O que os três principais candidatos a governador do Rio Grande do Norte destacam sobre quais os motivos para terem a intenção de assumir o principal cargo político e administrativo do Estado. Há menos de uma semana de deflagrada a campanha eleitoral, a TRIBUNA DO NORTE deu voz aos candidatos das coligações “Vitória do Povo”, Iberê Ferreira de Souza (PSB); “Coragem para Mudar”, Carlos Eduardo Alves (PDT); e “A Força da União”, Rosalba Ciarlini (DEM). Eles tiveram até 3 minutos para destacar as propostas, prioridades e para se apresentar ao eleitor como uma opção na campanha que se inicia e que se estenderá até o próximo dia 3 de outubro, data do primeiro turno da eleição.
Em linhas gerais, os objetivos dos três candidatos se mostraram distintos em sua essência. A senadora Rosalba Ciarlini (DEM), candidata da oposição, fez um panorama das mudanças que pretende realizar no Estado - “o Rio Grande do Norte não pode continuar na condição de ‘semi-lanterninha na educação’”, disse ela, que defendeu mudanças nas áreas de saúde, segurança, além de garantir a continuidade do apoio à Copa do Mundo. O governador Iberê Ferreira de Souza (PSB), que pleiteia a reeleição, pregou a continuidade. Ele assinalou que pretende “vencer desafios para promover um futuro digno que já começou no governo do presidente Lula e da ex-governadora Wilma de Faria”. “Eu tenho certeza de que não seria submetido a uma prova de resistência e de fé tão grande se não fosse para ficar mais próximo do meu povo e para governar em uma hora histórica que nós vivemos”, observou.
O ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), disse que fará uma campanha “independente” e que aposta na experiência que acumulou enquanto foi deputado, secretário de Estado e prefeito da capital para governar o Rio Grande do Norte. O pedetista lembrou que, quando parlamentar, defendeu, entre outras coisas, os recursos do contribuinte. “Combatemos privilégios, regalias, como carros oficiais, aposentadorias precoces, e dessa forma eu creio que nós no exercício dessa função demos contribuição ao nosso Estado”, observou. Além de estarem transcritas nesta página, as respostas dos candidatos estarão disponíveis em vídeo na TN On line (www.tribunadonorte.com.br).
Carlos Eduardo
“Eu posso dar uma grande contribuição ao desenvolvimento do nosso Estado. Durante a minha vida pública, fui deputado estadual e no exercício dessa função fui líder de governo, líder de oposição, e sempre com um compromisso só: a promoção do bem comum. No exercício do mandato de deputado estadual, nós apresentamos projetos que até hoje estão beneficiando o nosso Estado, como por exemplo o primeiro apoio à ciência e tecnologia, que foi um projeto de nossa autoria. Como deputado, cuidamos também do dinheiro do contribuinte, ou seja, combatemos privilégios, regalias, com carros oficiais, aposentadorias precoces, e dessa forma eu creio que, no exercício dessa função, demos uma contribuição ao nosso Estado.
Depois tive uma experiência como secretário do Trabalho, Justiça e Cidadania e, à frente desta Secretaria, nós levamos a efeito projetos que estão, hoje, dando uma grande contribuição à promoção da cidadania potiguar. Eu quero destacar aqui da Central do Cidadão. Fizemos a primeira reforma do sistema penitenciário depois de mais de 40 anos no nosso Estado. Depois, chegamos à Prefeitura de Natal e, no exercício dessa função, nós realmente conseguimos realizar muito em favor da nossa cidade. Eu quero dizer a vocês que nós atualizamos a nossa legislação urbanística e ambiental, garantindo assim o crescimento sustentável de Natal, fizemos obras necessárias à cidade como a maternidade da Zona Norte, fizemos a Natal do Futuro, que foi a urbanização do conjunto Nossa Senhora da Apresentação. A Natal do Futuro contemplou também o bairro de Capim Macio, um problema que se arrastava há mais de 20 anos em Natal e foi resolvido. Fizemos o Parque da Cidade, um projeto belíssimo do doutor Oscar Niemeyer. É com essa experiência, com essa vivência e também esses serviços prestados que nós nos colocamos para governar o Rio Grande do Norte e temos coragem, independência e capacidade para que possamos dar a nossa contribuição para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte, fazendo com que esse Estado seja melhor de se viver.”
