízes incluam nas propostas de acordo e nas sentenças a Data da Cessação do Benefício (DCB) e a indicação de eventual tratamento médico, sem prejuízo de possível requerimento para prorroga-los. O CNJ e a Procuradoria Geral Federal (órgão da Advocacia Geral da União) deverão manter o grupo de trabalho responsável pela recomendação para monitorar os resultados.
Do Conjur com informações da Assessoria de Imprensa do CNJ.
Olha para mim.
Sou um leitor do teu corpo,
consumidor habitual da ternura
com que serves o amor. Sou um louco
cheio de lucidez, um habitante da luz branca
das estrelas que cintilam nas páginas do imenso
livro da sabedoria.
As paredes da nossa casa têm séculos
de emoções, e da noite escorrem pássaros e
outros animais antigos que a própria noite devorou
para homenagear a fala,
para exultar o que em nós permanece
cantando.
Olha para mim.
Quero muito beijar esses teus olhos
para agradecer à vida a luz
do teu olhar.
*/Joaquim Pessoa
in
O POETA ENAMORADO, 2.ª ed.

De: Yara Darin

sábado, 19 de dezembro de 2015

ASSÚ
 
O livro 'A DIOCESE DE MOSSORÓ' (2 de fevereiro 1936 - 2 fevereiro 1939) sobre a Paróquia do Assú trouxe:
Município: Assú
Matriz: São João Batista
Vigário: Padre Júlio Alves Bezerra
População: 36.443 habitantes
Superfície:   3.187 Kms²
Limites: Confina a leste com as freguesias de Macau, Angicos e Santana do Matos, da Diocese de Natal; ao Norte com o Oceano; a Oeste com as de Areia Branca, Coração de Jesus e Campo Grande, e ao Sul com a de São Miguel de Jucurutu (Diocese de Natal). 

A próspera e simpática cidade de Assú, sede da paroquia onde o visitante fica gratamente impressionado pelo caráter acolhedor dos habitantes, teve sua origem em uma aldeia de índios dirigida por missionários Jesuítas, primeiros europeus chegados aqueles lugares. 
Em 1726 foi criada a freguesia de São João Batista neste povoado, que os aborígenes denominavam Taba Assú (Aldeia Grande) e a qual foi dado, por ato oficial em 1831, o nome de Villa da Princesa. Não havendo obtido aceitação esta mudança de nome, voltou a sua antiga denominação, agora simplificada, sendo oficialmente designada, até hoje, com o nome de Açú ou Assú. (...).

A Matriz é um amplo e confortável templo com bons e interessantes altares, sendo magnifico o altar mor, construído por iniciativa do Reverendo Padre Irineu Octávio de Salles, vigário interino de 1901 a 1904. (...)

Foram realizadas ultimamente as seguintes obras:
Na Matriz, foram abertos dois arcos, um de cada lado do arco mor; quatro arcos na capela-mor, deixando o altar isolado; foram dotados de piso de mosaico e forradas, as duas sacristias e realizada uma limpeza interna completa e pintura dos altares. Na Casa Paroquial, remodelação da fachada com alteamento das portas e janelas.  (Páginas 125, 126, 127 e 128).

Foto: Livro A Diocese de Mossoró (1939). 

SÃO JOSÉ DE MIPIBU

NOTA DO BLOG: Ora, se São José de Mipibu ganhou foros de cidade na mesma data da emancipação política de Assu, ou seja: 16 de outubro de 1845, são, portanto, São José de Mipibu e Assu, as duas primeiras cidades criadas no interior potiguar. Fica o registro.
Fernando Caldas


