sábado, 8 de novembro de 2008

POESIA

AO SERENO IDEAL DOS MEUS SONHARES !

Por ti, velho ideal dos meus sonhares,
Muitos me maldizem e me despresam.
Chamam-me louco, e as coisas que que eles presam
São outras coisas que não são teus lares...

Que importa a mim o mal desses olhares.
A praga dessas boucas que não rezam?
Cruz ou consolo, os sonhos que me pesam
Serão meus companheiros seculares...

Mal grado as tempestades que conheço,
O meu prazer não revelado e pouco,
As injúrias que sofro nesta lida,

És tu o sonho por quem vivo e cresço...
Que eu seja eternamente eterno louco
E nunca deixe de sonhar na vida!

João Lins Caldas
Assú, 8.8.1909

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