quinta-feira, 24 de setembro de 2009

UM POUCO DE ALZIRA SORIANO


Alzira Soriano (centro) no instante da posse como prefeita de Lages (RN), 1928.

Luiza Alzira Soriano Teixeira (1897-1963) com o apoio de seu pai coronel Miguel Teixeira e do governandor Juvenal Lamartine se elegeu através do voto popular, prefeita do município de Lages, interior do sertão potiguar, distante 120 quilometros de Natal, nas eleições de 1928. Foi a primeira (mulher) prefeita do Brasil e da América Latina. Alzira era natural de Jardim de Angicos (RN). Naquele tempo, a mulher era proibida de votar e se envolver em política e, coube a ela receber muitas ofensa pelo seu emvolvimento na política. Para assumir o mandato que o povo lhe deu, Alzira teve de recorrer a Justiça. Aquela eleição ela disputou contra Peres Neto Galvão que se sentindo desmoralizado, envergonhado por ter perdido o pleito para uma mulher, teve então por decisão própria e voluntária, de ir embora daquela cidade. Aquele fato rompeu fronteiras, tendo sido noticia no importante jornal New York Time, edicão de 28.9.1928. Com a revolução de 30 não concordando com a política ditatorial do presidente Getúlio Vargas, Alzira foi deposta. Coube a Juvenal Lamartine no entender da jornalista Anna Jailma, "o coroamento da luta pela emancipação femenina".
O nome de Alzira que a História Oficial esqueceu estampa em letras vivas em e avenidas de algumas cidades do Rio Grande do Norte, como em Lages, Natal e da sua terra natal, bem como numa fundação de Jardim de Angicos e na Casa de Cultura do município lagense. A sua saga está transcrita em importantes jornais, revistas e livros como o dicionário enciclopédico intitulado Qicionário Mulheres Brasileiras", organizado por Shuma Shumarer e Érico Vital Brasil.
Eis, portanto, um pouco da trajetória dessa grande mulher que engrandece a terra norte-rio-grandense chamada Alzira Soriano.

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