Veja a  HISTÓRIA  do município de São José de Mipibu

São José de Mipibu é um município no estado do Rio Grande do Norte (Brasil), localizado à 30 km de Natal. Mipibu é uma palavra de origem Tupi que significa surgir subtamente. Em 1630 existia um aldeamento no território, cujo nome era Mopebu, o maior, mais populoso e o principal entre as seis aldeias da Capitania do Rio Grande do Norte. No relatório do bragantino Adriano Wedouche constava que "existiam na capitania cinco ou seis aldeias que reunidas podiam contar de 700 a 750 índios flecheiros e que a principal flecha era chamada de Mopebu". Foi este aldeamento que deu origem ao nome do município.   
Os primeiros habitantes da região foram índios Tupis, que se localizaram nas proximidades do rio Mipibu, que recebeu esse nome por surgir de repente na famosa Fonte da Bica e percorrer por quatro quilômetros, até desaguar no rio Trairi. Em adiantado processo de organização e sinais de povoação, o aldeamento passou a ser coordenado pelos frades Capuchinhos, no final do século XVII, até o ano de 1762, quando foi instalada a vila de São José do Rio Grande do Norte. Nesse período, com a saída dos Capuchinhos, a coordenação dos destinos da comunidade foi assumida pelos próprios nativos.

A criação do município foi através do alvará de 3 de maio de 1758, instalado em 22 de fevereiro de 1762, com procedimento de Vila de São José do Rio Grande, numa homenagem conjunta a São José e ao Príncipe D. José Francisco Xavier. Em 16 de outubro de 1845, a vila de São José do Rio Grande foi elevada a categoria de cidade, passando a se chamar cidade de Mipibu. Passados dez anos a cidade recebeu o nome de São José de Mipibu, numa união entre a religiosidade e o famoso rio que emerge da terra de maneira surpreendente.

Fonte: Idema-RN e Prefeitura de São José de Mipibu


O "CABORÉ" DO ASSU



 CHÁ COM BOLACHA

Antônio Josino Tavares ou "Caboré," como era mais chamado na cidade de Assu e região era vaqueiro, negociante de gado, corredor de vaquejada, boêmio, glutão famoso. Tipo baixo, voz grave. Ele era primo de meu avô paterno chamado Fernando Tavares, por apelido Vem-Vem. Pois bem, certa vez, Caboré viajando com destino à cidade do Natal, chegou num certo restaurante a beira da estra, onde costumava almoçar quando em viagem a capital potiguar, sentou-se numa das mesas daquele recinto e logo pediu ao garçom que lhe trouxesse comida para seis pessoas. Carne seca, feijão verde, bata doce, arroz, cuscuz,  era o seu prato preferido. Comeu tudo sozinho, além de três pratos de coalhada com rapadura do brejo, inclusive a sobremesa (queijo de coalho com mel de engenho). Logo após o almoço, ainda sentado na cadeira, começou a dormir. Mergulhado num sono profundo, roncando muito alto, o dono do restaurante preocupou-se com aquela roncaria de Caboré e, ao se dirigir ao antigo cliente, acordou-o em voz alta dizendo: "Caboré. O senhor está passando mal! Quer que eu faça um chá pro senhor tomar?" Caboré, ainda sonolento e ainda fastioso, saiu-se com essa: “Só se for com bolacha!"

Fernando Caldas 


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

WhatsApp na cidade de Assu é assim: cadeira na calçada para uma reunião amistosa, muita prosa e conversa botada fora, além de um chá oferecido por Nego João. Na foto da esquerda: Williame, Lourinaldo, Tarcísio, Domicito e Ilcon. Fotografia de Lucílio Filho.

De Sinhazinha Wanderley para seu aluno João Batista Ferreira.


João Batista o meu abraço,
muito amigo, cordial,
Eu lhe envio neste dia,
Do seu ditoso natal.

O seu nome neste dia,
Muito relembra de certo,
João Batista, grande Santo,
O Pregador do deserto.

Que ele o Santo Profeta,
Que é da virtude o troféu,
Sobre você chova bênçãos,
Do seu trono, além do céu.

Seja bom, estudioso,
Deus de amor o acompanhe,
Seja na vida o conforto,
Da sua extremosa mãe.

Receba pois, amiguinho,
Meu sincero parabéns,
Lhe desejo mil venturas,
Pois lhe quero muito bem.

O seu prazer é bem justo,
Sua data é promissora,
E a Virgem do Rosário,
Zele o seu aniversário,
Pede à Deus a professora.

Sinhazinha Wanderley, 24/10/1942
Fonte: Nena Tereza Ferreira (filha do homenageado).



