O Bar Nogueira era estabelecido na praça do Rosário, de propriedade de João Nogueira. Era um recinto aristocrático, seleto. Quado o freguês quando tomava tres cervejas, João Nogueira não mais atendia. Ali frequentaram muitas figuras do Açu-RN como, por exemplo, o bardo matuto que o Brasil consagrou chamado Renato Caldas. Na fotografia podemos conferir da direita: Pedro Cícero, Cândida Nogueira [que herdou e explorou por um certo tempo aquele bar de muitas histórias e estórias, até, salvo engano, finais de 1980], Renato tomando a sua 'fria' como ele gostava de dizer, apagando as velinhas dos seus anos, [?[, João M. de Vasconcelos - Lou, [?].E escreveu um dia, o poeta, o clássico soneto dedicado ao igualmente poeta e amigo João Fonseca, dizendo:
Vinte mil dias de tranquilidade,
De dor, de sofrimento, eu já vivi;
De poucas horas de felicidade;
De sonhos e venturas que perdi.
Vinte mil dias! Numerar quem ha de
Os tragos de "veneno" que bebi.
As poucas vezes que falei verdade
E milhares de vezes que menti!...
Hoje alquebrado pelos desenganos;
Caminho sem sentir na mesma estra
Que viajo há cinquenta e cinco anos...
E se breve parar meu coração,
A minha esposa, triste e desolada
Jogará flores sobre o meu caichão.
Postado por Fernando Caldas
Vinte mil dias de tranquilidade,
De dor, de sofrimento, eu já vivi;
De poucas horas de felicidade;
De sonhos e venturas que perdi.
Vinte mil dias! Numerar quem ha de
Os tragos de "veneno" que bebi.
As poucas vezes que falei verdade
E milhares de vezes que menti!...
Hoje alquebrado pelos desenganos;
Caminho sem sentir na mesma estra
Que viajo há cinquenta e cinco anos...
E se breve parar meu coração,
A minha esposa, triste e desolada
Jogará flores sobre o meu caichão.
Postado por Fernando Caldas
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