(...) Uma das minhas passagens por esta cidade foi por ocasião do Concurso de "A MAIS BELA VOZ DO ASSU", realizado no Educandário N. S. das Vitórias em 1969. Ganhando este troféu e recebendo da amiga Anita Caldas, que na época tomava conta do Clube Municipal, um par de óculos com sete lentes coloridas, o que muito me envaideceu. Usei até não prestarem mais. Resultado: depois, passei a usar óculos de grau, quase fico ccega. Vamos voltar ao assunto. Interpretei a música, ma época, cantada por Maria Bethânia, LAMA, marcava uma grande época na minha vida, pois, a música tocou muito à pessoa que estava no recinto vibrando; na parte final da música, cuja letra diz assim: QUEM ÉS TU, QUEM FOSTE TU, NÃO ÉS NADA... o público se manifestou e gritou: Deixando alguém triste, mas o tempo passou e tudo e tudo se normalizou. Ainda hoje nas serestas pedem que cante LAMA.
Partindo daí, fui participar, representando o Assu, na vizinha cidade de Mossoró, do Concurso "A MAIS BELA VOZ DO OESTE", sendo classificada em 3. lugar. Depois, fomos para a finalista: "A MAIS BELA VOZ POTIFUAR, não tendo êxito, mas valeu a pena. Assu tinha uma comitiva À frente, a 1. Dama do Município Maria de Lourdes Granja Montenegro, o jovem Demócrito de Amorim, Anita Caldas, Geraldina Borges de Sá Leitão. Vocês analizem o que pode ter acontecido. A torcida do Assu levou muito papel picado, juntou com a torcida de Mossoró e de Carnaubais e juntos jogaram areia. Foi uma verdadeira bagunça. Engoli areia cada vez que abria a boca. Isto tudo porque a classificação era dura. Saímos do recinto, cercado pela polícia, depois, o povo não aprovou a classificação da candidata de Mossoró. Lembro-me muito bem, ela tinha cabelos compridos, parecia uma besta, e só cantava AVE MARIA, semelhante às de acompanhamento de velório. Ainda hoje Assu recorda aquele tempo.
Vamos falar de outros assuntos: Quando foi lançado o biquine, eu como sempre, acompanhando religiosamente a moda, o que faz parte do meu robe, lancei às margens do Rio Assu, um biquini verde limão, com duas argolas na frente.
Foi aquele falatório, eu nem liguei, me achava o máximo em ser diferente. Ainda hoje, o tenho guardado e vai para o Museu histórico do Assu. Outra coisa: Carro: Este veículo foi sempre uma atração. Nunca possuí um. Mas nunca deixei de usálos para minhas escapolidas. Numa cidade provinciana como a minha, coisas de vinte anos, vocês cauculem, ainda tem gente com calo na língua de tanto falar.
Ah! Tudo são lembranças, coisas passadas qie o tempo não destruiu. Sempre gostei mui9to de festas. Ainda hoje, adoro me arrumar, me sentar na calçada, olhar os transeuntes e dar boas risadas.
Isto é a minha personalidade... Sou assim mesmo e parmanecerei desta forma até o final da vida.
Laura Alves Martins
(Artigo transcrito do livro "Sociedade do Assu", 1984, de Marcos Henrique)
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Um comentário:
Parabéns Laura e Fanfa pela publicação deste depoimento da Grande Amiga Laura Alves, quem não lembra de "Laura Alves", elegante, charmosa, amiga e dona de uma voz invejáve. Lembro deste evento foi muito bom e maravilhoso te acompanhar Laura. Curtir sua linda voz nas serestas. Bjs. Geraldina Borges de Sá Leitão
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