Sinhazinha Wanderley

Vida:

Seu nome era Maria Carolina Caldas Wanderley. Nasceu em 30 de janeiro de 1876, em Açu (RN), e faleceu em 20 de setembro de 
1954, nessa mesma cidade. Foi tia das conhecidas poetisas Palmyra e Carolina Wanderley. Durante muitos anos manteve uma escola para crianças em sua casa, sendo considerada uma precursora do ensino moderno, pois intuitivamente adotava procedimentos educativos que mais tarde seriam introduzidos no ensino pela chamada "escola nova".
Seus poemas encontram-se dispersos em praticamente todos os jornais e revistas literárias do Estado de seu tempo, como Revista Oásis, Jornal A Cidade, Jornal do Sertão, Atualidade, de Açu,Almanaque Literário do Município de Assu, Jornal Rio do Grande do Norte, Gazeta do Natal Via-Láctea. O tom irônico que perpassa alguns de seus poemas, como "Auto-Retrato", "O meu aniversário" e "Despedida", por exemplo, contribui para distingui-la das demais poetisas de seu tempo.
Apesar de ter organizado os volumes "Musa sertaneja", "Trovas Infantis", "Lira das Selvas", "Palestras Infantis" e "Dramas Escolares", sua obra ficou inédita. Apenas uma pequena parte foi publicada com o título de Paisagem da Minha Terra, por ocasião do 145o ano de Emancipação Política do Assu.
Verbete organizado por: Constância Lima Duarte e Diva Cunha

CONVITE MISSA CID PIMENTEL

A célebre petição em forma de versos, de Ronaldo Cunha Lima

(Repostando corrigido e aumentado).

Conta-se que em 1955, em Campina Grande, um grupo de boêmios, noite alta, fazia serenata numa certa praça daquela terra paraibana. A polícia aproximou-se e, sobre o pretexto que aqueles seresteiros estavam perturbando o sossego público, prendeu o violão. Ronaldo Cunha Lima, poeta, recém formado em advocacia, que foi também governador da Paraíba, senador da república, fora procurado pelo dono do violão, para requerer a devolução daquele instrumento que se encontrava arquivado em Cartório, arrolado nos altos do processo de contravenção. Cunha Lima, em forma de versos (Habeas Pinho, é o título do poema), peticionou conforma transcrito adiante:

Exmo. Sr. Dr. Artur Moura,
Meritíssimo Juiz de Direito da 2ª Vara desta Comarca,
O instrumento do crime que se arrola
Neste processo de contravenção
Não é faca, revólver nem pistola.
É simplesmente, Doutor, um violão!
Um violão, Doutor, que, na verdade,
Não matou nem feriu um cidadão.
Feriu, sim, a sensibilidade
De quem o ouviu vibrar na solidão.
O violão é sempre uma ternura,
Instrumento de amor e de saudade.
Ao crime ele nunca se mistura.
Inexiste, entre os dois, afinidade.
O violão é próprio dos cantores,
Dos menestréis de alma enternecida,
Que cantam as mágoas e que povoam a vida,
Sufocando, assim, suas próprias dores.
O violão é música e é canção,
É sentimento de vida e alegria,
É pureza e néctar que extasia,
É adorno espiritual do coração.
Seu viver, como o nosso, é transitório,
Porém, seu destino o perpetua:
Ele nasceu para cantar, em plena rua,
E não para ser arquivo de Cartório.
Mande soltá-lo, pelo Amor da noite
Que se sente vazia em suas horas,
Para que volte a sentir o terno açoite
De suas cordas leves e sonoras.
Libere o violão, Dr. Juiz,
Em nome da Justiça e do Direito!
É crime, porventura, o infeliz,
Cantar as mágoas que lhe enchem o peito?
Será crime, e afinal, será pecado,
Será delito de tão vis horrores,
Perambular na rua um desgraçado,
Derramando na rua as suas dores?
É o apelo que aqui lhe dirigimos,
Na certeza, já, do seu acolhimento.
É somente liberdade, o que pedimos
E, nestes termos, vem pedir deferimento!
Ronaldo Cunha Lima
Advogado
O Juiz Dr. Artur Moura (no melhor de sua inspiração poética), despachou (há duas versões sobre o despacho do Juiz), dizendo assim:
Primeira versão:
Para que eu não carregue 
Remorsos no coração, 
Determino que se entregue 
A seu dono o violão!
Segunda versão:
Recebo a petição escrita em verso
E, despachando-a sem autuação,
Verbero o ato vil, rude e perverso,
Que prende, no Cartório, um violão.
Emudecer a prima e o bordão,
Nos confins de um arquivo, em sombra imerso,
É desumana e vil destruição
De tudo que há de belo no universo.
Que seja Sol, ainda que a desoras,
E volte á rua, em vida transviada,
Num esbanjar de lágrimas sonoras.
Se grato for, acaso ao que lhe fiz,
Noite de luz, plena madrugada,
Venha tocar à porta do Juiz.
Dr. Artur Moura,
Juiz de Direito



