sábado, 22 de agosto de 2009

GERALDO DANTAS

Geraldo Dantas foi um dos primeiros funcionários do Banco do Brasil, de Assu, ainda no tempo em que aquela casa bancária funcionava onde hoje é o escritório da Secretário Estadual de Tributação, esquina com a praça Getúlio Vargas. Geraldo chegou no Assu ainda jovem, procedente de Nízia Floresta, sua terra Natal. Em Natal, salvo engano, ele foi companheiro de quarto de Jessé Freire que foi senador da República e com quem ele tinha o prazer de ter sido amigo íntimo. No Assu chegando, casou-se, constitui família (nove filhos), fez muitos amigos e, em razão da convivência com os poetas daquela terra assuense começou a fazer versos. Era festeiro, carnavalesco (foi Rei Momo), gostava de discursar e declamar nas festas sociais realizadas nos clubes, nos bares e nas casas de amigos daquela cidade.
Afinal, feliz daquele que chegou a conhecê-lo e com ele ter convivido. O poeta Geraldo numa feliz inspiração, em homenagem a terra que lhe acolheu, escreveu o soneto intitulado "Assu" (numa demonstração de que "o seu estro poético é dos melhores"), que diz assim:

Assu, gleba feliz de rútilos poetas
Que a musa, enternecida, inspira, ardentemente!
Predestinado povo, em tua rima quente
Tua própria grandeza em versos interpretas!

Longe, as carnaubeiras tremulam, mansamente!
O leque em riste aos céus, garbosamente eretas,
Sempre a cantar hosana à deusa dos estetas
Tal como um eterno hino ao Deus onipresente.

Oh! terra de grandeza... elcelsa maravilha!...
Como é bela e risonha a magestosa trilha
Que palmilhas, cantando, em fulvos estrebilhos...

Teu riso é um magistral poema alexandrino
Cinzelado ao calor de um sol alabrastino
pela fada do amor, na pena dos seus filhos.

blogdofernandocaldas.blogspot.com

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