sábado, 20 de agosto de 2022
sexta-feira, 19 de agosto de 2022
segunda-feira, 15 de agosto de 2022
A VERDADE DOS FATOS I
Corria o ano de 1967. Meu pai Edmilson Lins Caldas era secretário geral do município de Ipanguaçu (terra importante,
dos meus ancestrais paternos, hoje reconhecida como a Terra Internacional da Banana, cidade coirmã de Assu, distante 20 quilômetros daquela terra asuense. O rio Piranhas/Açu é quem separa aqueles dois importantes municípios da terra potiguar. Pois bem. O prefeito constitucional naquele tempo era Nelson Borges Montenegro que tinha com meu pai, além de relações amistosas, de parentesco. Nelson desejava fazer de Edmilson, o próximo prefeito pela Aliança Renovadora Nacional – ARENA, inclusive como candidato único, um fato que seria inédito no Brasil, com o apoio político do Major Manoel de Melo Montenegro e Nelson. Meu pai carregava em suas mãos confiáveis, limpas, um instrumento público de procuração outorgado pelo prefeito (um fato inédito), com amplos e ilimitados poderes, fazer com os recursos daquela edilidade, o que bem entendesse. Naquele tempo, a prefeitura de Ipanguaçu, como todos os municípios brasileiros, recebia leite em pó e trigo, entre outros produtos daquele programa assistencial, humanitário, criado em 1961, pelo presidente Norte americano John F. Kennedy. Meu pai, portanto, era tipo exageradamente honesto. Me ufano dizer que sou seu filho. Mesmo reconhecidamente honesto, fora irresponsavelmente denunciado por práticas ilícitas, vender produtos como leite em pó entre outros alimentos destinados a pessoas carentes, do Programa Aliança para O Progresso, por duas pessoas que faziam políticas contrárias, ligados ao ex-governador do Rio Grande do Norte, Aluísio Alves. Pois bem. Naquele ano (1967), tinha eu, 12 anos de idade quando chega na nossa casa no Assu, um coronel do Exército fardado, guiando um Jeep. Aquele militar depara-se comigo e pergunta, gentilmente: “O senhor Edmilson Lins Caldas está?” respondi que sim, e logo fui chama-lo para atender aquele militar que, ao se apresentar, disse: “Senhor Edmilson. Precisamos apurar uma denuncia que fizera contra o senhor, junto a administração na qualidade de secretário da prefeitura de Ipanguaçu. Podemos irmos até lá?” – “Sim. Vamos.” - Respondeu meu pai sem nem titubear.” É aquele dito popular: “Quem não deve, não teme”. Ao chegar na cidade de Ipanguaçu, meu pai chamou dois funcionários encarregados da distribuição dos alimentos como Orlando Alcântara e Osório Fonseca, ambos também exageradamente honestos, e a coisa ficou esclarecida. Nada comprovadamente ilícito, e o feitiço virou contra o feiticeiro. Foram eles, os dois denunciantes das suposta irregularidades praticados por meu pai, enquadrados no Exército como agitadores e, durante anos, tiveram eles (não quero citar os nomes), a obrigação de se apresentar ao Quartel General de Natal e até mesmo, do Recife, durante muito tempo. Tempos depois, aqueles acusadores pediram perdão ao meu pai, alegando coisas da politicalha.
Fernando Caldas
Casamento no Assú, 1829.Aos 23 dias do mês de julho de 1829, pelas 5 horas da tarde, na Matriz de São João Batista do Assú em minha presença e das testemunhas abaixo nomeadas, se receberam por esposos presentes José Gomes de Amorim e Maria de Jesus Nazareno, meus fregueses: o esposo de idade de 26 anos, natural do Arcebispado do Porto, justificou a sua naturalidade, constando do mandado de seu casamento, filho legítimo de Manoel Gonçalves, já falecido, e Ana Francisca: a esposa de idade de 46 anos, filha legítima de Francisco da Silva Bastos e Dona Maria Eufrásia, moradores e natural nesta Freguesia, onde se fizeram as denunciações necessárias, sem impedimento. E logo lhes dei as bênçãos matrimoniais, sendo primeiramente confessados e examinados na Doutrina Cristã, presentes por testemunhas o capitão comandante Manoel Varela Barca e Francisco de Souza Caldas, casados; todos deste Assú. E para constar fiz este assento em que me assinei. Joaquim José de Santa Ana, pároco do Assú.
João Felipe da Trindade
sexta-feira, 12 de agosto de 2022
quinta-feira, 11 de agosto de 2022
Grandes Esquadrões e Grandes Jogadores
De chico ôio de gato
E chica Passarinheira:
Ele, vendia missanga,
Pó de arroz e burundanga;
Era mascate de feira.
Chiquinha, uma roceira
Disposta e trabaiadeira...
Pegava os pásso e vendia.
Porém, tinha um priquito
Muito mansinho e bonito
Qui ela, vendê num queria.
Chico, toda menhanzinha,
Ia a casa de Chiquinha
Já cum mardósa intenção...
Na cunversa qui travaram,
Os óios, se encontraram:...
Tibungo, no coração.
Chico môço da cidade
Cunversa de verdade,
Dotô em tufularia,
Foi devagá se chegando,
Passando a mão alisando
E o priquitinho cedía
O bicho se arrupiava...
Ela, calada deixava,
Gostava daquele trato.
Nisso o amô pôz a canga!
Pôi-se a brincar cum a missanga
De Chico Oio de Gato.
Um brincando, outro alizando
E a missanga amariando
Nisso, um gritinho se ôviu.
Num é qui o priquito-rico,
Teve fome e abriu o bico...
Bufo - a missanga engoliu.
Chico mudô de caminho!
O verde priquitinho
Bateu asas e avuô...
E Chica Passarinheira,
Tá sôrta na buraqueira...
Inté o nome mudô.
quarta-feira, 10 de agosto de 2022
Aluizio Lacerda: COMUNICADO - CANCELAMENTO DE EVENTO DA CONFRATERNI...
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