sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

OLIVEIRA JUNIOR


Olegário de Oliveira Junior (1895-1983), poeta dos bons, escritor, articulista, colaborou nos jornais do Assu sua terra natal e na imprensa da cidade do Natal, como "Jornal de Natal", dentre outros. Em 1961 imortalizou-se ingressando na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras. Sobre ele, disse alguém: "poeta de classe, um artista de fibra, conhecedor emérito dos segredos das rimas". Oliveira Junior está antologiado por Rômulo Wanderley na sua antologia intitulada "Panorama da Poesia-Norte-Rio-Grandense", 1965, além da antologia de Ezequiel Fonseca Filho intitulada "Poetas e Boêmios do Assu, 1984. Da sua antologia intitulada "Frutos do Meu Pomar" (sonetos), transcrevo estes belos versos amorosos como prova da grandesa do seu poetar, sob o título "Eu", que diz assim:

Fiz de ti minha musa e meu sinsero culto,
E fiz de teu afeto  o deus da miséria crença,
Sinto a minha alma e festa, e canto, e rio, e enxulto,
Quando fitas em mim, cheia de graça imensa.

Deixa que nos malsine o mundo vil e estulto,
Pois rigores não há que um grande amor não vença.
Amparado na fé e a contemplar teu vulto,
Jamais naufragarei nos mares da descrença.

Confia, espere e crê nos dias do futuro
Viverás sempre em mim como um sol refulgente,
A iluminar o céu de nosso amor tão puro.

Vencerei a maldade, a inveja, o preconceito,
Tendo a guiar-me na vida o teu olhar ardente,
Contra nas perfídias do ódio e a fúria do espelho.

Ainda é dele, Oliveira Junior, esta estrofe adiante: E eu sozinho! E eu tão só, a chicotear-me o vento.

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