sexta-feira, 10 de julho de 2009

MEDICINA POPULAR NOS VERSOS DE NESTOR MARINHO

Nestor Marinho era poeta popular de Santo Antônio do Salto da Onça, região agreste do Rio Grande do Norte. Zé Luiz depõe que ele era doutor em ervas e versos. Um dia, cansado (ele era asmático), pegou a viola e descreveu os remédios que vinha tomando, dizendo assim:

Já tomei celestom e decadron,
Tomei meticorten e deronil,
Iodeto de potássio e revenil,
Curasmático, estilasa e ocilon,
Elixir de cereja e alergon,
Em calmante: alupent e pílula asmac,
Filismina, tronol e eufin, marc,
De nenhum obtive resultado,
Mesmo assim venho sendo medicado
Por inúmeros médicos do CRUTAC.
Chá de burro tomei mais de 60,
Tomei banha de cobra e de teju,
Me ensinaram a banha de timbú,
Não tomei por ser muito fedorenta.
Lambedor tomei mais de 40,
E aprendi a preparar um lambedor
De juá, cumarú, ou mercador.
Do angico: a raiz, flor, a casca.
Em remédio do mato ninguém tasca
Pois em ervas e árvore sou doutor.

3 comentários:

  1. amei esses versos, caro colega, pois estou muito feliz por descobrir que vovô,continua vivo na memória de outros.
    sou neta de Nestor Marinho e como adoro poesias...

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  2. Bravo, your idea it is magnificent

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  3. Amei também em saber que não esqueceram a memória do meu pois só neta de nestor marinho

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