Iberê
“Eu quero ser o governador do Rio Grande do Norte para vencer desafios e para promover um futuro digno que já começou no governo do presidente Lula e da ex-governadora Wilma de Faria. Eu quero ser governador do Rio Grande do Norte para promover o desenvolvimento do nosso estado, para transformar as riquezas naturais em oportunidades de emprego e de renda, para o nosso povo e para a nossa gente. Eu quero ser governador do estado para promover o bem estar e o desenvolvimento em todas as nossas regiões.
Eu tenho certeza de que não seria submetido a uma tamanha prova de resistência e de fé se não fosse para ficar mais próximo do meu povo e para governar em uma hora histórica que vivemos no nosso país e no nosso Estado.
Eu quero ser governador do Estado porque tenho convicção de que governar é fazer o bem e o meu desejo é governar e fazer o bem para o meu povo e para a minha gente.
Eu sou candidato porque quero construir, com o povo do Rio Grande do Norte, um Estado forte e democrático, capaz de continuar no caminha dos avanços social e econômico. Para promover o legítimo direito à cidadania, além de garantir mais saúde, educação e segurança.
Venho para continuar uma revolução pelo voto que nosso povo foi capaz de promover com os governos do Presidente Lula e, no Rio Grande do Norte, do PSB. Quero dar minha contribuição para fazer do desenvolvimento o crescimento de todos e não um privilégio de poucos. Eu sou candidato a governador porque precisamos manter o Rio Grande do Norte nas mãos do povo, e, ao seu lado, construir um futuro digno e justo para os todos norte-rio-grandenses de todas as regiões. Com a proteção de Deus e a confiança do povo"
Rosalba
“Eu vou trabalhar muito, promovendo transformações, fazendo acontecer. Eu quero fazer com que a geração de emprego e renda aconteça de forma sustentável em todas as regiões. Eu quero fazer acontecer a saúde, a educação, a segurança. Com mais recursos. Na saúde, por exemplo, cuidando da parte preventiva com saneamento básico. Não é possível Natal ser a capital do Brasil que tem menos saneamento básico. Isso não pode continuar. É saúde, é qualidade de vida, é sustentabilidade para o turismo. Nós queremos, sim, cuidar da saúde, melhorando os hospitais regionais, fazendo a saúde em movimento. Queremos fazer com que a educação aconteça. Não podemos ver escolas fechando. A nossa evasão escolar no segundo grau é em torno de 20% e ser semi-lanterninha. Só ganhamos para o Piauí em questão de qualidade de ensino. Vamos ter metas firmes e determinadas para melhorar a qualidade de ensino e fazer uma educação inclusiva no segundo grau, fazendo com que o ensino técnico esteja presente em todas as escolas estaduais, para criar oportunidade para os nossos jovens. Eu quero ser governadora e vou trabalhar muito para melhorar a segurança, em todos os aspectos, desde a parte preventiva como também a parte necessária de vigilância, apreensão e cuidados para que o cidadão tenha esse direito preservado. Fazer com que possamos ter muitas ações de infraestrutura, que são importantes para o desenvolvimento. Fazer acontecer as ZPE’s, da qual eu sou inclusive autora de uma da região do Vale do Açu. Fazer com que nós possamos ter a valorização da cultura, que é importante, promove e dá sustentabilidade ao turismo e faz parte de um processo de transformação social. Sem esquecer de outras questões importantíssimas de moradias, estradas, enfim, ações que serão feitas todas de forma participativa, quando o cidadão e cada cidade vão dizer o que deseja que Rosalba governadora possa fazer para o seu Estado. Sem esquecer o esporte, que é importante também como processo educacional de transformação. E nós temos a Copa que precisamos dar todo o apoio e incentivo para que ela possa vir a acontecer. Vamos juntos fazer o nosso Estado ser referência para o Nordeste e para o país.”
(Do jornal Tibuna do Norte, de Natal, 11 de julho de 2010)
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