Fotos: aldair dantas
Frito e acompanhado com salada é a receita servida e aprovada na Peixada da Comadre de P. Negra
Peixe de sabor suave e nomes que variam entre carapeba branca, acará-peba e caratinga, a carapeba é uma iguaria do mar cada vez mais rara de se encontrar nos cardápios de bares e restaurantes. A procura intensa por parte de comerciantes e pescadores fez com que sua presença nas mesas fosse ainda mais valorizada. Encontrada em todo litoral brasileiro - em salgadas águas tropicais e subtropicais - a carapeba é prato de charme regional e apelo irresistível para adeptos de frutos do mar.
Frito e acompanhado com salada é a receita servida e aprovada na Peixada da Comadre de P. NegraA Peixada da Comadre de Ponta Negra trabalha há oito anos com a carapeba. “Na minha opinião, é um peixe único, com o sabor diferente dos outros”, afirma Jerônimo Morais, proprietário e filho da ‘Comadre’. No restaurante, o peixe sai inteiro frito ou grelhado, nos tamanhos médio (R$16) e grande (R$20), acompanhado de arroz, salada ou pirão, conforme a vontade do cliente. Pode ser consumido como petisco ou refeição, para até duas pessoas.
Jerônimo conta que a carapeba é supervalorizada em outros estados, devido o trabalho para encontrar. “Em Maceió, por exemplo, é servida num preço altíssimo. Eles vêm comprar em Macau, e às vezes chega a faltar aqui”, diz. O herdeiro da Comadre ressalta que a carapeba, por enquanto, é servida só na filial de Ponta Negra. “Já tivemos no restaurante da Praia dos Artistas, mas estava tão difícil para encontrar o peixe, que resolvemos ficar num só lugar”, conta.
Os botecos de Candelária abriram os cardápios com gosto para receber a carapeba. No Frank Bar, o peixinho já se encontra há 10 anos. É servido frito, nos tamanhos pequeno, médio e grande, com preços de 12 a 22 reais. Acompanha salada e macaxeira. O proprietário Frank Silveira, cujo fornecedor também é de Macau, confirma a dificuldade de se achar carapeba no mercado. “Tem que ter um fornecedor certo, ou chegar muito cedo na feira. Por isso que é tão difícil de trabalhar com esse peixe nos bares e quase não se acha em Natal”, diz.
Fundado em 1996, o Tijibu Bar é point de Candelária – e por sequencia, dos apreciadores de uma boa carapeba. O peixe frito é prato favorito do almoço aos domingos, dividindo atenções com a galinha caipira à cabidela e o bode. O proprietário, Seu Guedes, ensina a clientela a cortar a carapeba enquanto conta seus causos.
Nova Parnamirim entrou na rota da carapeba graças ao Bar do Suvaco. Sai numa porção com dois peixes, fritos, com macaxeira (ou batata frita) ou vinagrete. Preço: R$18. A partir da próxima semana, será servida também com tapioca, acrescenta o proprietário Alberto Oliveira. Para acompanhar, ele sugere uma cerveja gelada ou uma das diversas cachacinhas caprichadas da casa.
A carapeba do Bar do Suvaco vem de Macau e Carnaubinha (região antes de Touros). “Faço questão que seja uma carne bem fresca, suculenta, como se espera de uma carapeba”, diz Alberto. Ele ressalta a importância de um bom fornecedor. “As feiras muitas vezes passam um produto de baixa qualidade, como a carapeba branca, magra e pequena. A procedência é duvidosa”, explica. Para o comerciante, não a toa a carapeba é chamada de ‘peixe do pescador’: “Quando eles pegam, levam pra casa, não querem vender pros outros”, brinca.
Serviço:
Peixada da Comadre (Ponta Negra).
3219-3016
Bar do Suvaco. Tel.: 3608-5105
Tijibu Bar. Tel.: 9936-2811.
Frank Bar. Tel.: 9648-3443/8803-5748
(Fonte: Tribuna do Norte)
Postado por Fernando Caldas
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