sexta-feira, 26 de novembro de 2010

SAUDADES DO ASSU

Meu caro Fernando Caldas.

Saúde e Paz!

Somente agora li o seu comentário, postado na coluna que tenho lá no Jornal da Besta Fubana. E fazia tempo que não visitava a sua excelente página da Web. Atualmente, fugindo do calor em Natal, estou na praia de Enxu Queimado, em Pedra Grande, aceiros do Mato Grande, onde tenho uma casa. Por cá, com mais sossego, ultimo uma revisão final do volume "OTHONIEL MENEZES - Obra Reunida", que, há anos, zelosamente organizo, seleciono e anoto - um "calhamaço" de quase mil páginas, editado pela UNA, de Marize Castro. Não sei se vossa mercê já leu a biografia do meu Poeta, escrita por Cláudio Galvão (houve, apenas, um pré-lançamento).

Nesse trabalho, Cláudio - até com o meu auxílio - descreve a passagem de Othoniel pelo Assu, dando conta das amizades que por lá fez. Quanta gente boa e inteligente, meu caro!

Quando, pela vez primeira, fui a sua terra, a serviço, ainda um adolescente, Papai me recomendou aos amigos que tinha deixado. Fui tratado como um príncipe, paparicado até. Walter Leitão, Dona Clarisse, João Fonseca, Xisquito, dona Maria Eugênia, o insubstituível João Lins Caldas - muita gente amiga e fraterna. Por outro lado, no que tange à boemia, pintei e bordei: me danei pro "Gango", pras vaqueijadas (eram tão diferentes das de hoje!), fiz grandes amizades. Não dispensava, ainda, uma boa cerveja gelada, nos escondidos do Mercado, uma jogatina dos diabos e eu só cubando , na boníssima companhia de João Fonseca e Renato Caldas (sentado, ele, numa "poltrona" de sacos de farinha!). E esse povo todo, Fernando, do seu bom sangue.

Saudades!

Em Brasília, auditor do TCU, sempre dava um jeito de vir à Jerimunlândia, programando as inspeções para passar no Assu (dando uns carões em Walter Leitão, desleixado e querido Prefeito). Nessa época, um primo (do lado materno) era gerente do Banco do Brasil, Nílson Segundo, e eu dava, sempre, um jeito de demorar no Vale...

Hoje em dia, vagabundando, viajando sempre pras bandas de Mossoró, nunca mais entrei no Assu. Não há mais motivação: foram-se todos, ou quase todos, para o Azul...

C'est la vie, meu caro.

Abraço afetuoso do admirador,

Laélio Ferreira

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