Imagem da web.

Postado por Fernando Caldas

REMINISCÊNCIAS:

No ano de 1939 a Diocese de Santa Luzia, de Mossoró, publicou o livro "A DIOCESE DE MOSSORÓ" onde consta o apoio cultural de diversas instituições comerciais para o lançamento da obra. Entre estas destaco, hoje, a do senhorFrancisco Martins Fernandes - casa fundada em 1912 e que atuava com importação e exportação. À época, comercializava com: Fazendas, calçados, chapéus, & compras de algodão, cera de carnaúba, peles e outros produtos do Estado. 
Coronel Francisco Martins também fornecia energia elétrica para iluminação pública da cidade, desde 13 de dezembro de 1925. São decorridos exatos 90 anos. 
Em tempo: Vejam que belo casarão esse que serviu de sede para a "usina de beneficiamento de algodão". Hoje, neste local, está edificada a Central de Abastecimento Sofia Frutuoso. Vale salientar que, quando foi construído o "Mercado do Peixe" (como foi apelidado), já não existia esse belíssimo sobrado. 
A razão de trazer essas reminiscências é tão somente para registrar nos anais históricos e mostrar a nova geração os primeiros passos do desenvolvimento comercial de nossa cidade numa época de difícil apogeu mercadológico. 
Posteriormente divulgarei outros comerciais.

Desembargador de São Paulo determina desbloqueio de WhatsApp em todo o Brasil

POR GUILHERME AMADO

Brent Lewin
O desembargador Xavier de Souza, da 11a. Câmara do Tribunal de Justiça de São Paulo, acaba de determinar o desbloqueio do WhatsApp em todo o Brasil.
Xavier já tinha precedente favorável ao desbloqueio em outras duas decisões envolvendo impugnação de quebra de sigilo, exatamente o que foi pedido hoje para o WhatsApp.
A partir da decisão, as operadoras serão comunicadas e o serviço deve voltar ao normal ao longo do dia.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

REMINISCÊNCIAS:

 
No ano de 1939 a Diocese de Santa Luzia, de Mossoró, publicou o livro"A DIOCESE DE MOSSORÓ" onde consta o apoio cultural de diversas instituições comerciais para o lançamento da obra. Entre estas destaco, hoje, a do senhor Leonardo Pinheiro da Silva que, à época, comercializava com fazendas, miudezas, calçados, chapéus, louças, perfumarias, ferragens e vidros.
A razão de trazer essas reminiscências é tão somente para registrar nos anais históricos e mostrar a nova geração os primeiros passos do desenvolvimento comercial de nossa cidade numa época de difícil apogeu mercadológico. 
Posteriormente divulgarei outros comerciais.
Nasci para estar calada,
minha única vocação é o silêncio.
Tenho uma inclinação natural para não falar, 
um talento para apurar silêncios.
O inexprimível, causa-me doces vertigens.
Gosto de escrever os meus silêncios,
tecer os delicados fios
com que se fabrica a quietude.
Gosto de inflamar os meu sentimentos,
loucos, insanos, intensos.
Para num qualquer momento rele-los.
Como se saísse de súbito
uma fórmula verbal
capaz de explicar finalmente
todos os sentimentos do mundo.
Cristina Costa, poeta portuguesa

O INTELIGENTE E O SABIDO

Há duas categorias de pessoas que, sobretudo no Rio Grande do Norte, merecem um debruçamento maior, uma atenção mais atenta, um enfoque mais...