sábado, 24 de outubro de 2009

POESIA FESCENINA


TUDO É MERDA

O mundo é simplesmente merda pura
E a própria vida é merda engarrafada;
Em tudo vive a merda derramada,
Quer seja misturada ou sem mistura.

É merda o mal e o bem merda em tintura,
A glória é merda apenas e mais nada.
A honra é merda e merda bem cagada;
É merda o amor, é merda a formosura.

É merda e merda rala a inteligência!
De merda viva é feita a consciência,
É merda o coração, merda o saber.

Feita de merda é toda a humanidade,
E tanta merda a pobre terra invade,
Que um soneto de merda eu quis fazer...

Damasceno Bezerra
(Poeta natalense).

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