Este livro de Duarte da Costa e Juracy Pinheiro é uma bela obra para quem quer deleitar-se dos costumes, expressões e muito mais sobre este sofrido Nordeste. Vamos conferir alguns ditados populares ainda muitoutilizados nos sertões desta sofrida região:
Boi sonso é que arromba curral.
Mulher de Igreja, Deus nos proteja!
Agulha sen fundi não arrasta linha.
Pé de galinha não mata pinto.
Garapa dada não azeda.
Na cacunda do tamanduá tatu aguenta sol.
Calote não veste nu.
Viúva rica, casada fica.
Dar dói e pedir incoi.
Mutuca é que tira boi do mato.
Deus não manda cozido nem assado.
Mulher calada é pior que boi manso.
Com menino e muié, orelha em pé.
Filho de viúva opu é malcriado ou mal-acostumado.
Quem tem vida puxa por ela.
Meia só pros pés.
Burro velho só come em terra de gente besta.
Tem mais razão que suja a casa que quem varre.
Não há carne sem osso nem farinha sem caroço.
Galinha velha é que dá caldo.
Quando Deus dá a farinha o diabo esconde o saco.
Antigamente o dono do cavalo andava na sela, hoje puxa pelo cabresto.
Antigamente o pobre vivia "puxando uma cachorra", hoje a cachorra é quem puxa o pobre e o rico.
Com palha e milho leva-se o burro ao trilho.
Pra quem ama, caatinga de bode é cheiroso.
Quem ama, pisa na lama.
Não há mulher sem graça, nem festa sem cachaça.
Só se sente falta d'água quando o pote está vazio.
Quem cuida da vida dos outros se esquece da sua.
Pinico de barro não dá ferrugem.
De vizinho ruim não o diabo quis saber.
A colher é quem sabe a quentura da panela.
Mulher de bigade nem o diabo pode.
(Leonardo Mota, No Tempo de Lampião, Rio de Janeiro, 1976).
Postado por fernando Caldas
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