sábado, 9 de outubro de 2010
PRA QUEM GOSTA DE CORDEL - O ABC DA SAUDADE
A
Ah! Quanto tempo já faz
Que tu partiste, que dor,
Onde estiveres agora
Eu te peço por favor,
Lembre-se que estou sofrenndo
Sofrendo de tanto amor.
B
Bom seria que eu pudesse
Num ligeiro pensamento
Montado em um trovão
Nas asas soltas do vento
Ir te acarinhar meu bem
E sentir teu doce alento.
C
Como um pássaro voando
Com um raminho no meu bico
Eu queria ir te ver
Veloz como um tico-tico.
Como posso voar
Aqui chorando eu fico.
D
Deus castigou toda a vida
Com a morte, que maldade!
E com vários sentimentos
Como forma de bondade
Entre muitos uma dor
Que chamamos de saudade.
E
Estou louco pra te ver
Pra de novo te abraçar
Pra matar essa saudade
Que pertuba sem parar
Que me mostra todo instante
Teu adeus, o teu olhar.
F
Faltou em mim a coragem
De te dizer: - Fica amor!
Eu deixei você partir
Ficando com essa dor
Que nocauteia meu ego
Que atrapalha meu labor.
G
Golpeia constantemente
O meu pobre coração
Esse sentimento nobre
Que me arria até o chão
Do desespero profundo,
Da saudade e da paixão.
H
Há tempo não canto mais
Foi se embora entoar
Uma simples melodia.
Como poderei cantar
Em profunda nostalgia?
I
Indignado com a sorte
Nessa eterna eternidade
Fico sentindo teu cheiro
Pelas ruas da cidade
Diminuindo a alegria
E almentando essa saldade.
J
Juro pela minha vida
Nunca hei de te esquecer
E se não nos vemos mais
Será grande o meu sofrer
Pois ficarei te esperando
Num eterno padecer.
L
Lembrando de ti, querida
Eu escrevo meus poemas
Num segundo de paixão
Eu esqueço meus problemas
Saudade, amor e paixão
Só me vem esses três temas.
M
Mas o tempo infelizmente
Passa numa lentidão
E enquanto tu não voltares
Ficarei de prontidão
Contando dias e horas
Nesta minha solidão.
N
Nesta saudade tremenda
Só posso me segurar
Na esperança que um dia
Novamente irei olhar
Nos teus olhos e dizer:
- Valeu a pena te esperar!
O
Oh Meu Deus, que solidão!
Distante de ti amada
Fico eu aqui pensando
Até a alta madrugada
Numa saudade tão grande
Com minh' alma amargurada.
P
Pensando em ti todo instante
Não consigo trabalhar
Com um gosto amargo na alma
Na ânsia de te abraçar
Peço-te messe poema
Volta, volta, vem me amar!
Q
Quando eu vejo um passarinho
Beijando uma bela flor
Eu naufrago em minhas lágrimas
Sem conter a minha dor
Lembrando daquelas tarde
Inesquecíveis de amor.
R
Relembro a cada minuto
Teus beijos gosto-de-mel
Nesta noite que não finda
"Que destino tão cruel"
Estou bebendo saudade
Com gosto amargo de fel.
S
Sentado nesta calçada
Perdido dentro de mim
Queria que tu visses
Nesta angustia que é sem fim
Ébrio de paixão por ti
"Ó rosa do meu jardim".
T
Triste de saudade estou
Tão perto da solidão
Debruçado na esperança
Que anima meu coração
De um dia poder pedir
Ao teu pai a tua mão.
U
Urtigando minha vida
Fere-me constantemente
Esta saudade intrigante
E não sai da minha mente
O teu olhar de princesa
Tão meigo, tão atraente.
V
Ver se me esquece, amor,
Neste teu novo caminho
Escreva-me pelo menos
Nem que seja um bilhetinho
Pois no mundo das paixões
Sem você estou sozinho.
X
Xingando essa minha sina
De pássaro hiberbólico
Sem canto, sem liberdade,
Neste recanto bucólico
Eu escrevo esse poema
Sadosista e melancólico.
Z
Zune bem no meu ouvido
O vento da ansiedade
Que me traz grande esperança
E eu brado com vontade:
Volta, volta meu amor:
Vem matar minha saudade!
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