domingo, 8 de março de 2009

ANEDOTÁRIO

O escritor Valério Mesquita conta que Zé Buchudo, de Macaiba (RN), "era um comerciante, proprietário de um pequeno açougue, nos fundos do mercado. Certa feita, numa dessas manhãs chatas da cidade, foi convidado pelo farmacêutico Manoel Guedes e patota, empreenderem uma viagem de circunavegação pelos bares da cidade. Guedes, capitão de longo curso, dirigiu logo a nau dos insensatos à cidade de Parnamirim, onde ancoraram no famoso cabaré de Tibinha. Desnecessário dizer das abluções profundas e repetidas até a hora vespertina, quando pressentiram, que o náufrago Zé buchudo havia mergulhado a estibordo, em abismal sono etílico. Retornaram a Macaíba e entregaram a domicílo o invólucro corpóreo do que restou do nosso herói. Estirado no sofá da sala, Zé Buchudo sobreviveu a tododos os exercícios de ressureição ministrados pela esposa e filhos. Findas algumas horas, aí então, veio a cena patética: Zé Buchudo abriu os olhos, viu de plano, a esposa inclinada sobre si, soltou a catastrófica exclamação denunciadora: Mas, fia, que é que você está fazendo aqui no cabaré de Tibinha?" Depois dessa Zé Buchudo era a imagem do próprio cristão trucidado".

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Que eu seja eternamente eterno louco e nunca deixe de sonhar na vida. (João Lins Caldas, pensador potiguar).