Familiares e amigos do ex-ministro Aluízio Alves participaram ontem, na igreja de Nossa Senhora da Esperança, na Cidade da Esperança, da missa em celebração aos 89 anos de nascimento do líder político. “A saudade é um sentimento teimoso e que me abastece a alma e o coração”, afirmou Agnelo Alves, que participou da celebração com os outros irmãos do ex-ministro, Garibaldi Alves, Diúda Alves e Madre Alves. Três dos filhos de Aluízio – o deputado Henrique Alves, Ana Catarina e Aluízio Filho – participaram do ofertório da missa.
Igreja Nossa Senhora da Esperança fica lotada na celebração em homenagem a Aluízio Alves“É inexplicável porque parece que o tempo não passa. É sempre uma saudade renovada”, disse Ana Catarina. Aluízio Filho assinalou que a data remete aos velhos tempos. “Com muita força, amizade e saudade, passamos mais esta data sem os nossos pais”, destacou ele.
O pároco Agustin Calatayud y Salom lembrou que, por cerca de 20 anos, o ex-governador comemorou o seu aniversário na mesma capela, com as mesmas pessoas, o que mobiliza até hoje uma grande número de pessoas a participarem da celebração. Entre os presentes, populares com camisetas, lenços e adereços verdes, que relembram a trajetória de vida do ex-ministro peemedebista. É o caso do aposentado Luiz Arcanjo, que afirmou acompanhar a trajetória política dos familiares do ex-governador desde os 15 anos de idade. Ele hoje tem 63. “Não perco nenhuma oportunidade de homenagear Aluízio. Muitas vezes, quando lembro das campanhas do passado até choro. Tenho saudade de ver aquele mundão de gente com os galhos de coqueiros nos comícios. Hoje é outra história”, lamentou.
O senador Garibaldi Filho e o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, sobrinhos de Aluízio Alves, enfatizaram a importância de manter acesa a memória do tio. “Aluízio estará sempre presente em nossa memória e no nosso coração. Nesta campanha estou encontrando por onde ando os sinais comovedores de sua presença. Estou sempre sendo recebido pelas pessoas com as suas fotografias, algumas amareladas pelo tempo, mas a recordação é uma só”, disse Garibaldi. “Pela grandeza da obra que deixou ao Rio Grande do Norte é um político imortal. Foi a maior liderança política e popular do Estado e hoje estou aqui para homenagear a memória dele”, completou Carlos Eduardo.
Há quatro anos, o ex-ministro, ex-governador e ex-deputado federal Aluízio Alves estava em casa, no início da tarde do dia 3 de maio de 2006, quando sentiu-se mal. O jornalista e político, então com 84 anos e recuperado de um câncer, sofreu uma parada respiratória seguida de parada cardíaca e veio a falecer na tarde do dia 6, um sábado. Desde então, amigos e familiares continuam celebrando na mesma igreja, com o mesmo pároco a data em homenagem ao seu natalício.
Tribuna do Norte, 12.8.010
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