domingo, 11 de maio de 2008

AS BOAS DE CHICO DIAS

1 - Francisco de Medeiros Dias é o nome de batismo de Chico Dias como é mais conhecido. Cearense de nascimento e norte-rio-grandense de Assu terra que escolheu para viver, onde está radicado a mais de quarenta anos. Pois bem, Ronaldo Ferreira Dias, de saudosa memória, era potiguar de Lages e trabalhava, exercendo um importante cargo no Senado Federal. A convite do presidente Figueredo - com quem tinha o prazer de gozar da sua amizade (candidatou-se a deputado federal pelo PDS do seu Estado. Ronaldo seria o primeiro suplente com qualquer número de votos que obtivesse naquelas eleições. Foi então ao Assu onde morou já teria morado nos seus tempos de adolescente, e procurou e procurou seu primo Chico Dias que naquelas eleições era candidato a vereador, também pelo PDS, para apoiá-lo para deputado federal. Chico comprometeu-se em ajudá-lo e Ronaldo, que aparentava uma pessoa sisuda, deixou com ele, umas propagandas políticas como 'santinhos' e etc. Retornou a Brasília e, dias depois telefonou para o primo, perguntando assim: "Chico, como vai a aceitação do meu nome por aí?" Chico foi taxativo: "Ronaldo, hoje eu saí de casa com mil santinhos seus e voltei com dois mil!"

2 - O povo assuense passou uma época em polvorosa e aflita. Pessoas de bem eram assassinadas naquela cidade, por qualquer futilidade. Pois bem, Chico Dias em 1982 perdera na morte um certo amigo e eleitor. Na hora da última despedida, no cemitério da daquela cidade, despediu-se do amigo com essas palavras: "Meus amigos, estão matando gente nesta cidade por motivos fúteis. O réu vai a julgamento, alega legítima defesa e é absolvido." E repetidamente acrescentou estas palavras de sentimento e de revolta: "Legítima defesa, legítima defesa, legítima defesa uma porra!" Para risos dos circunstantes.

3 - Chico Dias (não quero com essa estória, absolutamente denegrir a sua imagem não). Ele é meu amigo e este fato ocorreu há uns trinta anos atrás. Pois bem, inadimplente com o Banco do Brasil, agência de Assu, foi surpreendido pelo gerente daquela casa bancária que lhe disse ao vê-lo circulando por aquela casa bancária: "Seu Francisco, o senhor está com um título em atraso com este banco e, se não for quitado daqui a quarenta e oito horas, eu vou botar o seu nome no CADIN (Cadastro de Inadimplentes)!" Chico não se fez de rogado: "Seu Gerente, pois diga a Seu CADIN que pague a minha dívida!"

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