sábado, 14 de agosto de 2010

O POEMA QUE CONSAGROU RENATO CALDAS

FULÔ DO MATO

Sá dona, vossa mecê,
A fulô mais cheirosa,
A fulô mais prefumosa
Qui o meu sertão já botô!
Podem fazê um cardume,
De tudo qui fô prefume
De tudo qui fô fulô,
Qui nem uma, nem uma só,
Tem o cheiro do suó
Qui seu corpinho suô.
- Tem cheiro de madrugada,
Fartum de arei muiáda,
Qui o uruváio inxombriô.
É um cheiro bom, déferente,
Qui a gente sintindo, sente,
Das outa coisa o fedô.

Nenhum comentário:

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...